sexta-feira, 21 de junho de 2013

OS POLICIAIS NO CINEMA (10): JO NESBO E OS" CAÇADORES DE CABEÇAS"

JO NESBO 
E “CAÇADORES DE CABEÇAS”

1.JO NESBØ

Jo Nesbø é norueguês. Escritor de policiais, foi corrector de bolsa, jornalista, e ainda vocalista e compositor da banda pop Di Derre. Hoje em dia, é um dos escritores nórdicos de maior sucesso. Dele li tudo o que se encontra traduzido para português, e tornei-me num dos seus leitores compulsivos. Da série Harry Hole, um curioso inspector de polícia, cuja existência literária se inicia em 1997, com “Flaggermusmannen”, a que se segue, em 1998, “Kakerlakkene”, conheço “O Pássaro de Peito Vermelho” (Rødstrupe, 2000), “Vingança a Sangue-Frio” (Sorgenfri, 2000), “A Estrela do Diabo” (Marekors, 2003) e “O Redentor” (Frelseren, 2005), recentemente lançado em Portugal pela sua editora de sempre, a D. Quixote. Existem mais quatro volumes da mesma série a aguardar tradução: “Snømannen” (2007), “Panserhjerte” (2009), “Gjenferd” (2011) e “Politi” (2013). Para lá desta série policial, Jo Nesbø escreveu ainda livros infantis, integrados igualmente numa série, Doktor Proktor, de que se conhecem cinco títulos, e ainda outros romances e novelas, como “Karusellmusikk” (2001), “Det hvite hotellet” (2007), e “Caçadores de Cabeças” (“Hodejegerne”, em inglês “Headhunters”, 2008), este último igualmente policial, mas independente da série do inspector Harry Hole.            
Jo Nesbø é um excelente escritor, unanimemente considerado como tal. Não é só um talentoso escritor "de policiais", mas um romancista de têmpera, que levou o New York Times a dizer que a Noruega já tinha dado homens como Henrik Ibsen e Edvard Munch mas também o escritor de bestsellers Jo Nesbø”. A CNN, por seu lado, vai mais longe, mas na mesma perspectiva: “O próximo Munch ou Ibsen pode ser Jo Nesbø … e, se existir alguma justiça, um dia destes Harry Hole será tão grande como Harry Potter”. Como se pode perceber, trata-se de um escritor bem cotado, numa altura em que o policial nórdico impera no campo literário e começa a ombrear com as produções norte-americanas, no plano televisivo e cinematográfico.
A mãe era bibliotecária, o que certamente levou Nesbø a interessar-se desde muito cedo por literatura, mas os estudos não lhe corriam de feição, preferindo a prática de futebol, tendo-se tornado jogador profissional do Tottenham Hotspur FC e depois do Molde FC. Afastou-se do desporto quando alguns problemas do joelho o forçaram a abandonar a carreira. Cumpriu o serviço militar no norte da Noruega, enquanto estudava. Começou a tocar numa banda de garagem chamada I De Tusen Hjem, ingressando depois na banda Di Derre. Entretanto, iniciou a actividade como corrector da bolsa, de que se fartou rapidamente. Viajou para a Austrália, pouco tempo depois de uma editora o ter convidado a escrever um livro. Começou a escrever o romance “Flaggermusmannen” durante o voo para a Austrália e, quando regressou a Oslo, trazia a obra na bagagem. Enviou o manuscrito para a editora Aschehoug, sob o pseudónimo de Kim Erik Lokker, procurando que a sua relativa fama como músico não interferisse no processo de avaliação da obra. O livro foi um sucesso e alcançou prémios como “Rivertonprisen” (melhor romance policial da Noruega) e “Glassnøkkelen” (melhor romance policial da Escandinávia). Os seus sucessivos trabalhos ganharam diversos prestigiados galardões e uma popularidade imensa. “Snømannen”, por exemplo, vendeu 160 000 exemplares na primeira semana nas livrarias. Até meados de 2008, Nesbø tinha conseguido vender mais de meio milhão de livros só na Noruega e estava traduzido em cerca de quarenta línguas. Em 2009, Nesbø foi agraciado com o prémio de reconhecimento pelo público da revista “Dagbladet”, pois tinha três dos seus títulos no top da lista de romances mais vendidos na Noruega.

Tem recebido vários convites para a série Harry Hole ser adaptada ao cinema e à televisão, mas tem afirmado que não gostaria que isso acontecesse antes de a mesma estar concluída. “Caçadores de Cabeças”, todavia, não fazendo parte deste grupo acabou por ser realizado em 2010, por Morten Tyldum, com Aksel Hennie no papel principal. Curiosidade adicional: os direitos de autor do livro, bem assim como os lucros que o filme reúna, serão doados à Fundação Harry Hole, que ajuda crianças, em países em desenvolvimento, a aprender a ler e escrever.

2. ALGUNS ROMANCES DE JO NESBØ
O mais recente livro de Jo Nesbø a chegar a Portugal, em tradução, é “O Redentor”. Como (quase sempre) passado em Oslo, desta feita durante um inverno gelado. Numa movimentada rua da capital norueguesa, o Exército de Salvação dá um concerto de Natal, quando subitamente se ouve um estrondo e um dos elementos do Exército cai, fulminado por um tiro à queima-roupa. Harry Hole, o inspector, é chamado ao local, com a sua equipa, e não encontra nada a que se agarrar, nem suspeito, nem arma do crime, nem móbil. Em paralelo, vamos acompanhando a fuga do assassino, que rapidamente percebe que não acertou em quem devia, mas sim num irmão com muitas semelhanças. Sabe-se que vem da Sérvia, a guerra da Bósnia paira sobre todo este ambiente pesado e, à medida que se vê cada vez mais cercado, o fugitivo enfrenta as agruras do frio nórdico, da ausência de dinheiro, da falta de um local para se abrigar, da solidão, da presença cada vez mais próxima do perspicaz Harry Hole.

Mais uma vez o crime, a política internacional, as instituições religiosas estão na base deste trabalho empolgante, onde perpassa igualmente um curioso retrato da sociedade norueguesa. 

Os outros títulos da série Harry Hole já traduzidos para português são “O Pássaro de Peito Vermelho”  (2000), “Vingança a Sangue-Frio” (2000) e “A Estrela do Diabo” (2003). No primeiro destes três a acção volta a decorrer em Oslo, mas Harry Hole, que se percebe ter sido um alcoólico, em recuperação e recentemente transferido para o Serviço de Segurança Pública, é encarregue de vigiar Sverre Olsen, um neonazi corrupto que escapou à condenação devido a um pormenor técnico, o que transporta a intriga para os derradeiros dias da II Guerra Mundial. Por entre traições, vinganças, assassinatos que ameaçam multiplicarem-se, confundindo tempos históricos, a batalha de Leninegrado, os nazis noruegueses e os skinhead da actualidade. 

“Vingança a Sangue Frio” mantém o mesmo tipo de intensidade dramática e o suspense que caracteriza a escrita de Nesbø. Desta feita, tudo começa com um “hold up” invulgarmente violento: através das imagens das câmaras de vigilância vê-se um homem a entrar num banco de Oslo e a apontar uma arma à cabeça da mulher que se encontrava na caixa, exigindo que esta conte até vinte e cinco. Como não consegue o dinheiro a tempo, executa friamente a jovem caixa, e leva consigo dois milhões de coroas norueguesas. O inspector Harry Hole é o elemento destacado para investigar o caso. Entretanto, Harry debate-se com problemas pessoais. Enquanto a namorada viaja até à Rússia, uma antiga paixão regressa e entra em contacto com ele. Anna Bethsen, artista que enfrentava dificuldades financeiras, convida Hole para jantar, este não consegue resistir ao convite, mas a noite termina de uma forma estranha e, ao acordar, Hole sente uma fortíssima dor de cabeça, descobre o seu telemóvel desaparecido, e perdeu a memória do que se passou nas últimas doze horas. Para agravar a situação, Anna é encontrada morta na sua cama, com um tiro na cabeça, e o inspector recebe e-mails ameaçadores. Obviamente alguém está a tentar culpá-lo por esta morte inexplicável, enquanto os assaltos a bancos prosseguem com incomparável brutalidade.

Ainda da série Harry Holle é “A Estrela do Diabo”, com Oslo a sufocar numa onda de calor. Neste verão tórrido, uma jovem é assassinada no seu apartamento, apresentando um dedo cortado e, debaixo de uma pálpebra, descobre-se um pequenino diamante vermelho com o formato de um pentagrama. Harry Hole e Tom Waaler, um colega em quem ele não confia, são chamados para tomar conta do caso. Tom faz jogo duplo, trabalha para um bando de traficantes de armas, e Harry desconfia que está implicado no assassinato da sua antiga parceira de armas. Harry continua com problemas com o álcool, debate-se com os seus superiores, e este caso é uma bóia de salvação. Dias depois, outra mulher é dada como desaparecida, surgindo um dedo dela cortado e adornado com um diamante vermelho com a forma de uma estrela. Percebe-se que há um serial-killer à solta. Desmascarar Tom Waaler, e deitar a mão ao assassino são duas prioridades que se descobrem interligadas e que põem em risco de vida o próprio inspector. 



3. HEADHUNTERS - CAÇADORES DE CABEÇAS


Finalmente, o derradeiro romance de Nesby em edição portuguesa é “Caçadores de Cabeças”, que não tem Harry Hole como protagonista, mas sim Roger Brown, um “caçador de cabeças”, ou seja de talentos que descobre para colocar em empresas de sucesso. Mas é também um sedutor ladrão de obras de arte. Casado com Diana, uma “belíssima, alta e elegante” dona de uma galeria de arte, vive num apartamento luxuoso, leva uma vida bem acima das suas posses, e aproveita-se dos conhecimentos da mulher e dos contactos que faz para engendrar a troca de originais preciosos por cópias sem valor.
Numa inauguração da galeria, a mulher apresenta-o a Clas Greve, um holandês riquíssimo e bem colocado na vida, e Harry percebe que não pode deixar escapar aquela oportunidade. Clas Greve não é apenas o candidato perfeito ao cargo de director-geral que ele tem de recrutar para a Pathfinder, como ainda tem em seu poder o famoso quadro de Rubens, “A Caça ao Javali de Caledónia”. Este seria um golpe que o deixaria independente economicamente. Mas nem tudo corre bem e Jo Nesbø oferece-nos uma perturbadora panorâmica sobre o mundo da alta finança, das grandes empresas, da elite industrial e de um submundo larvar de assassinos contratados e burlões.


“Caçadores de Cabeças” é a única adaptação ao cinema que conhecemos de uma obra de Jo Nesbø, apesar de já existirem outras e de se anunciar que um remake desta mesma está já a ser produzido por estúdios norte-americanos, para ser dirigido pelo inglês Sacha Gervasi, o mesmo que escreveu o argumento de “Terminal de Aeroporto”, de Spielberg, e que realizou o recente “Hitchcock”. Fala-se igualmente na possibilidade Martin Scorsese vir a rodar um filme retirado de uma outra obra de Nesbø.
“Headhunters”, realizado por Morten Tyldum, numa produção da Noruega e da Alemanha, conta com Aksel Hennie como intérprete da personagem de Roger Brown, um excelente actor que consegue dar espessura e credibilidade à figura e erguer sobre ela este policial que, não sendo uma obra-prima, se mostra todavia bastante eficaz de um ponto de vista de escrita, bem doseado em suspense e habilmente fotografado, fazendo sobressair a luz fria dos países nórdicos, que confere ao mesmo uma tonalidade azulada e metálica que se coaduna bem com o ambiente pretendido.
O filme não consegue a qualidade do romance, sobretudo no tom de discreta mas verrinosa ironia anti-établissement que Jo Nesbø lhe inculca, mas satisfaz as necessidades do entretenimento inteligente e elegante, muito embora algumas cenas mais sangrentas de um epílogo um pouco fantasioso, mas vibrante. Outros actores, como Nikolaj Coster-Waldau (Clas Greve) e Synnøve Macody Lund (Diana Brown), asseguram uma competência de representação muito boa, o que só vem dignificar a qualidade dos trabalhos oriundo deste país, e que ombreiam com outros de diversos países nórdicos.
Se a literatura policial por estas bandas desencadeou um boom de interesse público a nível mundial, não é menos verdade que as suas cinematografias conseguem acompanhar este entusiasmo num nível de produção industrial que nada fica a dever à dos países anglo-saxónicos. Para já não falar da produção cinematográfica de autor, que é bastante importante e significativa nesta última década, com a revelação de novos nomes e de obras extremamente sugestivas. 

4. FILMES RETIRADOS DE OBRAS DE JO NESBØ:

DEADLINE TORP (TV) 
Realização: Nils Gaup (Noruega, 2005); Argumento: Nils Gaup, Håkan Lindhe, Jo Nesbø, Segundo ideia de Dag Erik Pedersen; com Danilo Bejarano, Emil Forselius, Jørgen Langhelle, Sverre Anker Ousdal, etc.

FERDIG MANN
Realização: Søren Kragh-Jacobsen (Dinamarca, Noruega, 2010); Argumento: Jo Nesbø (poema); com  Abdulahi Abdikafi, Mohammad Abdullah, Mohamed Adel, etc. 6 minutos.


HEADHUNTERS - CAÇADORES DE CABEÇAS
Título original: Hodejegerne
Realização: Morten Tyldum (Noruega, Alemanha, 2011); Argumento: Lars Gudmestad, Ulf Ryberg, segundoo romance de Jo Nesbø; Produção: Anni Faurbye Fernandez, Marianne Gray, Lone Korslund, Christian Fredrik Martin, Paul Røed, Asle Vatn, Mikael Wallen; Música: Trond Bjerknes, Jeppe Kaas; Fotografia (cor): John Andreas Andersen; Montagem: Vidar Flataukan; Casting: Jannecke Bervel; Design de produção: Nina Bjerch Andresen; Guarda-roupa: Karen Fabritius Gram; Maquilhagem: Stuart Conran, Rick Marr, Jim Udenberg; Direcção de produção: Trond Mjøs; Assistentes de realização: Martin Ersgård, Nina Samdal; Departamento de arte: Monja Wiik; Som: Tormod Ringnes; Efeitos especiais: Mark Hedegaard, Hummer Høimark, Claus Nørregård; Efeitos visuais: Lars Erik Hansen; Companhias de produção: Friland, Yellow Bird Films, Nordisk Film, ARD Degeto Film; Release Date: Intérpretes: Aksel Hennie (Roger Brown), Nikolaj Coster-Waldau (Clas Greve), Synnøve Macody Lund (Diana Brown), Eivind Sander (Ove Kjikerud), Julie R. Ølgaard (Lotte), Kyrre Haugen Sydness (Jeremias Lander), Valentina Alexeeva (Natasja), Reidar Sørensen (Brede Sperre), Nils Jørgen Kaalstad (Stig), Joachim Rafaelsen, Mats Mogeland, Gunnar Skramstad Johnsen, Lars Skramstad Johnsen, Signe Tynning, Nils Gunnar Lie, Baard Owe, Sondre Abel, Morten Hennie, Irina Eidsvold, Kyrre Mosleth, Martin Furulund, Mattis Herman Nyquist, Torgrim Mellum Stene, Camilla Augusta Hallan, Anjum Salwan, etc. Duração: 100 minutos; Distyribuição em Portugal: Vendetta Filmes; Classficação etária: M/ 16 anos, Estreia em Portugal: 13 de Junho de 2013.

ARME RIDDERE
Realização: Magnus Martens (Noruega, 2011); Argumento: Magnus Martens, segundo ideia de Jo Nesbø; com Kyrre Hellum, Mads Ousdal, Henrik Mestad, etc.

I AM VICTOR (TV) 
Realização: ??; (EUA, 2013)
Argumento: Mark Goffman, segundo romance de Jo Nesbø; com John Stamos, Matthew Lillard, Josh Zuckerman, Lorenza Izzo, etc. (em produção).

DOKTOR PROKTORS PROMPEPULVER

Realização: Arild Fröhlich (Noruega, 2014); Argumento: Johan Bogaeus, segundo obra de Jo Nesbø; com Eilif Hellum Noraker, etc. (em produção).

sábado, 21 de janeiro de 2012

OS POLICIAIS NO CINEMA (9) JOHN D. VOELKER E OTTO PREMINGER

ANATOMIA DE UM CRIME
                                                                                    Otto Prerminger e Robert Traver

“Anatomia de um Crime” (Anatomy of a Murder), de Otto Preminger, baseia-se num romance de Robert Traver, pseudónimo de John D. Voelker More que, sendo juiz na época em que escreveu a obra, a assinou com um nome suposto para assim não comprometer a sua carreira profissional, tanto mais que tinha sido ele o advogado de defesa do caso verídico sobre o qual se baseava a suposta ficção. Parece que o grosso volume de “Anatomy of a Murder” andou de mão em mão entre secretárias de diversos editores, até que um se aventurou a publicá-lo, ganhando com isso um “best seller” de reputação incomparável. Este não foi o único policial tendo como cenário um tribunal. John Donaldson Voelker, algumas vezes sob o pseudónimo de Robert Traver, foi um fecundo escritor, entre início da década de 50 e a de 80: "Danny and the Boys" (1951), "Small Town D.A." (contos, 1954), "Anatomy of a Murder" (1958), "Trout Madness" (contos, 1960), "Hornstein's Boy" (1962), "Anatomy of a Fisherman" (uma não ficção, 1964), "Laughing Whitefish" (1965), "The Jealous Mistress" (1967), "Trout Magic" (contos, 1974) e, finalmente, "People Versus Kirk" (1981).
Nascido a 29 de Junho de 1903, em Ishpeming, no Michigan, EUA, viria a falecer de ataque cardíaco, aos 87 anos, no dia 18 de Março de 1991, em Marquette, no Michigan, onde foi juiz no Supremo Tribunal Estatal, entre 1956 e 1960.
Como já dissemos, o texto baseava-se num caso verídico, ocorrido numa pequena cidade, Big Bay, no Michigan. Relata-se em poucas palavras: no dia 31 de Julho de 1952, o tenente Coleman Peterson, recentemente regressado da Coreia, matara a tiro Mike Chenoweth, dono de um bar, alegadamente por este ter violado a sua mulher, Charlotte. O advogado de defesa, John D. Voelker, alegou insanidade temporária do militar, o que acabaria por o libertar, dado ainda um psiquiatra testemunhar que se tinha curado e não apresentava ameaça de perigo. Parece que, depois de bem defendido por Voelker, e livre de apertos jurídicos, o tenente Coleman Peterson deixou a cidade sem sequer pagar os honorários devidos ao seu advogado.
Neste aspecto, o filme de Otto Preminger, que contratou John D. Voelker como consultor técnico, foi o mais fiel possível, não só ao romance como ao ambiente onde decorreu e às personagens que viveram o drama. Todo o filme foi rodado no Estado do Michigan, na zona de Ishpeming-Marquette, o que permitiu ao realizador uma liberdade de movimentos invulgar, sem a presença de controleiros da produtora. O hotel local serviu de base de apoio, onde havia camarins, salas para a fotografia, a montagem, a maquilhagem, etc. O tribunal e a prisão serviram de cenários naturais, o gabinete do advogado de defesa tinha sido o do próprio Voelker e muitos dos jurados do filmes tinham ocupado as mesmas cadeiras no tribunal no desenrolar do julgamento verídico (excepto os que já tinham falecido). Preminger pretendia o máximo de autenticidade e conseguia-o. Tudo isto aparece descrito na obra de Richard Griffith, director do New York Museum of Modern Art Film Library, que escreveu um ensaio chamdo precisamente “Anatomy of a Motion Picture”, onde estuda todos estes aspectos da rodagem desta obra no Michigan.
Mas os direitos de adaptação da obra vieram parar às mãos de Otto Preminger somente depois de um complexo processo. Em Outubro de 1957, Voelker estabeleceu um acordo com o dramaturgo John Van Druten, pelo qual este último se encarregaria de escrever uma versão teatral para ser levada à cena na Broadway. Van Druten encaixaria 60% dos lucros e Voelker 40%, e ambos poderiam vender os direitos para uma versão cinematográfica. O que fizeram a Ray Stark da Seven Arts Productions, acordando numa verba de 100,000 dólares, mais percentagem nos lucros. Van Druten morre em Dezembro desse ano, a peça nunca chega a subir a cena e os direitos de cinema, depois de muitas peripécias, acabam nas mãos de Otto Preminger, em Maio de 1958, um pouco inflacionados, 150,000 dólares. A transacção meteu tribunal e uma sentença favorável a Preminger, que se empenhara totalmente na realização desta obra que se transformaria rapidamente num dos mais invulgares êxitos dos chamados “filmes de tribunal”
Muitos foram os prémios que o filme alcançou (entre eles oito nomeações para os Oscars), mas basta referir uma lista, organizada pelo American Film Institute (AFI), em 2008, depois de consultados 1.500 depoentes da área do cinema, sobre os 10 melhores filmes de todos os tempos, na categoria de “Courtroom Drama” (dramas de tribunal) para se perceber a importância histórica desta obra. A lista é a seguinte: 1. “To Kill a Mockingbird”; 2. “12 Angry Men”, 3. “Kramer vs. Kramer”; 4. “The Verdict”; 5. “A Few Good Men”; 6. “Witness for the Prosecution”; 7. “Anatomy of a Murder”; 8. “In Cold Blood”; 9. “A Cry in the Dark” e 10. “Judgment at Nuremberg”. Pessoalmente, colocá-lo-ia nos três primeiros lugares, e Michael Asimow, professor de Direito da UCLA, afirma mesmo que este é “provavelmente o melhor filme de sempre realizado sobre tribunais” ("probably the finest pure trial movie ever made"). Na classificação da “Internet Movie Database” figura em 19º lugar, entre 807 filmes passados em tribunais.
Contam as crónicas da época que Otto Preminger pensou em vários actores antes de acertar o elenco definitivo. Lana Turner seria inicialmente “Laura Manion”, Richard Widmark esteve previsto para a figura do tenente, mas o mais surpreendente terá sido a escolha do juiz. Inicialmente, fora previsto Spencer Tracy, e depois Burl Ives, para o papel de “Juiz Weaver.” Por impossibilidade de ambos, Preminger virou-se para Joseph N. Welch, um advogado de Boston que tinha representado o governo dos EUA no Exército, no quente período da caça às bruxas levado a cabo pelo senador McCarthy. Joseph N. Welch enfrentou-o destemidamente, chegando a acusá-lo de “não ter um mínimo de decência”, marcando assim o início da queda do temível senador e do macarthismo. A escolha terá sido igualmente uma homenagem a um homem impoluto, que, aliás, conduz de forma magnífica todas as sessões do julgamento. Outra figura carismática que surge no filme, não só como autor de uma envolvente partitura musical, onde o jazz é uma constante, é Duke Ellington, que aparece na qualidade de Pie-Eye, um pianista de bar, tocando lado a lado com James Stewart.
O filme aborda um caso de violação, onde, apesar de toda a discrição com que o tema é sugerido, acabou por criar alguns engulhos junto do “Production Code Administration”, o tão conhecido Código Hays. Depois de várias negociações, durante as quais algumas palavras foram banidas dos diálogos (esperma, penetração, clímax sexual, por exemplo), o filme foi rodado, mas não viu a sua aprovação final facilitada. Coisa que era comum nas obras de Otto Preminger que foi um dos maiores sabotadores do Código (juntamente com Billy Wilder). A “The National Catholic Legion of Decency” levantou problemas e houve mesmo um estado, Chicago, onde o filme foi inicialmente proibido de exibir pelo “Police Film Censor”, e mais tarde autorizado depois de uma querela jurídica, com o juiz federal Julius Miner a aprová-lo, depois de não o ter considerado “obsceno.” Mas todos perceberam que “Anatomia de um Crime” continha linguagem “nunca ouvida num filme americano”.
A intriga resume-se no essencial ao seguinte: numa pequena cidade da chamada “Upper Peninsula” de Michigan, o modesto advogado Paul Biegler (James Stewart), parece quase retirado de julgamentos, entretendo-se com a pesca, o piano e a companhia de um velho colega, Parnell McCarthy (Arthur O'Connell), que gosta imoderadamente de whisky. A secretária de Paul Biegler, Maida Rutledge (Eve Arden), vai tomando conta dos recados, sobretudo divórcios e outras irrelevâncias, quando recebe um telefonema inesperado. Laura Manion (Lee Remick), casada com o tenente Frederick "Manny" Manion (Ben Gazzara), recentemente regressado da Coreia, quer ser recebida. Laura é notícia nacional, todos sabem do caso que protagonizou: ao regressar à roulotte onde vive com Frederick, depois de uma noite passada num bar, é agredida e violada por Barney Quill. O marido, sabedor do ocorrido, agarra numa arma dirige-se ao bar e desfere alguns tiros certeiros em Barney, matando-o. Preso, não nega o assassinato, apenas pretende atenuantes para o acto. Laura quer que Paul Biegler o defenda em tribunal. Com um caso mediático entre mãos, este procura a colaboração de Parnell McCarthy, que tenta libertar-se da bebida para recompor as capacidades, e ambos partem para o processo, reunindo elementos.
A única forma de tentar atenuar a sentença, ou mesmo libertar o réu, é invocar insanidade temporária. Um psiquiatra militar está disposto a testemunhar. Mas pela frente vão ter o promotor de justiça local, D.A. (Brooks West), assistido por uma sumidade vinda da grande cidade, Claude Dancer (George C. Scott). Este é um daqueles chamados “dramas de tribunal”, como já foi referido e, portanto, tudo será dirimido com argumentos de ambas as partes, perante um júri de pessoas locais, escolhidas aleatoriamente, e um juiz particularmente cordato, Weaver (Joseph N. Welch), que procura sobretudo fazer ressaltar a verdade.
Acontece que Laura Manion não é santa de colocar no altar, tudo nela faz ressaltar a sensualidade e mesmo a provocação. E os jogos de bastidores intensificam-se. A defesa tenta tornar Laura uma dona de casa que procura divertir-se sem maldade com a pin box do bar, a acusação ataca-a pelo seu lado leviano. Esgrimem-se testemunhos contraditórios e todo o filme prende o espectador com o suspense desta troca de acusações, de inquirições de testemunhas, de revelações surpresa, de testemunhos inesperados. A estrutura do argumento é sólida e magnificamente conduzida, jogando com a investigação da defesa, esclarecendo factos ou obscurecendo outros, em proveito próprio.
Uma realização clássica, superiormente dirigida pelo austríaco Otto Preminger, faz de “Anatomia de um Crime” uma obra impar dentro do género, sendo que a fotografia de Sam Leavitt, num fulgurante preto e branco, é magnifica, bem como a banda sonora, onde sobressai a música de jazz de Duke Ellington. A descrição da pequena cidade é primorosa de rigor e autenticidade. Mas, num filme de tribunal, é perfeitamente compreensível que o elenco tenha de ser de altíssima qualidade para impor personagens e prender os espectadores. James Stewart é admirável na composição do discreto mas eficiente Paul Biegler, Lee Remick consegue inebriar na figura da provocadora Laura Manion, Ben Gazzara é secreto e misterioso como convém, Arthur O'Connell dá uma lição de bonomia e controlada truculência, George C. Scott é o impassível e incisivo promotor de justiça sem piedade nos interrogatórios e nas armas que utiliza. Os restantes mantém o nível, o resultado é brilhante.
Como se sabe, os mecanismos da justiça norte-americana são muito diferentes dos da Europa ocidental. Nesse aspecto, o filme é a lição para quem quiser perceber essas nuances e descobrir igualmente algumas das regras de ouro por que se rege uma democracia que acredita que pode abeirar-se o mais possível da verdade. É óbvio que a realidade nem sempre é como nos é narrada nos romances e nos filmes, mas é sempre bom ver defender as liberdades e os direitos dos cidadãos, mesmo num caso tão tortuoso como este que nos é apresentado, onde um estado de espírito alterado pela cólera e a sede de vingança pode ser considerado uma atenuante para um crime. Será licito moral e juridicamente? Também nesse aspecto, “Anatomia de um Crime” continua muito actual, ainda que, 50 anos depois, dificilmente o resultado fosse o mesmo.

                                                                                         O extraordinário cartaz e genérico de Saul Bass
ANATOMIA DE UM CRIME
Título original: Anatomy of a Murder
Realização: Otto Preminger (EUA, 1959); Argumento: Wendell Mayes, segundo romance de John D. Voelker; Produção: Otto Preminger; Música: Duke Ellington; Fotografia (p/b): Sam Leavitt; Montagem: Louis R. Loeffler; Design de produção: Boris Leven; Maquilhagem: Del Armstrong, Harry Ray, Myrl Stoltz; Direcção de produção: Henry Weinberger; Assistentes de realização: David Silver, Hal W. Polaire, Ray Taylor Jr.; Departamento de arte: Howard Bristol; Genérico: Saul Bass; Som: Jack Solomon; Efeitos especiais: George Harris; Companhias de produção: Carlyle Productions; Intérpretes: James Stewart (Paul Biegler), Lee Remick (Laura Manion), Ben Gazzara (Lt. Frederick Manion), Arthur O'Connell (Parnell Emmett McCarthy), Eve Arden (Maida Rutledge), Kathryn Grant (Mary Pilant), George C. Scott (Claude Dancer), Duke Ellington, Orson Bean, Russ Brown, Murray Hamilton, Brooks West, Ken Lynch, Howard McNear, Alexander Campbell, Ned Wever, Jimmy Conlin, Lloyd Le Vasseur, James Waters, Joseph N. Welch, etc. Duração: 160 minutos; Distribuição em Portugal: Columbia /Tristar (DVD); Classificação etária: M/12 anos; 

domingo, 15 de janeiro de 2012

OS POLICIAIS NO CINEMA (8) THIERRY JONQUET

 :
  THIERRY JONQUET E PEDRO ALMODÔVAR:
                    A PELE ONDE VIVEM

Para muita gente, crítico ou não, o último filme de Pedro Almodôvar, “La Piel que Habito”, é uma quase traição ao seu anterior percurso cinematográfico. Que é muito pouco almodovariano, muito frio, muito distanciado do que habitualmente faz, e etc. Na verdade, para ser franco, há alguns dispositivos novos nesta obra, mas não vejo por que razão essa novidade implica com a coerência de Almodôvar, muito pelo contrário. Julgo “A Pele em que Vivo” um dos filmes mais almodovariano dos últimos tempos, aceitando que o cineasta vai amadurecendo nalguns aspectos, criando novas tensões, desenvolvendo no entanto sempre as mesmas obsessões e fantasmas, os seus temas eternos e depurando estilo e narrativa.
O “thriller” não é novidade em Almodôvar. Já o havia tratado abertamente em “Em Carne Viva”, adaptação de um romance de Ruth Rendel, e já o havia abordado por diversas vezes em sequências de muitas outras obras suas, onde o tom de “film noir” está presente. É obvio que Almodôvar é um entusiasta do “policial”, sobretudo do “film noir”, quando este lhe permite analisar o lado mais obscuro da condição humana.
Curiosamente, “La Piel que Habito” parte de um romance de Thierry Jonquet, escritor francês de policiais, muito elogiado em França, pouco conhecido em Portugal, oriundo de uma família de comunistas, filho de um mecânico parisiense, desde muito novo que se comprometeu com as lutas operárias sob o pseudónimo de um caricaturista do século XIX, Daumier. Tornou-se depois membro da “Troskyite Lutte Ouvrière”. Estudou Filosofia, que abandonou, e interesou-se por Ergoterapia (terapia baseada na saúde e no bem estar psico-fisico, conseguidos através do trabalho), depois de ter sofrido um acidente de automóvel. Trabalha em serviços de geriatria, na reeducação de bebés com doenças congénitas, finalmente num hospital psiquiátrico. Estes ambientes marcaram a sua obra. O primeiro romance, publicado em 1984, mas escrito antes, é “Le Bal des Débris”, mas “Mémoire en Cage”, “Mygale” e “La Bête et la Belle” marcam o seu reconhecimento como escritor, obcecado por temas como a violência, as questões sociais, um forte erotismo, tudo escrito numa linguagem realista e poética. Editado em 2006, “Ils sont votre épouvante et vous êtes leur crainte” aborda o antisemitismo. Thierry Jonquet escreveu ainda alguns argumentos para bandas desenhadas, como “Du papier faisons table rase”, com desenhos de Jean-Christophe Chauzy. Assinou ainda algumas obras com pseudónimos, Martin Éden e Ramon Mercader, o primeiro a recordar Jack London, o segundo a evocar o assassino de Trotsky. Morreu cedo (1954–2009), mas deixou vasta obra, cerca de vinte títulos, de que “Mygale”, na sua primitiva edição em francês, ou “Tarantula” ou “Serpent's Tail”, nas suas versões inglesas, datada de 1995, parece ser a sua obra de maior destaque. Foi ela que serviu de base a esta adaptação, muito livre, de Pedro Almodôvar (com a colaboração do seu irmão Agustín Almodôvar).

Se o gosto de Almodôvar pelo policial é conhecido, a sua predilecção por melodramas de faca e alguidar é manifesta, desde a sua mais tenra idade de cineasta. Ele não abdica de uma boa intriga, com famílias disfuncionais, múltiplas peripécias onde paixões funestas e amores à desfilada se entrecruzam em situações limite, bem à maneira do romance de cordel popular. Esta sua nova obra parece atingir um clímax nesse aspecto.
Depois, há o desejo (a sua produtora chama-se mesmo “El Deseo”), o sexo, o proibido, o tabu, a provocação, tudo rodando à volta do corpo e de um aspecto muito preciso da transformação do corpo (travestis e transformistas são habituais frequentadores da sua filmografia). A base sobre que assenta “A Pele em que Vivo” é precisamente o corpo e a sua transformação.
O protagonista desta história, na sua versão cinematográfica, o médico cirurgião Robert Ledgard (um Antonio Banderas comedido e rigoroso, como há muito se não via), assemelhando-se em muito a um Frankenstein dos tempos modernos, procura “criar a mulher” (já Terence Fisher o tentara, numa obra notável, mas recriando a situação com o tradicional Dr. Frankenstein). Mas a obsessão de Robert Ledgard não é pegar em diferentes partes de vários corpos e criar o modelo de mulher ideal. É agarrar num homem e transformá-lo em mulher, através de uma operação ginecológica, mas sobretudo, porque essa é a área das suas pesquisas, através de um nova pele, resistente à dor, ao calor, às picadas, às ameaças do exterior.
O que está na base desta obsessão? Gal, a mulher, teve um acidente de carro e ficou carbonizada, ele tentou salvá-la por todos os meios ao seu alcance, mas acabaria por falhar, pois um dia a mulher olha-se ao espelho e suicida-se, atirando-se de uma janela abaixo. Fica a dor da perca e o remorso do falhanço. E fica a filha, Norma (um referência operática, mais ou menos óbvia), que um dia é violada e fica para sempre traumatizada, acabando por seguir o caminho da mãe. Robert Ledgard sabe quem foi o violador, persegue-o, encurrala-o numa cave e exerce sobre este prisioneiro pessoal todas as experiências possíveis, até ele adquirir os contornos de Vera (a belíssima e talentosa Elena Anaya), que mais tarde se chamará a si própria Vera Cruz. Ela será Vera (de verdadeira) para Ledgard, e Cruz (de calvário) para Vicente (Jan Cornet).
Há uma outra história paralela a esta, que com ela se cruza por diversos meios. A governanta, Marília (Marisa Paredes, como sempre magnífica), e principal cúmplice de Ledgard, é o resguardo seguro do seu palacete e a guardiã das suas experiências, que acompanha através de um ecrã ligado à bela masmorra onde Vera se vai transformando. Mas Marília tem um filho, Zeca (uma personagem de carnaval brasileiro, interpretada por Roberto Álamo), que um dia se esconde sob as saias da mãe, que viola Vera e que Ledgard descobre. O que Ledgard nunca descobrirá é que Zeca é seu irmão, e Marília sua mãe.
Não interessa aprofundar mais a história rocambolesca, e pícara em muitos aspectos. Este enunciado dá bem a medida das obsessões de Almodôvar e da forma como as aborda neste filme. O corpo que se transforma, os sexos que se diluem um no outro, a violência exercida sobre a pele como elemento erótico por excelência e, mais do que isso, a transformação imposta e a culpa que nasce deste acto. E a revolta. Nada de mais almodovariano se poderia encontrar.
Que Pedro Almodôvar é menos barroco do que habitualmente na construção dos cenários e da narrativa, é certo, ainda que a personagem de Zeca e a “boutique” da mãe de Vicente escapem para o ambiente dos seus primeiros filmes. Mas esta deslizagem de Almodôvar para um cinema mais clássico era já notória nos últimos títulos da sua filmografia. A mestria da sua arte continua, porém, inatacável, a direcção de actores é primorosa, e o resultado final é uma obra inquietante, belíssima na sua estética depurada, onde o corpo da mulher (da mulher viva, mas também da mulher “representada” em várias obras de arte que se dispersam pelas paredes da casa de Robert Ledgard) adquire um posição de eixo central que irá comandar toda a respiração deste filme profundamente perturbador.  
Visto o filme, voltemos ao romance que não se pode considerar um policial tradicional, mas que se inscreve mais na tradição do “roman noir”, aqui com laivos de fantástico (a tal referência a Frankenstein não é descabida, ainda que ela se remeta mais ao filme que ao livro). Como é sabido, o “roman noir” e o “film noir” participam de um olhar sobre a realidade social e de uma visão crítica sobre essa realidade. Pode conter ou não a personagem detectivesca, mas o seu cenário natural é o crime que se joga ou no submundo alternativo ou na alta sociedade corrupta e viciada. Este o ambiente de “Tarântula” (editado em Portugal pela Editora Objectiva, na sua colecção “Suma de Letras”).
Curiosamente, no romance o médico cirurgião Richard Lafargue não trabalha obsessivamente com a pele, mas sim com cirurgia plástica, o que implica obviamente o transplante da pele, mas não da forma como aparece na obra de Almodôvar, e que acaba por dar o nome ao filme.
De resto, há inúmeras diferenças entre o romance e o filme, ainda que o esquema central se mantenha. Richard Lafargue perdeu a mulher num acidente aéreo, e descobriu a filha, Viviane, violada por um jovem que perseguiu, raptou, encarcerou e a quem fez uma vaginoplastia, transformando-o numa mulher, Ève, que mantinha prisioneira em sua casa. Esta história, porém, não é contada de uma forma cronológica, mas habilmente entrelaçada, com avanços e recuos, com uma outra, a de Alex Barny, um brutamontes que fizera um assalto a um banco, durante o qual matara um polícia, se refugiara depois com um bem recheado saco de notas numa casa dos arredores de Paris, e resolve chantagear Richard para que este lhe fizesse uma operação plástica para mudar o rosto, e assim se furtar à perseguição policial. No filme, esta personagem surge completamente alterada, sob o nome de Zeca e as vestes de um mascarado “Tigre”. Sabe-se mais tarde que Alex e Vincent (o mesmo que seria transformado em Ève), tinham ambos violado Viviane de forma bárbara, acabando por a encerrar num hospício sem esperança de recuperação possível. Tudo se passa como uma planificada e meticulosa vingança de Richard Lafargue. Ele é a “tarântula” que tece a sua teia em redor da vítima. Como se diz no próprio texto de Thierry Jonquet, “ele era igual à aranha, lenta e misteriosa, cruel e feroz, ávida e insaciável com as suas presas, e porque ele se escondia, tal como ela, algures naquela casa, onde te mantinha sequestrado há meses, numa teia de luxo, numa ratoeira dourada, da qual ele era carcereiro e tu recluso.”
Ambas as obras têm propósitos algo diferentes, ainda que evoluindo por uma trama que os pode aproximar. Mas a adaptação de Almodôvar desliza para outros campos, acentuando obviamente a visão, as obsessões e os fantasmas do cineasta espanhol. O livro é muito bem escrito, com uma perversa sensualidade que por vezes relembra o Buñuel de “Belle de Jour”, deixando adivinhar um excelente escritor de quem, lamentavelmente, se conhece em Portugal apenas esta tradução.  


A PELE ONDE EU VIVO
Título original: La Piel que Habito
Realização: Pedro Almodôvar (Espanha, 2011); Argumento: Pedro Almodóvar, Agustín Almodôvar, segundo romance de Thierry Jonquet ("Tarantula"); Produção: Agustín Almodóvar, Bárbara Peiró Aso, Esther García; Música: Alberto Iglesias; Fotografia (cor): José Luis Alcaine; Montagem: José Salcedo; Casting: Luis San Narciso; Design de produção: Antxón Gómez; Direcção artística: Carlos Bodelón; Guarda-roupa: Paco Delgado; Maquilhagem: Tamar Aviv, Manolo Carretero, David Martí, Montse Ribé; Direcção de produção: Sergio Díaz, Toni Novella; Assistentes de realização: Manuel Calvo, Juan Carlevaris, David Esquivel, Eva Sánchez; Departamento de arte: Pablo Buratti, Vicent Díaz, Alejandra Loiseau; Som: Iván Marín; Efeitos especiais: Reyes Abades, Daniel Reboul, Joaquín Vergara; Efeitos visuais: Helen Marti Donoghue; Companhias de produção: Canal+ España, El Deseo S.A., Instituto de Crédito Oficial (ICO), Televisión Española (TVE); Intérpretes: Antonio Banderas (Robert Ledgard), Elena Anaya (Vera Cruz), Marisa Paredes (Marília), Jan Cornet (Vicente), Roberto Álamo (Zeca), Eduard Fernández (Fulgencio), José Luis Gómez (Presidente do Instituto de Biotecnologia), Blanca Suárez (Norma Ledgard), Susi Sánchez (mãe de Vicente), Bárbara Lennie (Cristina), Fernando Cayo (Médico), Buika (Cantora), Guillermo Carbajo, Agustín Almodôvar, Violaine Estérez, Sheyla Fariña, Esther Garcia, Teresa Manresa, Ana Mena, Chema Ruiz, David Vila, Jordi Vilalta, etc. Duração: 117 minutos; Distribuição em Portugal: Pris Audiovisuais; Classificação etária: M/ 12 anos; Estreia em Portugal: 17 de Novembro de 2011.

domingo, 8 de janeiro de 2012

OS POLICIAIS NO CINEMA (7) CAMILLA LACKBERG

:
CAMILLA LÄCKBERG, 
A ESCRITORA DE FJÄLLBACKA
Camilla Läckberg é outra escritora revelação que veio do frio, precisamente da Suécia, caminhando na peugada de nomes como os de Stieg Larsson e Henning Mankell. Portanto no campo do policial, mas afirmando-se como escritora plena, que já é tempo de se julgar os escritores de policial tão bons como os melhores, quando realmente o são.  
Desta escritora que nos agarra desde o seu primeiro volume, conhecemos em Portugal, “A Princesa do Gelo” (Isprinsessan, 2002), “Gritos do Passado” (Predikanten, 2004), "Teia de Cinza" (Stenhuggaren, 2005) e, finalmente, “Ave de Mau Agoiro” (Olycksfågeln, 2006). Estes são apenas os títulos traduzidos para Portugal de uma série de mais de uma dúzia de volumes até ao presente, entre policiais e outros, onde ainda se poderão incluir “Tyskungen” (The Hidden Child, na sua tradução inglesa, 2007), “Sjöjungfrun” (The Drowning, 2008), “Fyrvaktaren” (The Lighthouse”), “Snöstorm och mandeldoft” (The Scent of Almonds), “Smaker från Fjällbacka” (Flavours from Fjällbacka, um livro de culinária), todos de 2009, “Änglamakerskan” (The Angel Maker's Wife), “Fest, mat och kärlek” (Feast, Food & Love”, ambos de 2011, “Super Charlie” (2011), e “The Stranger” (2012). Para os entusiastas de Camilla Läckberg ainda há muito para ler, em futuras edições nacionais, que julgo, como as anteriores, asseguradas pela D. Quixote.
Esta escritora e esta série policial que nos é apresentada ostentam características muito específicas que será interessante sublinhar. Mas, ao contrário do que é normal, antes de falarmos da escritora, aproximemo-nos primeiramente das quatro obras já conhecidas e do respectivo ambiente onde decorrem.
Em “A Princesa do Gelo”, primeiro volume da série, vamos encontrar Erica Falk, de regresso à pequena cidade costeira da Suécia onde nasceu. Os pais morreram, a comunidade encontra-se traumatizada por uma inesperada tragédia. A sua amiga de infância, Alex, é encontrada morta na banheira de casa, com os pulsos cortados e o corpo mergulhado em água congelada. Fala-se em suicídio, mas Erika duvida. Convidada para escrever a evocação da amiga, ela que é conhecida por escrever policiais e biografias de mulheres suecas famosas, vê-se de repente no centro dos acontecimentos e de uma investigação particular que irá partilhar com Patrik Hedström, o policial local que investiga oficialmente o caso. Como sempre nestas circunstâncias, a pacata cidadezinha esconde no passado acontecimentos perturbadores. A cidadezinha é Fjällbacka, terra natal de Camilla Läckberg.
No volume seguinte, “Gritos do Passado”, a acção, funcionando como unidade em si só, vai no entanto recuperar personagens e situações do tomo anterior (o que irá acontecer em toda a série). Voltamos, portanto, a Fjällbacka e ao seu porto, onde um rapazinho irá descobrir, numa manhã de Verão muito quente, o cadáver de uma mulher alemã. A polícia inicia a investigação, percebe que se trata de um crime, mas as coisas complicam-se quando, no mesmo local, surgem mais dos esqueletos. Quem conduz o inquérito é o inspector Patrick Hedström, com todo o cuidado possível para não afugentar os turistas durante a época alta. Patrick, é bom que se saiba, juntara entretanto os trapinhos com Erika, e esta encontra-se em casa, grávida, à espera do primeiro filho. Contrariada com a inacção. Por isso decide intervir, pesquisando informações na biblioteca local, o que traz novas revelações, descobrindo-se que os esqueletos são seguramente de Mona e Siv, duas jovens desaparecidas há mais de vinte anos. Uma outra jovem desaparece e tudo parece apontar para mais um crime.  A família Hult, já nossa conhecida de “A Princesa do Gelo”, volta ao palco maior dos acontecimentos, com o seu patriarca, Ephraim, demagogo maior, e os seus dois filhos, Gabriel e Johannes, que se dizem dotados de poderes curativos, a levantarem largas suspeitas. Tanto mais que a família se encontra dividida por rivalidades antigas, que explodem em ódios indisfarçáveis.
"Teia de Cinzas" é o volume seguinte, este passado no Outono. Curiosa a importância que o tempo e a paisagem ocupam na literatura policial nórdica, uma tradição que já vinha das artes plásticas e que se acentuou no seu cinema, quer seja sueco, dinamarquês, norueguês. 
Fjällbacka continua a ser o cenário: um pescador que recolhia ovos de lagosta recupera do mar o corpo sem vida de uma jovem. Pensa-se num fatal acidente. Patrick Hedstrom volta a ser chamado para desencadear a investigação e reconhece de imediato que se trata de Sara, filha de Charlotte, uma amiga da família. Erika, em casa, não consegue atinar com a sua nova condição de mãe de um bebé chorão que não deixa dormir ninguém. Nem com a presença da sogra opinativa. Quando se procede, porém, à autopsia, descobrem-se cinzas na boca da defunta, cinzas essas que começam a surgir na boca de várias outras crianças de Fjällbacka, inclusive em Maja, a filha de Erika e Patrick, que são assim ameaçados na sua própria intimidade. Aparecem vizinhos desavindos, velhos caturras, e revelações cada vez mais suspeitas. Estamos bem. Estamos no interior de mais uma história de suspense de Camilla Läckberg.
O que volta a suceder em “Ave de Mau Agoiro », quarto e último título publicado em Portugal até ao momento. Mais uma vez uma vítima que parece causada por um vulgar acidente de viação, está no desencadear da intriga. Uma vez mais é Patrick Hedström que é enviado para o local do acidente, para tomar conta da ocorrência. Entretanto, os habitantes de Tanumshede, que fica muito perto de Fjällbacka, regozijam-se por a sua cidade ter sido escolhida para cenário de um “reality show” que fez sucesso noutras localidades e que promete levar o nome da cidade a todo o país, durante várias semanas televisivas. Uns poucos acham os concorrentes uns idiotas que só pretendem uns dias de fama, muito álcool e sexo em abundância para oferecer em directo ao voyeurismo dos telespectadores, mas a maioria da população passa-se com o acontecimento. Os media não largam o centro municipal, os jovens apinham-se para ver os silicones de Barbie e os peitorais de Uffe.
Acontece que o corpo da vítima do acidente pertence a Marit, que vive um relação lésbica, e a autopsia afiança que o grau de alcoolemia ultrapassa todos os limites do possível. O que é estranho numa pessoa que não bebia. Mais estranho ainda é a morte de uma das concorrentes, a Barbie que nunca terá sido muito popular entre os colegas, e aqui a investigação de dois crimes começa a assustar a esquadra local, dirigida por Mellberg, um incompetente megalómano.
Ora bem, chegados aqui já conhecemos um pouco o ambiente usual em que decorrem os romances de Läckberg. Uma pequena cidade costeira da Suécia, um casal como personagens centrais, Patrick, polícia, e Erika, escritora de policiais, os pequenos e grandes dramas de uma esquadra de província, as intrigas e os mexericos provincianos, a vida do dia a dia, que um ou vários crimes alteram por momentos. Tudo muito quotidiano, com as investigações policiais a serem entrecortadas por descrições caseiras da vida dos habitantes de Fjällbacka, oscilando entre a esquadra e os lares, entre o insólito que procura resolução, e o normal que tende à continuidade. Lá fora está o calor desmedido ou o frio rigoroso, há o presente e o passado, com uma escrita muito ágil, viva, sem floreados, atenta e atraente. Começa-se a ler um romance e não se pára. 
Ora o curioso é a relação de Camilla Läckberg, a quem chamam “a nova Agatha Christie que vem do frio”, com as suas histórias. Vamos, portanto, falar um pouco da escritora. Nasceu no dia 30 de Agosto de 1974, em Fjällbacka, na Costa Ocidental da Suécia, a cerca de 140 km de Gotemburgo. Cidade histórica, que data do século XVII, é zona pesqueira e turística, com cerca de mil habitantes residentes, e multidões no Verão.
Camila formou-se em Economia, pela Universidade de Gotemburgo, trabalhou como economista em Estocolmo, frequentou um curso de escrita criativa de policiais e mudou de vida. Ela já gostava de policiais desde criança, devorava livros e escrevia desde os cinco anos, e, em 2003, quase a entrar nos trinta, lançou “A Princesa do Gelo”. Três anos depois batia recordes de vendas na Suécia e pouco depois era traduzida em 32 países. Em 2009, foi a sexta escritora mais lida na Europa. Em Julho de 2010, casou-se com Martin Melin, que nos dizem um mediático oficial da polícia, muito conhecido do público da Suécia por ter participado num “reality show”, “Survivor”, em 1997. Ele ajuda-a a escrever os seus livros, oferecendo-lhe os conhecimentos do dia a dia da esquadra, a que ela corresponde com a erudição própria de uma mulher casada, mãe de três filhos. Deste caldo de culturas nascem as obras que deliciam leitores de todo o mundo. Certamente porque há muito de vivido, de autêntico, de genuíno naquilo que ela escreve, muitas vezes seguramente com algo de autobiográfico. Entre a realidade do documento e a imaginação da ficção. Mais um pormenor: tem três filhos: Wille, Meja e Charlie. Meja? Onde é que eu já vi um nome tão parecido?
Ganhou vários prémios literários, entre os quais o “Folket” em 2006, e, no ano seguinte, alguns romances seus começaram a ser adaptados à televisão. “Isprinsessan” e “Predikanten”, em 2007, “Stenhuggaren” em 2009, “Olycksfågeln” em 2010, e “Fjällbackamorden: Havet ger, havet tar”, em conclusão, para emissão durante 2012. Produção sueca, os dois primeiros realizados por Jonas Grimås, o terceiro e o quarto dirigidos por Emiliano Goessens, o próximo terá a assinatura de Marcus Olsson. Elisabeth Carlsson (Erica Falck) e Niklas Hjulström (Patrik Hedström) são os protagonistas dos quarto primeiros telefilmes, e Claudia Galli (Erica) e Richard Ulfsäter (Patrick) anunciam-se para o próximo. 
Mas muito mais se espera deste universo tão sedutor para adaptar ao cinema.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

OS POLICIAIS NO CINEMA (6) EDGAR ALLAN POE

:
 NOTAS SOBRE 
EDGAR ALLAN POE NO CINEMA

1. EDGAR ALLAN POE, A VIDA

Em Janeiro de 2009 comemoram-se dois séculos sobre o nascimento de Edgar Allan Poe, certamente um dos vultos maiores da literatura norte americana e um dos homens que mais influência exerceu sobre o imaginário (não só a literatura, mas também o cinema, o teatro, a música, as artes plásticas…) dos séculos XIX e XX.
Nascido em Boston, nos Estados Unidos da América, a 19 de Janeiro de 1809 e falecido a 7 de Outubro de 1849, em Baltimore, foi escritor, poeta, romancista, crítico literário e editor, cultivando (ou mesmo inventando) géneros como o policial, a ficção científica, o terror, o horror, o fantástico… Na verdade, ao lado de Jules Verne, ele é um dos precursores da literatura de ficção científica e fantástica modernas. Algumas das suas novelas, e lembramos “The Murders in the Rue Morgue” (Os Crimes da Rua Morgue), “The Purloined Letter” (A Carta Roubada) ou “The Mystery of Marie Roget” (O Mistério de Maria Roget), figuram entre as primeiras obras reconhecidas como policiais. Foi ainda o autêntico iniciador de uma moderna literatura norte-americana. Todos lhe devem muito.



Os pais de Edgar Allan Poe provinham de famílias irlandesas e escocesas. Era filho de um actor, David Poe Jr., que abandonou a família em 1810, e de uma actriz, Elizabeth Arnold Hopkins Poe, que morreu de tuberculose em 1811. Órfão aos dois anos de idade, Poe saltou para o colo de Francis Allan, que ao que tudo indica o idolatrava, e do marido John Allan, mercador de tabaco de Richmond, comerciante bem sucedido na vida que, todavia, nunca mostrou particular afeição pelo jovem. Nunca o adoptou legalmente, apesar de Edgar usar o sobrenome Allan. Viajaram até Londres, onde frequentou a escola de Misses Duborg, e a Manor School, em Stoke Newington, tendo depois a família regressado a Richmond em 1820. Em 1826, cursou durante um ano a Universidade da Virgínia, sendo expulso mercê do seu estilo aventureiro e boémio. Noitadas, jogo, mulheres, e álcool, a que tudo indica ela ultra susceptível: o que seria uma dose inofensiva para a maioria, nele revelava-se de efeito fulminante. Por tudo isto, e muitas dívidas ao jogo, desentende-se com o padrasto, e alista-se nas forças armadas, sob o nome Edgar A. Perry, em 1827. Nesse ano, Poe publicou o seu primeiro livro, “Tamerlane and Other Poems”. Depois de dois anos de serviço militar, foi dispensado. Em 1829, a madrasta morre, ele publicou o seu segundo livro, “Al Aaraf”, e reconciliou-se com o seu padrasto, que o auxilia a entrar para a Academia Militar de West Point. Desobediente e rebelde, acaba de novo expulso, em 1831. Foi a gota que transbordou e o padrasto repudiou-o definitivamente. Morreria em 1834, sem o considerar no seu testamento.
Edgar Allan Poe mudou-se, para Baltimore, para casa de uma sua tia viúva, Maria Clemm, e da filha, Virgínia Clemm. Durante esta época, Poe escreveu muita ficção que o ajudou a sobreviver. Em finais de 1835, tornou-se editor do jornal “Sothern Literary Messenger”, em Richmond, lugar que ocupou até 1837. Entretanto, casa, em segredo, em 1836, com a sua prima Virgínia, que contava na altura apenas treze anos.
Em 1837, Poe vai para Nova Iorque, onde passaria quinze meses aparentemente improdutivos, antes de se mudar para Filadélfia, e pouco depois publicar “The Narrative of Arthur Gordon Pym”. No verão de 1839, é editor assistente da “Burton's Gentleman's Magazine”, onde publicou um grande número de artigos, histórias e críticas. Nesse mesmo ano, foi publicada, em dois volumes, a sua colecção “Tales of the Grotesque and Arabesque” (traduzida para francês por Baudelaire como "Histoires Extraordinaires" e para português como Histórias Extraodinárias), que, apesar do fracasso de vendas, se torna rapidamente uma referência literatura norte-americana.
Pouco depois, Virgínia Clemm descobre que sofre de tuberculose, e o desenlace é rápido. A doença e a morte da mulher levam Poe ao consumo excessivo de álcool e, algum tempo depois, este deixou a “Burton's Gentleman's Magazine” para procurar um novo emprego. Regressa a Nova Iorque, onde trabalhou brevemente no “Evening Mirror”, antes de se tornar editor do “Brodway Journal”. No início de 1845, foi publicado, no jornal “Evening Mirror”, o seu popular poema “The Raven” ("O Corvo"). Em 1846, o “Brodway Journal” faliu, e Poe mudou-se para uma casa no Bronx, hoje conhecida como “Poe Cottage”, casa museu aberta ao público, onde Virgínia viria a morrer no ano seguinte. Cada vez mais instável, Poe tenta seduzir a poeta Sarah Helen Whitman, noivado que acabaria por falhar, alegadamente em virtude do comportamento errático e alcoólico de Poe, mas provavelmente também devido à intromissão da mãe da noiva. Nesta época, segundo relatos próprios, Poe tenta o suicídio, encharcando-se em láudano. Acaba por regressar a Richmond, onde retoma a relação com uma paixão de infância, Sarah Elmira Royster, nessa altura viúva.
A 3 de Outubro de 1849, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, com roupas que não eram as suas, em estado de “delirium tremens”. É levado para o Washington College Hospital, onde veio a morrer quatro dias depois. Nos derradeiros dias nunca conseguiu estabelecer um discurso coerente, de modo a explicar como tinha chegado à situação na qual foi encontrado. As suas últimas palavras teriam sido, de acordo com determinadas fontes, “It's all over now: write Eddy is no more” (“Está tudo acabado: escrevam Eddy já não existe”). De acordo com outras fontes, as últimas palavras teriam sido “Lord, help my poor soul" (Senhor, ajuda a minha pobre alma!”). Se a vida de Edgar Allan Põe nunca foi linear e clara, a sua morte transformá-lo-á num mito, tal a invulgar dificuldade em ser esclarecida. As causas nunca foram apuradas, sendo vulgar, atribui-la a embriaguez comatosa. Mas surgem outras explicações ao longo dos anos, como diabetes, sífilis, raiva, e doenças cerebrais não especificadas.
Todo este universo de extrema lucidez e/ou profunda loucura acaba por ser usado/aproveitado/ transfigurado de forma brilhante e genial pelo autor na escrita da sua obra literária, muito mais propensa a um terror psicológico, à criação de uma ambiência fantástica, do que comprazer-se na descrição de actos de terror gratuito. A loucura e a doença dos seus protagonistas (todas as suas obras se mostram, não diremos autobiográficas, mas assumidamente pessoais, porque escritas na primeira pessoa) leva-os a actos estranhos, delírios, pesadelos, odientos crimes.



2. ROGER CORMAN E O "CICLO POE" 
NA REVISTA FILME (1963)


A recuperação deste texto meu, datado de 1963, e aparecido na revista “Filme”, dirigida por Luís de Pina, é uma curiosidade que não deixa de suscitar nostalgia e um irónico sorriso. Creio que foi o meu primeiro trabalho para essa revista, e motivou um dos primeiros encontros com Luís de Pina, de quem tive o privilégio de vir a ser amigo, até à sua morte permatura. Depois, nesse ano, muito poucos davam atenção a obras estreadas em cinemas populares como o Olympia, onde se lançaram em Portugal quase todos os filmes de Roger Corman. Na altura eram salas “inferiores”, onde raramente se estreavam obras de certa “dignidade” cinematográfica. Foi lá que descobri Roger Corman, foi nessa altura que o defendi com unhas e dentes, este um dos textos onde isso aconteceu. Mais tarde, tudo mudou e Corman tornou-se um “must” da “inteligência” internacional (logo da “inteligência” nacional). Ultimamente até com passagem na elitista Cinemateca Portuguesa. Mas no catálogo do Ciclo dedicado a Roger Corman não aparece uma única referência a estes textos, escritos por um crítico de 21 anos. Mas surgem muitas transcrições de textos estrangeiros, todos eles referentes a publicações posteriores a 1985. Curioso.

A recente exibição entre nós, com o curto intervalo de dois meses, de várias películas de Roger Corman – “A Queda da Caso Usher” (“The Fall of House of Usher”), “O Fosso e o Pêndulo” (“The Pit and the Pendulum”), A Maldita, o Gato e a Morte” (“Tales of Terror”) e “Armas em Fúria” (“The Gunlinger») (1), chamou a atenção do público e da crítica lisboeta para este jovem realizador que produziu já cerca de sessenta películas, tendo realizado, dentre estas, quarenta e tantas.
Roger Corman (2) nasceu em Michigan (Detroit), a 5 de Abril de 1926. Fez os estudos primários na Califórnia e frequentou a Universidade de Standford. Durante a 2ª Grande Guerra, encontramo-lo num curso preparatório para oficiais da Marinha, donde sai bacharelado em ciências marítimas. Quando a guerra terminou, Corman trabalhou como engenheiro, “durante quatro dias” (como ele próprio afirma), findos os quais se emprega na Twentieth Century Fox.
Tendo passado por quase todos os lugres que conduzem à criação cinematográfica, propriamente dita, Corman tornou-se, rapidamente, um “story analyst”, altura em que partiu para Inglaterra, a fim de apresentar uma tese na Universidade de Oxford, sobre literatura inglesa. Antes de regressar à América, viajou pela Europa, tendo-se fixado algum tempo em Paris. De volta à Califórnia dispersou colaboração literária por diversos revistas e escreveu alguns argumentos que mereceram a adaptação ao cinema.
Finalmente, em 1954, produziu um filme sobre um “script” seu (“Monster from the Ocean Floor”) e nesse mesmo ano funda uma nova empresa produtora de filmes (a American-lnternational-Píctures) cuja primeira película foi “The Fast and the Furious”, com Dorothy Malone e John Ireland.
No ano seguinte (1955) realiza o seu primeiro filme (“Five Guns West”), um “western” que teve muito bom acolhimento e lhe abriu as portas a uma carreira fecunda e promissora.
Quase nunca a abundância reflecte qualidade ou, pelo menos, honestidade de processos e de fins. Poderá, portanto, começar por pensar-se que Roger Corman, realizando uma média de sete ou oito filmes anuais (quarenta e cinco, em sete anos), alcançando mesmo os dez, nalguns anos, é o género de realizador puramente comercial, sem pretensões de qualquer espécie, a não ser as sempre deploráveis intenções de mistificar, agradando ao público, servindo-o nos seus instintos mais primários. Ora tal não parece ter sido nunca o caso de Roger Corman, de quem conhecemos apenas três das obras atrás mencionadas, mas de quem colhemos excelentes referências de probidade profissional e cujas duas últimos obras conhecidas – “Young Racers” e “The Intruder” - reflectem preocupações de ordem social, bem definidas.


O caminho percorrido por este jovem - o inverso do de um Martin Ritt, de um Sidney Lumet ou de um Delbert Mann, que começaram as suas carreiras com obras que se recusavam moldar ao esquema comercial da máquina de Hollywood - parece igualmente assegurar um interessante futuro onde serão possíveis películas de grande qualidade.
É interessante referir o tipo de produção que Corman adoptou e que revela, apesar de ser genuinamente americano, uma certa originalidade de processos. Para conseguir um ritmo de produção que lhe permitisse alcançar a médio de sete a oito filmes por ano, Corman rodeou-se de uma equipa de colaboradores, que tem mantido, o mais que lhe é possível, de película em película, desde 1960.
Deste grupo homogéneo e seguro fazem parte o operador Floyd Crosby, o director artístico Daniel Haller, o escritor Richard Matheson (que, como veremos, foi o homem da ideia de um ciclo de adaptações cinematográficas de obras do grande escritor norte-americano Edgar Allan Poe), o músico Ronald Stein, o primeiro actor Vincent Price e mais alguns actores secundários. Uma equipa assim estruturada possibilita a realização duma película, num tempo de rodagem mínima e com um orçamento reduzido, em comparação com o que é normal e usual entre as empresas norte-americanas.
Assim, uma película para este jovem director demora, em regra, quinze dias em filmagens (Roger Corman conta que terminou uma das suas histórias em dois dias e uma noite!} e a orçamento nunca ultrapasso os 750.000 dólares, tendo até conseguido dirigir alguns com a importância de 15.000 dólares. No respeitante ao elenco, Corman chama, somente, para cada uma das suas obras, um actor de nomeada, a quem entrega o papel mais espinhoso (Boris Karloff, Peter Lorre, Ray Milland, Dorothy Malone ou Vincent Príce), trabalhando, nos restantes personagens, com actores desconhecidos.
A maioria das suas obras são de uma grande honestidade e as suas pretensões nunca vão além do que lhes é lícito pedir. Na sua filmografia encontramos filmes de “cow-boys”, musicais (de “rock-and-roll”), de ficção-cientifica, biografias de gangsters, reconstituições históricas, fantasias interplanetárias, filmes de terror, adaptastes shakespearianas e, por último, obras de pretensões sociais (como a luta anti-racista e anti-fascista em “The Intruder”). Em todos estes géneros, segundo o testemunho de críticos conhecedores de grande parte da sua filmografia, revela-se Corman um director que sabe enquadrar e se integra bem em qualquer espécie de conflito e dele extrair as necessárias ilações, que tornam as obras curiosas e interessantes.
Autor extraordinariamente fecundo, Roger Corman, ao falar dos seus filmes, afirmou: “Os filmes de pequeno orçamento que fiz no passado foram para mim uma excelente ocasião de aprender o meu ofício e creio que divertiram muita gente.”
Noutra passagem, Corman diz: “Verdadeiramente não me lembro de todos os meus filmes, mas entre os mais importantes que produzi e realizei, posso citar, por ordem: “Five guns west”, “Apache Women”, “The day the word ended”, “Swamp women”, “Thunder over Hawaii”, “Rock all night”, “The undead”, “The gunshinger”, “Not of this earth”, “Machine gun Kelly”, “l mohster”, “Bucket of blood”, “War of the satellite”, “The wasp woman”, “Ski troop attack”, “The lost woman on earth”, “Little shop of horrors”, “The fall of the house Usher”, “The pit and the pendulum”, “The primature burial”, “The intruder”, “Tales of terror”, “The young racers”, “The Terror” e “The Raven”.
Roger Corman tornou-se conhecido e admirado sobretudo a partir de 1960, altura em que, como vimos, resolveu adaptar ao cinema um ciclo de obras de Edgar Allan Poe. Entregando o trabalho da adaptação ao argumentista Richard Matheson, que Iho havia sugerido, Corman rodou em três anos, cinco películas baseavas em histórias desse escritor (em 1960, “A Queda da Casa Usher”; em 1961, “O Fosso e o Pêndulo”, “The prematura burial”, “A Maldita, o Gato e o Morte” e 1962, “The Raven”.
Na realização destas obras, importantíssimas numa futura história do fantástico no cinema, Corman conseguiu uma reconstituição felicíssima da ambiência fantasmagórica, característica de Poe, desse “universo necrófilo”, perfeitamente captado das obras literárias, que conferem a estas películas um lugar destacado, no que poderemos chamar, a tradição aristocrática, de fundo literário, do filme de terror.

Galeria de monstros psicológicos, de heróis dementes, de homens atacados pela loucura, de seres em cujo inconsciente se revelam os mais completas e profundas obsessões, eis o que se poderá generalizar, através duma visão rápida do ciclo dedicado a Poe. Convém aqui lembrar que Richard Matheson concebeu os argumentos mediante o estudo de Marie Bonaparte (discípula de Freud) das obras completos do desditoso escritor norte-americano. Assim compreenderemos melhor e mais facilmente aceitaremos este universo poético, é certo, mas psicologicamente doentio, patológico, atormentado pelos mais variados casos de demência, que vão desde a alucinação, ao sonambulismo, ao estado cataléptico, à hipersensibilidade, passando pelas heranças hereditárias, pela obsessão ou pelos espíritos visionários, onde o espectro da morte balança, constantemente, frente aos olhos aterrados das suas vítimas, em quem parece pesar um destino inalterável.
Em “A Queda da Casa Usher” encontramos Roderick Usher que, por herança familiar, é hipersensível, atormentado com um som mais agudo, numa luz mais forte, um odor mais penetrante. Esses sentidos haviam causado já a perdição dos seus ascendentes que degeneraram em loucos assassinos. A sombra da fatalidade, fazendo-se sentir ao longo de toda a película, predispunha os espectadores a aceitarem como única a destruição daquela casa, no interior da qual, em ambientes de requintado bom gosto, evoluíam os personagens.

É, igualmente, um caso de hereditariedade o narrado em “O Fosso e o Pêndulo” (cuja sequência final, no fosso, é digna de uma antologia do simbolismo em cinema). Aqui, o protagonista é Nicholas Medino, que em criança vê o pai matar o tio e emparedar viva a mulher, que o atraiçoara, depois de a haver flagelado, selvaticamente. Esta visão gravou-se no espírito de Nicholas que, auto-sugestionando-se, pensa igualmente ter emparedado viva a mulher. Como por fatalidade as previsões confirmam-se e acaba por se repetir a história.
Em “A Maldita, o Gato e a Morte” é a morte o elemento de ligação entre os três contos que constituem o filme. Se bem que não respeitando totalmente as intrigas engendradas pela prodigiosa imaginação de Poe, Corman capta, de modo feliz, este ambiente doentio, mórbido e fatalista do genial poeta. As três histórias são “Morella” (um caso de vingança, tendo por base a transmudação dos espíritos; “O Gato Preto” (onde Corman se compraz na descrição do emparedamento dum casal, levado o cabo por um marido atraiçoado e da sua consequente descoberta, tudo isto envolvido em momentos de espirituoso sadismo) e “O Estranho Caso do dr. Valdemar” (um problema de hipnotismo “in articulo mortis”). Dentre todas estas narrativas fantásticos, preferimos, sem dúvida “O Gato Preto” que é, estrutural e esteticamente, o melhor pedaço de cinema deste filme. “Morella”, aparte uns pequenos e dispersos apontamentos de bom efeito, não logra alcançar o nível a que Corman nos habituou já, o mesmo se podendo dizer de “O Estranho Caso do dr. Valdemar”, por demais estético para subjugar o espectador.
O mérito de Roger Corman, ao filmar as películas consagradas ao ciclo Põe, consiste na perfeita identificação conseguida com o universo do escritor, quer na ambiência escolhida (exteriores, decoração de interiores, guarda-roupa, etc.), quer na utilização frequente duma simbologia em que Poe se revelou um antecessor de Freud e da psicanálise, quer na composição de “flash–backs” ou na construção de sonhos (filmados por intermédio de lentes de uma só cor), quer ainda na escolha dos intérpretes, donde sobressai, de forma brilhante, o trabalho de Vincent Price, actor de extraordinários recursos histriónicos e vocais que conseguiu, tanto em “O Fosso e o Pêndulo” (onde, em sucessivas gradações, se vai observando a sua lenta evolução para a loucura), como em “A Queda da Casa Usher”, criações duma perfeita concepção. Neste particular, “A Maldita, o Gato e a Morte” é um filme decisivo: Vincent Price interpreta nele três figuras diferentes e em qualquer delas o seu trabalho é magnífico. Em “O Gato Preto”, encarnando num conhecido e enfático provador de vinhos, contracenando com esse, “arranca” um desempenho notável. Como afirmou Robert Benayoun, Roger Cormon, “nesta série incomparável, rende o mais bela homenagem do cinema o Edgar Poe.”
“The Intruder” foi exibido, no ano passado, no Festival Internacional de Veneza, alcançando uma inegável corrente de simpatia por parte da crítica presente. Como esta obra nos não visitou ainda, vejamos o que dela disseram:
Roger Corman: “De todos os meus filmes o que prefiro é “The Intruder”. Quando o fiz estava para financiar qualquer filme de pequeno orçamento, mas incapaz de obter um financiamento qualquer para um filme mais caro ou um assunto mais sério. Comprei os direitos do romance por duas razões: primeiramente, acreditava no tema e estava seguro de poder extrair dele um bom filme, e em segundo lugar, estava um pouco fatigado com o género de filmes que rodava e queria ensaiar qualquer coisa de fundamentalmente diferente. Quando preparava o argumento apercebi-me com surpresa que ninguém me queria financiar o filme. Todos os grandes estúdios de Hollywood me desencorajaram e finalmente decidi jogar todas as minhas economias, que me vinham dos filmes de pequeno orçamento, e adiantar eu próprio os créditos.”
“O filme foi inteiramente rodado em exteriores no Sul e em três semanas, com todos os papéis (excepto os protagonistas) interpretados por pessoas da região. Até agora os críticos americanos têm-no elogiado bastante e espero que ele anunciará para mim uma série de filmes mais significativos”.
Roberto Benayoun (crítico de “Positiv”): “The Intruder” continua fiel à linha geral do seu autor. Corman descreve o fanático Adam Cramer, vindo para sabotar a integração numa pequena cidade do Sul, como um revolucionário, um visitante de um outro mundo. Cramer, de físico sedutor, apresenta-se a todos de uma gentileza extrema, com o frase-chave: “Vamos ser amigos, não é verdade?” Depois, com o nome de Patrick Henry Society, começa a semear a dúvida nos espírito, sobe a uma tribuna e lança mensagens inflamadas, onde sugere a invasão da Américo, pelos judeus e pelos comunistas: “Quereis dirigentes negros como em Chicago? Quereis que sejam médicos negros a trazerem os vossos filhos ao mundo?” Por fim, assegura a colaboração dos elementos turbulentos da cidade, blusões negros, políticos desonestos e linchadores em potencia, constrói com todas os peças um véu de licenciosidade que poderia lançar fogo à pólvora.”
“Mas como todos os heróis de Corman, Cramer tem lacunas características que o perderão. Pueril e galanteador, brinca com o revólver diante do espelho e ensaia os seus dotes juvenis de sedução nas mulheres alheias. É um marido enganado, inimigo subestimado, que o desmascarará finalmente e voltará contra ele a cidade revoltada.”
«Corman reuniu aqui um testemunho incisivo, um retrato inquietante sobre um aspecto contemporâneo do fascismo U. S. A. e sem qualquer apaziguamento específico ao género, nem atenuando a realidade. Seria muito fácil proclamar que Corman se entrega por fim a um assunto sério. “The Intruder” para mim não fez senão confirmar o génio dum realizador cujo obra, rica e diversa, sobe o declive.”

Júlio C. Acerete (crítico de “Nuestro Cine”): “Sem dúvida, “The Intruder” não chega aonde seria necessário, o que não impede que o filme tenha sofrido pressões para a sua distribuição nos Estados Unidos. De qualquer modo, fica claro que a prolixidade criadora de Corman não significa vulgaridade, já que os seus filmes possuem um certo interesse. Mas, como acontece com muitos realizadores, pode ser que Corman tenha mais importância em filmes como os pertencentes ao seu ciclo dedicado a Poe que em obras aparentemente mais importantes, como este “The Intruder”.
LAURO ANTÓNIO, in Revista “Filme” (1963)


(1) - Da lista de programoção da Sif para 1963-64, consta ainda uma película de Roger Corman, “The Prematore Bureal”, com o título, “Enterrado Vivo”, pelo que é natural que o vejamos brevemente.
(2) - Sobre Roger Corman, chamo a atenção dos leitores para o excelente estudo de Robert Benayoun, publicado no n.º 50-51-52, da revista “Positif”, e ainda para o artigo “Presentacón de Roger Corman”, de Júlio C. Acerete, vindo a público no n-° 20 de “Nuestro Cine”.


3. NOTAS SOBRE EDGAR ALLAN POE NO CINEMA
Ao analisar de forma muito rápida e sucinta a filmografia extraída de obras de Edgar Allan Poe, cumpre desde logo fazer ressaltar algumas ideias chaves. A primeira é a de que, apesar deste escritor ser um dos expoentes máximos da literatura fantástica e um dos mestres da literatura mundial, mais ainda um dos iniciadores da literatura moderna, um poeta admirável, um contista exemplar, um precursor do romance policial, poucos foram os grandes mestres da História do Cinema que dele se aproximaram buscando inspiração para obras suas. Há casos, certamente, Griffith e Fellini são dois exemplos possíveis, mas nem os filmes daí resultantes foram dos mais conseguidos, nem dois ou três títulos em mais de duas centenas de filmes são marca significativa.
Vejamos então quem se tem interessado pela obra de Edgar Allan Poe no campo do cinema. Não erraremos muito se os juntarmos em três grupos: alguns, não muitos, vanguardistas europeus e norte-americanos, ligados a escolas surrealistas ou expressionistas (Jean Epstein, Robert Florey, Edgar G. Ulmer, etc.), alguns mestres de série B, que representam o que de melhor a inspiração de Poe nos legou no cinema (nomeadamente Roger Corman, Gordon Hessler, ) e um grupo vasto de artesãos de série Z, mais interessados no negócio do que em arte, mas que não deixa de ser significativo preferirem Poe em tantas ocasiões, umas por oportunismo, servindo-se do nome e do prestígio do escritor, outras por sincero interesse literário, nem sempre devidamente vertido em imagens, é certo!.
Outro aspecto curioso a sublinhar: as obras de Edgar Allan Poe raras vezes são adaptadas de forma muito fiel à intriga e ao esquema dramático das mesmas, preferindo-se-lhes uma adaptação ao espírito, à atmosfera, às obsessões do escritor. Nem por isso, no entanto, muitas das adaptações não serão conseguidas, sobretudo na forma como continuam ou prolongam o clima gótico de uma indisfarçável estranheza e mistério.


4. O POLICIAL EM EDGAR ALLLAN POE: 
“MURDERS IN THE RUE MORGUE”
(VÁRIAS ABORDAGENS)
No início da década de 30, nos EUA, uma produtora, a Universal, inspirando-se nas obras expressionistas que tinham feito o sucesso do cinema alemão nos anos 20, recorreu a um conjunto de clássicos da literatura fantástica que adaptou ao cinema, e lançou no mercado um grupo de filmes de terror que marcaram uma época. “Drácula”, “Frankenstein”, “O Homem Invisível”, “O Homem Lobo”, “A Múmia” foram alguns títulos dos mais recordados, onde se notabilizaram cineastas como Tod Browning ou James Whale, e actores como Boris Karloff e Bela Lugosi. Mas houve outros títulos igualmente notáveis, alguns retirados de obras de Edgar Allan Poe, como “O Crime da Rua Morgue”, “O Corvo” e “Magia Negra” (The Black Cat). São todas elas de princípios dos anos 30, assinadas por realizadores de prestígio, como Robert Florey ou Edgar G. Ulmer, todas interpretadas por Bela Lugosi, então no auge do seu fascínio, em duas delas ao lado de Boris Karloff, e que não ficam muito atrás dos clássicos sempre citados deste período.
“O Crime da Rua Morgue”, de 1932, parte do romance homónimo de Edgar Allan Poe, não se cingindo nem muito nem pouco à intriga original da obra literária, antes usando e abusando das liberdades criativas dos seus argumentistas, realizador e produtores. Desta adaptação consta, aliás, uma lista de participantes bem larga (Robert Florey, Tom Reed, Dale Van Every, John Huston e Ethel M. Kelly) que devem ter mexido e remexido o caldo até este conhecer a espessura que hoje lhe dá o sabor da época.
Consta que Bela Lugosi e Robert Florey, actor e realizador do elenco fixo da Universal e que estavam indigitados para representar e dirigir “Frankenstein” (substituídos, à ultima hora, respectivamente por Boris Karloff e James Whale), vieram parar a “Murders In The Rue Morgue” como compensação pela saída dessa outra obra que se tornaria um dos mais sólidos clássicos da história do fantástico no cinema. Mas, na verdade, tanto Bela Lugosi, que triunfara brilhantemente meses antes em “Drácula”, como Boris Karloff, que atingiria o estrelato com “Frankenstein”, se tornaram de um dia para o outro os símbolos máximos do terror em terras norte-americanas.

Como se sabe, no original de 1841 de Edgar Allan Poe o essencial é o elogio de uma lógica dedutiva e analítica em que o protagonista, o jovem August Dupin, é pródigo. A novela vive muito do esclarecimento de um caso, de aparente impossível resolução, ocorrido na rua Morgue, de Paris. Duas mulheres, mãe e filha, são assassinadas barbaramente, mas o mais estranho de tudo, é a forma como os cadáveres de ambas aparecem, um escondido no interior de uma chaminé de lareira, o outro, degolado, nas traseiras do prédio. A multidão e a polícia que acorreram e subiram escadas acima, impediam a fuga de qualquer intruso por essa via, mas dentro de casa, num cenário de dantesca brutalidade, as janelas estavam fechadas e trancadas e não havia qualquer outra hipótese de fuga. Mas a multidão ouvira vozes masculinas, para lá dos gritos estridentes das mulheres assaltadas. Todo afirmam que uma das vozes era de um francês, mas a outra voz merece os mais desencontrados comentários. A polícia investiga, os poderes inquietam-se, os cidadãos vivem aterrorizados, mas ninguém parece acertar com a identidade do ou dos assassinos. Há mesmo um empregado de banco que é preso, suspeito de se ter servido de informações pessoais para certamente extorquir pesada soma às damas em questão, mas não há roubo, apesar de existirem quatrocentas moedas de ouro espalhadas pelo chão. Pierre Dupin necessita apenas de ler as notícias publicadas nos jornais locais e de uma sóbria peritagem no local do crime, para fazer publicar um anúncio num diário parisiense e esperar calmamente que o dono do chimpanzé apareça para o reclamar, levando-o depois a confessar como tudo se passou. “Elementar, meu caro Watson”, dirá, anos mais tarde, Conan Doyle, depois de ter lido e relido Poe, que lhe serviu obviamente de inspiração para conceber a sua fabulosa figura de Sherlock Holmes, com o mesmo tipo de faro intuitivo, a mesma dedução, o mesmo cariz analítico. Nada brota do zero, tudo se transforma, é conceito comummente sabido e aceite. Se a novela é deste tipo, esta versão de Robert Florey, de 1934, exagera nos floreados, ainda que se mantenha muito perto da atmosfera original, uma brumosa cidade de Paris, no ido ano de 1845, carregada de sombras ameaçadoras, de escadas de sinistro traçado, de contrastada iluminação de um claro-escuro de franco alento expressionista (podem referir-se como fontes de influência, mais ou menos directa, obras como “O Gabinete do Dr. Caligary” ou “Der Golem”, ambas de 1920, ou “Nosferatu”, de 1922, por exemplo), mas muito distante da intriga da novela. Pouco se fala de análise dedutiva, mas entra-se abertamente no campo dos sábios loucos e obstinados, das torturas e das experiências científicas, temas igualmente tão do agrado de Poe: Bela Lugosi, aqui na personagem do Dr. Mirakle, que não existe na novela, vive obcecado pela teoria darwineana da evolução, na qual o homem descende do macaco, e procura demonstra-la a todo o transe, utilizando um gorila como atracão de feira (muito na linha de um “O Gabinete do Dr. Caligary”), que atrai jovens donzelas, que o louco rapta para nelas injectar sangue do gorila e descobrir os resultados. Que não são brilhantes, nem para a ciência, nem para as incautas jovens que sucumbem a tantos maus-tratos. Até que um dia é Camille, a noiva do jovem médico Pierre Dupin (Leon Ames), a cair nos braços dos experimentalistas. Obviamente que a dedução de Dupin funciona a tempo de evitar maiores danos. A transferência do centro de interesse da novela para o filme é evidente. Na novela não se sabe, até perto do fim, quem assassina e como o crime é praticado e é nessa investigação puramente dedutiva que se materializa a inquietação. No filme, desde inicio que nós, espectadores, sabemos quem mata quem e como, resta saber apenas como se descobre o criminoso e se as forças do Bem chegam ao local do crime antes de se processar novo crime (agora com uma vítima que nós bem conhecemos e por quem nos batemos). Um novo tipo de suspense, é certo, introduzindo novas personagens, diferentes intrigas, multiplicidade de cenários e a personagem de um sábio louco que, não existindo na novela, não anda longe de outras personagens maléficas da corte de Edgar Allan Poe.
Mas o filme mostra-se particularmente curioso e interessante, em grande parte pela magnífica fotografia de Karl Freund, num preto e branco brumoso, conseguindo excelentes sequências, como as que mostram Paris à noite ou a cena passada na barraca do Dr. Mirakle. Há mesmo alguns momentos altíssimos de realização, como aquele em que Camille evolui num balouço, acompanhada pela câmara que oscila segundo os movimentos de um inquietante pêndulo, ou quando percorremos a câmara de horrores do malvado cientista. O clima é de série B, o orçamento não era certamente elástico (mas nesses anos de grande depressão os estúdios contiveram-se um pouco em todos os sentidos), mas o resultado não desmerece e Bela Lugosi brilha num tipo de representação amaneirada que o iria tornar célebre (durante uns anos, depois a queda foi mais ou menos vertiginosa, acabando nas mãos de Ed Wood!). Curiosamente, para se ver como tudo isto anda ligado, não foi só Conan Doyle que foi beber a Edgar Allan Poe, também Ernest B. Schoedsack e Merian C. Cooper foram buscar muitas ideias a esta obra de Florey para o seu clássico “King Kong” (toda a sequência final do gorila fugindo pelos telhado de Paris com a sua amada aos ombros nos faz recordar muito do que depois se veria em “King Kong”).
Esta não foi a primeira vez que "The Murders in the Rue Morgue" foi adaptado ao cinema. Tanto esta primeira aventura literária de Dupin, como as duas outras que se lhe seguiram ("The Mystery of Marie Roget" e "The Purloined Letter") conheceram várias adaptações. Mantendo-nos apenas no território de “Os Crimes da Rua Morgue” há logo a referir, ainda em 1908, uma primeira aproximação, muito curiosa. “Sherlock Holmes in the Great Murder Mystery” conta com argumento do próprio Arthur Conan Doyle, segundo a obra de Edgar Allan Poe, e é certamente lamentável não haver cópia disponível para se poder ver como ambos os mestres da literatura policial coexistiam numa mesma aventura. Outro filme mudo, este de 1914, é “Murders in the Rue Morgue”, de que não se possui nenhuma cópia igualmente, sendo portanto esta versão de Robert Florey de 1932 a primeira a poder ser vista presentemente.
Outras se lhe seguiram, a mais famosa das quais (possivelmente) data de 1954. “O Fantasma da Rua Morgue” (Phantom of the Rue Morgue), de Roy Del Ruth, com Karl Malden (Dr. Marais), Claude Dauphin (Insp. Bonnard), Patricia Medina (Jeanette e Steve Forrest (Prof. Paul Dupin), uma produção da Warner que pretendia objectivamente repetir o êxito estrondoso de “Máscaras de Cera”, em 3D. O título de Roy del Ruth é uma recuperação do filme de Robert Florey, agora em voluptuoso e garrido Warnercolor, com um jovem médico acusado de um violento crime na Rue Morgue, em Paris, que não cometeu, e um obsessivo Dr. Marais (excelente Karl Malden), que aproveitando-se da sua permanência no zoo local, consegue treinar um gorila para efectuar em seu nome os crimes que imagina, sempre sobre mulheres indefesas que se encontram fechadas no interior de solitários apartamentos. Numa Paris sedutora, onde impera a loucura do Can Can, e simultaneamente sombria, como convém, o gorila (interpretado por Charles Gemora, um especialista que já interpretara a mesma personagem na versão de 1932, e se tornara numa espécie de “must” sempre que havia por essa altura gorila, orangotango ou chimpanzé a movimentar) vai estilhaçando corpos com inaudita violência, numa versão muito “gore” que, infelizmente, não se encontra disponível ainda em DVD. Mais um vez em lugar de um pobre marinheiro que traz de longe um gorila assassino, a loucura de um homem se sobrepõe à da besta inocente que utiliza a sua força bruta sob comando à distância. Em vez de um crime duplo cometido numa casa, várias sádicas investidas relembram um Jack, o Estripador, que troca Londres por Paris. Roy Del Ruth foi um divertido realizador de séries B, e o filme adquire essa atmosfera de folhetim popular contando crimes do século XIX. Vi esta fita há muitos anos, retenho boa recordação de adolescente traumatizado (!) pelo seu terror, mas precisaria de rever a obra para uma opinião mais segura. Fica a dica.
Em 1968, surge um episódio de uma série de TV, "Detective", contando a história de“The Murders in the Rue Morgue”, numa realização de James Cellan Jones, com argumento de James MacTaggart. Não vi.
Há muito que não via “Murders in the Rue Morgue”, de Gordon Hessler, com Jason Robards (Cesar Charron), Herbert Lom (Rene Marot), Christine Kaufmann (Madeleine Charron), Adolfo Celi (Inspector Vidocq) e Maria Perschy (Genevre). Como o próprio Gordon Hessler afirmou, numa entrevista que o DVD recorda, “adaptar “Os Crimes da Rua Morgue” é difícil, pois já se lhe conhece o desfecho: foi o macaco que matou.” Este aspecto (que julgo um falso problema: quantos filmes adaptam obras e situações de que todos sabemos o desfecho, basta recordar “Titanic” ?) levou Hessler a imaginar algo mais complexo para esta sua versão: estamos em pleno século XIX, na Rue Morgue, em Paris (o filme foi, porém, integralmente rodado em Espanha), onde uma companhia de teatro, especializada em “Grand Guignol” sangrento e melodramático, dirigida por um espalhafatoso Cesar Charron (Jason Robards), leva a cena uma adaptação de "Murders in the Rue Morgue", segundo Edgar Allan Poe. Esta premissa serve às mil maravilhas para roubar o nome da obra de Poe, e depois associar-lhe uma intriga externa, que, muito embora tenha um pouco a ver com o universo Poe, não se lhe pode associar de imediato: René Marot, um louco mascarado, apaixonado por uma das actrizes da companhia, Madeleine (Christine Kaufmann), vai assassinando, por vingança, um a um, os membros do elenco desse teatro, onde se representa uma peça robustecida pela presença de um gorila que dá nome à obra, “Erik, o Macaco”. Todos julgavam René Marot morto, a quando de um acidente que vitimara a ex-mulher de Marot, mas afinal este salvara-se ainda que muito desfigurado. O filme joga com alguma perícia com estes ingredientes, com um colorido saturado de tons fortes e uma inquietante direcção artística, que sublinha bem algumas das virtudes da realização de Gordon Hessler, um experimentado artesão de série B, aqui mobilizando um orçamento favorecido pela sorte (que, todavia, lhe haveria de trazer contrariedades, pois a versão estreada era uma montagem do produtor e não a sua, que só muito recentemente foi restaurada, aquando do lançamento internacional do DVD). Um filme que se vê com muito agrado, integrado no seu contexto especifico. Estamos na verdade cada vez mais distantes de Poe e da sua história original e cada vez mais perto de “The Phantom of the Opera” (não é por acaso que o louco mascarado é interpretado por Herbert Lom que também aparecia na versão da década de 50 de “O Fantasma da Ópera”). Mas há indícios de Poe na loucura das personagens, nos sonhos perturbadores, nos assassinatos mórbidos (das gargantas friamente cortadas pela lâmina ao ácido vertido em inocentes rostos), nos sepultados vivos, numa certa atmosfera tenebrosa de horror psicológico.
A versão francesa de Jacques Nahum, de “Le Double assassinat de la rue Morgue”, com Georges Descrières e Daniel Gélin (Dupin), emitida pela TV em 1973, também é do meu desconhecimento, mas revi com agrado uma outra versão televisiva, esta assinada por Jeannot Szwarc, e que se chamou “The Murders in the Rue Morgue” ou “Le Tueur de la Rue Morgue”, produção norte americana e francesa, rodada em Paris, com argumento de David Epstein, que se aproxima um pouco mais da dedução analítica da novela, ainda que transforme Dupin num velho polícia francês, reformado a contra gosto, por inimizades com o novo director da gendarmerie. Os crimes acontecem como Poe imaginou, as investigações fazem apelo amiúde a conjecturas de argúcia dedutiva, existe um marinheiro e um gorila que só aparecem no final da história, e as liberdades “poéticas” são aqui reduzidas. Procura-se respeitar o tom da obra donde se parte, a imaginação visual não é estonteante, tudo se cumpre dentro dos cânones do teledramático de sólida construção técnica, as representações são boas por parte de um elenco resistente (George C. Scott, Rebecca De Mornay, Ian McShane, Val Kilmer, …). Não é Poe de primeira colheita, falta-lhe fantasia e um pouco de fancaria popular, esta é uma versão para telespectador bem instalado na vida, que se vê como um entretenimento sem mácula. De uma outra versão tenho conhecimento, russa, “Ubitye molniey”, de 2002, assinada por Yevgeny Yufit, com argumento de Vera Novikova. Apnas conhecimento, nada mais. Assim se completa o ciclo de “Os Crimes da Rua Morgue” no cinema. Mas muitas obras de Edgar Allan Poe requerem a nossa atenção.


5. AS VÁRIAS VERSÕES CINEMATOGRÁFICAS 
DE “THE RAVEN”
Um dos poemas mais célebres de Edgar Allan Poe, senão mesmo o mais conhecido e citado, é “The Raven” (O Corvo), obviamente uma das suas obras igualmente mais adaptadas ao cinema. Sabe-se que, logo em 1912, nos EUA, surgiu uma primeira versão, de que se desconhece autor, mas de que se conhecem os intérpretes (Guy Oliver, como Edgar Allan Põe e Muriel Ostriche), e que se sabe ter sido uma produção Eclair American.
A adaptação seguinte data de 1935, novamente americana, uma produção Universal Pictures, com realização de Lew Landers. Este “The Raven”, com argumento de David Boehm, Florence Enright, Michael L. Simmons, Dore Schary, Guy Endore, Clarence Marks, Jim Tully e John Lynch, tinha um elenco de peso na época. Nada menos que os dois mais famosos “monstros” da altura, Boris Karloff e Bela Lugosi, respectivamente Frankenstein e Drácula dessa década de ouro do fantástico. Lew Landers, nascido em Nova Iorque, mas que inicialmente assinava as suas obras com o nome de baptizado, Louis Friedlander, foi um dos realizadores mais prolíferos do cinema norte-americano. “The Raven”, do início da sua carreira, será mesmo das suas obras de maior qualidade, mantendo, tal como muitas outras desses anos, uma larga dependência do cinema expressionista alemão da década precedente.
Tal como muitas outras adaptações de obras de Poe, este “The Raven” contenta-se em manter o título, algumas obsessões temáticas e um clima que se poderá dizer ter origem no belíssimo poema. Bela Lugosi interpreta a figura de um estranho doutor Richard Vollin, grande admirador de Poe que, nas horas livres da sua actividade de médico, se entretém a reconstituir, na cava da sua casa, uma verdadeira câmara de torturas, fabricando ele próprio cada um dos instrumentos de suplício imaginados por Edgar Allan Poe. Depois a história vai evoluindo em função de um crescendo de terror que conduzirá as vítimas a esse território de horror, encimado pelo célebre pêndulo da morte, mas onde não deixa de ter lugar igualmente uma câmara que se fecha sobre si própria, após o que as paredes começam a movimentarem-se no sentido de esmagar quem esteja aprisionado no seu interior.
Para introduzir um elemento romântico indispensável ao conforto das plateias, Friedlander inventa um paixão louca de Vollin por uma jovem que ele salva da morte, depois de um aparatoso acidente de automóvel, com que abre o filme, e que hipnotiza por forma a roubá-la ao seu noivo. A frágil figura da mulher perante as arremetidas brutais do sábio louco, eis as premissas habituais ao género. Há outras referências ao poema de Poe: a jovem que recupera inteiramente do acidente é bailarina e interpreta no teatro uma adaptação de “The Raven”. Vollin fica defenitivamente apaixonado pela mulher e pela sua interpretação, o que agudiza as situações e irá conduzir ao grande clímax.
Entretanto, pelas ruas da cidade, Edmond Bateman (Boris Karloff, aqui com um papel secundário, muito curioso, nitidamente subsidiário do seu “Frankenstein”), um conhecido e temido criminoso, esconde-se e bate à porta de Vollin, procurando que este o transforme, através de uma operação de plástica estética, numa noutra pessoa, e assim passar desapercebido. Mas o resultado não é o melhor. E tudo se conjuga para um final em crescendo, na tenebrosa câmara de horrores que o médico criou. O filme consegue, com simplicidade e eficácia, na sua modéstia de orçamento, criar um bom clima de inquietação e sedução, com planos bem delineados, enquadramentos desassossegados, iluminações perturbantes e personagens de algum sadismo, sabiamente aproveitadas. O corvo impera ao longo da obra, como presença obsidiante.

Posteriormente houve muitas outras versões, que desconhecemos (quase todas) por completo. Um episodio da série televisiva espanhola, “Historias para no dormir", precisamente chamada “El Cuervo” (1967), com realização de Narciso Ibáñez Serrador, com Rafael Navarro na figura de Edgar Allan Põe; uma adaptação alemã, “Der Wilde Rabe”, de Peter Sempel (RFA, 1985); um episódio, “Treehouse of Horror”, da série de TV, "The Simpsons", com direcção de David Silverman; uma nova incursão espanhola, desta feita com a assinatura de Tinieblas González; uma curta-metragem com o título “The Raven... Nevermore” ou “El Cuervo” e Gary Piquer na personagem de Edgar Allan Põe; finalmente duas novas cinematizações americanas, uma nova curta-metragem, desta feita com a assinatura de Peter Bradley (EUA, 2003), e uma longa de 2006, dirigida por Ulli Lommel, que escreveu também o argumento, e entregou a interpretação a Jillian Swanson (Lenore), Victoria Ullmann (Annabel Lee), e Michael Barbour (Edgar Allen Poe). Ulli Lommel é conhecido sobretudo por ter assinado “The Boogeyman”, um filme de terror de culto entre os fanáticos do género, sobretudo os que apreciam obras de pequeno orçamento, alguma imaginação e violência a preceito. Este “O Corvo” é, de certa forma, uma desilusão, ainda que mantenha algumas dessas características: o orçamento deverá ter sido mínimo, os actores são de terceira escolha (se é que houve escolha!), os cenários são minimalistas, a estrutura deficiente, mas bastante pretensiosa, o resultado não deixa lugar a muitas dúvidas.
Como se sabe, o poema de Poe fala da fatal tristeza de alguém que chora uma Lenora que partiu, e de um corvo que aparece, vindo da escuridão da noite, trazendo a mensagem de um “Nunca Mais”, ou seja da inexorabilidade da morte e da solidão que ela deixa nos que ficam chorosos de saudade. Partindo desta premissa, aberta a todas as interpretações, tudo é possível, desde que apareçam dois ou três símbolos carismáticos: o corvo, o nome de Lenora, a morte.
No filme de Ulli Lommel, Lenora em criança ouve o avô ler poemas de Edgar Allan Põe, o que lhe provoca pesadelos de terror. Mais tarde, encontramo-la, em Los Angeles, vocalista de uma banda, e perseguida por um assassino que vai dizimando todos os amigos à sua volta até chegar ao confronto final com a própria Lenora. Rara a excitação e a inquietação provocada por esta série B que procura elidir a falta de ideias com uma montagem modernaça, obcecada por postes e linhas de cabos eléctricos (o que tem a sua justificação, no argumento). Nada de muito extraordinário, portanto.
Já no século XXI, também na Argentina, em 2007, surgiu “El Cuervo”, uma média metragem de 30 minutos, dirigida por Richie Ercolalo. No meio destas versões todas tivemos “Der Rosenkönig” ou “Le Roi des Roses” (O Rei das Rosas), do alemão Werner Schroeter (RFA, França, Portugal, 1986). Filme estranho e invulgar é este, obra romântica e demencial, construída em forma de poema, sem obedecer a qualquer tipo de narrativa clássica, sem uma intriga exposta de forma linear. Werner Schroeter, um dos chefes de fila do novo cinema alemão surgido nos anos 60-70, procura sobretudo um encadeado de imagens, personagens, situações, sons, vozes (em diferentes idiomas), músicas (de origem variada, do ópera às ladainhas populares), luzes, que restituam um clima, uma ambiência fantástica, onírica. Neste aspecto, esta é uma das obras onde se sente mais a proximidade de Edgar Allan Poe, e do seu poema “The Raven”, de que se ouvem, lidos, alguns dos seus versos, bem assim como excertos de “City in the Sea” ou “Alone”, do mesmo autor, poesias de Pablo Neruda, fragmentos de “Chants de la Vie”, de Abou Kassem Ech’ Chabbi, um pedaço de uma peça de rádio, "série negra", de 1943, dita por Gloria Swanson, além de vozes dos padres católicos napolitanos e de alguns contos populares portugueses.
O filme parece ter sido escrito dia a dia ao longo das filmagens, num improviso constante ou numa “rêverie” continua, tanto por Werner Schroeter, como pela sua actriz predilecta, Magdalena Montezuma (que se chamava verdadeiramente Erica Kruger), e que aqui se despedia do cinema e da vida.
Rodado no nosso país, pelo produtor Paolo Branco, com vários portugueses na ficha técnica e no elenco, “O Rei das Rosas” fala-nos de uma mulher, Anna, alemã de nascimento, a viver em Portugal, num palacete abandonado numa quinta de mau augúrio, acompanhada por Albert, um filho que cultiva rosas e paixões funestas, nomeadamente por Fernando, um jovem que apanha um dia a roubar na sua capela, e que transforma num prisioneiro da sua sensualidade e ardor.
Filme de uma perversidade que se instala à medida que o tempo passa, obra sobre o amor e morte, por vezes mórbido, de maligna crueldade e de terrível beleza, "Le Roi des Roses" joga com um imaginário que tem muito a ver com a obra de um Mishima, de “Confissões de uma Máscara” a “O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar” (há uma concordância temática e de atmosfera quase obsessiva: mãe e filho, ausência da figura do pai, crueldade para com animais, o mar como referência de liberdade, exaltação do sofrimento, homossexualismo, imagem de martiriologia, São Sebastião, etc.).
Celebração, ritualismo, oratória, a simbologia mais forte inscreve-se a cada passo: mãe e filho na mesma cama numa sugestão de incesto que o filho renega, o sangue que escorre das rosas e passa ao corpo imolado de Fernando, a lavagem do corpo e a dependência de uma sensualidade exarcebada, o gato morto, a rã aprisionada numa gaiola dentro de água, o fogo redentor nas imagens finais, a morte suspensa de cada fotograma… A versão de “The Raven” mais conhecida, porém, é de Roger Corman, realizada em 1963, e que é o quinto filme da série dedicada a Edgar Allan Poe por este cineasta (os anteriores foram “A Queda da Casa Usher”, 1960; “O Fosso e o Pêndulo”, 1961, “O Sepultado Vivo”, 1962, “A Maldita, o Gato e a Morte”, 1962; a que se seguiram “A Máscara da Morte Vermelha”, 1964, e “O Túmulo de Ligeia”, 1964).
Neste conjunto de títulos, todos eles de forte inspiração fantástica, inscrevendo-se no mais puro terror gótico, “O Corvo” faz figura de desalinhado, pois, se mantém todas as características de série, quanto a valores de produção, equipa técnica e artística, cenários, guarda roupa, etc, acrescenta-lhe uma outra que só tinha sido pressentida aqui e ali ao longo dos outros filmes: o humor. Na verdade pode considerar-se “O Corvo”uma comédia fantástica, baseando muito do seu humor na presença de três actores míticos no género (Vincent Price, Peter Lorre e Boris Karloff) que aqui se auto parodiam com imensa subtileza e graça, criando situações divertidíssimas e saboreando de forma incomparável o seu trabalho. Nem o facto de Boris Karloff se encontrar doente, durante as filmagens, retirou algum encanto ao resultado final, acrescentando-lhe até algum se possível: como Karloff estava doente, o duelo final entre ele e Vincent Price efectua-se com os actores sentados em enormes poltronas, o que acaba por ampliar o efeito da paródia. De resto, e para completar o que deve ser dito sobre o elenco, brilhante, há que referir a presença do então muito jovem Jack Nicholson, num papel que prenuncia já as geniais loucuras que se lhe seguiram, e ainda a bela Hazel Court, outra presença regular neste conjunto de filmes.
Uma das razões da qualidade desta série, é o facto de ter alguns escritores de grande qualidade a adaptarem os contos, e neste caso o poema, do celebrado escritor americano. Richard Matheson é um nome grande do romance fantástico e a ele se deve a adaptação do poema “O Corvo” de Edgar Allan Poe (outros escritores ao serviço de Corman nesta série foram, por exemplo, Charles Beaumont e Robert Towne).
Tudo se passa entre mágicos: o sorumbático Erasmus Craven (Vicent Price), que vive solitário no seu castelo, saudoso da sua Lenora desaparecida, vê inesperadamente entrar pela janela dentro um corvo que fala e que lhe confessa ser um antigo mago, enfeitiçado durante uma rija de mágicos, e que lhe pede a salvação, ou seja, uma mezinha que o faça regressar à sua antiga forma humana. Craven acaba por reunir os condimentos necessários à sopa de pedra que trará Bedlo (Peter Lorre) de novo à sua existência normal. Nessa altura, Bedlo confessa a Craven que a mulher deste, a tão suspirada Lenora, não se encontra morta e sepultada no esquife que o marido venera, mas sim nas mãos do perverso Scarabus (Boris Karloff), que vive por ali perto num outro castelo amaldiçoado. Para lá se dirigem, e por lá dirimem o que têm a dirimir. Com algum suspense e muita diversão.
O filme volta a mostrar como, com meios reduzidos mas alguma imaginação, muito talento e sensibilidade se consegue erguer uma obra particularmente interessante, recuperando algo do universo de Poe, e conceber em simultâneo um filme esteticamente de algum requinte e de assegurado sucesso popular.


6. “THE FALL OF HOUSE OF USHER” A VÁRIAS VOZES
“A Queda da Casa Usher”, que Edgar Allan Poe escreveu em 1839, é um dos seus trabalhos mais conhecidos e mais adaptados não só ao cinema como a outras formas de expressão e de narrativa. No cinema são inúmeras as versões conhecidas, a começar logo perla década de 20, onde surgem duas adaptações vanguardistas, uma americana, de 1926-28, da dupla James Sibley Watson e Melville Webber, outra francesa, de um dos nomes grandes da vanguarda dessa época, Jean Epstein. A primeira é uma curiosa experiência de recorte nitidamente expressionista, filmada em Rocheter, Nova Iorque, com uma forte influência de poetas e artistas plásticos, expressa aliás na colaboração de Melville Webber, que assegurou o lado plástico, procurando recuperar certos aspectos dos frescos medievais, e de James Sibley Watson, que se interessou mais pelos efeitos visuais em que o pequeno filme (13 minutos) é pródigo e que logram efeitos muito sugestivos.
“A Queda da Casa de Usher” (La Chute de la Maison Usher), de 1928, França, tem argumento de Jean Epstein e Luis Buñuel (que foi ainda assistente de realização) e interpretação de Jean Debucourt (Sir Roderick Usher), Marguerite Gance (Madeleine Usher), Charles Lamy (Allan), Fournez-Goffard (médico), Luc Dartagnan, Abel Gance, Halma, Pierre Hot, Pierre Kefer, etc. São 63 minutos do melhor que Poe inspirou ao cinema, uma verdadeira obra-prima do fantástico e do onírico, logrando criar Jean Epstein uma atmosfera poética admirável, através da fabulosa utilização da imagem, dos enquadramentos, dos movimentos, do jogo de combinação de grandeza de planos, da iluminação, da própria “encenação” dos espaços.
Por uma terra de ninguém ventosa e lúgubre, solitária e inóspita, avança um homem carregando duas malas. Entra numa estalagem e pede para alguém o conduzir a casa dos Usher. Olham-no surpresos e com estranheza. Percebe-se a razão que leva o desconhecido até ali: uma carta de Roderick Usher convida Allan, um velho amigo, a visitá-lo, adiantando que está doente e a mulher também. Um saco de moedas na mão de Allan e o aparecimento de alguém numa carroça provoca o efeito desejado. Chegado ao palácio, e depois das boas vindas, o jantar onde Roderick e Allan recuperam memórias. Mas Roderick está impaciente. Quer continuar a trabalhar no retrato da mulher, Madeleine (subtil desvio do conto de Poe, Madeleine passa de irmã a mulher). Por isso, Allan é enviado para uma passeata pelo campo, enquanto Roderick (magnificamente interpretado por Jean Debucourt, num tipo de composição extremamente conseguida, em vigor e subtileza, uma mistura invulgar que surpreende e fascina) volta ao quadro e à mulher que posa, ameaçada pelo olhar do marido que a consome, a domina, a submete. Há uma cena brilhante que confere todas essas sensações: grande plano do rosto de Roderick, o seu olhar obsessivo; plano de Madeleine, posando, inscrita num cenário soturno, implorando tréguas com o olhar; pormenor das mãos de Roderick apertando-se; plano da paleta, do pincel escolhendo as cores e as tintas. 

Madeleine é o modelo, a inspiração; Roderick pinta-a, olha-a, suga-lhe a vida com o olhar. Cada nova pincelada no quadro reflecte-se no rosto de Madeleine, que se sente atingida, macerada. Roderick pinta à luz de velas que se consomem. A imagem desta sequência restitui a tortura, o martírio, a posse, a violação. Súbito a câmara afasta-se e descobre-se a grandeza do cenário, um salão enorme, onde Roderick dá pasto à sua obsessão. Olha a mulher, olha a paleta, olha o quadro. Está obviamente muito mais interessado no quadro do que no modelo. Dirá mais tarde: “O quadro é a verdadeira vida”. A mulher jaz no chão, desfalecida. Ele continua a pintar sem dar por nada. Madeleine morre. Roderick transporta-a então nos braços, horrorizado. Allan, lendo um livro comenta: “Roderick estava possuído pela teoria do magnetismo.” (algo que interessava muito Edgar Allan Poe).
Segue-se toda a sequência da preparação do enterro, as dúvidas (“Ela não está talvez morta!?”), Roderick quer impedir o enterro, o quadro toma definitivamente o lugar da mulher morta (“Ela não nos abandonará!”), o pintor olha-o, extasiado, enquanto o caixão é fechado, perante o horror de Roderick. Sequência que relembra em muitos aspectos planos de “Nosferatu”, de Murnau. O enterro inicia-se, passam por áleas de jardins, por entre o nevoeiro, vogam ao sabor das águas de um rio, o véu branco desta fúnebre noiva deslizando nas águas, erguendo-se no ar, preso da barcaça. Descem à cripta, uma boca aberta iluminada do exterior, projectando luz. O caixão é fechado, pregado finalmente, o martelo do horror descendo sobre o prego, iluminados por velas. Ratos que fogem pelos cantos, um sapo.
Depois do enterro, o silêncio que tudo envolve. A monotonia. A natureza-morta. Rio, serra, palacete, ninguém. Um gato. Roderick olha escadas e corredores desertos, os cortinados esvoaçando. O mínimo ruído exaspera-o. A guitarra abandonada. As mãos cruzadas. Sonho, pesadelo, imagens deformadas, sobreposições, grandes planos de rostos, pormenores ameaçadores. As cordas da guitarra que se soltam, sozinhas, “Roderick não volta a proferir o nome de Madeleine”. Parece paralisado pela dor. Um relógio. Um pêndulo que se assemelha muito ao pêndulo de “The Pit and the Pendulum”. O tempo que passa. A tempestade que avança. Allan lê num livro uma passagem sobre uma sepultada viva. Enquanto isso, na cripta, o caixão de Madeleine tomba da prateleira onde fora depositado. Roderick, no vasto salão, junto ao fogo que crepita na lareira, balouça os pés sentado numa cadeira. As velas pegam fogo aos cortinados com a ventania que se abate sobre o palácio, que começa também a desmoronar-se. As armaduras metálicas nos corredores desabam. Roderick olha fascinado a destruição. Será loucura, a deste olhar? Madeleine regressa, de branco, noiva, de véus ao vento, flutuando como um fantasma. “Sim, ouço-a, ouço-a desde o primeiro dia!”, grita Roderick. “Nós enterrámo-la viva!”. O fogo tudo cobre. Allan afasta-se para o exterior do palácio. Madeleine e Roderick abraçam-se, e é assim que tentam fugir das labaredas. Com que destino?. O quadro de Madeleine sossobra igualmente no inferno das chamas.
Nesta obra que interpreta da melhor forma o universo de Poe, inspirando-se em Dreyer (“O Vampiro”), e Murnau, em “O Retrato de Dorian Gray”, na literatura, Epstein cria um ambiente de cortar à faca, com uma enorme economia de meios, usando uma linguagem vanguardista que vai buscar muito aos expressionistas, mas também ao surrealismo e aos vanguardistas franceses dessa época. Um grande momento de cinema.
“The Fall of the House of Usher” regressa aos ecrãs, em 1949, com assinatura de Ivan Barnett, numa produção inglesa. Que desconhecemos.
A partir dos anos 50, a televisão não larga a obra de Poe, com várias versões conhecidas. Ainda em 1949, o produtor Fred Coe, na série de TV "Lights Out", faz uma primeira versão televisiva de “The Fall of the House of Usher”. Ainda na América, em 1956, em "Matinee Theatre", é Boris Sagal quem dirige o episódio dedicado à “House of Usher”. Em Inglaterra, em 1966, Kim Mills volta ao tema, num dos episódios de “Mystery and Imagination", interpretado por Denholm Elliott (Roderick Usher), e Susannah York (Madeleine Usher). Em França, em 1981, será Alexandre Astruc quem dirigirá Fanny Ardant (Madeleine Usher), Mathieu Carrière (Sir Roderick Usher) e Pierre Clémenti, num dos episódios de “Histoires Extraordinaires: La Chute de la Maison Usher”. Na Hungria, Attila Apró, em 1982, assina “AzElitélt”, igualmente para TV, segundo o mesmo conto. James L. Conway, numa produção norte-americana e checoslovaca, no mesmo ano, adapta ao pequeno ecrã o mesmo texto de Poe, com um bom elenco: Martin Landau (Roderick Usher), Charlene Tilton e Ray Walston. Em 1988 é a vez de outro americano, Alan Birkinshaw, se lançar na mesma empreitada, com interpretações de Oliver Reed (Roderick Usher), Donald Pleasence e Romy Windsor. “La Chute de la Maison Usher” surge na Bélgica, em 1992, com realização de Marc Julian Ghens. A série de TV "Tales of Mystery and Imagination", com realização de vários cineastas (James Ryan, Bill Hays, Dejan Sorak, Rod Stewart, Neil Hetherington, Hugh Whysall), data de 1995, e volta a penetrar na casa de Usher (além de incursões por outros textos de Poe), com resultados nulos. Parece mesmo que a série, de tão má, nunca chegou a exibir-se por essa altura na TV, e só agora foi posta a circular em DVD. Infelizmente. Trata-se globalmente de um daqueles produtos excelentes para mostrar em salas de aula de cinema, para demonstrar o que está errado e o que não deve ser feito. Mas há também aquilo que não se ensina, nem pelo absurdo: o mau gosto, a falta de sensibilidade, a total inépcia narrativa. Em 2002, “Usher”, de Curtis Harrington, poderá ser uma versão a considerar (ainda que difícil de encontrar, pelo que ainda não a visionei), com o próprio realizador Curtis Harrington a interpretar dois papéis, Roderick Usher e Madeline Usher. Uma investida “queer”, em 40 minutos que gostaríamos certamente de ter visto, mas não conseguimos
Mas a obra mais carismática de entre todas as retiradas deste conto de Poe terá sido “House of Usher”, de 1960, com a assinatura de Roger Corman, e argumento adaptado por Richard Matheson, um escritor do fantástico norte-americano de muito bom nível. Foi o início do ciclo dedicado por Roger Corman a Edgar Allan Poe. Com uma equipa que variou muito pouco, produção de Roger Corman e James H. Nicholson, música original de Les Baxter, fotografia, de excelente colorido com a assinatura de Floyd Crosby, montagem de Anthony Carras, direcção artística de Daniel Haller e um reduzido elenco onde sobressaia Vincent Price (Roderick Usher), bem acompanhado por Mark Damon (Philip Winthrop), Myrna Fahey (Madeline Usher) e Harry Ellerbe (Bristol).
Falemos então do conto, antes de passarmos à versão cinematográfica. Na obra de Poe, o narrador que viaja até casa dos Ushers empreende essa viagem para visitar um velho amigo de juventude, Roderick Usher, que não via há muito, e que lhe escrevera a solicitar companhia nos momentos difíceis por que passava, por motivos de saúde própria e de sua irmã, Madeline. É deste modo que o cavaleiro se aproxima da destroçada casa dos Usher, por caminhos de mau agoiro, como que hipnotizado pelo destino que ali o conduz. No filme Philip Winthrop viaja até àquela mansão amaldiçoada porque se encontra noivo de Madeline, Roderick pede-lhe que se afaste, manda-o embora, insiste, exorta-o, mas Philip permanece na sua, querendo ir embora apenas se for acompanhado da sua amada. Depois, no conto, há várias personagens que se cruzam na casa, no filme quase toda a acção roda à volta de Roderick, Madeline, Philip e um velho criado da casa. Todo o conto é muito intimista, referindo-se a pensamentos de Philip e às considerações de Roderick, que se voltam muito para ele próprio. Trata-se quase de um confronto de duas mentes, de duas vontades, de dois projectos. No filme, obviamente que as acções de concretizam mais no plano da realidade. Corman “mostra” onde Poe evoca, mas a transposição não deixa de ser não só eficaz como mesmo sugestiva. Corman é um cineasta como uma sensibilidade que se coaduna bem com os ambientes e as personagens criadas por Poe, desenvolve climas de um fantástico inquietante sem jogar no primarismo do sangue a jorros e dos efeitos em catadupa, explora sobretudo o suspense perturbador, através de efeitos puramente plásticos, a duração do plano, do movimento, a utilização da banda sonora, o recurso à interpretação.
O filme baseia-se, sobretudo, em quatro personagens e uma casa, um palácio à beira da ruína, atravessado por fendas que, hora a hora, vão criando clivagens mais aterrorizadoras, enterrando-se progressivamente num pântano onde a natureza fenece e nada se cria. É a maldição dos Usher a estender-se à paisagem ou esta a estrangular a família no interior do seu palácio a desmoronar-se. Casa e família sucumbem ao mesmo mal. Roderick Usher lamenta-se de uma absoluta hipersensibilidade, algo que quase não o permite contactar com o mundo exterior, uma luz mais intensa violenta-lhe os olhos, qualquer pequeno som atravessa-lhe os tímpanos como um trovão, um sabor mais forte atormenta-o, só suporta tecidos de uma macieza rara, move-se como que pairando sobre o chão… Madeleine parece atreita ao mesmo mal, ambos se declaram, pela voz de Roderick, próximos da morte. Por isso Roderick não permite a Philip partir com a sua amada, que, no entanto, não parece assumir a mesma atitude. Mas a vontade de Roderick é mais forte, e a maldição estende-se sobre o palácio, que no final conhecerá uma dupla “morte”, incendiado e submergido nas águas do pântano, enquanto temas como o incesto e a catalepsia se assenhoreiam da obra e os sepultados vivos saem das criptas com as mãos ensanguentadas e as gargantas roucas de gritarem por socorro. Puro terror de criação Edgar Allan Poe muito bem recriado pela fantasia e o competente talento de Corman, a sua enorme economia de meios, o seu bom gosto visual, o refinamento de um estilo que não pode deixar-se de sublinhar.
A economia de meios é de tal forma que um filme destes é rodado em menos de duas semanas, outro se lhe segue de imediato, rodado com a mesma equipa, um elenco semelhante, os mesmos cenários, iguais adereços e guarda-roupa, de forma a que essa produção continua embarateça o orçamento, permitindo o talento de Corman que estas produções de série B sobrevivam como clássicos e filmes de culto que mantêm, quase cinquenta anos depois, toda a sua magia. 
Sobre o mesmo tema, Jesus Franco (ou Jess Franco), em Espanha, no ano de 1982, recoloca as personagens em cena, numa interessante série B, que conheceu diversos títulos: “Revenge in the House of Usher” ou “La Chute de la Maison Usher” ou “Los Crímenes de Usher” ou “El Hundimiento de la Casa Usher” ou “Neurosis” ou “Nevrose” ou “Revolt of the House of Usher” ou “Zombie 5”. O veterano Jesus Franco (mais de 180 títulos na sua filmografia!) nunca foi cineasta para grandes subtilezas, mas o seu cinema, muito popular e por vezes excessivamente oportunista no namoro ao público (no sexo e no gore), conseguia ter alguma graça, numa demonstração de uma certa “inocência” cultural, apesar do realizador manifestar alguns conhecimentos sobre literatura e estética cinematográfica. Curiosamente, Jesus Franco considera esta sua versão de “A Queda da Casa Usher” uma das mais fiéis a Edgar Allan Poe e a sua obra mais pessoal e menos comercial, um verdadeiro “filme de autor”. O filme tem momentos fracos, mas ostenta algumas sequências bastante bem conseguidas num plano plástico, onde as influências do expressionismo são evidentes. Neste aspecto, todas as cenas a preto e branco, que remetem para flash backs, conseguem impressionar pela positiva, muito embora a interpretação dos actores não seja das mais convincentes. Mas globalmente é um filme interessante, que aproxima a Casa Usher de um covil de vampiros, para onde são raptadas mulheres de vida fácil, para abastecerem de sangue a muito debilitada filha de Usher (para lá de outras personagens com gostos afins). Há uma personagem que relembra o velho de “O Coração Revelador”. Há sequência que recordam outros filmes de Fraco (particularmente El Secreto del Dr. Orloff”). Curioso, tanto mais que DVD onde se disponibiliza esta pequena fita de terror contem uma curiosa entrevista com o cineasta espanhol, personagem particularmente singular no universo do cinema fantástico. Nada, porém, que se possa comparar com Roger Corman.
“The House of Usher” volta a interessar os estúdios norte-americanos, uma vez em 1988, com realização a cargo de Alan Birkinshaw, argumento de Michael J. Murray, e interpretação de Oliver Reed (Roderick Usher), Donald Pleasence (Walter Usher) e Romy Windsor; outra já em 2006, numa interessante direcção de Hayley Cloake, sobre argumento de Collin Chang que transporta a história para a actualidade (o que parece quase impossível é assegurado com alguma coerência pelos responsáveis). Uma casa senhorial perdida numa zona rural da província, a morte declarada de Madeline, irmã de Roderick Usher, uma amiga, Jill Michaelson, que vem ao funeral, e que fora antiga namorada de Roderick, e uma governanta intrigante que relembra personagem de “Rebecca” e se chama, por alguma razão, Mrs. Thatcher. A casa não racha mas assusta, não há incêndio ou descalabro que a destrua na derradeira sequência, mas de resto, apesar de passar-se no século XXI, a família sofre das mesmas maldições e doenças afins (com modernos tratamentos a condizer com a época), o incesto não só paira no ar, como se insinua mesmo de forma mais descarada, a danação dos Usher tem razão de ser numa consanguinidade que passa de irmãos para irmãos e de pais para filhos, e a loucura dessa herança que se quer manter a todo o custo acaba por ter os seus dissabores. O filme é discreto, mas mantém um bom clima, uma fotografia aceitável, uma interpretação de desconhecidos que não comprometem. É uma versão que se vê com agrado, numa noite em que não se tiver nada de melhor a fazer (ou se esteja a ver – quase - de castigo as obras de Edgar Allan Poe adaptadas ao cinema!).

7. OUTROS FILMES DO CICLO CORMAN-POE

O FOSSO E O PENDULO
“The Pit and the Pendulum” é uma das obras-primas de Poe no campo do conto. Escrito em 1842, trata-se de um monólogo interior de alaguem que está preso nas masmorras da Inquisição espanhola, precisamente numa cela de Toledo, depois de ter sido preso e condenado pelo Santo Oficio. O conto evoca o terror sentido por aluem que se encontra fechado sem luz, preso na escuridão total, e que tenta perceber quais as tortura a que está a ser (e vai ser) sujeito. Desde um poço infestado por ratazanas onde os inquisidores esperam que caia, e de que se salva por um fortuito acaso, até as pesadas paredes de metal aquecido que se fecham em seu redor, passando pelo pêndulo que corta o ar e se apresta a trespassar as suas débeis carnes, de tudo se apercebe de forma tão violenta e obsessiva que chega a desejar a tranquilidade da morte, perante tamanhas torturas que o ameaçam e tão trágicos pensamentos que o visitam. Claro que ultrapassa a crise, salvo pelas tropas do francês general Lassalle que toma Toledo e resgata os prisioneiros. O conto é admiravelmente escrito, a sensação de horror e de claustrofobia é imensa, o pavor instala-se no leitor de forma progressiva e letal.
Roger Corman e o seu hábil argumentista Richard Matheson não adaptam o conto, como o filme afirma, inspiram-se nele, sobretudo nas máquinas de tortura da diabólica Inquisição, nomeadamente nesse exasperante pêndulo mortal, para criar uma história totalmente diversa, mas muito bem engendrada. Li há tempos que um dos produtores desta série afirmou sobre a mesma, no que se refere à sua relação com Poe: “Cada filme tinha um terço, o primeiro ou o último, adaptado de Poe. Os dois restantes terços das obras eram totalmente devidos a Cormam e aos argumentistas.” Assim aconteceu com este “O Fosso e o Pêndulo”, onde apenas o terço final contempla óbvias ligações ao conto de Poe. O próprio Matheson explica: "O método que adoptámos na adaptação de “The Pit and the Pendulum” foi usar o climax do conto de Poe só no terceiro acto do filme, porque um conto de duas páginas não pode dar-nos um filme de noventa minutos. Então construímos os dois primeiros actos na esperança de ser fiel ao espírito de Poe, e então o clímax apareceria no ecrã no final.”
Conta-se que no seu argumento Matheson incluía um flashback onde Nicholas e Elizabeth faziam um piquenique e uma viagem a cavalo pela paisagem, antes de se declarar a doença da mulher. Mas Corman cortou esta sequência e não a filmou, com uma explicação que me parece extremamente inteligente: “Eu tinha várias teorias enquanto filmava a série Poe. Uma delas era que essas histórias tinham sido criadas no subconsciente de Poe e não podiam ter nada de realistas. Assim, até filmar “The Tomb of Ligeia”, nunca se rodou nada no mundo real. Em “Pit and the Pendulum”, John Kerr chega numa carruagem que é filmada contra um fundo de oceano. Apesar disso creio que é sobretudo representativa do subconsciente.”
Tendo em conta todas estas condicionantes julgo não errar muito se disser que a versão de “The Pit and the Pendulum”, de Roger Corman, de 1961, é uma das mais conseguidas obras do fantástico e do terror gótico da vasta galeria de adaptações de Poe e um dos grandes momentos do fantástico na década de 60.
Perante o sucesso comercial e de critica que constituiu a estreia de “House of Usher” em 1960, os produtores James H. Nicholson e Samuel Z. Arkoff, da American International Productions, anunciaram desde logo um segundo filme retirado de Poe. Mas não pensaram numa série, como se veio a verificar depois. “The Pit and the Pendulum”, publicitado em Agosto de 1960, foi rodado durante quinze dias, a partir de início de Janeiro de 1961, com um orçamento de quase um milhão de dólares.
Em Espanha, em meados do século XVI (1546, para se ser mais exacto, como se pode ver pela datação da morte de Elizabeth), um jovem cavaleiro inglês, Francis Barnard (John Kerr) visita o castelo de Nicholas Medina (Vincent Price) para tentar perceber as causas da morte da irmã, Elizabeth (Barbara Steele), casada com Nicholas. Encontra a irmã deste, Catherine (Luana Anders), que começa por lhe dar exíguas informações, o que o leva a querer pernoitar para se inteirar melhor dos estranhos acontecimentos. Fala então com Nicholas e o seu médico particular, o Dr. Leon (Antony Carbone), e ambos lhe confirma a morte da irmã com base num ataque de coração provocado pelo medo, obcecada pela câmara de torturas que existe no castelo. Fechada nesse espaço de loucura e dor, morre proferindo o nome de “Sebastian”. Francis não acredita no que ouve e descobre através de Catherine que Nicholas vive traumatizado desde criança pela morte da mãe, vítima do pai, Sebastian Medina, membro da Inquisição espanhola, que assassina o irmão Bartolome e a mulher, acusando-os a ambos de adultério. Nicholas, escondido a um canto da sala , observa toda a cena que o irá perseguir pela vida fora. Mas, mais tarde, Francis vem a saber, através do Dr. Leon, que a mãe de Nicholas não fora torturada ate à morte, mas sim emparedada viva. É esse horror que consome Nicholas: o pavor de Elisabeth ter sido igualmente sepultada viva. Mas afiança sem margem para dúvida: “Se Elizabeth Medina caminha por estes corredores, só pode ser o seu espírito, nada mais.” Acontece que não é somente o espírito de Elizabeth quem caminha pelos corredores e atormenta o cada vez mais enlouquecido Nicholas, e o Dr. Leon sabe-o bem…
Segundo título da série dedicada por Roger Corman a adaptações de Edgar Allan Poe, “The Pit and the Pendulum” é talvez a sua melhor obra, resultando num filme que, se se afasta consideravelmente do conto original, consegue criar uma atmosfera verdadeiramente digna do universo do escritor e sobretudo uma extraordinária reconstituição de época, com uma direcção artística brilhante de Daniel Haller, e uma fabulosa fotografia, em cores vivas e voluptuosas de Floyd Crosby, muito bem orquestradas pela música de Les Baxter.
Como se sabe, Roger Corman tinha sempre reduzidos orçamentos e curtos períodos de rodagem (uma semana para realizar um filme era vulgar). Mas “O Fosso e o Pêndulo” deixa a sensação de uma quase super-produção, com ambientes e cenários rigorosamente recriados ao pormenor, um guarda-roupa esplendoroso, e um elenco brilhante, onde justo é destacar Vincent Price, numa composição avassaladora, uma das mais conseguidas da sua magnifica carreira, muito bem acompanhado por toda a restante equipa, sendo ainda de sublinhar a presença de uma das divas do terror, por essa altura, a italiana Barbara Steele.
O extraordinário sucesso de bilheteira e de crítica que este filme conheceu aquando do seu lançamento, levou a American International Productions a prolongar a série retirada de contos de Edgar Allan Poe. Seguiram-se “The Premature Burial” (1962), “Tales of Terror” (1962), “The Raven” (1963), “The Haunted Palace” (1963, mais H. P. Lovecraft do que Poe), “The Masque of the Red Death” (1964), e “The Tomb of Ligeia” (1965).
Curiosidade adicional: em 1968 o filme foi vendido à cadeia de televisão ABC-TV para ser emitido. Como, porém, não tinham a metragem ideal para o espaço previsto, o canal televisivo sugeriu a rodagem de algumas cenas extra, para conseguirem a metragem necessária. Tamara Asseyev, assistente de Roger Corman, rodou cerca de cinco minutos que foram acrescentados no final, prolongando a “vida” de Catherine Medina, enviada para um manicómio. Razão de ser desta opção? A actriz Luana Anders era a única disponível para essas filmagens. O filme terminava então com uma nova sequência, durante a qual Catherine confessa a alguém todo o drama que havia vivido, colocando toda a narrativa anterior da obra como um longo flashback. Nalgumas edições de DVD esta filmagem extra aparece como bónus, apresentando-o como "Original theatrical prologue" (o que não corresponde à verdade).



O SEPULTADO VIVO
"O Sepultado Vivo" é o terceiro filme do ciclo realizado por Corman com base em contos e poemas de Edgar Allan Poe, e o único que não tem Vincent Price como protagonista, que aqui cede esse lugar a Ray Milland. Este é o inquieto Guy Carrell que vive atormentado pela morte do pai, que julga ter sido enterrado vivo, julgando-o vítima de catalepsia. Esta ameaça do passado projecta-se sobre o seu presente (ele também é cataléptico) e, sobretudo, sobre o seu futuro (apavorado com a possibilidade de também ele ser sepultado vivo). Como em quase todos os filmes desta série, que fala de pesadelos e maldições que se tornam realidade, o prenúncio que paira sobre Guy Carrell concretiza-se e a vingança sobre aqueles que prematuramente o enterraram vai prolongar-se inexoravelmente.
Casado com a bela Emily (Hazel Court), e por esta encorajado a comprovar os seus receios quanto à morte do pai, resolve abrir a cripta da família. O espectáculo com que depara fá-lo sucumbir de horror: efectivamente os receios confirmam-se. O pai morrera sufocado vivo no interior do seu túmulo. No transe por que Guy passa, é dado como morto por fulminante ataque cardíaco. Mas a verdade é que mais urna vez a catalepsia fez das suas. Guy, porém, tivera ao cuidado prévio de mandar construir urna cripta com várias saídas de emergência...
Ray Míland é um talentoso actor de particular estimação de Roger Corman, que com eIe faz "O Homern com Vísão Raio X", e que se sai bastante bem desta aventura de cariz obsessivo. A realização de Corman é, como sempre, muito inteligente e eficaz, num voluptuoso colorido, em cenários de um gótico algo estilizado, de efeito seguro e de um bom gosto irrepreensível.
"The Premature Buriaí" foí várias vezes adaptado ao cinema. Logo ern 1927, em Inglaterra, Castleton Kníght tenta uma primeira aproximação com "Prelude". John H. Auer, nos EUA, em 1935, roda "The Crirne of Dr. Crespi", com base no mesmo texto, e com o fabuloso Erich von Stroheim em protagonista. Douglas Heyes (EUA, 1961), na séríe deTV, "Thríller", assina o episódio "The Premature Burial", com Boris Karloff. Depois da versão de Roger Corman, só há notícia de uma nova passagem ao cinema, numa obra intitula "Sílení" ou "Lunay", dirigida por Jan Svankrnajer (co-produção da República Checa e da Eslováquia, em 2005).
A MALDITA, O GATO E A MORTE
Em “A Maldita, o Gato e a Morte” (Tales of Terror), Roger Corman e o seu argumentista Richard Mattheson, reúnem quatro contos de Poe para comporem três histórias de cerca de meia hora cada uma, “Morella”, “The Black Cat”, “The Cask of Amontiallado” e “The Case of M. Valdemar”.
Na primeira história de inequívoco tom gótico, os elementos tradicionais destas narrativas estão todos presentes: o castelo no cimo de uma ravina com o mar aos pés, a carruagem solitária que atravessa a paisagem inóspita e descarrega uma donzela à porta do arruinado edifício, a presença de um ocupante com ar alucinado, a presença da morte, perdurando no cadáver embalsamado de Morella, conservado no seu leito pelo desesperado marido, Locke (Vincent Price), que vive amargurado por recordações do passado. Quem o visita é sua filha, Lenore (Maggie Pierce) que regressa passados 26 anos e desenterra do passado um pesadelo terrível. Morella e Locke acham que foi a filha a causadora da morte da mãe, que faleceu no parto. Lenora tenta a reconciliação com o pai, que acaba por aceitar a versão da filha. Morella, porém, não esqueceu e regressa do além para se apoderar do corpo da filha e vingar-se. O que aproxima muito este conto de “A Queda da Casa Usher”, por um lado (através da figura de Locke) de “Ligeia”, por outro, sobretudo na vingança final da mulher que ressuscita dos mortos para se vingar no marido. Sem ser um exemplo do melhor Corman/Poe, nomeadamente por uma certa ineficácia das actrizes, que nunca se colocam ao nível de um Vincent Price, o episódio mantém as características da série (tal como os dois seguintes, ambos consideravelmente melhores em todos os aspectos), quer ao nível da fotografia como da direcção artística, dos cenários ao guarda-roupa.
“The Black Cat”, o conto seguinte, desta feita incorporando certas passagens de um outro conto de Poe, “The Cask of Amontiallado”, marca uma curiosa e muito divertida incursão de Corman e do seu argumentista no campo da comédia, servida por dois actores absolutamente notáveis, o habitual Vincent Price, num registo burlesco, subtil e irónico, e Peter Lorre. Este interpreta a figura de Montressore, um desmedido apreciador de vinho, casado com a sedutora Annabel (Joyce Jameson), que descobre a melhor maneira de dar largas ao seu prazer preferido, entrando num duelo de escanções com o perito Fortunato Lucresi (Vincent Price). Uma noite, em que Montressore já não se consegue manter de pé, Fortunato Lucresi leva-o a casa, conhece Annabel e não resiste aos encantos desta, nem ao etilizado estado de coma do marido, e principia aí um idílio adúltero e fatal. Quando Montressore se apercebe do que está a acontecer nas suas costas, mata a mulher e empareda-a, não se apercebendo que acaba de emparedar igualmente o gato que tanto detesta e cujo estridente miar lhe será profundamente nocivo. Esta pequena pérola de humor negro vive sobretudo da inexcedível interpretação dos dois actores, num duelo particularmente expressivo e diversificado quanto a processos. É curioso ver o que Corman disse sobre o seu trabalho com Peter Lorre: “Foi fantástico! Devo dizer que Peter Lorre era uma das pessoas mais divertidas que me foi dado conhecer. E extremamente inteligente e muito culto. Portanto estava a lidar com um homem que era capaz de surgir de repente com excelentes ideias para pura farsa e simultaneamente justificá-las intelectual e tematicamente dentro do contexto de Põe. Era tremendamente estimulante. A formação de Peter Lorre era diferente da de Vincent. Vincent frequentara a Escola de Teatro de Yale; tinha uma enorme preparação como actor clássico. Peter viera da Alemanha, onde trabalhara com Bertol Brecht, e estava muito familiarizado com a versão alemã do método de Stanislavsky, que era muito semelhante à alemã. Os estilos deles eram completamente diferentes, mas eram ambos actores muito inteligentes e de uma grande sensibilidade e fizeram um excelente trabalho em conjunto, especialmente na sequência da prova de vinhos. Nessa cena eu disse: “Peter, tu vais improvisar; vais parecer completamente passado. Vincent, tu mantém-te absolutamente clássico.” Quando o filme foi estreado, essa cena obteve uma grande reacção por parte do público. Eu disse ao provador, ou semi-especialista de vinhos – já nem me lembro o que é que ele era – “Fala com o Vincent; afasta-te do Peter.”
Vincent Price, pelo seu lado, não compreendia a forma de representar de Peter Lorre, chama-o “ um homenzinho triste”, e acrescentou: “ele não se sentia feliz; tinha engordado imenso e não se sentia bem. Na realidade, ele nunca conseguiu decorar o guião; sentia que podia improvisar e que conseguiria melhores resultados, o que, em muitos casos, se verificou. Outrora ele havia sido um actor, mas naquela época era já apenas uma caricatura: fazia imitações de si próprio falando com uma voz fanhosa. Tinha-se transformado numa personagem chamada Peter Lorre e achava que era isso que o público queria, e por isso era isso que ele dava ao público.
“The Case of Mr. Valdemar” termina o filme com outro duelo de representação, mas desta feita mais coerente nos processos. Basil Rathbone (que vinha de interpretar a série “Sherlock Holmes” nos anos 40), transportando a sua multicolorida lanterna, é o Dr. Carmichael, um fervoroso adepto do hipnotismo, e consegue convencer o Senhor Valdemar (Vincent Price) a ser hipnotizado momentos antes da morte, ficando assim suspenso numa terra de ninguém, que dará todas as vantagens ao hipnotizador que quer ficar como herdeiro da bela esposa de Valdemar (Debra Paget). O conto finaliza com uma cena macabra que repõe a ordem natural das coisas e a justiça na Terra. Sobre Rathbone, Vincent Price afirmou: “Acho que ele estava muito desiludido, muito amargo porque ele tinha sido uma grande estrela. As pessoas haviam esquecido esse aspecto porque só o viam como Sherlock Holmes, ou como o vilão da fita. Mas ele tinha sido um grande actor shakespeariano, uma grande estrela do teatro e do cinema. E de repente deu por si – como todos nós quando Jimmy Dean e Marlon Brando e esses outros apareceram e se criou uma nova forma de falar e todos nós falávamos com sotaques muito trabalhados, num inglês muito trabalhado – quem queria continuar a trabalhar não tinha outro remédio senão fazer filmes de época. E o Basil ressentia-se muito disso.”
“A Maldita, o Gato e a Morte” tem qualidades inequívocas e pode mesmo dizer-se que cada conto por si oferecia uma mais rigorosa aproximação do universo de Poe do que as longas-metragens. Mas o resultado financeiro final não foi de molde a entusiasmar a produtora a continuar esta via.
Vincent Price, Peter Lorre e Basil Rathbone, voltariam a encontrar-se todavia em 1963, numa nova comédia de terror, “Comedy of Terror”, de novo escrita por Richard Matheson, mas desta feita dirigida por Jacques Tourneur. Veremos igualmente que “Two Evil Eyes”, de Dario Argento e George Romero, volta à mesma estrutura, oferecendo novas versões dos contos “The Case of M. Valdemar” e “The Black Cat”.

O PALÁCIO MALDITO
“O Palácio Maldito”, dirigido por Roger Corman em 1963, não adapta uma obra de Edgar Allan Poe, apenas toma alguma influencia sua, sendo, isso sim, uma adaptação de “The Case of Charles Dexter Ward”, de H.P. Lovecraft. Poe serve de abertura e fecho para esta história toda ela Lovecraft, ainda que este autor possa manter com Poe algumas curiosas afinidades. De todas as formas, a ambiência e o estilo que Corman utilizou em todo o seu ciclo Poe mantêm-se aqui, bem assim como equipa técnica e até elenco. Este é, aliás, um exemplo bastante típico dos métodos de produção e realização de Roger Corman. Rodado quase inteiramente em estúdios, inclusive os exteriores, em três semanas de filmagens, o que, não sendo um tempo record, demonstra um bom aproveitamento de cenários e actores, “The Haunted Palace” prova as virtudes e os limites do cinema deste mago da produção de série B que conseguiu uma boa aceitação entre os cinéfilos de todo o mundo. A intriga desdobra-se em inquietantes profecias e ameaças: há cem anos atrás, os habitantes de uma aldeia tinham queimado vivo, sob a acusação de feitiçaria e bruxaria, o sinistro proprietário de um castelo local. Agora, como que cumprindo a profecia então lançada pelo martirizado senhor do palácio, aparece um novo dono, com a mulher, em tudo semelhante ao anterior. O medo instala-se e tudo parece apontar para que se re-edite o ritual.
Dizia Roger Corman que o que fez o sucesso desta sua série Edgar Allan Poe foi a combinação de vários factores que permitiram aos filmes terem uma exploração normal em circuitos tradicionais do cinema de terror, e, por outro lado, serem muito apreciados por públicos mais cultos e exigentes, em virtude da base donde partem, Allan Poe, mas também do cuidado posto nas adaptações, quer se fale no rigor na criação dos ambientes, como na escolha de alguns intérpretes, como ainda no próprio tom adoptado.
Veja-se o caso de “O Palácio Maldito”. A acção centraliza-se em três polos essenciais: o palácio, a aldeia e alguns exteriores. Tudo filmado em estúdio, o que permite uma atmosfera brumosa, com muitos fumos sabiamente distribuídos, que não só criam um clima propício, como escondem deficiencias de cenários e possíveis anacronismos. A técnica de Corman é óbvia: se não pode mostrar-se, esconde-se com fumo. Mas a forma como isto é feito, cria uma certa plausibilidade e um efeito plástico bastante satisfatório. Muitos dos cenários possuem uma envergadura que não se coaduna com as reduzidas verbas dispendidas. O segredo é utilizar cenários de outros filmes, antes deles serem destruídos. Uns adereços estrategicamente colocados e uns fuminhos para disfarçar, eis o palácio transformado por completo.
O tom adoptado é igualmente muito inteligente. Por um lado, assume-se o fantástico e o terror tradicional, dito "gótico" entre os especialistas. Por outro lado, insinuam-se anotações culturais evidentes e um humor distanciador.
Finalmente, para que tudo isto seja possível, era necessário recrutar actores que permitissem a façanha. Desde logo, Vincent Price, "the right price in the right place". Vincent Price é o protagonista de quase todos os filmes desta série: “A Queda da Casa Usher”, “O Fosso e o Pendulo”, “A Maldita, o Gato e a Morte”, “O Corvo”, “O Palácio Maldito”, “O Túmulo de Ligeia” e “A Máscara da Morte Vermelha”. De fora fica apenas “O Sepultado Vivo”, onde Price foi trocado por Ray Milland.
Por vezes, como no caso de “The Haunted Palace”, Vincent Price dá réplica a outros actores de certa qualidade, como Lon Chaney, Jr, Debra Paget ou mesmo Leo Gordon. Noutros, é sobre os seus únicos ombros que repousa toda a responsabilidade de defender personagens e situações. E Vincent Price fá-lo sempre com uma segurança e uma subtileza invulgares.
Roger Corman, falando do seu actor preferido, disse: " Vincent é verdadeiramente o Mestre nesta matéria. Pessoalmente, estudei como trabalhar com actores tendo como base "O Método", mas nunca encontrei ninguém como Price. Com efeito, ele está de acordo com numerosos princípios de "O Método" mas pode interpretar igualmente com base no barroco ou no grandiloquente e situar-se nos limites da farsa. Ele sabe exactamente onde deve parar, servindo-se do humor e de uma espécie de reflexão irónica sobre si próprio e sobre o que está a dizer. Se ele fosse menos grandiloquente, mais realista, seria certamente muito menos divertido, e não nos poderia dar os seus grandes momentos. E se fosse um pouco mais longe, cairia tudo pela base. Ele sabe, com um rigor notável, onde se situar e dali não se afasta nunca."
Vincent Price nasceu em St.Louis, no Missouri, a 27 de Maio de 1911. Formado pela Universidade de Yale, nos EUA, e de Oxford, em Inglaterra, Vincent Price é um dos actores mais cultos da sua geração. Foi o principal responsável, entre 1955 e 1958, por um programa sobre arte ($64,000 Questions), na cadeia CBS da televisão norte americana. Foi conselheiro artístico de firmas comerciais como a Sears Roebuck, e era considerado uma das maiores autoridades mundiais em arte mexicana. Neste campo, era ainda um dos mais conhecidos coleccionadores de arte índia e pré-colombiana, o que ficou atestado em obras como “The Vincent Price Treasure of American Art” (1972) ou “A Treasure of Great Recipes”. Mas era igualmente uma autoridade em culinária e gastronomia, tendo mesmo escrito algumas obras, de colaboração com a sua segunda mulher, consideradas clássicos, nesta arte, como “The Come Into the Kitchen Cook Book” (1969). Por outro lado, os seus conhecimentos da arte de representar, levavam-no a ser convidado, com regularidade, pelas universidades americanas, para proferir conferências e dar cursos. Registou, em disco, obras de Shakespeare e de Edgar Allan Poe.
Iniciou a sua carreira de actor no teatro, em 1935, em Londres, e, posteriormente, na Broadway, em Nova Iorque, tendo sido primeira figura no Mercury Theatre, lendária companhia dirigida por Orson Welles. Estreou-se no cinema em 1938 e trabalhou em filmes de Michael Curtiz, John Stahl, Henry Hathaway, Samuel Fuller, James Whale, Henry King, Otto Preminger, Joseph L. Mankiewicz ou Fritz Lang, até que em 1953 protagoniza “Máscaras de Cera”, de André De Toth, que o lança no campo do cinema fantástico, género que nunca mais abandonará, deixando o seu talento bem representado num impressionante conjunto de obras que vão desde a primeira versão de “A Mosca” até “O Caçador de Bruxas”, de “O Senhor do Mundo” até “Eduardo Mãos de Tesoura”, de “O Gato Miou Três Vezes” até “O Abominável Dr. Phibes”.
Mas a série Edgar Allan Poe-Roger Corman transformou-o numa verdadeira vedeta do filme fantástico, um autêntico príncipe das trevas, que se afasta radicalmente da imagem de muitos outros "monstros" do terror. Vincent Price emprestava sempre às personagens que interpretava o fascinante recorte da aristocracia decadente, snobe e cínica, atormentada por pesadelos de antanho, como é o caso de Charles Dexter Ward, o protagonista deste “Palácio Maldito” que re-encarna a maldição de um antepassado, condenado à fogueira pela justiça popular na aldeia de Arkham. Admire-se a sonoridade da sua fala, a fina ironia da sua representação, a aristocrática elegância do seu porte. Há, neste aspecto, algumas cenas dignas de referência especial, sobretudo as que testemunham o diálogo que Charles Dexter Ward mantem com o retrato do seu defunto antepassado.
A MÁSCARA DA MORTE VERMELHA
“A Máscara da Morte Vermelha”, de 1963, dirigida por Roger Corman, segundo uma nova adaptação de um conto de Edgar Allan Poe, recoloca os problemas deste surto de filmes da American International Productions. Como ser-se fiel, adaptando um conto de meia dúzia de páginas, quase sem intriga, vivendo essencialmente de uma atmosfera criada pela subtil utilização das palavras e da sua sugestiva densidade poética. No conto, as terras do príncipe Próspero estão flageladas pela “peste vermelha”, que num instante, desbarata exércitos de pessoas, deixadas com os corpos repletos de chagas por onde brota o vermelho do sangue contaminado. Para se furtar a tal sorte, o príncipe Próspero e os seus amigos mais chegados barricam-se numa abadia bem abastecida para meses e meses de consentido bloqueio, julgando assim esquivarem-se à sorte madrasta. Por festas e bailes, em salas de traçado arquitectónico único, julgam enganar o inimigo até esta aparecer no meio deles, num baile de máscaras, onde a única sem disfarce é a própria morte.  No filme, Corman aproxima-se ao máximo do texto, mas recria intrigas complementares para criar enredo e manter os espectadores presos, não só do ambiente obsessivo, mas também das próprias peripécias. Uma constante nesta série dedicada a Poe.
Para quem gosta de cinema fantástico, este é um conjunto de obras de eleição dentro do que se pode chamar o terror gótico. Pela qualidade plástica revelada, pela subtileza das anotações, pelas referências psicanalíticas e culturais pouco vulgares no género, pelo tratamento da narrativa.
Roger Corman era então um produtor e realizador muito jovem, mas já não um novato nestas andanças, pois dirigira anteriormente um volume impressionante de filmes de série C, daqueles que se destinavam a preencher as sessões duplas dos cinemas de bairro e dos "drive ins" norte americanos. Passara por todos os géneros, do "western" ao policial, do filme de denúncia social, à ficção científica, e rodava estas películas em meia dúzia de dias, às vezes em dois dias e uma noite, outras vezes dois em simultâneo, aproveitando cenários de outros filmes, antes de serem destruídos.
Os orçamentos eram mínimos, e a maioria dos técnicos e actores eram recrutados sabiamente entre os alunos da UCLA, universidade de cinema de Los Angeles. Foi assim que, ainda na American International Pictures, revelou, vejam só, realizadores da envergadura de Peter Bogdanovich, Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Irving Kershner, Richard Rush, Curtis Harrington, Denis Sanders, Bernard Kowalski, Brian De Palma, Monte Hellman, Dennis Hopper ou Daniel Haller, para continuar a sua tarefa na New World, com o lançamento de uma nova fornada de talentos: Joe Dante, Steve Carver, Jonathan Kaplan, Paul Bartel, Jonathan Demme, Lewis Teague, entre muitos outros.
Actores como Jack Nicholson, Robert De Niro, Bruce Dern, Peter Fonda, Ellen Burstyn, David Carradine, sairam também da sua "escola". E mesmo técnicos, como o argumentista Robert Towne, os directores de fotografia Haskell Wexler e John Alonzo ou o produtor John Davidson passaram pela “fábrica”. Primeiramente, deu-lhe emprego nos seus filmes, depois lançou-os em obras por si produzidas.
Roger Corman marcou por isso uma geração de cineastas norte americanos, e ainda hoje é lembrada uma das suas casas, a New World, precisamente como uma mítica maternidade de talentos. Para lá disso,  distribuiu nos EUA, ao lado de muitos títulos de série B e Z, filmes europeus de cineastas como Ingmar Bergman, François Truffaut, Volker Schlondorff, Joseph Losey, Jeanne Moreau ou Federico Fellini, afirmando-se também neste  campo como uma personagem sui generis e lendária. 
As histórias e experiências que se contam à sua volta davam para horas de conversas e algumas seriam certamente de algum proveito, como o foram para quem com ele teve o privilégio de trabalhar. Não era um produtor fácil. Dizia-se que tinha a mão férrea, mas quase todos os seus discipulos desculpam os cortes e remontagens de filmes, em função do muito que com ele aprenderam. Sobretudo em economia de meios. Filme de cow boys e índios com mais de vinte figurantes era já superprodução para Roger Corman. Ele inventava formas de colocar os vinte disponíveis pelo orçamento de tal maneira que pareciam centenas, e eu próprio, quando fiz a “Manhã Submersa”, à míngua de figurantes seminaristas, que também eram vinte em lugar dos duzentos pretendidos, tentei seguir o que com ele aprendera, vendo os seus filmes, arranjando maneiras de multiplicar os figurantes.
Roger Corman é,  pois, uma referência para muita gente do cinema. “The Masque of the Red Death” é, no entanto, um filme que não revela já a pobreza franciscana de outras obras de outrora. Sendo um filme de reduzido orçamento, ostenta, todavia, uma largueza de meios invulgares em Corman. A base é um conto notável de Edgar Allan Poe, adaptado a cinema por Charles Beaumont e Wright Campbell. Do tema disse Roger Corman:"A personagem de Prospéro coloca o filme sob o signo da inteligência e da consciência. Uma frase do filme resume muito bem esta óptica: "Cada homem cria o seu próprio paraíso e o seu próprio inferno." Eu pretendi mostrar que, no essencial, tudo depende da escolha de base".
Voluntariamente enclausurado nas salas bizarras de um castelo, o príncipe Próspero e os seus convidados entregam-se às mais exóticas práticas, pensando-se a coberto da ameaça de uma epidemia de peste (A Morte Vermelha), que grassa na região. Mas a devassidão inconsciente deste grupo de privilegiados está longe de estar salva. Durante um baile de máscaras, uma figura inesperada irá surgir e cortar a respiração aos circundantes. Se se disser que esta adaptação de Poe não tem a força lírica nem o peso demencial, sombrio e insólito do conto, creio que estaremos inteiramente de acordo. Corman reduz a  dimensão do obra literária, tornando-a talvez mais decorativa, mais espectacular, mais vistosa e berrante, concessões evidentes ao grande público a que se destinava. Mas se integrarmos este filme no conjunto restrito do cinema de terror da época, então estamos na presença de uma obra invulgar, pelo requinte plástico, pelo bom gosto, pelo rigor da composição, inclusive pela afirmação cultural que obviamente reivindicada. A que não é também alheia a escolha de Vincent Price como protagonista. Se há actor de uma cultura invulgar e de uma sensibilidade notável, ele é Vincent Price.
Parece justo e oportuno voltar a sublinhar o extraordinário talento de Vincent Price. Vejam-no deambular como uma sombra, falar com aquela voz e aquela fabulosa dicção que só ele tinha, insinuar-se com a discreta sedução de uma serpente, deslizar pelo palácio envolto em pesadas capas que o cobrem como se fossem a sua própria pele, e teremos de concluir que se trata um actor admirável, tão admirável em obras como “Laura”, de Otto Preminger, como neste “A Máscara da Morte Vermelha”, uma viagem pelo "reino das trevas, da ruína e da "Morte Vermelha" que impuseram sobre todas as coisas o seu império ilimitado", segundo as palavras de Edgar Allan Poe.. À sua volta, neste caso, instalou-se o deserto. Não há um único actor à sua altura. Apenas temos por detrás da câmara um realizador rendido aos encantos de um autêntico príncipe das trevas, no palco ou no ecrã.

O TÚMULO DE LIGEIA
Vincent Price, Edgar Allan Poe e Roger Corman regressam com “O Túmulo de Ligeia”, último título desta série fantástica que reuniu estes três expoentes máximos do filme de terror dos anos 60, nos EUA. Depois desta nova incursão pelo universo de Poe, Corman e Vincent Price, em conjunto e isoladamente, prosseguiriam as suas carreiras mas tendo por base textos de outros escritores.
Rodado em Inglaterra, “The Tomb of Ligeia” apresenta algumas novidades. Desde logo, o facto de grande parte da sua acção ser filmada em exteriores naturais, numas fabulosas ruínas que Roger Corman aproveita sabiamente, delas retirando a expressividade dramática e estilística que melhor se adaptava à história que tinha para contar. História de Verden Fell que depois de sepultar Ligeia, a sua jovem esposa, no cemitério local, contra a vontade do pároco, irá desencadear uma súbita paixão em Lady Rowena com quem se encontra durante uma caçada que provoca um acidente. É evidente que depois tudo irá girar à volta de Ligeia que repousa no túmulo e a recém chegada Rowena, cada vez mais abandonada pelo enigmático marido. Mas, fiquemos por aqui quanto a peripécias.
Roger Corman afirmou, numa entrevista, que “Ligeia” foi um regresso às origens, ao verdadeiro espírito de Poe. Mas, a óptica mudara entretanto. "De início pensava, diz Corman, que o mundo onde evoluíam as nossas personagens era uma pura criação do espírito de Poe, ilustração de um mundo subconsciente, onde acreditava nada ser real. Era por essa razão que eu não rodava os filmes em exteriores. Julgava que o menor plano realista não revelaria senão o artifício desse mundo que eu criava. Em “Ligeia”, pelo contrário, eu utilizei pela primeira vez na série Poe cenários naturais. Estava farto de cenários brumosos e tinha medo de me repetir. Com “Ligeia” tentei uma aproximação tipicamente gótica. Encontrei uma velha abadia perto de Norfolk e foi aí que rodámos os exteriores, mas tenho dúvidas se as minhas teorias estavam certas, se será bom introduzir elementos realistas neste tipo de filmes."
Corman prosseguiu: "O Túmulo de Ligeia é, de todos os meus filmes, o que se encontra mais próximo de uma verdadeira história de amor. Há um aspecto, muito importante em Poe, que nós tínhamos trabalhado pouco. É o tema do amor perdido: Annabella Lee, Leonora, Morella e Ligeia são bons exemplos. Penso poder definir “Ligeia”, dizendo que é uma história de amor gótico."
Para quem gosta de encontrar explicações mais ou menos explícitas para este tipo de filmes, Roger Corman também acrescenta algo: "É possível que Verden Fell tenha recebido da sua mulher uma sugestão hipnótica e que ela tenha morrido sem o libertar dessa sugestão. Mas a verdadeira solução, por detrás de tudo isso, é que o espírito de Ligeia sobrevive à sua morte. Ela disse que seria a mulher de Fell para sempre, e sê-lo-á."
Todos os filmes de Roger Corman deste ciclo Poe são exemplos do seu trabalho na American International Pictures, empresa de James H.Nicholson e Samuel Z. Arkoff, onde trabalhou e deixou marcas profundas na década de 60. Posteriormente, Corman fundaria uma empresa própria, primeiramente a Filmgroup, posteriormente New World Pictures, onde concretizou métodos trabalho e processos de produção.
Ao contrário de muitos realizadores de filmes de terror, que jogam mão de sucessivos golpes de teatro para fustigarem a atenção e a emoção dos espectadores, Roger Corman quase não os utiliza nos seus filmes. O efeito criado, por exemplo, com o aparecimento de um gato preto em “O Túmulo de Lígeia”, é um efeito raro nos seus filmes. O que sobressai é a criação de um ambiente inquietante, mais do que a sucessão de momentos fortes. É esse clima que faz algum do fascínio deste tipo de filmes, bem assim como a leveza dos movimentos de câmara de Corman e a invulgar interpretação de Vincent Price que serve admiravelmente essa mesma envolvência pela subtileza da sua representação, mas sobretudo pela musicalidade da sua palavra.

8. DAVID W. GRIFFITH E EDGAR ALLEN POE (sic)
David W. Griffith era um admirador incondicional de Edgar Allan Poe e dedicou-lhe várias obras. Uma, datada de 1909, com o título “Edgar Allen Poe” (sic), é um curioso esboço biográfico, composto por seis planos, com um total de pouco mais de sete minutos. Primeiro (falso) plano (são dois planos, unidos por uma trucagem): num quarto, uma cama onde repousa uma rapariga visivelmente doente, virada para uma longa janela que recebe a luz do dia. Entra Edgar Allan Poe que se preocupa com o estado da jovem mulher. A um canto, uma pequena mesa, sobre a qual, numa prateleira, repousa um busto. Súbito (trucagem, logo um falso plano único), surge nessa mesma prateleira, um corvo negro. Poe olha-o, surpreso, sente-se que a inspiração o invade, escrevinha algo numa folha de papel que vai mostrando, entusiasticamente, repetidas vezes à mulher. Terceiro plano: redacção de um jornal, onde se encontram dois jornalistas, trabalhando. Entra Poe, mostra o seu trabalho (obviamente o poema “The Raven”) a um que o rejeita, depois ao outro, que o afasta igualmente. Quarto plano: numa redacção de um outro jornal, uma mesa, um homem, com o letreiro “Editor” sobre a mesa, conversando com uma mulher. Entra Poe, mostra o poema à mulher que o recusa rapidamente, depois de ler algumas frases, mas o editor chama Poe, lê agradado o poema e paga a Poe por ele, que parte encantado com o dinheiro na mão. Quinto plano: de novo o quarto com a jovem doente, mas desta feita com um enquadramento mais fechado (sem se ver a prateleira): a mulher sofre, soergue-se, e desfalece. Entra Poe com mantimentos, um cobertor e um ar triunfante. Sexto plano (o enquadramento anterior, do primeiro plano, vendo-se a prateleira): Poe começa a agasalhar a jovem, mas, ao pegar-lhe no braço, compreende que chegou tarde e o corpo não passa de um cadáver. Desespero de Poe. Fim.
O filme é nitidamente uma ficção sobre um aspecto da vida de EAP, tentando explicar a génese de um poema, e estabelecendo uma relação dramática entre a criação literária e a vida quotidiana. Um filme dos primórdios do cinema que mostra como EAP era já mitificado como escritor romântico e maldito no início do século XX.
Ainda em 1909, Griffith realiza “The Sealed Room”, segundo argumento de Frank E. Woods, baseado numa reunião de obras de Honoré de Balzac ("La Grande Breteche") e Edgar Allan Poe ("The Cask of Amontillado"). França, o rei que mantém uma amante, manda construir um ninho de amor que todavia será aproveitado pela infiel amante para se encontrar com o romântico baladeiro da corte. Um dia, julgando o rei afastado, ambos são emparedados vivos no refúgio de amor, quando o monarca descobre a traição. Não se percebe muito bem se um tal filme era considerado de horror na época. Hoje assemelha-se mais a uma deliciosa comédia, com os pedreiros, dirigidos pela soberana figura, a construírem um muro em lugar da porta que liga o rei aos amantes em arrufo. Construído em quadros, vários planos que se sucedem, num enquadramento teatral, sem alteração de grandeza, esta é uma obra apenas curiosa. Arthur V. Johnson (rei), Marion Leonard (cortesã), Henry B. Walthall (baladeiro), Linda Arvidson, William J. Butler, Verner Clarges, Owen Moore, George Nichols, Anthony O'Sullivan, Mary Pickford, Gertrude Robinson, Mack Sennett e George Siegmann são os intérpretes, alguns deles em papéis meramente de figurante (caso de Mary Pickford ou Mack Sennett).
Dois anos depois, Griffith volta a Poe, em “The Two Paths”, onde se sente uma forte influência da Bíblia e de Edgar Allan Poe. Não é dos filmes mais significativos deste período de Griffith (que rodava por ano dezenas e dezenas de pequenos filmes de duas bobines). Trata-se de um melodrama sobre duas irmãs que tomam diferentes direcções nas suas vidas. Uma, Florence, mais irreverente e ambiciosa (Dorothy Bernard), vai para a cidade e torna-se amante de um milionário. A outra, Nellie, mais calma (Linda Arvidson), fica na casa do campo e casa-se por amor. Um belo trabalho de Griffith que imagina diversas cenas particularmente interessantes de um ponto de vista de narrativa audiovisual, e de significação imagética, sendo de realçar ainda a interpretação, onde figuram Donald Crisp, Lottie Pickford, Blanche Sweet, Charles West, Dorthy West e Wildred Lucas em pequenas aparições.

9. ALGUMAS OUTRAS OBRAS 
DE EDGAR ALLAN POE NO CINEMA

CONSCIÊNCIA VINGADORA
O outro filme em que David W. Griffith se aproximou do universo de Edgar Allan Poe, foi “The Avenging Conscience”, rodado em 1914, e que mescla poemas e ficção, sendo que a base são “Annabel Lee” e “The Tall-Tale Heart”, com algumas citações de “The Pit and the Pendulum”, “The Black Cat” e “The Conqueror Worm”.
Uma das personagens chama-se Annabela (Blanche Sweet) e está apaixonada por um jovem, que vive com um tio zarolho. O jovem lê poesia de Edgar Allan Poe (precisamente “Annabela Lee”) e apresenta ao tio a sua apaixonada. Mas este trata-a de forma grosseira, chamando-lhe “uma mulher vulgar”, e expulsando-a de casa. O órfão (Henry B. Walthall) não aceita de bom grado o comportamento tirânico do tio (Spottiswoode Aitken), e imagina a vingança, no que é auxiliado por algumas situações que observa no seu jardim, uma aranha envolvendo uma mosca no seu letal abraço ou uma multidão de formigas imobilizando e matando um insecto. Imagina então o assassinato do tio. Mas o crime é visto através da vidraça por um brutamontes de origem italiana (George Siegmann) que inicia logo ali a chantagem. O filme prolonga-se então como um melodrama muito ao estilo de Griffith, com uma ou outra incursão pelo fantástico e o místico (aparições de sobreposições da imagem de Cristo), terminando com uma alusão ao deus Pan, e um “happy end” escusado. Mas trata-se de uma obra invulgar (não esquecer que é uma realização de 1914, com cerca de 80 minutos, antecipando a obra-prima do ano seguinte, “O Nascimento de Uma Nação”), com uma construção dramática em muitos momentos admirável, o recurso a notas de observação inusitadas (planos de cães, gatos, um sapato tocando a porta de casa, tudo anotações de uma elegância e subtileza sem par na época), enquadramentos brilhantes, encadeados de imagens que relembram obras vanguardistas (muitas delas muito posteriores), e um extraordinário efeito sonoro sugerido pela imagem (num filme mudo), quando o detective bate com um lápis numa mesa, ao lado de um relógio de parede, o que leva o jovem órfão a “ouvir” o coração do tio e a confessar o seu crime.

O CORAÇÃO REVELADOR (1941)
“The Tell-Tale Heart” é um conto de Edgar Allan Poe que serviu de base a numerosas adaptações ao cinema. Uma que conhecemos e que nos parece dos melhores trabalhos cinematográficos saídos de temas poeanos é a versão de 1941, assinada por Jules Dassin, que com esta curta-metragem iniciava s sua carreira de realizador.
Interpretada com brio por Joseph Schildkraut e Roman Bohnen, “The Tell-Tale Heart” mantém-se muito próxima da obra literária, ainda que transpondo com felicidade os valores literários para valores de imagem (e som, diga-se de passagem, aqui essenciais). Um jovem homem vive amedrontado pela prepotência do seu velho amo, zarolho, que o trata mal, o esbofeteia, que o amesquinha como se ele fosse uma criança. O jovem trabalha num tear, cuida da casa, e sente a revolta crescer dentro de si. Um dia ameaça o velho com a fuga, mas este desdenha. Nessa noite, sobe ao quarto do despótico patrão, e mata-o, enterrando o corpo por baixo do soalho da casa. Mas a partir dai começa a ouvir o coração do velho a bater, como que exigindo vingança. Um coração que se tornará “revelador” para algumas visitas.
A fotografia é de um excelente preto e branco, a iluminação torna-se um aspecto essencial no filme, jogando importante papel no acentuar de sombras que se agigantam, na forma como é utilizada uma lanterna para criar focos de luz, nomeadamente na cena do assassinato, a realização é cuidada, alternando criteriosamente a grandeza dos enquadramentos, utilizando sabiamente certos processos simbólicos de narrar algumas cenas (o assassinato: o velho arrasta violentamente com uma mão uma pequena tapeçaria que tem por cima da cama, e que lhe cobre o rosto, quando morto, regressando à parede – e à normalidade reposta - depois do crime escondido), optando por uma expressividade sonora muito coerente com o projecto. Desde início que se chama a atenção do espectador para a acuidade do ouvido do jovem, que pressente a chegada do velho através dos seus passos, o que voltará depois a acontecer após o crime, quando o gotejar de uma bica de água ou o tiquetaque de um relógio se agigantam e se transformam no latejar de um coração que, apesar de morto, continua a trabalhar. Mas o som é talvez o elemento central desta pequena obra, sobretudo quando a voz off do velho ensombra a casa e a consciência humilhada do criado.
Trata-se de um belíssimo trabalho, cerca de vinte minutos que prenunciavam uma bela carreira a Jules Dassin. O que veio a acontecer.
Nota: Esta curta-metragem aparece inscrita no DVD “A Sombra do Homem Sombra”, da série “O Homem Sombra”, Ed. Warner em Portugal.
Em 1953, surgiu outra famosa adaptação de “The Tell-Tale Heart” ao cinema, desta feita em animação, com argumento de Fred Gable e Bill Scott e realização de Ted Parmelee. É uma excelente versão, produzida pela UPA, muito fiel ao original, que alias tem alguns excertos lidos na voz de James Mason, que funciona como o protagonista-narrador (Stanley Baker dá-lhe réplica nalguns momentos). Foi nomeado para Melhor Curta-metragem de Animação do ano, e em 1994 considerado um dos 50 melhores desenhos animados de sempre. Em 2001 foi seleccionado pela United States Library of Congress para ser considerado filme de relevante significado cultural e assim preservado no National Film Registry.
Nota: apareceu incluído como extra na edição de DVD de “Hellboy”. Pode ser visto no You Tube no seguinte endereço:
http://br.youtube.com/watch?v=W4s9V8aQu4c&eurl=http://laboratorio-de-realizacao-audiovisual.blogspot.com/2008/05/tell-tale-hear.html

ALONE

From childhood's hour I have not been / As others were; I have not seen / As others saw; I could not bring / My passions from a common spring. / From the same source I have not taken / My sorrow; I could not awaken / My heart to joy at the same tone; / And all I loved, I loved alone. / Then- in my childhood, in the dawn / Of a most stormy life- was drawn / From every depth of good and ill / The mystery which binds me still: / From the torrent, or the fountain, / From the red cliff of the mountain, / From the sun that round me rolled / In its autumn tint of gold, / From the lightning in the sky / As it passed me flying by, / From the thunder and the storm, / And the cloud that took the form / (When the rest of Heaven was blue) / Of a demon in my view.
Edgar Allan Poe

Este poema aparece publicado no “Scribner’s Monthly Magazine”, de Setembro de 1875, mas o manuscrito deveria datar de 1829, mais coisa menos coisa, segundo os estudiosos da obra de Poe, que detectam nele fortes influências de Lord Byron. O poema nunca foi titulado por Edgar Allan Poe, e a designação “Alone” é atribuída aos editores da sua obra póstuma. É com base neste poema que os argumentistas Paul Hart-Wilden, David Ball, Philip Claydon, John P. Davies e Mark Laughman e o realizador Philip Claydon constroem o esquema de “Alone”, filme de 2001, que assinala a estreia na realização deste cineasta inglês (que se prepara para lançar em Londres “Lesbian Vampires Killers”).
Filme de terror ambientado na actualidade, “Alone” não será uma surpresa, mas é uma obra que se acompanha com atenção e sem esforço. Vivendo, em certas sequências, de uma montagem rápida, e de um encadeado de imagens que relembram os filmes de vanguarda, com planos muito fechados, câmara desequilibrada, solarizações e uma utilização violenta das cores, cenários estranhos e enquadramentos invulgares, “Alone” assemelha-se em muito a episódios de séries televisivas de temática policial, com uma dupla de detectives, ele mais velho, ela mais nova, que investigam o caso de uma mulher que aparece morta, depois de ter descido aos repelões pelas escadas abaixo da sua casa. Todos se parecem inclinar para acidente ou suicídio, mas o crime transparece nalguns aspectos. O que se torna mais óbvio quando aparecem outros casos, não semelhantes, mas que podem ter relação entre si.
Enquanto a polícia investiga por um lado, nós, espectadores, temos a visão da criminosa (não a visão do seu corpo, mas temos literalmente a visão do que ela vai vendo, através de câmara subjectiva), e vamos acompanhando os seus pensamentos, as suas obsessões, os seus fantasmas. E compreendemos as causas que a levam a matar “sem querer” (“O pior criminoso é aquele que não tem a noção do mal que faz”, diz a certa altura o detective), que a impelem a procurar alguém a quem ofertar o seu amor, das formas mais trágicas. Alex, que quase desde início sabemos ser a criminosa, teve uma infância infeliz, os pais morreram quando ela era adolescente, e a partir daí vive obcecada por vozes e por uma solidão irremediável que a atormenta. Procura amores, cumplicidades. Em mulheres de todos os géneros. Da prostituta de cabaret à secretaria de uma psiquiatra.
O filme é, pois, uma obra interessante, com muito pouco a ver com Poe, mas um forte dose de pretensões narrativas, ainda assim denotando qualidades que poderão, ou não, ser confirmadas num futuro próximo. Mantendo-se no campo do lesbianismo, aí teremos brevemente “Lesbian Vampires Killers” para tirar teimas.

THE MANSION OF MADNESS
Em 1844, Edgar Allan Poe escreveu “The System of Dr. Tarr and Professor Fether” (Feather)”, um conto inicialmente aparecido no nº 5 do vol. XXVIII, da revista “ Graham’s Magazine” (de Novembro), e posteriormente integrado no volume de “Histórias Grotescas e Sérias”. Trata-se de uma obra particularmente interessante, parodiando algumas teorias em voga na altura sobre o tratamento da loucura. O conto, escrito na primeira pessoa do singular por um narrador que visita um castelo isolado, situado numa das províncias do extremo sul de França, onde encontra um estranho Dr. M. Maillard que aí dirige um manicómio, aborda de forma parabólica e algo satírica, a teoria da cura em liberdade, o “sistema da doçura”, no qual os pacientes não são contrariados nas suas alucinações e fantasias, mas antes impulsionados a satisfazer os seus instintos, procurando “curá-los” pelo absurdo. Se alguém pensa ser um galo, pois que se alimente de milho e farináceos, e logo perderá a loucura. O sistema parece, no entanto, não funcionar muito bem, apesar da áurea ganha nos meios científicos, na explicação de Maillard, que leva o visitante a percorrer as instalações da instituição, onde aparecem estranhas personagens, que se reúnem num jantar pantagruélico. É nessa altura que o narrador percebe que, durante a vigência do “sistema da doçura”, os internados se tinham revoltado, encarcerado médicos e enfermeiros e tomado conta do castelo que agora administravam com “um grão de loucura”.
Este conto está na base de um filme mexicano muito curioso, datado de 1973, que se passa em França (como no original de Poe), mas que foi rodado no México, falado em inglês, dirigido por um mítico Juan López Moctezuma e que conheceu vários títulos: “The Mansion of Madness”, “Dr. Goudron's System”, “Dr. Tarr's Pit of Horrors”, “Dr. Tarr's Torture Dungeon”, “Edgar Allan Poe: Dr. Tarr's Torture Dungeon”, “House of Madness”, “La Mansión de la Locura” ou “The System of Dr. Tarr and Professor Feather”.
Juan López Moctezuma é herdeiro de uma tradição mexicana de filmes de terror, que teve na presença de Luís Buñuel neste país uma forte motivação para uma inspiração surrealista e anti clerical. Moctezuma foi colaborador de Alejandro Jodorowsky, conheceu Fernando Arrabal e pode dizer-se que fez parte de um grupo que nos anos 60-70 se intitulou “Panic”, onde militava ainda Roland Topor. O “Movimento Pânico” tinha como musa a deusa Pã e uma forte influência de Buñuel e dos surrealistas franceses, bem assim como do teatro da crueldade de Antonin Artaud. A proposta era anárquica, surreal, caótica, libertina, fantástica, grotesca, libertadora… Durou mais ou menos até 1973.
Compreende-se assim a aproximação de Juan López Moctezuma da obra de Poe, particularmente do conto em questão, onde se defendem teses libertárias em relação à psiquiatria e à loucura. Aliás, parece que o próprio Poe se inspirou nos trabalhos de Philippe Pinel (1745-1826), o pai da psiquiatria francesa, que iniciou sistemas de cura benigna, libertando os doentes das grilhetas e exigindo a sua separação dos presos de delito comum e das prostitutas, no manicómio de Salpêtrière. Também William Tuke, em Inglaterra, e Dorethea Dix, nos EUA, iniciaram, no fim do século XVIII, princípios do XIX, idênticas lutas a favor de uma maior humanidade do tratamento das doenças mentais. Edgar Allan Poe mais não faz do que adaptar a conto as teorias que circulava no seu tempo. Juan López Moctezuma, por seu turno, fará o mesmo, adaptando esse conto ao cinema, ainda que com profundas alterações. Enquanto no conto, o manicómio é um espaço fechado, limpo e quase sofisticado, em Moctezuma os loucos fazem esperas a visitantes, vestidos de soldados e armados, evoluem livremente pela floresta circundante, e habitam um palácio em ruínas, completamente deteriorado e escalavrado (grande parte do filme foi rodado numa fábrica de têxteis há muito abandonada).
Em ambos os casos, porém, o que se condena é anarquia e o caos a que conduz uma liberdade mal entendida, moralidade que se ilustra através de certas situações de crítica satírica e de momentos de cruel paródia, dados de forma subtil. Aliás existe como que uma dualidade de olhar, ora crítico, ora complacente para com a loucura instala, o que poderá igualmente ter uma segunda leitura, fazendo equivaler, aos olhos do público, loucos e sãos de espíritos, sem que se saiba muito bem onde começam uns e acabam os outros. O que contem igualmente alguma crítica: muitas vezes são os loucos que ocupam os lugares dos ditos sãos de mentes, sem que nada aparentemente o faça notar.
Primeira experiência cinematográfica de Juan López Moctezuma, “The Mansion of Madness” não é uma obra-prima, mas mostra-se uma surpresa muito curiosa e um filme de indiscutível interesse, quer como aproximação de um tema querido do fantástico, quer como estilo de narrativa, que oscila entre o terror gótico e o humor de uns Monty Python, o exacerbamento visual de um Federico Fellini ou de um “Marat-Sade”, de Peter Brook. Há uma tendência para uma representação teatral que faz lembrar processos do “The Livig Theatre” e, simultaneamente, uma enorme cinefilia que não hesita em repescar réplicas de vários clássicos.
O filme é plasticamente muito curioso, acompanhando-se com prazer, muito embora não seja uma produção de orçamento elevado. Mas o bom gosto de cenários e guarda-roupa e a intencionalidade da narrativa remetem esta obra para o nível dos filmes não muito conhecidos do grande público, mas que merecem seguramente figurar na lista “de culto” de muitos aficionados do fantástico. Poe deveria gostar desta obra e sentir com ela alguma cumplicidade.
Anos depois, o checo Jan Svankmajer, partindo deste mesmo conto de Edgar Alan Poe (e também de “O Sepultado Vivo”) dirige “Lunacy”, “um filme de terror filosófico”, nas palavras do seu autor. “Uma fantasia transgressora que combina imagem real e animação. Nesta delirante alegoria à sociedade contemporânea encontramos o jovem Jean Berlot, um rapaz assombrado por terríveis pesadelos. Berlot trava conhecimento com Marquiz (inspirado no divino Marquês de Sade), um aristocrata com um glorioso apetite por blasfémias e orgias, e inicia uma odisseia “terapêutica”. Como temas centrais a liberdade, a manipulação e a repressão exercidas pela civilização.” O filme passou numa das edições do Indie Lisboa, de onde se retiram os dados.

TWO EVIL EYES
O projecto inicialmente era muito mais ambicioso: quarto realizadores, mestres do fantástico, iam adaptar outros tantos contos retirados da obra de Edgar Allan Poe. George Romero, Dario Argento, Wes Craven e John Carpenter eram os escolhidos e o produtor o primeiro. Mas por razões várias, que se prenderam sobretudo com sobreposição de datas, apenas os dois primeiros corresponderam à chamada. Assim surgiu “Two Evil Eyes”, onde é possível descortinar dois estilos muito diferentes de olhar o fantástico e o cinema, sendo que a diferença entre cinema americano e cinema italiano é também visível a olho nu. Um muito mais seco e austero nos processos, mais rectilíneo e clássico na planificação, o outro mais barroco, de progressão errática, menos comedido.
"The Facts in the Case of M. Valdemar", de George Romero, é uma curiosa adaptação do universo de Poe ao universo de Romero, que, como se sabe, vive há muito obcecado pelos mortos-vivos. Transforma assim Valdemar verdadeiro num morto-vivo (o que não anda muito longe da ideia do próprio Poe, já que o seu conto Valdemar sobrevive vivo, apesar de morto, mercê da sessão de hipnotismo a que se submete in articulus mortis), que regressa do Além para se vingar da sua mulher, Jessica (Adrienne Barbeau) e do Dr. Robert Hoffman (Ramy Zada), médico que o assistia, depois de ambos terem roubado a sua imensa fortuna que pretendiam usufruir num futuro conjunto, mas que também não se antevê muito harmonioso. O episódio é narrado com eficácia e economia de meios, justeza de tom, suspense qb, e alguma inquietação extra, com um final surpreendente e interpretações aceitáveis que não comprometem o resultado final.
“The Black Cat", de Dario Argento, tem desde logo um suporte muito bom que é a presença de Harvey Keitel na personagem de Usher, um fotógrafo alcoolizado que se especializa em foto-reportagem de crimes violentos. Tal como o famoso fotógrafo norte-americano Weegee, que já deu origem, igualmente, a algumas obras no cinema. Casado, prepara um álbum tétrico, "Metropolitan Horrors", e toda a sua vivência é perturbada por estranhas visões e perturbantes reacções, que o aproximam da loucura. O resto também é mais ou menos previsível para quem conhecer o conto de Poe: uma noite mais agitada mata a mulher que pretende abandoná-lo e empareda-a num esconderijo laboriosamente forjado, até que o miar do gato que tanto detestara em vida o denuncia à polícia. Ao lado de Keitel surge um bom naipe de actores (John Amos, Kim Hunter, Sally Kirkland ou Martin Balsam). Mas o sketch é algo arrastado e prolongado com sequências deslocadas, como uma incursão de pesadelo por um cerimonial medieval. A câmara viaja sem parar e a aparente “intelectualização” do projecto acaba por desiludir um pouco. Não o bastante para deixar de ser interessante. Coisa que resulta igualmente na globalidade destes “Two Devil Eyes”.   


8. EDGAR ALLAN POE NO CINEMA
Filmografia

Titulo original: Sherlock Holmes in the Great Murder Mystery (1908)
Argumento: Arthur Conan Doyle, segundo obra de Edgar Allan Poe ("Murders in the Rue Morgue"); Companhia de produção: Crescent Film Manufacturing Co.

Titulo original: Le Puits et le Pendule ou The Golden Bug
Realização: Henri Desfontaines (França, 1909) ; Argumento: Edgar Allan Poe.

Titulo original: Edgar Allen Poe
Realização: D.W. Griffith (EUA, 1909); Argumento: D.W. Griffith e Frank E. Woods, segundo Edgar Allan Poe; Fotografia (p/b): G.W. Bitzer; Companhia de produção: Biograph Company; Intérpretes: Herbert Yost, Linda Arvidson, etc. Duração: 7 min.

Titulo original: The Sealed Room
Realização: D.W. Griffith (EUA, 1909); Argumento: Frank E. Woods, segundo obra de Honoré de Balzac ("La Grande Breteche"), Edgar Allan Poe ("The Cask of Amontillado"); Fotografia (p/b): G.W. Bitzer; Companhia de produção: Biograph Company; Intérpretes: Arthur V. Johnson, Marion Leonard, Henry B. Walthall, Linda Arvidson, William J. Butler, Verner Clarges, Owen Moore, George Nichols, Anthony O'Sullivan, Mary Pickford, Gertrude Robinson, Mack Sennett, George Siegmann, etc. Duração: 11 min.

Titulo original: The pit and the pendulum (Itália, 1910) (1)
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Titulo original: Hop frog the jester (Itália, 1910) (1)
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Titulo original: Une Vengeance d' Edgar Poe
Realização: Gérard Bourgeois (França, 1912); Argumento: Abel Gance, segundo obra de Edgar Allan Poe; Intérpretes: Édouard de Max, Jean Worms, Pierre Pradier, Louis Tunc.

Titulo original: The Raven
Argumento: Edgar Allan Poe (poema) (EUA, 1912); Intérpretes: Guy Oliver (Edgar Allan Poe), Muriel Ostriche, etc. Companhia de produção: Eclair American.

Titulo original: The Pit and the Pendulum
Realização: Alice Guy (EUA, 1913); Argumento: Edgar Allan Põe.

Titulo original: The Bells
Realização: Oscar Apfel (EUA, 1913); Argumento: Forrest Halsey, segundo peça de Emile Erckmann (Erckmann-Chatrian), "Le Juif Polonais" e de Edgar Allan Poe; Companhia de produção: Reliance Film Company; Intérpretes: Edward P. Sullivan, Irving Cummings, Gertrude Robinson, Irene Howley, Oscar Apfel, James Ashley, Sue Balfour, Wilbur Hudson, Irving Lewis, George Siegmann, Margery Wheeler; Duração: 30 min.

Titulo original: The Bells
Realização: George Lessey (EUA, 1913); Argumento: Sir Henry Irving (peça), segundo poema de Edgar Allan Poe; Companhia de produção: Edison Company; Intérpretes: May Abbey, Robert Brower, Frank McGlynn Sr., Augustus Phillips, etc.

O ESTUDANTE DE PRAGA
Titulo original: Der Student von Prag
Realização: Stellan Rye, Paul Wegener (Alemanha, 1913); Argumento: Hanns Heinz Ewers, segundo poema de Alfred de Musset  e Edgar Allan Poe ("William Wilson"); Música: Josef Weiss; Fotografia (p/b): Guido Seeber; Design de Produção: Robert A. Dietrich, Klaus Richter; Guarda-roupa: Robert A. Dietrich, Klaus Richter; Companhia de produção: Deutsche Bioscop GmbH; Intérpretes: Paul Wegener (Balduin), John Gottowt (Scapinelli), Grete Berger (Komtesse Margit), Lyda Salmonova (Lyduschka), Lothar Körner (Graf von Schwarzenberg), Fritz Weidemann, Alexander Moissi, etc. Duração: 85 min.

Titulo original: Le Système du Docteur Goudron et du Professeur Plume
Realização: Maurice Tourneur (França, 1913); Argumento: André de Lorde, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The System of Doctor Tarr and Professor Fether"); Companhia de produção: Société Française des Films Éclair; Intérpretes: Henri Gouget, Henry Roussel, Renée Sylvaire, Robert Saidreau, etc. Duração: 15 min.

Titulo original: Die Braune Bestie
Realização: Harry Piel (Alemanha, 1914); Argumento: Harry Piel, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Jules Greenbaum; Fotografia (p/b): Alfons Hepke; Companhia de produção: Vitascope GmbH; Intérpretes: Ludwig Trautmann, Hedda Vernon, etc.

Titulo original: The Murders in the Rue Morgue (EUA, 1914)
Argumento: Sol A. Rosenberg, segundo obra de Edgar Allan Poe; Companhia de produção: Paragon Photo Plays Company.

CONSCIÊNCIA VINGADORA
Titulo original: The Avenging Conscience: or 'Thou Shalt Not Kill'
Realização: D.W. Griffith (EUA, 1914); Argumento: D.W. Griffith, segundo obras de Edgar Allan Poe (“The Tell-Tale Heart” e “Annabel Lee" e ainda “The Black Cat”, “The Pit and the Pendulum” e “The Conqueror Worm”); Produção: D.W. Griffith; Fotografia (cor): G.W. Bitzer; Montagem: James Smith,Rose Smith; Companhia de produção: Majestic Motion Picture Company; Intérpretes: Henry B. Walthall, Spottiswoode Aitken, Blanche Sweet, George Siegmann, Ralph Lewis, Mae Marsh, Robert Harron, George Beranger, Josephine Crowell, Donald Crisp, Walter Long, Wallace Reid, etc. Duração: 84 min (DVD).

Título original: The Raven
Realização: Charles Brabin (EUA, 1915); Argumento: Charles Brabin, George Cochran Hazelton, segundo "The Raven: The Love Story of Edgar Allen Poe"; Intérpretes: Henry B. Walthall (Edgar Allan Poe), Warda Howard (Virginia Clemm, Helen Whitman, Lenore, um espírito), Ernest Maupain (John Allan), Eleanor Thompson (Mrs. Allan), Marian Skinner, Harry Dunkinson, Grant Foreman, Hugh Thompson, Peggy Meredith, Frank Hamilton, Billy Robinson, Bert Weston, Charles Harris, etc. Duração: 57 min; 45 min (DVD).

Titulo original: Freitag, der 13. - Das unheimliche Haus, 2. Teil
Realização: Richard Oswald (Alemanha, 1916); Argumento: Richard Oswald, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Richard Oswald; Fotografia (p/b): Max Fassbender; Direcção artística: Manfred Noa; Departamento de arte: Alfred Dahlheim; Companhias de produção: Richard-Oswald-Produktion; Intérpretes: Ernst Ludwig, Hans Marton, Franz Ramharter, Werner Krauss, Rose Lichtenstein, Emil Rameau, Nelly Lagarst, Kissa von Sievers, Reinhold Schünzel, Max Gülstorff, Lupu Pick, etc.

Titulo original: Ostrov zabenya ou Isle of Oblivision
Realização: Viktor Tourjansky (Rússia, 1917); Argumento: Lev Nikulin, segundo obra de Edgar Allan Poe; Fotografia (p/b): F. Verigo-Darovsky; Intérpretes: Yelena Chaika, V. Elsky, Viktor Tourjansky, etc.

Titulo original: Die Pest in Florenz
Realização: Otto Rippert (Alemanha, 1919); Argumento: Fritz Lang, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Masque of the Red Death"); Produção: Erich Pommer; Fotografia (p/b): Willy Hameister, Carl Hoffmann, Emil Schünemann; Direcção artística: Franz Jaffe, Walter Reimann, Walter Röhrig, Hermann Warm; Companhia de produção: Decla-Bioscop AG; Intérpretes: Theodor Becker, Karl Bernhard, Julietta Brandt, Erner Huebsch, Franz Knaak, Otto Mannstaedt, Auguste Prasch-Grevenberg, Marga von Kierska, Hans Walter, Anders Wikman, etc. Duração: 92 min.

Titulo original: Unheimliche Geschichten ou Eerie Tales ou Five Sinister Stories ou Tales of Horror ou Tales of the Uncanny
Realização: Richard Oswald (Alemanha, 1919); Argumento: Anselma Heine, Robert Liebmann; Intérpretes: Anita Berber, Conrad Veidt, Reinhold Schünzel, Hugo Döblin, Paul Morgan, Georg John, etc. Duração: 112 min.

Titulo original: La Notte romantica di Dolly
Realização: Arnaldo Fratelli (Itália, 1920); Argumento: Edgar Allan Poe; Fotografia (cor): Gioacchino Gengarelli; Companhia de produção: Tespi Film; Intérpretes: Rina Calabria, Luciano Molinari, Dolly Morgan, Romano Zampieri, etc.

Titulo original: Annabel Lee
Realização: William J. Scully (EUA, 1921); Argumento: Arthur Brilliant, segundo poema de Edgar Allan Põe; Companhias de produção: American Motion Picture Corporation, Joe Mitchell Chopple; Intérpretes: John B. O'Brien, Lorraine Harding, Florida Kingsley, Louis Stern, Arline Blackburn, Ernest Hilliard, Ben Grauer, etc.

Titulo original: Edgar Allan Poe
Realização: James A. FitzPatrick (EUA, 1922); Argumento: segundo poema de Edgar Allan Põe ("Annabel Lee"); Companhia de produção: Kineto Films.

Titulo original: Prizrak brodit po Yevrope ou A Specter Haunts Europe ou A Spectre Haunts Europe
Realização: Vladimir Gardin (URSS, 1923); Argumento: Georgi Tasin, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Masque of the Red Death"); Fotografia (p/b): Boris Savelyev; Design de Produção: Vladimir Yegorov; Intérpretes: Zoya Barantsevich, Oleg Frelikh, Vasili Kovrigin, Iona Talanov, etc.

O ESTUDANTE DE PRAGA
Título original: Der Student von Prag
Realização: Henrik Galeen (Áustria, Alemanha, 1926); Argumento: Hanns Heinz Ewers, segundo romance de Henrik Galeen e conto de Edgar Allan Poe (“William Wilson”); Intérpretes: Fritz Alberti (Graf Schwarzenberg), Agnes Esterhazy (Condesa Margit), Ferdinand von Alten (Barão Waldis-Schwarzenberg), Conrad Veidt (Balduin), Elizza La Porta (Liduschka), Werner Krauss, Erich Kober, Max Maximilian, etc. Duração: 91 min (DVD).

Titulo original: Prelude
Realização: Castleton Knight (Inglaterra, 1927); Argumento: Castleton Knight, segundo obra de Edgar Allan Poe (“The Premature Burial"); Companhia de produção: Castleton Knight; Intérpretes: Castleton Knight, etc.

Titulo original: The Telltale Heart
Realização: Leon Shamroy (EUA, 1928); Argumento: Charles Klein, segundo obra de Edgar Allan Poe   ("The Tell-tale Heart"); Produção: Maurice Barber; Fotografia (p/b): Leon Shamroy; Companhias de produção: Klein & Shamroy; Intérpretes: Otto Matieson, etc. Duração: 24 min.

Titulo original: The Fall of the House of Usher
Realização: James Sibley Watson, Melville Webber (EUA, 1928); Argumento: Edgar Allan Poe; Música: Alec Wilder; Fotografia (cor): James Sibley Watson, Melville Webber; Direcção artística: James Sibley Watson, Melville Webber; Intérpretes: Herbert Stern (Roderick Usher), Hildegarde Watson (Madeline Usher), Melville Webber, Friedrich Haak, Dorthea House, etc. Duração: 13 min.

A QUEDA DA CASA USHER
Titulo original: La Chute de la Maison Usher ou The Fall of the House of Usher
Realização: Jean Epstein (França, 1928); Argumento: Luis Buñuel, Jean Epstein, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Jean Epstein; Fotografia (p/b): Georges Lucas, Jean Lucas; Direcção artística: Pierre Kefer; Guarda-roupa: Oclise; Assistentes de realização: Luis Buñuel; Companhias de produção: Films Jean Epstein; Intérpretes: Jean Debucourt (Sir Roderick Usher), Marguerite Gance (Madeleine Usher), Charles Lamy (Allan), Fournez-Goffard (médico), Luc Dartagnan, Abel Gance, Halma, Pierre Hot, Pierre Kefer, etc. Duração: 63 min.

Titulo original: L’ Étrange Fiancée
Realização: George Pallu (França, 1930) ; Argumento: Dimitri Fexis, George Pallu, segundo obra de Edgar Allan Poe; Música: Eman Fiala; Fotografia (cor): Karol Kopriva, Jan Stallich; supervisão de direcção: Leo Marten; Intérpretes: Henri Baudin (Médico), Lilian Constantini (Cléopâtre), Frédéric Mariotti (motorista), Jirí Hron, Jan W. Speerger, etc.

Titulo original: Operené stíny
Realização: Leo Marten (Checoslováquia, 1931); Argumento: Frantisek Horký, segundo obra de Edgar Allan Poe; Fotografia (p/b): Karol Kopriva, Jan Stallich; Direcção artística: Bohumil Hes; Companhias de produção: Frantisek Horký; Intérpretes: Jan W. Speerger (Petr Leroy), Milada Matysova (Milada Leroyová), Jirí Hron (Jan), Erna Zenísková (Olga), Eduard Simácek, Theodor Pistek, Henri Baudin, Václav Mlckovský, Josef Belský, Karel Schleichert, Eman Fiala, Ruzena Hofmanová, Robert Guttmann, Eduard Slégl, Ferry Seidl, etc.

O CRIME DA RUA MORGUE
Titulo original: Murders in the Rue Morgue
Realização: Robert Florey (EUA, 1932); Argumento: Robert Florey, Tom Reed, Dale Van Every, John Huston, Ethel M. Kelly, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: E.M. Asher, Carl Laemmle Jr.; Fotografia (p/b): Karl Freund; Montagem: Milton Carruth; Direcção artística: Charles D. Hall; Maquilhagem: Jack P. Pierce; Assistentes de realização: Scott R. Beal, Charles S. Gould, Joseph A. McDonough; Departamento de arte: Herman Rosse; Som: C. Roy Hunter; Efeitos Especiais: John P. Fulton; Companhias de produção: Universal Pictures; Intérpretes: Sidney Fox (Mlle. Camille L'Espanaye), Bela Lugosi (Dr. Mirakle), Leon Ames (Pierre Dupin), Bert Roach (Paul), Betty Ross Clarke, Brandon Hurst, D'Arcy Corrigan, Noble Johnson, Arlene Francis, Ted Billings, Herman Bing, Agostino Borgato, Christian J. Frank, Charles Gemora, Harrison Greene, Charlotte Henry, etc. Duração: 61 min.

O CLUBE DOS SUICIDAS
Titulo original: Unheimliche Geschichten ou Fünf unheimliche Geschichten ou Five Sinister Stories ou Ghastly Tales ou Tales of the Uncanny ou The Living Dead ou Unholy Tales
Realização: Richard Oswald (Alemanha, 1932); Argumento: Heinz Goldberg, Richard Oswald,  Eugen Szatmari, segundo obras de Edgar Allan Poe (“The Black Cat”, “The System of Doctor Tarr” e “Professor Fether”) e Robert Louis Stevenson ("The Suicide Club"); Produção: Richard Oswald, Gabriel Pascal; Música: Rolf Marbot, Bert Reisfeld; Fotografia (p/b): Heinrich Gärtner; Montagem: Max Brenner, Friedel Buckow; Direcção artística: Walter Reimann, Franz Schroedter; Direcção de produção: Walter Zeiske; Som: Fritz Seeger; Companhias de produção: G.P. Film GmbH, Roto Film, Süd-Film; Intérpretes: Paul Wegener, Harald Paulsen, Roma Bahn, Mary Parker, Gerhard Bienert, Paul Henckels, John Gottowt, Eugen Klöpfer, Maria Koppenhöfer, Erwin Kalser, Franz Stein, Gretel Berndt, Carl Heinz Charrell, Ilse Fürstenberg, Fred Goebel, Natascha Silvia, etc. Duração: 89 min.

MAGIA NEGRA
Titulo original: The Black Cat ou The House of Doom ou The Vanishing Body
Realização: Edgar G. Ulmer (EUA, 1934); Argumento: Edgar G. Ulmer, Peter Ruric, Tom Kilpatrick, segundoo obra de Edgar Allan Poe; Produção: E.M. Asher; Música: Heinz Roemheld; Fotografia (p/b): John J. Mescall; Montagem: Ray Curtiss; Direcção artística: Charles D. Hall; Guarda-roupa: Edgar G. Ulmer; Maquilhagem: Jack P. Pierce; Direcção de produção: M.F. Murphy; Assistentes de realização: William J. Reiter, Sam Weisenthal; Departamento de arte: Edgar G. Ulmer; Som: Gilbert Kurland; Efeitos Especiais: John P. Fulton; Efeitos visuais: Russell Lawson; Companhias de produção: Universal Pictures; Intérpretes: Boris Karloff (Hjalmar Poelzig), Bela Lugosi (Dr. Vitus Werdegast), David Manners (Peter Alison), Julie Bishop (Joan Alison), Egon Brecher (Mordomo), Harry Cording, Lucille Lund, Henry Armetta, Albert Conti, Virginia Ainsworth, Luis Alberni, King Baggot, Herman Bing, Symona Boniface, John Carradine, André Cheron, George Davis, etc. Duração: 65 min.

Titulo original: The Tell-Tale Heart
Realização: Brian Desmond Hurst (Inglaterra, 1934); Argumento: David Plunkett Greene, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Tell-Tale Heart"); Produção: Harry Clifton; Intérpretes: Norman Dryden (rapaz), John Kelt (velho), Yolande Terrell (rapariga), Thomas Shenton, James Fleck, Colonel Cameron, Tom Shenton, etc. Duração: 55 min.

Titulo original: Maniac
Realização: Dwain Esper (EUA, 1934); Argumento: Hildegarde Stadie, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Black Cat"); Produção: Dwain Esper, Louis Sonney, Hildegarde Stadie; Fotografia (p/b): William C. Thompson; Assistentes de realização: J. Stuart Blackton Jr.; Departamento de arte: Dan Sonney; Companhias de produção: Roadshow Attractions; Intérpretes: William Woods (Don Maxwell), Horace B. Carpenter (Dr. Meirschultz), Ted Edwards (Buckley), Phyllis Diller (Mrs. Buckley), Thea Ramsey (Alice Maxwell), Jenny Dark, Marvelle Andre, Celia McCann, John P. Wade, Marian Constance Blackton, Umberto Guarracino, Bartolomeo Pagano, etc. Duração: 51 min.

Titulo original: The Raven
Realização: Lew Landers (EUA, 1935); Argumento: David Boehm, Florence Enright, Michael L. Simmons, Dore Schary, Guy Endore, Clarence Marks, Jim Tully, John Lynch, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: David Diamond, Stanley Bergerman; Música: Clifford Vaughan; Fotografia (p/b): Charles J. Stumar; Montagem: Albert Akst; Direcção artística: Albert S. D'Agostino; Maquilhagem: Otto Lederer, Jack P. Pierce, Hazel Rogers; Assistentes de realização: Scott R. Beal, Victor Noerdlinger; Efeitos Especiais: John P. Fulton; Companhias de produção: Universal Pictures; Intérpretes: Boris Karloff (Edmond Bateman), Bela Lugosi (Dr. Richard Vollin), Lester Matthews (Dr. Jerry Holden), Irene Ware (Jean Thatcher), Samuel S. Hinds, Spencer Charters, Inez Courtney, Ian Wolfe, Maidel Turner, etc. Duração: 61 min.

O CRIME DO DR. CRESPI
Titulo original: The Crime of Dr. Crespi
Realização: John H. Auer (EUA, 1935); Argumento: John H. Auer, Lewis Graham, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Premature Burial"); Produção: John H. Auer, Herb Hayman; Fotografia (p/b): Larry Williams; Montagem: Leonard Wheeler; Direcção artística: William Saulter; Maquilhagem: Fred C. Ryle; Direcção de produção: W.J. O'Connor; Som: Clarence R. Wall; Companhias de produção: Liberty Pictures; Intérpretes: Erich von Stroheim (Dr. Andre Crespi), Harriet Russell (Estelle Gorham Ross), Dwight Frye (Dr. Thomas), Paul Guilfoyle (Dr. John Arnold), John Bohn, Geraldine Kay, Jean Brooks, Patsy Berlin, Joe Verdi, Dean Raymond, etc. Duração: 63 min.

O ESTUDANTE DE PRAGA
Título original: Der Student von Prag ou The Student of Prague
Realização: Arthur Robison (Alemanha, 1935); Argumento: Hanns Heinz Ewers, Hans Kyser, Arthur Robison, segundo romance de Henrik Galeen e conto de Edgar Allan Poe (“William Wilson”); Produção: Fritz Klotsch; Música: Theo Mackeben; Fotografia (p/b): Bruno Mondi; Montagem: Roger von Norman; Direcção artística: Karl Haacker; Guarda-roupa: Edward Suhr; Maquilhagem: Martin Gericke, Willi Grabow, Bruno Heckmann; Assistentes de realização: C.W. Tetting; Som: Fritz Seeger; Intérpretes: Anton Walbrook (Balduin), Theodor Loos (Dr. Carpis), Dorothea Wieck (Julia), Erich Fiedler (Baron Waldis), Edna Greyff (Lydia), Karl Hellmer (Krebs), Volker von Collande, Fritz Genschow, Elsa Wagner, Miliza Korjus, Kurt Getke, Fred Goebel, Kurt Herfuth, Heinz Herkommer, Franz List, Paul Rehkopf, etc. Duração: 87 min

Título original: Le Joueur d' Échecs
Realização: Jean Dréville (França, 1938); Argumento: André Doderet, Jean Dréville, Albert Guyot, Roger Vitrac, Bernard Zimmer, segundo romance de Henry Dupuis-Mazuel; Música: Jean Lenoir; Fotografia (p/b): René Gaveau, André Thomas; Montagem: Raymond Leboursier; Intérpretes: Françoise Rosay (Catherine II da Russia), Conrad Veidt (Barão de Kempelen), Paul Cambo (Boleslas), Delphin (Yegor), Micheline Francey (Sonia), Manuel Gary, Jacques Grétillat, Edmonde Guy, Bernard Lancret, Gaston Modot, Jean Témerson, etc. Duração: 70 min. (Este título aprece citado como tendo a ver com Poe, em “The Cinema Poe”, mas não conseguimos estabelecer a ligação).

Titulo original: The Tell-Tale Heart (TV)
Realização: Frank Wisbar (Inglaterra, 1939); Argumento: Michael Hogan, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Dallas Bower; Música: James Hartley; Direcção artística: Edmund Hogan; Companhias de produção: British Broadcasting Corporation (BBC); Intérpretes: Basil Cunard, Stuart Latham, Ernest Milton, Olaf Olsen, Esme Percy, A. Harding Steerman,etc. Duração: 25 min; Data de emissão: 4 de Janeiro de 1939.

O GATO PRETO
Titulo original: The Black Cat
Realização: Albert S. Rogell (EUA, 1941); Argumento: Robert Lee, Robert Neville, Frederic I. Rinaldo, Eric Taylor, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Burt Kelly; Música: Hans J. Salter; Fotografia (p/b): Stanley Cortez; Montagem: Ted J. Kent; Guarda-roupa: Vera West; Companhias de produção: Universal Pictures; Intérpretes: Basil Rathbone (Montague Hartley), Hugh Herbert (Mr. Penny), Broderick Crawford (Hubert A. Gilmore 'Gil' Smith), Bela Lugosi (Eduardo), Anne Gwynne (Elaine Winslow), Gladys Cooper (Myrna Hartley), Gale Sondergaard, Cecilia Loftus, Claire Dodd, John Eldredge, Alan Ladd, Erville Alderson, Harry C. Bradley, Jack Cheatham, etc. Duração: 70 min.

Titulo original: The Tell-Tale Heart
Realização: Jules Dassin (EUA, 1941); Argumento: Doane R. Hoag, segundoo obra de Edgar Allan Poe; Música: Sol Kaplan; Fotografia (p/b): Paul Vogel; Montagem: Adrienne Fazan; Direcção artística: Richard Duce; Companhias de produção: Loew's, Metro-Goldwyn-Mayer; Intérpretes: Joseph Schildkraut (jovem), Roman Bohnen (velho), Oscar O'Shea, Will Wright, etc. Duração: 20 min; Distribuição em Portugal: curta metragem incluída no pack de DVDs "The Complete Thin Man Collection", da Warner Home Vídeo; Classificação etária: M/ 12 anos.

Titulo original: Mystery of Marie Roget ou Phantom of Paris
Realização: Phil Rosen (EUA, 1942); Argumento: Michael Jacoby, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Paul Malvern; Fotografia (cor): Elwood Bredell; Montagem: Milton Carruth; Direcção artística: Jack Otterson; Decoração: Russell A. Gausman; Guarda-roupa: Vera West; Departamento de arte: Richard H. Riedel; Som: Bernard B. Brown, Robert Pritchard; Companhias de produção: Universal Pictures; Intérpretes: Patric Knowles (Dr. Paul Dupin), Maria Montez (Marie Roget), Maria Ouspenskaya (Madame Cecile Roget), John Litel (M. Henri Beauvais), Edward Norris (Marcel Vigneaux), Lloyd Corrigan, Nell O'Day, Frank Reicher, Clyde Fillmore, Paul E. Burns, Norma Drury Boleslavsky, Charles Middleton, William Ruhl, Reed Hadley,etc. Duração: 61 min.

OS AMORES DE EDGAR POE
Título original: The Loves of Edgar Allan Poe
Realização: Harry Lachman (EUA, 1942); Argumento:  Samuel Hoffenstein, Tom Reed, Arthur Caesar, Bryan Foy, segundo história "Annabel Lee"; Intérpretes: Linda Darnell (Virginia Clemm), Shepperd Strudwick (Edgar Allan Poe), Virginia Gilmore (Elmira Royster), Jane Darwell (Mrs. Mariah Clemm), Mary Howard (Frances Allan), Frank Conroy (John Allan), Harry Morgan (Ebenezer Burling), Walter Kingsford (T.W. White), Morris Ankrum (Mr. Graham), Skippy Wanders, Freddie Mercer, Erville Alderson, Peggy McIntyre, William Bakewell, Frank Melton, etc. Duração: 67 min.

Titulo original: The Fall of the House of Usher
Realização: Ivan Barnett (Inglaterra, 1949); Argumento: Dorothy Catt, Kenneth Thompson, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Ivan Barnett; Música: W.L. Trytel; Fotografia (cor): Ivan Barnett; Companhias de produção: G.I.B., Vigilant; Intérpretes: Gwen Watford (Lady Usher), Kay Tendeter (Lord Roderick Usher), Irving Steen (Jonathan), Vernon Charles (Dr. Cordwall), Connie Goodwin (Louise), Gavin Lee, Keith Lorraine,  Lucy Pavey, Tony Powell-Bristow, Robert Wolard, etc. Duração: 70 min.

Titulo original: série de TV "Actor's Studio" - episódio “The Tell-Tale Heart” (EUA, 1949)
Argumento: George Batson, Mary Eleanor Freeman, Charles Granillo, Richard McCracken, William MacLeod Raine, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Hume Cronyn;  Intérpretes: Warren Stevens,  Russell Collins: Data de emissão: 20 de Fevereiro de 1949.

Titulo original: série de TV "Suspense" A Cask of Amontillado
Realização: Robert Stevens (EUA, 1949); Argumento: Halsted Welles,segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Robert Stevens; Intérpretes: Bela Lugosi (Gen. Fortunato), Romney Brent, Rex Marshall, Frank Marth, Ray Walston, etc. Data de emissão: 11 de Outubro de 1949 (Temporada 2, Episódio 6).

Titulo original: Histoires extraordinaires à faire peur ou à faire rire... ou Unusual Tales
Realização: Jean Faurez (França, 1949); Argumento: segundo obras de Thomas De Quincey ("Murder Considered as One of the FIne Arts") e Edgar Allan Põe (“The Tell-Tale Heart” e “The Cask of Amontillado”); Intérpretes: Fernand Ledoux (Montrésor), Suzy Carrier (Léontine), Jules Berry (Fortunato), Paul Frankeur (Dugelay), Olivier Hussenot, Marina de Berg, Roger Rafal, Jean-François Laley, Pierre Collet, Jandeline, Fernand Gilbert, Henri San Juan, Jacques Dufilho, Martial Rèbe, Barbara Val, etc. Data de emissão: 27 de Outubro de 1949.

Titulo original: série de TV "Lights Out" The Fall of the House of Usher (EUA, 1949)
Argumento: segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Fred Coe; Intérpretes: Stephen Courtleigh, Helmut Dantine, Jack La Rue, etc. Data de emissão: 21 de Novembro de 1949 (Temporada 2, Episódio 11).

Titulo original: The Cuckoo Clock
Realização: Tex Avery (EUA, 1950); Argumento: Rich Hogan, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Fred Quimby; Música: Scott Bradley; Animação: Walt Clinton, Michael Lah, Grant Simmons; Companhias de produção: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM); Duração: 6 min.

O HOMEM DAS SOMBRAS
Título original: The Man with a Cloak
Realização: Fletcher Markle (EUA, 1951); Argumento: Frank Fenton, segundo história de John Dickson Carr; Intérpretes: Joseph Cotten (Dupin), Barbara Stanwyck (Lorna Bounty), Louis Calhern (Charles Theverner), Leslie Caron (Madeline Minot), Joe De Santis (Martin), Jim Backus (Flaherty), Margaret Wycherly (Mrs. Flynn), Richard Hale, Nicholas Joy, Roy Roberts, Mitchell Lewis, etc. Duração: 84 min. (A relação com Poe, advém do facto do detective Dupin se inspirer no inspector de “Os Crimes da Rua Morgue”).

Titulo original: Der Rabe
Realização: Kurt Steinwendner (Alemanha, 1951); Argumento: Kurt Steinwendner, Wolfgang Kudrnofsky, segundo poema de Edgar Allan Poe; produção: Wolfgang Kudrnofsky, Kurt Steinwendner; Música: Paul Kont ; Fotografia (p/b):   Wolfgang Kudrnofsky; Direcção de produção: Pepino Wieternik ; Intérpretes: Leopold Rudolf,  Margit Jergins (Leonore), etc. Duração: Austria:14 min.

Título original: The Assignation
Realização: Curtis Harrington (EUA, 1952); Argumento: Curtis Harrington, segundo “The Assignation”, de Edgar Allan Poe; Duração: 8 min. (Filme experimental, vanguardista, julgado perdido e recuperado recentemente).

Titulo original: série de TV "Coração Delator"
Realização: Chianca de Garcia (Brasil, 1953); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Tell-Tale Heart"); Intérpretes: Avalone Filho, Fregolente, Ida Gomes, Lourdes Mayer, Paulo Porto, etc.

Titulo original: La Résurrection de Barnabé
Realização: Jean Faurez (França, 1953) ; Argumento: Jean Faurez,  segundo obra de Edgar Allan Poe; Fotografia (cor): Louis Page ; Intérpretes: Olivier Hussenot, Martial Rèbe, etc.

Titulo original: série de TV "Your Favorite Story" - episódio The Gold Bug
Realização: Robert Florey (EUA, 1953); Argumento: segundo obras de Edgar Allan Poe e Leo Tolstoy; Produção: Herbert L. Strock, Frederick W. Ziv; Música: Jack Shaindlin; Intérpretes: Adolphe Menjou, etc. Data de emissão: 1 de Fevereiro de 1953 (Temporada 1, Episódio 4).

Titulo original: série de TV "Your Favorite Story" - episódio God Sees the Truth
Realização: Lewis Allen (EUA, 1953); Argumento: Robert Libott, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Herbert L. Strock, Frederick W. Ziv; Música: Jack Shaindlin; Intérpretes: ???: Data de emissão: 26 de Outubro de 1953 (Temporada 2, Episódio 3).

Titulo original: The Tell-Tale Heart
Realização: Ted Parmelee (EUA, 1953): Argumento: Bill Scott, Fred Grable, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Stephen Bosustow; Música: Boris Kremenliev; Direcção de produção: Herbert Klynn; Departamento de arte: Paul Julian; Animação: Paul Julian, Pat Matthews; Companhias de produção: United Productions of America (UPA); Intérpretes: James Mason (Narrador); Duração: 8 min.

Titulo original: The Tell-Tale Heart
Realização: J.B. Williams (Inglaterra, 1953); Argumento: J.B. Williams, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Tell-Tale Heart"); Produção: Isadore Goldsmith; Música: Hans May; Companhias de produção: Alliance Productions Ltd.; Intérpretes: Stanley Baker (Edgar Allan Poe), etc. Duração: 20 min.

Titulo original: Bérénice
Realização: Eric Rohmer (França, 1954); Argumento: Eric Rohmer, segundo obra de Edgar Allan Poe; Fotografia (cor): Jacques Rivette; Intérpretes: Teresa Gratia (Bérénice), Eric Rohmer (Aegeus), etc. Duração: 15 min.

Titulo original: Manicomio
Realização: Luis María Delgado, Fernando Fernán Gómez (Espanha, 1954); Argumento: Fernando Fernán Gómez, F. Tomás Comes, segundo obras de Leonid Andreyev   ("El médico loco"), Ramón Gómez de la Serna (“La mona de imitación"), Aleksandr Kuprin ("Una equivocación") e Edgar Allan Põe ("The System of Doctor Tarr and Professor Fether"); Música: Manuel Parada; Fotografia (p/b): Cecilio Paniagua, Sebastián Perera; Montagem: Félix Suárez Inclán; Companhias de produção: Helenia Films; Intérpretes: José Alburquerque, Manuel Alexandre, José Altabella, María Asquerino, María Baus, Rafael Calvo Revilla, Susana Canales, Camilo José Cela, Aurora de Alba, Carlos Díaz de Mendoza, Fernando Fernán Gómez, Gabilán, Jesús Juan Garcés, José María Lado, Ana de Leyva, Concha López Silva, Margarita Lozano, Alfredo Marqueríe, Vicente Parra, Julio Peña, Elvira Quintillá, María Rivas, Manuel San Román, Ernestina Siria, Cayetano Torregrosa, Antonio Vico, etc. Duração: 80 min.

O FANTASMA DA RUA MORGUE
Titulo original: Phantom of the Rue Morgue
Realização: Roy Del Ruth (EUA, 1954); Argumento: Harold Medford, James R. Webb, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Murders in the Rue Morgue"); Produção: Henry Blanke; Música: David Buttolph; Fotografia (cor): J. Peverell Marley; Montagem: James Moore; Direcção artística: Bernard Tuttle; Decoração: William L. Kuehl; Maquilhagem: Gordon Baú; Assistentes de realização: Frank Mattison; Som: Stanley Jones; Guarda-roupa: Moss Mabry;  Companhias de produção: Warner Bros. Pictures; Intérpretes: Karl Malden (Dr. Marais), Claude Dauphin (Insp. Bonnard), Patricia Medina (Jeanette, Steve Forrest (Prof. Paul Dupin), Allyn Ann McLerie (Yvonne), Anthony Caruso (Jacques the One-Eyed), Veola Vonn (Arlette), Dolores Dorn, Merv Griffin, Paul Richards, Rolfe Sedan, Erin O'Brien-Moore, The Flying Zacchinis, Richard Avonde, Chuck Couch, Claire Du Brey, Charles Gemora, Mary Lou Holloway, Frank Lackteen, Louis Merrill, John Parrish, Ruth Swanson,l etc. Duração: 83 min

Titulo original: série de TV "Die Galerie der großen Detektive" - episódio Auguste Dupin findet den entwendeten Brief
Realização: Peter A. Horn (RFA, 1954); Argumento: Peter A. Horn,  segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Purloined Letter"); Intérpretes: Walter Andreas Schwarz (Auguste Dupin), Heinz Schimmelpfennig (Elmer Arthur Pym), Alfred Schnös, Gert Michenfelder, etc. Duração: 40 min; Data de emissão: 8 de Dezembro de1954 (Temporada 1, Episódio 2).

Título original: "Hallmark Hall of Fame"; episódio “Cadet Poe” Série de TV
Realização: Albert McCleery (EUA, 1955); Argumento: Marcia Dealy, Will Price, Peter Kortner
Intérpretes: John Carlyle (Edgar Allan Poe), Carolyn Craig (Virginia Clemm), Harvey Daniels (Jack Hume), Gil Harman (Ten. Joseph Locke), Ian Keith (John Allan), Robert King, Tyler McVey, Charles Meredith, Robert Sampson, etc. Data de emissão: 12 de Junho de 1955

Titulo original: Manfish
Realização: W. Lee Wilder (EUA, 1956); Argumento: Myles Wilder, Joel Murcott, segundo obras de Edgar Allan Poe (“The Gold Bug” e “The Tell-Tale Heart”); Produção: W. Lee Wilder; Música: Albert Elms; Fotografia (cor): Scotty Welbourne; Montagem: Gerald Turney-Smith; Companhias de produção: W. Lee Wilder Productions (Planet Filmplays); Intérpretes: John Bromfield (Capt. Brannigan), Lon Chaney Jr. (Swede), Victor Jory ('Professor'), Tessa Prendergast, Barbara Nichols, Vincent Chang, Theodore Purcell, John Vere, Arnold Shanks, Eric Coverly, Clyde Hoyte, Jack Lewis, etc. Duração: 76 min | 87 min (DVD).

Titulo original: série de TV "Matinee Theatre" - episódio The Fall of the House of Usher
Realização: Boris Sagal (EUA, 1956); Argumento deste episódio: Robert Esson, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: George Lowther; Intérpretes: Eduardo Ciannelli, Marshall Thompson, Tom Tryon, etc.; Realização (da série de TV): John Drew Barrymore, Lawrence Menkin, Pace Woods, Walter Grauman (80 Episódios) e Lamont Johnson; Argumento (da série de TV): Marjorie Duhan Adler (Episódio "But When She Was Bad" e "The Story of Marcia Gordon"); George Sumner Albee (Episódio "Mysterious Mr. Todd"); Theodore Apstein (Episódio "The Quiet Street"); Theodore Apstein (Episódio "The Century Plant"); Newt Arnold (Episódio "The 65th Floor"); Kay Arthur (Episódio "Big-Hearted Herbert"); Nicholas E. Baehr (Episódio"The Road to Recovery"); Philip Barry Jr. (Episódio "Black Chiffon"); Peter Barry (Episódio "Voyage to Mandok"); George Bradshaw (Episódio "The Phony Venus"); George Bruce (Episódio "The Red Sanders Story"); Elizabeth Cadell (Episódio "The Lark Shall Sing"); Joseph Caldwell (Episódio "The Bridge"); Stephen R. Callahan (Episódio "The Declaration"); Harold Callen (Episódio "The Last Battlefield"); Dorothy Canfield (Episódio "Temporadaed Timber"); Burnham Carter (Episódio "Town in Turmoil"); Rosemary Casey (Episódio "Velvet Glove"); Alan Cooke (Episódio"Much Ado About Nothing - Part I") (Episódio"Much Ado About Nothing - Part II"); Alan Cooke (Episódio "Dandy Dick"); Jim Davis  (Episódio "A Light in the Sky"); Honoré de Balzac  (Episódio "Eugenie Grandet"); Michael Dyne (Episódios "Queen of Spades", "The Green Shores" e "Temptation for a King"); Robert Esson (Episódio "The Alleyway"); Roger Garis (Episódio "High Places"); Harold Gast (Episódios "A Light in the Sky", "Design for Glory", "The Gift and the Giver" e "Threat That Runs True"); Nikolai Gogol   story (Episódio "The Inspector General"); Herman Goldberg (Episódio "Cadenza"); Jess Gregg (Episódio "In Dread of Winter"); Arthur Hailey (Episódio "Course for Collison"); Sam Hall (Episódio "The 10th Muse"); Helene Hanff (Episódios "The Brass Ring" e "The Remarkable Mr. Jerome"); Roy Hargrave (Episódio "The Brat's House"); Elizabeth Hart (Episódio "Dispossessed" e "Summer Cannot Last"); H.R. Hays (Episódio "Roman Fever" e "Without Fear or Favor"); Greer Johnson (Episódio "Eden End"); Edmond Kelso   (Episódio "Progress and Minnie Sweeney”); Sophie Kerr (Episódio "Big-Hearted Herbert"); Bruce Kimes (Episódio "The Hollow Man"); Mary George Kochos (Episódio "Thursday's Child"); David Lamson (Episódio "Anxious Night"); Warner Law (Episódio "The 19th Hole" e "The Inspector General"); Anita Leslie (Episódio "The Remarkable Mr. Jerome");  Jack Lewis (Episódio "Son of 37 Different Fathers"); George Lowther (Episódios "Anxious Night", "The Gentleman Caller", "Town in Turmoil" e "Webster and the Sea Serpent"); Ellen McCracken (Episódios "The Shuttered Heart" e "Thursday's Child"); Henry Misrock (Episódio "The First Captain"); N. Richard Nash (Episódio"The Young and the Fair"); Peggy Phillips (Episódio "The Lark Shall Sing", "Her Son's Wife" e "The Shining Palace"); Arthur Wing Pinero (Episódio "Dandy Dick"); Zelda Popkin (Episódio "The Quiet Street"); J.B. Priestley (Episódio "Eden End"); Alexander Pushkin (Episódio "Queen of Spades"); Samson Raphaelson (Episódio "Stopover"); Jacqueline Rhodes (Episódio "The Brass Ring"); A.J. Richardson (Episódio "Big-Hearted Herbert"); Anna Steese Richardson (Episódio "Big Hearted Herbert"); Meade Roberts (Episódio "The Hickory Limb"); Jerome Ross (Episódio "A Case of Pure Fiction"); Will Schneider (Episódio "Cadenza"); Gertrude Schweitzer (Episódio "The Charmer"); Robert J. Shaw (Episódios "The Catbird Seat", e “The Tender Leaves"); A.B. Shiffrin (Episódio "Prominent Citizens"); Mac Shoub (Episódio "Hush, Mahala, Hush"); Dodie Smith (Episódio "Call It a Day"); Anthony Spinner (Episódio "Barricade at the Big Black") (Episódio "The Day Before the Wedding"); Sheldon Stark (Episódio"Day of Discoveries"); Lesley Storm (Episódio "Black Chiffon"); Helen Taini (Episódio "Velvet Glove"); Betty Ulius (Episódio "Eugenie Grandet"); John Van Druten (Episódios "The Hickory Limb" e "There's Always Juliet"); John Vlahos (Episódio "The Declaration"); Mary Jane Waldo   story (Episódio "The Shuttered Heart"); Claire Wallis (Episódio "Her Son's Wife"); Robert Wallstens (Episódios "The Phony Venus" e "The Silver Spider"); Dale Wasserman (Episódio "Fiddlin' Man", "The Man That Corrupted Hadleyburg" e "The Milwaukee Rocket"); H.G. Wells (Episódio "The Invisible Man"); Richard Wendley (Episódio "Stopover"); Edith Wharton (Episódio "Roman Fever"); Elihu Winer (Episódio "Temporadaed Timber"); Produção: George Cahan, Frank Price; Data de emissão: 6 de Agosto de 1956 (Temporada 1, Episódio 198).

Titulo original: série de TV "Armchair Theatre" - episódio The Cash of Amontillado
Realização: John Knight (EUA, 1957); Argumento: Juan Cortés, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Dennis Vance; Intérpretes: Janet Barrow, Lorenza Colville, Adrienne Corri, Raymond Huntley, Paul Stassino, etc. Data de emissão: 17 de Março de 1957 (Temporada 1, Episódio 25).

Titulo original: The Tell-Tale Heart
Realização: Joseph Marzano (EUA, 1958); Argumento: Edgar Allan Poe; Fotografia (cor): Bob James; Design de Produção: Joseph G. Pacelli Jr.; Intérpretes: Joseph Marzano, etc.

Título original: El Grito de la Muerte ou Scream of Death ou The Living Coffin
Realização: Fernando Méndez (México, 1959); Argumento: Ramón Obón, sugerido por “The Permature Burial”, de Edgar Allan Poe; Intérpretes: Gastón Santos (Gastón), María Duval (María Elena García), Pedro de Aguillón (Coyote Loco), Carlos Ancira (Felipe), Carolina Barret (Clotilde), Antonio Raxel, Hortensia Santoveña, Quintín Bulnes, etc. Duração: 72 min. (O argumento deste western mexicano contém elementos de terror sugeridos por Poe).

Titulo original: Ligeia (TV)
Realização: Marta Reguera (Argentina, 1959); Argumento: Narciso Ibáñez Serrador, , segundo obra de Edgar Allan Poe; Companhias de produção: Canal 7 Buenos Aires; Intérpretes: Narciso Ibáñez Menta, Myriam de Urquijo, etc.

Titulo original: El Corazón delator (TV)
Realização: Marta Reguera (Argentina, 1959); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Poe;  Companhias de produção: Canal 7 Buenos Aires; Intérpretes: Narciso Ibáñez Menta, Narciso Ibáñez Serrador.

Titulo original: berenice (1959) (TV)
Realização: Marta Reguera (Argentina, 1959); Argumento: Narciso Ibáñez Serrador, segundo obra de Edgar Allan Poe; Direcção artística: Narciso Ibáñez Menta; Companhias de produção: Canal 7 Buenos Aires; Intérpretes: Narciso Ibáñez Menta, Narciso Ibáñez Serrador, etc.

A QUEDA DA CASA USHER
Titulo original: House of Usher ou The Fall of the House of Usher ou The Mysterious House of Usher
Realização: Roger Corman (EUA, 1960); Argumento: Richard Matheson, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Fall of The House of Usher"); Produção: Roger Corman, James H. Nicholson; Música: Les Baxter; Fotografia (cor):  Floyd Crosby; Montagem: Anthony Carras; Design de Produção: Daniel Haller; Maquilhagem: Fred B. Phillips; Assistentes de realização: Jack Bohrer; Departamento de arte: Richard M. Rubin, Burt Shonberg; Som: Alfred R. Bird, Philip Mitchell; Efeitos Especiais: Lawrence W. Butler, Pat Dinga, Ray Mercer; Guarda-roupa: Marjorie Corso; Companhias de produção: Alta Vista Productions; Intérpretes: Vincent Price (Roderick Usher), Mark Damon (Philip Winthrop), Myrna Fahey (Madeline Usher), Harry Ellerbe (Bristol), Eleanor LeFaber, Ruth Oklander, Géraldine Paulette, David Andar, Bill Borzage, Mike Jordan, Nadajan, George Paul, Phil Sulvestre, John Zimeas, etc. Duração: 79 min.

Titulo original: Obras Maestras del Terror ou Master of Horror ou Masterworks of Terror ou Short Stories of Terror
Realização: Enrique Carreras (Argentina, 1960); Argumento: Narciso Ibáñez Serrador (Luis Peñafiel), Rodolfo M. Taboada, segundo obras de Edgar Allan Poe (“The Facts in the Case of M. Valdemar”, “The Cask of Amontillado”, e “The Tell-Tale Heart”); Produção: Nicolás Carreras, Jaime Gates, Jack H. Harris, Enrique Torres Tudela; Música: Víctor Slister; Fotografia (cor): Américo Hoss; Montagem: José Gallego; Design de Produção: Mario Vanarelli; Maquilhagem: Narciso Ibáñez Menta, Blanca Olavego; Assistentes de realização: Angel Acciaresi; Som: Mario Fezia; Companhias de produção: Argentina Sono Film S.A.C.I.;
Intérpretes: Narciso Ibáñez Menta (Dr. Eckstrom), Manuel Alcón, Alberto Barcel, Francisco Cárdenas, Mercedes Carreras, Rafael Diserio, Carlos Estrada, Roberto Germán, Narciso Ibáñez Serrador, Adolfo Linvel, Armando Lopardo, Silvia Montanari, Inés Moreno, Luis Orbegozo, Osvaldo Pacheco, Jesús Pampín, Miguel Paparelli, Gilberto Peyret, Luis Sorel, Lilian Valmar, etc. Duração: 115 min | 61 min (EUA).

Titulo original: The Tell-Tale Heart ou The Hidden Room of 1,000 Horrors ou The Horror Man
Realização: Ernest Morris (Inglaterra, 1960); Argumento: Brian Clemens, Eldon Howard, sefundo obra de Edgar Allan Poe ("The Tell-Tale Heart"); Produção: Edward J. Danziger, Harry Lee Danziger; Música: Tony Crombie, Bill LeSage; Fotografia (cor):  James Wilson; Montagem: Derek Parsons; Direcção artística: Norman G. Arnold, Peter Russell; Maquilhagem: Aldo Manganaro; Direcção de produção: John Draper, Brian Taylor; Assistentes de realização: Geoffrey Holman; Som: George Adams, W. Anson Howell, John Smith; Guarda-roupa: Rene Coke; Companhias de produção: Danziger Productions Ltd. Intérpretes: Laurence Payne (Edgar Marsh), Adrienne Corri (Betty Clare), Dermot Walsh (Carl Loomis), Selma Vaz Dias, John Scott, John Martin, Annette Carell, David Lander, Rosemary Rotheray, Suzanne Fuller, Yvonne Buckingham, David Courtney, Richard Bennett, Joan Peart, etc. Duração: 78 min.

Titulo original: The Pit
Realização: Edward Abraham (Inglaterra, 1960); Argumento: Edward Abraham, segundo obra de Edgar Allan Poe; Intérpretes: Brian Peck, etc. Duração: curta-metragem (?). 

Titulo original: Le Scarabée d' Or
Realização: Robert Lachenay (França, 1961); Argumento: Robert Lachenay, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: François Truffaut; Música: Geoffroy Dechaume; Fotografia (cor): André Mrugalski; Montagem: Hélène Plemiannikov; Companhias de produção: Les Films du Carrosse; Intérpretes: Didier Pontet, Odile Geoffroy, Karim Seck, etc. Duração: 24 min.

Titulo original: série de TV "Great Ghost Tales"
Realização: Ron Winston (EUA, 1961); Realização da série: Lewis Freedman, Karl Genus, William A. Graham, Daniel Petrie, Allen Reisner, Seymour Robbie, Ron Winston (cada um episódio, em 1961); Argumento: Audrey Gellen, Algernon Blackwood, Irving Gaynor, Hector Hugh Munro, Edgar Allan Poe, Gordon Russell; Intérpretes da série: John Abbott, R.G. Armstrong, Cynthia Baxter, Eric Berry, Peter Brandon, James Broderick, Roger C. Carmel, Clifford David, Mildred Dunnock, Robert Duvall (William Wilson), Alvin Epstein, Judith Evelyn, Vincent Gardenia, Lee Grant, William Hansen, James Hickman, Arthur Hill, Salome Jens, Virginia Leith, Joanne Linville, Laurie Main, Kevin McCarthy, Harry Millard, Dan Morgan, Lois Nettleton, Collin Wilcox Paxton, William Redfield, Edmon Ryan, Gene Saks, David J. Stewart, Richard Thomas, Diana Van der Vlis, Herb Voland, Janet Ward, Ruth White, Ann Williams, Blanche Yurka, etc. Duração: 30 min (12 Episódios); Data de emissão: 6 de Julho de 1961.

O FOSSO E O PENDULO
Titulo original: Pit and the Pendulum
Realização: Roger Corman (EUA, 1961); Argumento: Richard Matheson, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Samuel Z. Arkoff, Roger Corman, James H. Nicholson; Música: Les Baxter; Fotografia (cor): Floyd Crosby; Montagem: Anthony Carras; Design de Produção: Daniel Haller; Direcção artística: Daniel Haller; Decoração: Harry Reif; Maquilhagem: Ted Coodley; Direcção de produção: Robert Agnew, Bartlett A. Carre; Assistentes de realização: Jack Bohrer, Paul Rapp; Departamento de arte: Ross Hahn, Tom Matsumoto, Richard M. Rubin; Som: Roy Meadows, Kay Rose; Efeitos Especiais: Pat Dinga; Efeitos visuais: Ray Mercer; Guarda-roupa: Marjorie Corso; Companhias de produção: Alta Vista Productions; Intérpretes: Vincent Price (Nicholas / Sebastian Medina), John Kerr (Francis), Barbara Steele (Elizabeth), Luana Anders (Catherine), Antony Carbone (Doctor Leon), Patrick Westwood, Lynette Bernay, Larry Turner, Mary Menzies, Charles Victor, Randee Lynne Jensen, etc. Duração: 80 min.

Titulo original: série de TV "Thriller" - episódio The Premature Burial
Realização: Douglas Heyes (EUA, 1961); Argumento: William D. Gordon, Douglas Heyes, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Hubbell Robinson, Douglas Benton, William Frye; Música: Morton Stevens; Fotografia (cor): Bud Thackery; Montagem: Danny B. Landres; Direcção artística: George Patrick; Decoração: Julia Heron, John McCarthy Jr.; Maquilhagem: Jack Barron, Florence Bush; Assistentes de realização: John Clarke Bowman; Departamento de arte: Jerome Gould; Som: David H.; Guarda-roupa: Vincent Dee; Companhias de produção: Hubbell Robinson Productions, National Broadcasting Company (NBC); Intérpretes: Sidney Blackmer (Edward Stapleton), Boris Karloff (Dr. Thorne), Richard Flato, William D. Gordon, Scott Marlowe, Patricia Medina, J. Pat O'Malley, Lillian O'Malley, etc. Data de emissão: 2 de Outubro de 1961 (Temporada 2, Episódio 3).

O SEPULTADO VIVO
Titulo original: Premature Burial
Realização: Roger Corman (EUA, 1962); Argumento: Charles Beaumont, Ray Russell segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Samuel Z. Arkoff, Gene Corman, Roger Corman; Música: Ronald Stein, Les Baxter; Fotografia (cor): Floyd Crosby; Montagem: Ronald Sinclair; Direcção artística: Daniel Haller; Guarda-roupa: Marjorie Corso; Maquilhagem: Lou Lacava; Direcção de produção: Jack Bohrer; Assistentes de realização: Francis Ford Coppola; Departamento de arte: Richard M. Rubin, Burt Shonberg; Som: John Bury Jr.; Companhias de produção: American International Pictures (AIP), Santa Clara Productions; Intérpretes: Ray Milland (Guy Carrell), Hazel Court (Emily Gault), Richard Ney (Miles Archer), Heather Angel (Kate Carrell), Alan Napier (Dr. Gideon Gault), John Dierkes (Sweeney), Dick Miller, Clive Halliday, Brendan Dillon, etc. Duração: 81 min.

A MALDITA, O GATO E A MORTE
Titulo original: Tales of Terror ou Edgar Allan Poe's Tales of Terror ou Poe's Tales of Terror
Realização: Roger Corman (EUA, 1962); Argumento: Richard Matheson segundo obras de Edgar Allan Poe (“Morella”, “The Black Cat”, “The Facts in the Case of M. Valdemar”, e “A Cask of Amontillado”); Produção: Samuel Z. Arkoff, Roger Corman, James H. Nicholson; Música: Les Baxter; Fotografia (cor): Floyd Crosby; Montagem: Anthony Carras; Design de Produção: Bartlett A. Carre, Daniel Haller; Decoração: Harry Reif; Maquilhagem: Ray Forman, Lou LaCava; Direcção de produção: Robert Agnew, Bartlett A. Carre; Assistentes de realização: Jack Bohrer; Departamento de arte: Richard M. Rubin; Som: Jack Woods; Efeitos Especiais: Pat Dinga; Efeitos visuais: Ray Mercer; Guarda-roupa: Marjorie Corso; Companhias de produção: Alta Vista Productions; Intérpretes: Vincent Price (Fortunato / Valdemar / Locke), Maggie Pierce (Lenora Locke (episódio "Morella"), Leona Gage (Morella Locke (episódio "Morella"), Edmund Cobb (conductor) (episódio "Morella"), Peter Lorre (Montresor Herringbone) (episódio "The Black Cat"), Joyce Jameson (Annabel Herringbone) (episódio "The Black Cat"), John Hackett (Policia) (episódio "The Black Cat"), Lennie Weinrib (Policia) (episódio "The Black Cat"), Wally Campo (Barman Wilkins) (episódio "The Black Cat"), Alan DeWitt, Basil Rathbone (Carmichael) (episódio "The Facts in the Case of M. Valdemar"),  Debra Paget (Helene Valdemar) (episódio "The Facts in the Case of M. Valdemar"), David Frankham (Dr. Elliot James) (episódio "The Facts in the Case of M. Valdemar"), Scott Brown, etc. Duração: 89 min.

O CORVO
Titulo original: The Raven
Realização: Roger Corman (EUA, 1963); Argumento: Richard Matheson segundo poema de Edgar Allan Poe; Produção: Samuel Z. Arkoff, Roger Corman, James H. Nicholson; Música: Les Baxter; Fotografia (cor): Floyd Crosby; Montagem: Ronald Sinclair; Design de Produção: Daniel Haller; Direcção artística: Daniel Haller; Decoração: Harry Reif; Maquilhagem: Ted Coodley, Betty Pedretti; Direcção de produção: Robert Agnew, Bartlett A. Carre; Assistentes de realização: Jack Bohrer; Departamento de arte: Karl Brainard, Ross Hahn; Som: John Bury Jr., Gene Corso; Efeitos Especiais: Pat Dinga; Guarda-roupa: Marjorie Corso; Companhias de produção: Alta Vista Productions; Intérpretes: Vincent Price (Dr. Erasmus Craven), Peter Lorre (Dr. Adolphus Bedlo), Boris Karloff (Dr. Scarabus), Hazel Court (Lenore Craven), Olive Sturgess (Estelle Craven), Jack Nicholson (Rexford Bedlo), Connie Wallace, William Baskin, Aaron Saxon, John Dierkes, etc. Duração: 86 min.

Titulo original: Horror
Realização: Alberto De Martino (Itália, Espanha, 1963); Argumento: Bruno Corbucci, Sergio Corbucci, Giovanni Grimaldi, Natividad Zaro, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Alberto Aguilera, Natividad Zaro, Italo Zingarelli; Música: Carlo Franci, Giuseppe Piccillo; Fotografia (cor): Alejandro Ulloa; Montagem: Otello Colangeli; Direcção artística: Leonard Bubleg; Decoração: Antonio Simont; Maquilhagem: Shirley Dryant, Artur Grunher; Direcção de produção: Robert Palace; Assistentes de realização: Bruce Stevenson; Efeitos Especiais: Emilio Ruiz del Rio; Guarda-roupa: Henzy Stecklar; Companhias de produção: Film Columbus, Llama Films; Intérpretes: Gérard Tichy (Rodrigue De Blancheville), Leo Anchóriz (Dr. Lerouge), Ombretta Colli (Emily De Blancheville), Helga Liné (Miss Eleonore), Irán Eory (Alice Taylor), Vanni Materassi, Francisco Morán, Emilia Wolkowicz, Harry Winter, etc. Duração: 90 min | EUA:87 min (DVD).

O PALÁCIO MALDITO
Título original: The Haunted Palace ou Edgar Allan Poe's The Haunted Palace ou The Case of Charles Dexter Ward ou The Haunted Village
Realização: Roger Corman (EUA, 1963); Argumento: Charles Beaumont, Francis Ford Coppola (diálogos), segundo obra de H.P. Lovecraft ("The Case of Charles Dexter Ward") e inspiração de Edgar Allan Poe; Produção: Samuel Z. Arkoff, Roger Corman, James H. Nicholson, Ronald Sinclair; Música: Ronald Stein; Fotografia (cor): Floyd Crosby; Montagem: Ronald Sinclair; Direcção artística: Daniel Haller; Maquilhagem: Ted Coodley, Verne Langdon, Lorraine Roberson; Direcção de Produção: Jack Bohrer; Assistentes de realização: Paul Rapp; Departamento de arte: Harry Reif; Som: John L. Bury; Companhias de produção: American International Pictures (AIP), La Honda Productions; Intérpretes: Vincent Price (Charles Dexter Ward), Debra Paget (Ann Ward), Lon Chaney Jr. (Simon Orne), Frank Maxwell (Dr. Willet / Priam Willet), Leo Gordon (Edgar Weeden / Ezra Weeden), Elisha Cook Jr. (Gideon Smith / Micah Smith), John Dierkes, Milton Parsons, Cathie Merchant, Guy Wilkerson, I. Stanford Jolley, Harry Ellerbe, Barboura Morris, Darlene Lucht, Bruno VeSota, etc. Duração: 87 min

Titulo original: Le Puits et le Pendule (TV)
Realização: Alexandre Astruc (França, 1964); Argumento: Alexandre Astruc, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Pit and the Pendulum"); Música: Antoine Duhamel; Fotografia (cor): Nicolas Hayer; Montagem: Sophie Bhaud, Monique Chalmandrier; Decoração: André Bakst ; Guarda-roupa: Marie-Thérèse Respens; Assistentes de realização: Pierre-André Boutang, Yves Kovacs; Departamento de arte: Jean-Louis Crozet ; Som: Paul Bonnefond, Daniel Couteau; Intérpretes: Maurice Ronet (Condenado à morte), etc. Duração: 37 min ; Data de emissão: 9 de Janeiro de 1964 (França).

A MÁSCARA DA MORTE VERMELHA
Titulo original: The Masque of the Red Death
Realização: Roger Corman (Inglaterra, EUA, 1964); Argumento: Charles Beaumont, R. Wright Campbell, segundo obras de Edgar Allan Poe ("The Masque of the Red Death" e "Hop-Frog"); Produção: Roger Corman, George Willoughby; Música: David Lee; Fotografia (cor): Nicolas Roeg; Montagem: Ann Chegwidden; Casting: G.B. Walker; Design de Produção: Daniel Haller; Direcção artística: Robert Jones; Decoração: Colin Southcott; Maquilhagem: Elsie Alder, George Partleton; Assistentes de realização: Peter Price, Julio Sempere, Mike Gowans; Departamento de arte: Ray Frift; Som: Len Abbott, Richard Bird; Efeitos Especiais: George Blackwell; Guarda-roupa: Laura Nightingale; Companhias de produção: Alta Vista Productions;
Intérpretes: Vincent Price (Prince Prospero), Hazel Court (Juliana), Jane Asher (Francesca), David Weston (Gino), Nigel Green (Ludovico), Patrick Magee (Alfredo), Paul Whitsun-Jones,  Robert Brown, Julian Burton, David Davies, Skip Martin, Gaye Brown, Verina Greenlaw, Doreen Dawn, Brian Hewlett, Sarah Brackett, David Allen, Dorothy Anelay, Gerry Atkins, Jill Bathurst, Julian Bolt, Norris Boyd, Ricky Clarke, Ronald Curran, Alan Dalton, Gladys Davison, Fred Peters, Maureen Sims, etc. Duração: 89 min. 

O TUMULO DE LIGEIA
Titulo original: The Tomb of Ligeia ou Edgar Allan Poe's The Tomb of Ligeia ou Last Tomb of Ligeia ou Ligeia ou Tomb of the Cat
Realização: Roger Corman (Inglaterra, EUA, 1964); Argumento: Robert Towne, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Pat Green, Samuel Z. Arkoff; Música: Kenneth V. Jones; Fotografia (cor): Arthur Grant; Montagem: Alfred Cox; Direcção artística: Colin Southcott, Daniel Haller; Maquilhagem: George Blackler, Pearl Orton; Assistentes de realização: David Tringham; Som: John Aldred, Don Ranasinghe, Bert Ross, Les Wiggins; Efeitos Especiais: Ted Samuels; Guarda-roupa:  Mary Gibson; Companhias de produção: Alta Vista Film Production; Intérpretes: Vincent Price (Verden Fell), Elizabeth Shepherd (The Lady Rowena Trevanion / The Lady Ligeia), John Westbrook (Christopher Gough), Derek Francis (Lord Trevanion), Oliver Johnston, Richard Vernon, Frank Thornton, Ronald Adam, Denis Gilmore, Penelope Lee, etc. Duração: 81 min.

A LONGA NOITE DO TERROR
Título original: Danza Macabra ou Castle of Blood ou Coffin of Terror ou  La Danse macabre ou  Dimensions in Death ou Edgar Allan Poe's Castle of Blood ou La Lunga Notte de Terrore ou Terrore ou The Castle of Terror ou The Long Night of Terror ou Tombs of Horror ou Tombs of Terror
Realização: Antonio Margheriti (Anthony M. Dawson) (Itália, França, 1964); Argumento: Sergio Corbucci (Gordon Wilson Jr.), Giovanni Grimaldi (Jean Grimaud) (nalguma publicidade, o filme aparece como inspirado numa obra de Edgar Allan Poe, “Dance Macabre”, mas tal informação é errada. Poe surge sim como personagem); Produção:  Leo Lax, Marco Vicario; Música: Riz Ortolani; Fotografia (cor): Riccardo Pallottini; Montagem:  Otello Colangeli; Design de produção: Ottavio Scotti; Assistentes de realização: Ruggero Deodato; Efeitos especiais: Enrico Catalucci; Companhias de produção: Giovanni Addessi Produzione Cinematografica, Ulysse Productions, Vulsinia Films; Intérpretes: Barbara Steele (Elisabeth Blackwood), Georges Rivière (Alan Foster), Margarete Robsahm (Júlia), Arturo Dominici (Dr. Carmus), Silvano Tranquilli (Edgar Allan Poe), Sylvia Sorrente (Elsi), Giovanni Cianfriglia, etc. Duração: 87 min.

Título original: El Demonio en la Sangre
Realização: René Múgica (Argentina, 1964); Argumento: Tomás Eloy Martínez, René Múgica, Augusto Roa Bastos, parcialmente baseado no conto de Edgar Allan Poe, “The Tell-Tale Heart”; Música: Rodolfo Arizaga; Fotografia (cor): Oscar Melli, Ricardo Younis; Montagem: Gerardo Rinaldi, Antonio Ripoll; Design de produção: Germán Gelpi; Intérpretes: Rosita Quintana, Ubaldo Martínez, Ernesto Bianco, Arturo García Buhr, Wolf Ruvinskis, Lydia Lamaison, Graciela Dufau, Jorge De La Riestra, Pinky, Mario Savino, etc. Duração: ???  

Titulo original: El Trapero (TV)
Realização: Narciso Ibáñez Serrador (Espanha, 1965); Argumento: Narciso Ibáñez Serrador, segundo obra de Edgar Allan Poe; Música: Waldo de los Rios; Companhias de produção: Televisión Española (TVE); Intérpretes: Narciso Ibáñez Menta (Edmund); Duração: 70 min.

A CIDADE SUBMARINA
Titulo original: The City Under the Sea ou City in the Sea ou War-Gods of the Deep
Realização: Jacques Tourneur (Inglaterra, 1965); Argumento: Charles Bennett, Louis M. Heyward, David Whitaker, segundo obra de Edgar Allan Poe ("City in the Sea"); Produção: George Willoughby, Samuel Z. Arkoff, Daniel Haller; Música: Stanley Black; Fotografia (cor): Stephen Dade; Montagem: Gordon Hales; Casting: Harvey Woods; Direcção artística: Frank White; Maquilhagem: Elsie Alder, W.T. Partleton, Geoffrey Rodway; Direcção de produção: Pat Green; Assistentes de realização: David Tringham; Departamento de arte: Leon Davis, Colin Southcott, Peter Wood; Som: C. Le Mesurier, Ken Rawkins; Efeitos Especiais: Les Bowie, Frank George, Eiji Tsuburaya; Guarda-roupa: Ernie Farrer; Companhias de produção: Bruton Film Productions; Intérpretes:  Vincent Price (Sir Hugh, The Captain), David Tomlinson (Harold Tufnell-Jones), Tab Hunter (Ben Harris), Susan Hart (Jill Tregillis), John Le Mesurier, Henry Oscar, Derek Newark, Roy Patrick, Bart Allison, Dennis Blake, Steven Brooke, Hilda Campbell-Russell, Herbert the Rooster, Arthur Hewlett, Michael Heyland, William Hurndell, George Ricarde, Tony Selby, Jim Spearman, etc. Duração: 84 min.

Titulo original: 5 tombe per un medium ou Cemetery of the Living Dead ou Cinque tombe per un medium ou Coffin of Terror ou Five Graves for a Medium ou Terror-Creatures from the Grave ou Tombs of Horror
Realização: Ralph Zucker (Massimo Pupillo) (Itália, 1965); Argumento: Ruth Carter, Cesare Mancini, Romano Migliorini, Roberto Natale, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Francesco Merli, Massimo Pupillo, Ralph Zucker; Música: Aldo Piga; Fotografia (cor): Carlo Di Palma; Montagem: Mariano Arditi; Decoração: Frank Small; Guarda-roupa: Serge Selig; Maquilhagem: Bud Dexter; Assistentes de realização: Nick Berger; Som: Goffredo Salvatori; Companhias de produção: G.I.A. Cinematográfica, International Entertainment Corp., M.B.S. Cinematografica; Intérpretes:  Walter Brandi (Albert Kovac), Mirella Maravidi (Corinne Hauff), Barbara Steele (Cleo Hauff), Alfredo Rizzo (Dr. Nemek), Riccardo Garrone (Joseph Morgan), Luciano Pigozzi,  Tilde Till, Ennio Balbo, Steve Robinson, René Wolf, etc. Duração: 87 min. 

Titulo original: The Black Cat ou Edgar Allen Poe's The Black Cat
Realização: Harold Hoffman (EUA, 1966); Argumento: Harold Hoffman,  segundo obra de Edgar Allan Poe; Argumento: Harold Hoffman, Segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Patrick Sims; Fotografia (cor): Walter Schenk; Montagem: Charles G. Schelling; Direcção artística: Robert Dracup; Maquilhagem: Beverly Gilbert; Assistentes de realização: George Costello; Som: Charles G. Schelling; Efeitos Especiais: Manel De Aumente, Sheilds Mitchell; Companhias de produção: Falcon International Corp.,Hemisphere Pictures; Intérpretes: Robert Frost (Lou), Robyn Baker (Diana), Sadie French (Lillian), Scotty McKay, George Russell, George Edgley, Annabelle Weenick, Jeff Alexander, Tommie Russell, Scott Shewmake, Bill Thurman, Nelson Spencer, etc. Duração: 73 min.

O JARDIM DA TORTURA
Título original: Torture Garden
Realização: Freddie Francis (Inglaterra, 1967); Argumento: Robert Bloch; Intérpretes: Jack Palance (Ronald Wyatt), Burgess Meredith (Dr. Diabolo), Beverly Adams (Carla Hayes), Peter Cushing (Lancelot Canning), Michael Bryant (Colin Williams), John Standing, Robert Hutton, John Phillips, Michael Ripper, Bernard Kay, Catherine Finn, Maurice Denham, Ursula Howells, David Bauer, Niall MacGinnis, etc. Duração: 93 min. (O filme abirda o caso de colecionadores de obras de Edgar Allan Poe),

Titulo original: Historias para no dormir" - episódio El cuervo (1964 - ?)
Realização: Narciso Ibáñez Serrador (Espanha, 1967); Argumento: Luis Peñafiel (Narciso Ibáñez Serrador), segundo obra de Edgar Allan Poe (“The Raven”); Fotografia (cor): Ricardo Torres; Decoração: Fernando Sáenz; Design de Produção: Antonio Mingote; Maquilhagem: Narciso Ibáñez Menta; Intérpretes: Rafael Navarro (Edgar Allan Poe), Luis Peña, Paloma Valdés (Virginia Poe), Nélida Quiroga, Javier Loyola, Emilio Gutiérrez Caba (Emilio Sheldon), Estanis González (Doctor), José Franco, Joaquín Escola, Lola Lemos, Mary Delgado, Alberto Fernández, Álvaro de Luna, José Luis Lespe, Héctor Quiroga, Maite Brit, Isabel Braos, Mari González, Fernando Lewis, Ricardo G. Lilló, Agustín Bescos, etc. Data de emissão: 1967.

Titulo original: série de TV “Historias para no dormir" - episódio El Pacto (1964 - ?)
Realização: Narciso Ibáñez Serrador (Espanha, 1966); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Fotografia (cor): Federico G. Larraya; Design de Produção: Antonio Mingote; Maquilhagem: Narciso Ibáñez Menta; Intérpretes: Montserrat Carulla, Félix Dafauce, Joaquín Escola, Manuel Galiana, Estanis González, Narciso Ibáñez Menta, Roberto Llamas, etc. Data de emissão: 25 de Março de 1966.
 
Titulo original: Die Schlangengrube und das Pendel ou Blood of the Virgins ou Castle of the Walking Dead ou Pendulum ou The Blood Demon ou The Snake Pit ou The Snake Pit and the Pendulum ou The Torture Chamber of Dr. Sadism ou The Torture Room ou Torture Chamber
Realização: Harald Reinl (RFA, 1967); Argumento: Manfred R. Köhler, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Pit and the Pendulum"); Produção: Erwin Gitt, Wolfgang Kühnlenz; Música: Peter Thomas; Fotografia (cor): Ernst W. Kalinke, Dieter Liphardt; Montagem: Hermann Haller; Direcção artística: Will Achtmann; Gabriel Pellon; Decoração: Gabriel Pellon; Guarda-roupa: Irms Pauli; Maquilhagem: Erich L. Schunckel; Direcção de produção: Erwin Gitt, Wolfgang Kühnlenz; Assistentes de realização: Charles Wakefield; Som: Hans Joachim Richter; Efeitos Especiais: Erwin Lange, Theo Nischwitz; Guarda-roupa: Irms Pauli; Companhias de produção: Constantin Film Produktion; Intérpretes: Lex Barker (Roger Mont Elise / Roger von Marienberg), Christopher Lee (conde Frederic Regula, Graf von Andomai), Karin Dor (baronesa Lilian von Brabant), Carl Lange (Anathol), Vladimir Medar, Christiane Rücker, Dieter Eppler, Horst Naumann, etc. Duração: 85 min.

Titulo original: House of Evil ou Dance of Death ou Macabre Serenade
Realização: Jack Hill, Juan Ibáñez (México, EUA, 1968); Argumento: Jack Hill, Luis Enrique Vergara, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Juan Ibáñez, Luis Enrique Vergara; Música: Enrico C. Cabiati, Alice Uretta; Fotografia (cor): Raúl Domínguez, Austin McKinney; Assistentes de realização: Barry Langley; Companhias de produção: Azteca Films; Intérpretes: Boris Karloff (Matthias Morteval), Julissa (Lucy Durant), Andrés García (Beasley), José Ángel Espinosa 'Ferrusquilla', Beatriz Baz, Quintín Bulnes, Manuel Alvarado, Arturo Fernández, Carmen Velez, Felipe de Flores, Fernando Saucedo, Estuardo Mora, José Luis G. de León, Victor Jordan, José Antonio Garcia, etc. Duração: 89 min

HISTÓRIAS EXTRAORDIONÁRIAS
Titulo original: Histoires extraordinaires ou Spirits of the Dead ou Tales of Mystery ou Tales of Mystery and Imagination ou Tre passi nel delirio ou Trois histoires extraordinaires d'Edgar Poe
Realização: Federico Fellini (episódio "Toby Dammit"), Louis Malle (episódio "William Wilson"), Roger Vadim (episódio "Metzengerstein") (Itália, França, 1968); Argumento: Edgar Allan Poe   (story "Metzengerstein") (episódio "Metzengerstein") (as Edgar Allan Poë); Roger Vadim, Pascal Cousin, segundo obra de Edgar Allan Poe (episódio "Metzengerstein"); Louis Malle, Clement Biddle Wood, Daniel Boulanger, segundo obra de Edgar Allan Poe (episódio "William Wilson" e "Metzengerstein"); Federico Fellini, Bernardino Zapponi, segundo obra de Edgar Allan Poe ("Ne pariez jamais votre tête avec le Diable (Never Bet the Devil Your Head)") (episódio "Toby Dammit"); Produção: Raymond Eger, Alberto Grimaldi; Música: Diego Masson (episódio "William Wilson"); Jean Prodromidès (episódio "Metzengerstein"); Nino Rota (episódio "Toby Dammit"); Fotografia (cor): Tonino Delli Colli (episódio "William Wilson"); Claude Renoir (episódio "Metzengerstein"); Giuseppe Rotunno (episódio "Toby Dammit"); Montagem: Franco Arcalli e Suzanne Baron (episódio "William Wilson"); Rggero Mastroianni (episódio "Toby Dammit"); Hlène Plemiannikov (episódio "Metzengerstein"; Design de Produção: Jean André (episódio "Metzengerstein") (as Jean Andre); Piero Tosi (supervising production designer) (episódio "Toby Dammit"); Ghislain Uhry (episódio "William Wilson"); Direcção artística: Fabrizio Clerici (episódio "Toby Dammit"); Carlo Leva (episódio "William Wilson"); Direcção de produção: André Cultet e Ludmilla Goulian (episódio "Metzengerstein"), Thomas Sagone (episódios "William Wilson" e "Toby Dammit"), Enzo Provenzale (episódio "Toby Dammit"); Assistentes de realização: Vana Caruso (episódio "William Wilson"), Michel Clément, Serge Vallin e Jean-Michel Lacor (episódio "Metzengerstein"), Eschilo Tarquini, Francesco Aluigi e Liliane Betti (episódio "Toby Dammit"); Efeitos visuais: Joseph Nathanson (episódio "Toby Dammit"); Guarda-roupa: Jacques Fonteray episódio ("Metzengerstein"), Piero Tosi (episódio "Toby Dammit"), Ghislain Uhry e Carlo Leva (episódio "William Wilson"; Companhias de produção: Les Films Marceau (Paris), Produzioni Europee Associati (PEA), Cocinor, Les Films Marceau; Intérpretes: Brigitte Bardot (Giuseppina (episódio "William Wilson"), Alain Delon (William Wilson ), Katia Christine (jovem), Umberto D'Orsi (Hans), Renzo Palmer (padre), Marco Stefanelli, Daniele Vargas, John Karlsen (episódio "William Wilson"); Jane Fonda (Condessa Frederica ), James Robertson Justice (conselheiro), Françoise Prévost (amigo da condessa), Peter Fonda (Barão Wilhelm), Marlène Alexandre, Marie-Ange Aniès, David Bresson, Peter Dane, Georges Douking, Philippe Lemaire, Carla Marlier, Serge Marquand, Audoin de Bardot,  Anny Duperey, Andréas Voutsinas (episódio "Metzengerstein"); Terence Stamp (Toby Dammit), Salvo Randone (padre), Monica Pardo, Anne Tonietti, Marina Yaru, Fabrizio Angeli, Franco Arcalli, Federico Boido, Ernesto Colli, Paul Cooper, Dakar, Gabriel Lagay, Irina Maleeva, Antonia Pietrosi, Polidor, Mimmo Poli, Alfredo Rizzo, Marisa Traversi, Milena Vukotic, Aleardo Ward (episódio "Toby Dammit") e ainda Clement Biddle Wood, Vincent Price e Maurice Ronet (narradores); Duração: 121 min.

Titulo original: Witchfinder General ou Edgar Allan Poe's Conqueror Worm ou Matthew Hopkins: Conqueror Worm ou Matthew Hopkins: Witchfinder General ou The Conqueror Worm
Realização: Michael Reeves (Inglaterra, 1968); Argumento: Tom Baker, Michael Reeves, Louis M. Heyward, segundo romance de Ronald Bassett e poema de Edgar Allan Poe ("The Conqueror Worm"); Produção: Louis M. Heyward, Arnold L. Miller, Tony Tenser, Philip Waddilove; Música: Paul Ferris, Kendall Schmidt; Fotografia (cor): John Coquillon; Montagem: Howard Lanning; Casting: Freddie Vale; Direcção artística: Jim Morahan; Maquilhagem: Dorrie Hamilton, Henry Montsash; Direcção de produção: Ricky Howard; Assistentes de realização: Ian Goddard, Iain Lawrence; Departamento de arte: Dennis Cantrell, Jimmy James, Andrew Low; Som: Paul Le Mare, Hugh Strain; Efeitos Especiais: Roger Dicken; Guarda-roupa: Jill Thompson; Companhias de produção: Tigon British Film Productions, American International Productions; Intérpretes: Vincent Price (Matthew Hopkins), Ian Ogilvy (Richard Marshall), Rupert Davies (John Lowes), Hilary Heath (Sarah Lowes), Robert Russell (John Stearne), Nicky Henson (Trooper Robert Swallow), Tony Selby, Bernard Kay, Godfrey James, Michael Beint, John Trenaman, Bill Maxwell, Paul Ferris, Maggie Kimberly, Peter Haigh, Hira Talfrey, Anne Tirard, Peter Thomas, Edward Palmer, David Webb, Lee Peters, David Lyell, Alf Joint, Martin Terry, Jack Lynn, Beaufoy Milton, Dennis Thorne, Michael Segal, Toby Lennon, Margaret Nolan, Sally Douglas, Donna Reading, Patrick Wymark (Gen. Oliver Cromwell), Wilfrid Brambell, etc. Duração: 86 min.

Título original: série de TV “Mystery and Imagination" – episódio “The Fall of the House of Usher”
Realização: Kim Mills (Inglaterra, 1966); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Jonathan Alwyn, Raymond Collier; Companhias de produção: Independent Television (ITV); Intérpretes: David Buck (Richard Beckett), Denholm Elliott (Roderick Usher), Dudley Jones (médico), Oliver MacGreevy (Finn), Mary Miller (Lucy), Susannah York (Madeleine Usher), etc. Duração: 50 min; Data de emissão:12 de Fevereiro de 1966 (Temporada 1, Episódio 3).

Título original: série de TV "Mystery and Imagination" – episódio The Telltale Heart
Realização: Robert Tronson (Inglaterra, 1968); Argumento: Peter Van Greenaway segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Jonathan Alwyn; Companhias de produção: Independent Television (ITV); Intérpretes: Norman Eshley (Jean Lemaistre), Sandra Fehr (Martine), Gillian French, Leslie French, Bob Hornery, Freddie Jones (Vaudin), Kenneth J. Warren, Antony Webb, Avril Yarrow, etc. Duração: 50 min; Data de emissão: 20 June 1968 (Temporada 3, Episódio 5).

Título original: "Detective" – episódio “The Murders in the Rue Morgue”
Realização: James Cellan Jones (EUA, 1968); Argumento: James MacTaggart, segundoo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Verity Lambert; Design de produção Tim Gleeson; Intérpretes: Guido Adorni (Mentoni), Philip Anthony (Beloir), Christopher Benjamin (Rodier), Ray Callaghan (Le Bon), John DeVaut (Bird), Dennis Edwards (Dumas), Jimmy Gardner (Muset), Beatrice Greek (Madame Douterc), James Hall, Walter Horsbrugh (Duval), Charles Kay (Edgar Allan Poe), Charles Kinross, Anthony Langdon, Kevork Malikyan, Geoffrey Rose, Edward Woodward, Marguerite Young, etc. Data de emissão: 1 de Setembro de 1968 (Temporada 2, Episódio 17).

Título original: Masca crvene smrti
Realização: Branko Ranitovic, Pavao Stalter (Jugoslávia, 1969); Argumento: Zdenko Gasparovic, Branko Ranitovic, segundo obra de Edgar Allan Põe; Animação; Companhias de produção: Zagreb Film; Duração: 10 min.

Título original: The Oblong Box ou Dance, Mephisto ou Edgar Allan Poe's The Oblong Box
Realização: Gordon Hessler (EUA, 1969); Argumento: Lawrence Huntington, Christopher Wicking, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Pat Green, Gordon Hessler, Louis M. Heyward; Música: Harry Robertson; Fotografia (cor): John Coquillon; Montagem: Max Benedict; Design de Produção: George Provis; Guarda-roupa: Kay Gilbert; Maquilhagem: Jimmy Evans, Bobbie Smith; Assistentes de realização: Derek Whitehurst; Departamento de arte: Terence Morgan, W. Simpson Robinson; Som: Bob Jones, Bob Peck; Guarda-roupa: Kay Gilbert; Companhias de produção: American International Productions; Intérpretes: Vincent Price (Sir Julian Markham), Christopher Lee (Dr. J. Neuhart), Rupert Davies (Joshua Kemp), Uta Levka (Heidi), Sally Geeson, Alister Williamson, Peter Arne, Hilary Heath, Maxwell Shaw, Carl Rigg, Harry Baird, Godfrey James, James Mellor, John Barrie, Ivor Dean, Danny Daniels, Michael Balfour, Hira Talfrey, etc. Duração: 97 min (DVD).

O CHORAR DOS MORTOS
Título original: Cry of the Banshee
Realização: Gordon Hessler (Inglaterra, 1970); Argumento: Tim Kelly, Christopher Wicking (aparece no início do filme uma citação de Poe retirada do poema “The Bells”); Intérpretes: Vincent Price (Lord Edward Whitman), Hilar y Heath (Maureen Whitman), Carl Rigg (Harry Whitman), Patrick Mower (Roderick), Essy Persson (Lady Patricia Whitman), Marshall Jones (Father Tom), Elisabeth Bergner, Stephan Chase, Sally Geeson, Hugh Griffith, Robert Hutton, Andrew McCulloch, Pamela Fairbrother, Quinn O'Hara, Jan Rossini, etc. Duração: 91 min

Título original: Nella Stretta Morsa del Ragno ou And Comes the Dawn... But Colored Red ou Dracula im Schloß des Schreckens ou Dracula in the Castle of Blood ou E venne l'alba... ma tinto di rosse ou Edgar Poe chez les morts vivants ou Les Fantômes de Hurlevent ou In the Grip of the Spider ou Le Prisonnier de l'araignée ou Web of the Spider
Realização: Antonio Margheriti (Anthony M. Dawson) (Itália,França, RFA, 1971); Argumento: Giovanni Addessi, Bruno Corbucci, Giovanni Grimaldi, Antonio Margheriti, afirma-se “baseado em Edgar Allen Poe, "Night of the Living Dead" (?);Produção:  Giovanni Addessi; Música: Riz Ortolani; Fotografia (cor): Guglielmo, Sandro Mancori, Silvano Spagnoli; Montagem: Otello Colangeli, Fima Noveck; Design de produção: Ottavio Scotti; Decoração: Camillo Del Signore; Guarda-roupa: Mario Giorsi; Maquilhagem: Maria Luisa Jilli, Nicla Palombi, Marisa Tilly; Direcção de Produção: Franco Caruso, Salvatore De Rosa, Ennio Di Meo; Assistentes de  Realização; Ignazio Dolce; Som: Pietro Spadoni; Efeitos especiais: Cataldo Galliano; Companhias de produção: Paris-Cannes Productions, Produzione DC7, Terra-Filmkunst; Intérpretes: Anthony Franciosa (Alan Foster), Michèle Mercier (Elisabeth Blackwood), Klaus Kinski (Edgar Allan Poe), Peter Carsten (Dr. Carmus), Silvano Tranquilli (William Perkins), Karin Field (Julia), Raf Baldassarre, Irina Maleeva, Enrico Osterman, Marco Bonetti, Vittorio Fanfoni, Carla Mancini, Paolo Gozlino, etc. Duração: 109 min.

Título original: série de TV "Hora once" – episódio “Eleonora”
Realização: Josefina Molina (Espanha, 1971); Argumento: José María Fernández, segundo obra de Edgar Allan Poe; Intérpretes: Ana Belén (Eleonora / Ligeia), Eusebio Poncela (Edgar), Mary Delgado (Tía Frances), etc. Duração: 64 min.

Título original: The Tell-Tale Heart
Realização: Steve Carver (EUA, 1971); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Steve Carver; Música: Elmer Bernstein; Fotografia (cor): Irv Goodnoff; Maquilhagem: Doug Kelly; Bob Stein; Intérpretes: Sam Jaffe (velho), Alex Cord (assassino), Ed Binns, Dennis Cross, Dan Desmond, etc.

Título original: Murders in the Rue Morgue ou Edgar Allan Poe's Murders in the Rue Morgue
Realização: Gordon Hessler  (EUA, 1971); Argumento: Christopher Wicking, Henry Slesar, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Samuel Z. Arkoff, Louis M. Heyward, James H. Nicholson, Clifford Parkes; Música:  Waldo de los Ríos; Fotografia (cor): Manuel Berenguer; Montagem: Max Benedict; Design de Produção: José Luis Galicia; Guarda-roupa: Tony Pueo; Maquilhagem: Francisco Ramón Ferrer, Carmen Martín, Carmen Sánchez, Jack H. Young; Direcção de produção: Luis Hernanz, Roberto Roberts; Assistentes de realização: Kuki López Rodero; Som: Wally Milner, Enrique Molinero, Anne Parsons; Companhias de produção: American International Pictures (AIP); Intérpretes: Jason Robards (Cesar Charron), Herbert Lom (Rene Marot), Christine Kaufmann (Madeleine Charron), Adolfo Celi (Inspector Vidocq), Maria Perschy (Genevre), Michael Dunn (Pierre Triboulet, Lilli Palmer (Mrs. Charron), Peter Arne, Rosalind Elliot, Marshall Jones, María Martín, Ruth Plattes, Rafael Hernández, Pamela McInnes, Sally Longley, Luis Rivera, Dean Selmier, Virginia Stach, Werner Umberg, Xan das Bolas, Brooke Adams, José Calvo, Víctor Israel, etc. Duração: 87 min | 98 min.

Título original: Hjertet, der sladrede (TV)
Realização: Jørgen Vestergaard (Dinamarca, 1971); Argumento: Jørgen Vestergaard, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Tell-Tale Heart"); Design de Produção: Per Tønnes Nielsen; Animação: Per Tønnes Nielsen; Companhias de produção: Danmarks Radio (DR); Intérpretes: Erik Mørk (voz); Duração: 25 min.

Título original: Legend of Horror
Realização: Enrique Carreras, Bill Davies (EUA,1972); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Tell Tale Heart"); Produção: Enrique Torres Tudela; Companhias de produção: General Film Corporation; Intérpretes: William Bates, Karin Field, Fawn Silver, Narciso Ibáñez Menta, Narciso Ibáñez Serrador, etc.

Título original: An Evening of Edgar Allan Poe
Realização: Kenneth Johnson (EUA, 1972); Argumento: Kenneth Johnson, David Welch, segundo obras de Edgar Allan Poe (“The Tell-Tale Heart”, “The Sphinx”, 2The Cask of Amontillado” e “The Pit and the Pendulum”); Produção: Samuel Z. Arkoff, Kenneth Johnson, Dan Kibbie, James H. Nicholson; Música: Les Baxter; Montagem: Jerry Greene; Direcção artística: Henry Lickel; Guarda-roupa: Mary Grant; Maquilhagem: Joe DiBella; Direcção de produção:  Tim Steele; Som: Norm Schwartz,  Bill Smay; Companhias de produção: American-International Television (AIP-TV); Intérpretes: Vincent Price (Narrador); Duração: 53 min.

Título original: One Minute Before Death ou Edgar Allan Poe's One Minute Before Midnight ou El Retrato Ovalado ou The Oval Portrait
Realização: Rogelio A. González (EUA, México, 1972); Argumento: Enrique Torres Tudela, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Oval Portrait"); Produção: Enrique Torres Tudela; Música: Les Baxter; Fotografia (cor): León Sánchez; Montagem: Sigfrido Garcia; Som: Larry Sutton; Intérpretes: Wanda Hendrix (Genevieve Howard), Barry Coe (Paul Howard), Gisele MacKenzie (Agatha), Maray Ayres, Ty Haller, Pia Shandel, D. Goldrick, Terence Kelly, Doris Buckinham, Leanna Heckey, Pamela Allen, Jack Ammon, Dax Logan, Ivor Harries, George Spracklin, Shanna Dickson, Allan Anderson, Barney O'Sullivan, etc. Duração: 68 min.

Título original: Il Tuo vizio è una stanza chiusa e solo io ne ho la chiave ou Excite Me ou Eye of the Black Cat ou Gently Before She Dies ou Your Vice Is a Closed Room and Only I Have the Key ou Your Vice Is a Locked Room and Only I Have the Key (DVD)
Realização: Sergio Martino  (Itália, 1972); Argumento: Adriano Bolzoni, Ernesto Gastaldi, Luciano Martino, Sauro Scavolini, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Black Cat"); Produção: Luciano Martino; Música: Bruno Nicolai; Fotografia (cor): Giancarlo Ferrando; Montagem: Attilio Vincioni; Design de Produção: Giorgio Bertolini; Guarda-roupa: Oscar Capponi; Maquilhagem: Iolanda Conti, Giulio Natalucci; Direcção de produção: Lamberto Palmieri, Furio Rocchi; Assistentes de realização: Vittorio Caronia; Som: Bruno Moreal, Roberto Moreal; Companhias de produção: Lea Film; Intérpretes: Edwige Fenech (Floriana), Anita Strindberg (Irina Rouvigny), Luigi Pistilli (Oliviero Rouvigny), Ivan Rassimov (Walter), Franco Nebbia (Inspector), Riccardo Salvino (Dario), Angela La Vorgna (Brenda), Enrica Bonaccorti, Daniela Giordano, Ermelinda De Felice, Marco Mariani, Nerina Montagnani, Carla Mancini, Bruno Boschetti, Dalila Di Lazzaro, etc. Duração: 96 min

Título original: The Sabbat of the Black Cat
Realização: Ralph Lawrence Marsden (Austrália, 1973); Argumento: Ralph Lawrence Mariden, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Black Cat"); Produção: Ralph Lawrence Marsden; Fotografia (cor): Ralph Lawrence Marsden; Companhias de produção: Ralph Lawrence Marsden; Intérpretes: Ralph Lawrence Marsden (Edward Alden), Barbara Brighton (Virginia Alden), Babylon, Tracey Tombs, David Bingham, Jim Fitch, etc. Duração: 80 min.

Título original: Le Double Assassinat de la Rue Morgue ou The Murders in the Rue Morgue (TV)
Realização: Jacques Nahum (França, 1973); Argumento: Jacques Nahum, Albert Simonin, segundo obra de Edgar Allan Poe; Fotografia (cor): Jean Limousin; Intérpretes: Georges Descrières (Le Dandy), Daniel Gélin (Dupin), Jean Danet, Philippe Ogouz, Nadine Alari, Catherine Rich, Jacques Duby, Henri Gilabert, Edmond Tamiz, Eva Damien, Evelyne Ker, Tony Rödel, Jean Lepage, César Torres, Paul Pavel, Jacques Faber, Jacques Marin, etc. Data de emissão: 2 de Junho de 1973 (França).

Título original: The Mansion of Madness ou Dr. Goudron's System ou Dr. Tarr's Pit of Horrors ou Dr. Tarr's Torture Dungeon ou Edgar Allan Poe: Dr. Tarr's Torture Dungeon ou House of Madness ou La Mansión de la Locura ou The System of Dr. Tarr and Professor Feather
Realização: Juan López Moctezuma (México, 1973); Argumento: Carlos Illescas, Juan López Moctezuma segundo obra de Edgar Allan Poe: Intérpretes: Claudio Brook (Dr. Maillard / Raoul Fragonard), Arthur Hansel (Gaston LeBlanc), Ellen Sherman (Eugénie), Martin LaSalle (Julien Couvier), David Silva, Mónica Serna, Max Kerlow, Susana Kamini, Pancho Córdova, Roberto Dumont, Henry West, Jorge Bekris, René Alís, Mario Castillón Bracho, Oscar Saro, etc. Duração: 99 min | EUA : 88 min.

Título original: Hilda Muramer (TV)
Realização: Jacques Trébouta (França, 1973); Argumento: Loys Masson, segundo obra de Edgar Allan Poe ("Metzengerstein"); Fotografia (cor): André Diot, Georges Leclerc; Decoração: Georges Wakhévitch; Guarda-roupa: Georges Wakhévitch; Intérpretes: Loumi Iacobesco (Helda Muramer), Jacques Weber (Frédérick von Glauda), Paul Crauchet (Wolfgang), Tony Taffin (Frédérick von glauda, velho); Dominique Toussaint, Hervé Jolly, etc. Duração: 65 min; Data de emissão: 12 de Setembro de 1973 (França).

Título original: The Spectre of Edgar Allan Poe
Realização: Mohy Quandour (EUA, 1974); Argumento: Denton Foxx, Kenneth Hartford; Intérpretes: Robert Walker Jr. (Edgar Allan Poe), Cesar Romero (Dr. Richard Grimaldi), Tom Drake (Dr. Adam Forrest), Carol Ohmart (Lisa Grimaldi), Mary Grover (Lenore), Mario Milano, Karen Hartford, Frank Packard, Marcia Mae Jones, Dennis Fimple, Paul Bryar, etc. Duração: 89 min

Título original: Satanás de todos los Horrores
Realização: Julián Soler (México, 1974); Argumento: Alfredo Ruanova, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Fall of The House of Usher"); Produção: Alfredo Ruanova; Música: Ernesto Cortázar Filho; Fotografia (cor): Xavier Cruz; Montagem: Raul J. Casso; Casting: Guillermo Díaz; Maquilhagem: Virgínia Campos, Antonio Ramírez; Direcção de produção: Daniel Bautista; Assistentes de realização: Fernando Durán Rojas; Som: Consuelo Jaramillo, Jorge Mayorga; Efeitos Especiais: Ricardo Sáinz; Companhias de produção: Estudios América; Intérpretes: Enrique Lizalde (Roberto Ortiz), Enrique Rocha (Eric Gerard), Carlos López Moctezuma (Manuel), Illya Shanell, Jesús Gómez, etc. Duração: 73 min.

Título original: El Trapero (TV)
Realização: Narciso Ibáñez Serrador (Argentina, 1974); Argumento: Narciso Ibáñez Serrador segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Rodolfo Vivas; Companhias de produção: Teleonce; Intérpretes: Narciso Ibáñez Menta (Edmond), Aída Luz (Berenice), Luis Medina Castro (Bernard), Beto Gianola, Noemí Laserre, Adolfo Linvel, etc.

Título original: série de TV "El Quinto Jinete" – episódio El gato negro (????)
Realização: José Antonio Páramo (??); Argumento: José Antonio Páramo segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Black Cat"); Produção: Fernando Moreno; Fotografia (cor): Rafael de Casenave; Montagem: José Luis Gil; Design de Produção: Rafael Borqué; Decoração: Fernando Sáenz; Guarda-roupa: Javier Artiñano; Maquilhagem: Gloria Castellanos, Fernando Martínez, Francisco Puyol; Assistentes de realização: Luis Ligero; Departamento de arte: Fernando Quejido; Juan Francisco Rodríguez; Intérpretes: José Vivó (Crane), Lola Gaos (Drusila), Ana del Arco (Vecina), etc. 

Título original: série de TV “Les Grands Détectives" (França, 1975)
Realização: Jean Herman (França, 1975); Argumento da série: Pierre Chevalier, Jacques Nahum, Michel Andrieu, François Chevallier, Peter Cheyney, Arthur Conan Doyle, Jean Ferry, Émile Gaboriau, Edgar Allan Poe, Stanislas-André Steeman; Música: Vladimir Cosma; Companhias de produção: Antenne-2, Bavaria-Filmkunst Verleih, Mars International Productions, Technisonor; Intérpretes: Roger Van Hool (L'inspecteur Wens), Laurent Terzieff (Auguste Dupin), Pierre Vernier (Santerre), Corinne Marchand, Claude Degliame, François Simon, Bernard Rousselet, etc. Duração: 52 min (6 Episódios).

Título original: Het Testament van Edgar Allan Poe: De onrust van het graf  (TV)
Realização: Emanuel Boeck (Bélgica, Holanda, 1975); Argumento: Emanuel Boeck, Hugo Heinen; Companhias de produção: Belgische Radio en Televisie (BRT); Intérpretes: Henk van Ulsen (Edgar Allan Poe), etc.

Título original: Testament van Edgar Allan Poe: De doem van het bloed (TV)
Realização: Emanuel Boeck (Bélgica, Holanda, 1975); Argumento: Emanuel Boeck, Hugo Heinen; Companhias de produção: Belgische Radio en Televisie (BRT); Intérpretes: Henk van Ulsen (Edgar Allan Poe), Marielle Fiolet, Caro Van Eyck, etc.

Título original: El Acomodador
Realização: Edgardo Rosso (Argentina, 1975); Argumento: Enrique Butti, Estela Figueroa, Edgardo Rosso, segundo obra de Edgar Allan Poe; Fotografia (cor): Esteban Courtalon; Montagem: Enrique Butti, Edgardo Rosso; Som: Enrique Butti, Edgardo Rosso; Intérpretes: Irma de Auquín, Martha Barros, Armonía Bugueiro, Raúl Cerda, Ana Cohen, Coco Di Paola, Alicia Dolinski, Alicia Figueroa, Estela Figueroa, Lechuga, Roberto Maurer, Chela Mengui, Oscar Meyer, Susana Paradot, Ramón Pati, Chiry Rodríguez, Juan Carlos Rodríguez, Estela Torti, Juan Vergel, Leticia Villamea, etc. Duração: 70 min.

Título original: La Noche de los Asesinos ou Night of the Assassins ou Night of the Skull oui Suspiri
Realização: Jesus Franco (Espanha, 1976); Argumento: Jesus Franco (com o pseudónimo James P. Johnson), segundo obras de Edgar Allan Poe ("The Cat and the Canary”) e Edgar Wallace; Produção: Arturo Marcos; Música: Carlo Savina; Fotografia (cor): Javier Pérez Zofio; Montagem: Antonio Gimeno; Companhias de produção: Copercines, Cooperativa Cinematográfica, Fénix Cooperativa Cinematográfica; Intérpretes: Alberto Dalbés (Major Oliver Brooks), Evelyne Scott (Lady Marta Tobias), William Berger (Barão Simon Tobias), Maribel Hidalgo (Lady Cecilia Marian), Lina Romay, Vicente Roca. Yelena Sacarina, Antonio Mayans, Ángel Menéndez, Luis Barboo, Swan Heinze, José María Palácios, P. Martínez, Eduardo Puceiro, Ricardo Vázquez, Jesus Franco, Dan van Husen, etc. Duração: 82 min.

Título original: série de TV “Centre Play" William Wilson
Realização: James Ormerod (Inglaterra, 1976); Argumento: Hugh Whitemore, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Louis Marks; Companhias de produção: British Broadcasting Corporation (BBC); Intérpretes: Norman Eshley (William Wilson), Stephen Murray (Dr. Bransby), Matthew Stones (William Wilson, jovem), Charles Spicer (William Wilson), Thomas Bulman, Peter Demin, Anthony Daniels, Robert Tayman, Nigel Bowden, Anthony Herrick, Ludmilla Nova, etc. Data de emissão: 19 de Dezembro de 1976 (Temporada 6, Episódio 1).

Título original: série de TV Centre Play" -  episódio The Imp of the Perverse
(Inglaterra, 1975); Argumento: Andrew Davies, segundo obra de Edgar Allan Poe; Companhias de produção: British Broadcasting Corporation (BBC); Intérprete: Michael Kitchen; Data de emissão: 20 de Dezembro de 1975 (Temporada 3, Episódio 3)

Título original: Valdemar, el Homonculus Dormido
Realização: Tomás Muñoz Torres (Espanha, 1977); Argumento: Tomás Muñoz Torres, segundo obra de Edgar Allan Poe; Fotografia (p/b): Carles Gusi; Montagem: José María Aragonês; Companhias de produção: Sebastián Dan Producciones Cinematográficas; Intérpretes: Carlos Bernabeu Sender, Juan Manuel García, Luis Pinto Rey, José Reig, Juan Reverte, José Siles, etc. Duração: 29 min

Título original: Das Verräterische Herz (TV)
Realização: Karl-Heinz Kramberg (RFA, 1979); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Intérpretes: Hans Clarin, Ferdy Mayne, etc. Duração: 60 min

Título original: série de TV I Racconti fantastici di Edgar Allan Poe
Realização: Daniele D'Anza (Itália, 1979); Argumento: Daniele D'Anza, Biagio Proietti, segundo obras de Edgar Allan Poe; Produção: Arturo La Pegna; Companhias de produção: CEP, Produzioni Cinematografiche C.E.P. S.r.l.; Intérpretes: Nino Castelnuovo (William Wilson), Silvia Dionisio (Morella), Dagmar Lassander (Ligeia), Maria Rosaria Omaggio, Philippe Leroy (Roderick Usher), Vittorio Mezzogiorno, Gastone Moschin, Umberto Orsini (Robert Usher), Janet Agren (Eleanor), Paola Gassman, Giorgio Biavati, Christina Businari, Sergio Doria, Margherita Guzzinati, Licinia Lentini, Giancarlo Maestri, Dario Mazzoli, Sergio Nicolai, Giuseppe Pertile, Victoria Zinny, etc. ; Duração: 240 min (4 Episódios); Data de emissão: 11 de Março de 1979 (Itália).

Título original: Die Schwarze Katze (TV)
Realização: Karl-Heinz Kramberg (RFA, 1980); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Intérpretes: Anita Mally, Rainer Rudolph, etc.; Duração: 60 min

Título original: série de TV ABC Weekend Specials" - episódio The Gold Bug
Realização: Robert Fuest (EUA, 1980); Argumento: Edward Pomerantz, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Don Bachrach, Linda Gottlieb; Música: Charles Gross; Fotografia (cor): Alex Thomson; Montagem: Dennis M. O'Connor; Casting: Isabel Halliburton; Design de Produção: Charles C. Bennett; Decoração: J. Edward Hudson; Guarda-roupa: Dorothy Weaver; Maquilhagem: Steve Atha; Assistentes de realização: Robert Barth, Walter Rearick; Departamento de arte: Harry Drennan, Denny Mooradian; Som: Al Nahmias, Nigel Noble; Companhias de produção: Learning Corporation of América; Intérpretes: Roberts Blossom (Mr. LeGrand), Geoffrey Holder (Jupiter), Anthony Michael Hall, Robert Moberly, Sudie Bond, Anne Haney, Alix Elias, Philip Bruns, etc. Duração: 45 min; Data de emissão:2 de Fevereiro de 1980 (Temporada 3, Episódio 7)

O NEVOEIRO
Título original: The Fog ou John Carpenter's The Fog 
Realização: John Carpenter (EUA; 1980); Argumento: John Carpenter  & Debra Hill; Música: John Carpenter; Fotografia (cor): Dean Cundey; Montagem: Charles Bornstein, Tommy Lee Wallace; Design de produção: Tommy Lee Wallace; Direcção artística: Craig Stearns; Guarda roupa: Stephen Loomis, Bill Whittens; Maquilhagem: Rob Bottin, Tina Cassady, Steve Johnson, Dante Palmiere, Edward Ternes, Erica Ulland; Direcção de produção: Don Behrns; Assistentes de realização: Larry J. Franco; Departamento de arte: Kathleen Hughes, Charles Moore, Randy Moore; Som: Craig Felburg, Ron Horwitz, Frank Serafine, William L. Stevenson, Elliot Tyson; Efeitos Especiais: Richard Albain; Produção: Barry Bernardi, Charles B. Bloch, Pegi Brotman, Debra Hill; Companhias de produção: AVCO Embassy Pictures; EDI; Intérpretes: Adrienne Barbeau (Stevie Wayne), Jamie Lee Curtis (Elizabeth Solley), Janet Leigh (Kathy Williams), John Houseman (Mr. Machen), Tom Atkins (Nick Castle), James Canning (Dick Baxter), Charles Cyphers (Dan O'Bannon), Nancy Kyes (Sandy Fadel), Ty Mitchell (Andy Wayne), Hal Holbrook (Padre Malone), John F. Goff, George 'Buck' Flower, Regina Waldon, Jim Haynie, Darrow Igus, John Vick, Jim Jacobus, Fred Franklyn, Ric Moreno, Lee Socks, Tommy Lee Wallace, Bill Taylor, Rob Bottin, Charles Nicklin, Darwin Joston, Laurie Arent, Lindsey Arent, Shari Jacoby, Christopher Cundey, John Strobel, John Carpenter (Bennett), etc. Duração: 89 minutos; Distribuição em Portugal: Filmes Castello Lopes; Edição vídeo: Costa do Castelo; Classificação: M/ 16 anos.

Título original: Histoires extraordinaires: La chute de la maison Usher ou The Fall of the House of Usher (TV)
Realização: Alexandre Astruc (França, 1981); Argumento: Pierre Pelegri, segundo obra de Edgar Allan Poe; Música: Georges Delerue; Design de Produção: Pierre Cadiou; Guarda-roupa: Jacques Fonteray; Intérpretes: Fanny Ardant (Madeline Usher), Mathieu Carrière (Sir Roderick Usher), Pierre Clémenti (Allan), Jacques Dacqmine, Fernand Guiot, Jean Rupert, Georges Lucas, Michel Tugot-Doris, France Anerfo, Joël Duigou, Raphaël Maykowski, etc.

Título original: Le Système du Docteur Goudron et du Professeur Plume (TV)
Realização: Claude Chabrol (França, 1981); Argumento: Paul Gégauff, segundo obra de Edgar Allan Poe; Música: Gérard Anfosso; Fotografia (cor): Jean Rabier; Montagem: Monique Fardoulis; Design de Produção: Hilton McConnico; Departamento de arte: Gérard Marcireau; Som: Pierre Lenoir; Intérpretes: Ginette Leclerc, Pierre Le Rumeur, Jean-François Garreaud, Coco Ducados, Vincent Gauthier, Sacha Briquet, Henri Attal, Noëlle Noblecourt, Pierre Risch, Arthur Denberg, Charles Charras, Jacques Galland, Michel Delahaye, Jean-François Dupas, Pierrette Dupoyet, Elisabeth Kaza, Christian Le Hémonet, etc. Duração: 55 min.

Título original: Zánik domu Usheru
Realização: Jan Svankmajer (Checoslováquia, 1981); Argumento: Jan Svankmajer, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Viktor Mayer; Música: Jan Klusák; Design de Produção: Jan Svankmajer; Animação: Bedrich Glaser, Jan Svankmajer; Intérpretes: Petr Cepek (Narrador); Duração: 15 min.

Título original: Ligeia (TV)
Realização: Maurice Ronet (França, 1981); Argumento: Napoléon Murat, Maurice Ronet, segundo obra de Edgar Allan Poe; Música: Gérard Anfosso; Design de Produção: Jean Thomen; Intérpretes: Josephine Chaplin (Lady Rowena Trevanion), Georges Claisse (Verden Fell), Arielle Dombasle, Arlette Balkis, Albert Michel, Hervé Le Boterf, etc.

Título original: Histoires extraordinaires: Le joueur d'échecs de Maelzel (TV)
Realização: Juan Luis Buñuel (França, 1981); Argumento: Juan Luis Buñuel, Hélène Peychayrand, segundo obra de Edgar Allan Poe; Música: Gérard Anfosso; Intérpretes: Jean-Claude Drouot (Maelzel), Diana Bracho (Éléonore), Martin LaSalle (Schlumberger), Julio Lucena (Don Lope), Santanón, Eduardo Alcaraz, Pablo Mandoki, Ely Menz, Alfonso Meza, Beatriz Sheridan, etc. Duração: 60 min; Data de emissão: 7 de Febereiro de 1981 (França).

Título original: Histoires extraordinaires: Le Scarabée d'Or (TV)
Realização: Maurice Ronet (Máxico, França, 1981); Argumento: Claudine Reinach, Maurice Ronet, segundo obra de Edgar Allan Poe; Música: Gérard Anfosso; Intérpretes: Vittorio Caprioli (M. Ulysse), Dominique Zardi (Edmond), Leopoldo Francés (Jupiter), Martin LaSalle (Legrand), Humberto Gurza, Miguel Gurza, etc. Duração: 60 min; Data de emissão: 21 de Fevereiro de 1981 (França).

Título original: Black Cat ou Gatto Nero
Realização: Lucio Fulci (Itália, 1981); Argumento: Lucio Fulci, Biagio Proietti, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Giulio Sbarigia; Música: Pino Donaggio; Fotografia (cor): Sergio Salvati; Montagem: Vincenzo Tomassi; Design de Produção: Franco Calabrese; Direcção artística: Massimo Antonello Geleng; Guarda-roupa: Massimo Lentini; Maquilhagem: Maria Pia Crapanzano, Franco Di Girolamo; Direcção de produção: Renato Angiolini, Antonio Da Padova, Ennio Onorati; Tommaso Pantano; Assistentes de realização: David Del Bufalo, Roberto Giandalia, Victor Tourjansky; Departamento de arte: Alfredo D'Angelo; Som: Fernando Caso, Ugo Celani, Alvaro Gramigna; Efeitos Especiais: Paolo Ricci; Guarda-roupa: Mina Tacconi; Companhias de produção: Italian International Film, Selenia Cinematográfica; Intérpretes: Patrick Magee (Professor Robert Miles), Mimsy Farmer (Jill Trevers), David Warbeck (Inspector Gorley), Al Cliver, Dagmar Lassander, Bruno Corazzari, Geoffrey Copleston, Daniela Doria, Lucio Fulci, etc. Duração: 92 min

Título original: Histoires Extraordinaires: La Lettre Volée (TV)
Realização: Ruy Guerra (França, 1981) Argumento: Ruy Guerra, Gérard Zingg, Viviane Zingg, segundo obra de Edgar Allan Poe; Companhias de produção: France 3 (FR 3); Intérpretes: Pierre Vaneck (Dupin), Michel Pilorgé (Duval), Henrique Viana (Director da polícia), Rui Mendes (Primeiro Ministro), Maria do Céu Guerra (Rainha), Agostinho Alves, Amílcar Botica, Johnny David, José Gomes (Rei), Pedro Pinheiro, etc. Duração: 60 min; Data de emissão: 4 de Abril de 1981 (França).

Título original: El Jugador de Ajedrez
Realização: Juan Luis Buñuel (México, 1981); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Poe; Fotografia (cor): Gabriel Figueroa; Intérpretes: Jean-Claude Drouot (Maelzel), Diana Bracho, Julio Lucena, Santanón, Martin LaSalle, Elpidia Carrillo, Beatriz Sheridan, Eduardo Alcaraz, Alfonso Meza, etc. Duração: 50 min.

Título original: El Trapero (TV)
Realização: Narciso Ibáñez Serrador (Espanha, 1982); Argumento: Narciso Ibáñez Serrador, segundo obra de Edgar Allan Poe; Música: Waldo de los Ríos; Companhias de produção: Televisión Española (TVE); Intérpretes: Narciso Ibáñez Menta (Edmond), Daniel Dicenta (Bernard), Amparo Baró (Berenice), Javier Loyola, Aurora Redondo, José Albert, Luisa Fernanda Gaona, etc. Duração: 74 min

Título original: Revenge in the House of Usher ou La Chute de la Maison Usher ou Los Crímenes de Usher ou El Hundimiento de la casa Usher ou Neurosis ou Nevrose ou Revolt of the House of Usher ou Zombie 5
Realização: Jesus Franco (Espanha, 1982); Argumento: Jesus Franco, segundo obra de Edgar Allan Poe; Argumento: Jesus Franco, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Fall of the House of Usher"); Produção: Jesus Franco, Daniel Lesoeur, Marius Lesoeur; Música: Jesus Franco, Daniel White; Fotografia (cor): Jesus Franco, Alain Hardy; Montagem: Laura árias; Companhias de produção: Elite Films; Intérpretes: Howard Vernon (Roderic Usher), Antonio Mayans (Alan Harker), Lina Romay (Helen), Fata Morgana, Ana Galán, Antonio Marín, Daniel White, José Llamas, Françoise Blanchard, Analía Ivars, Olivier Mathot, Valerie Russel, Jean Tolzac, etc. Duração: 93 min

Título original: AzElitélt  (TV)
Realização: Attila Apró (Hungria, 1982); Argumento: Edgar Allan Põe ("The Fall of the House of Usher"); Produção: György Lakatos; Música: Tamás Deák; Fotografia (cor): Iván Márk; Montagem: Anikó Almási; Design de Produção: Lajos Jánosa; Guarda-roupa: Barna Tóth; Companhias de produção: Music Television (MTV); Intérpretes: György Emõd, István Rozsos, etc. Duração: 36 min; Data de emissão: 18 de Janeiro de 1982 (Hungria).

Título original:The Fall of the House of Usher (TV)
Realização: James L. Conway (EUA, Checoslováquia, 1982); Argumento: Stephen Lord, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: James L. Conway, Charles E. Sellier Jr. ; Música: Bob Summers; Fotografia (cor): Paul Hipp; Montagem: Trevor Jolly; Direcção artística: Paul Staheli; Direcção de produção: James Bryan; Departamento de arte: Douglas Vandegrift; Som: Dale Angell, Jonathon 'Earl' Stein, Douglas Vaughan; Guarda-roupa: Laurie Young; Companhias de produção: Krátký Film Praha, Sunn Classic Pictures; Intérpretes: Martin Landau (Roderick Usher), Charlene Tilton (Jennifer Cresswell), Ray Walston (Thaddeus), Robert Hays, Dimitra Arliss, Peggy Stewart, Michael Ruud, H.E.D. Redford, etc. Duração: 101 min

Título original: En Busca del Dragón Dorado
Realização: Jesus Franco (Espanha, 1983); Argumento: Jesus Franco, segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Golden Beetle"); Música: Jesus Franco; Fotografia (cor): Juan Soler; Montagem: Jesus Franco; Direcção de produção: Antonio Mayans; Assistentes de realização: Lina Romay; Companhias de produção: Golden Films Internacional S.A.; Intérpretes: Jesus Franco, Flavia Hervás, Ivana Mayans, Rosa Maria Minumer, Luis Rodríguez, César Antonio Serrano, Trino Trives, etc. Duração: 83 min

Título original: Kyvadlo, Jáma a Nadeje
Realização: Jan Svankmajer (Checoslováquia, 1983); Argumento: Jan Svankmajer, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Pit and the Pendulum" ); Produção: Klára Stoklasová; Fotografia (cor): Miloslav Spála; Montagem: Helena Lebdusková; Design de Produção: Jan Svankmajer, Eva Svankmajerová; Som: Ivo Spalj; Animação: Bedrich Glaser; Companhias de produção: Krátký Film Praha; Intérpretes: Jan Zácek; Duração: 15 min

Título original: Berenice
Realização: Juan Manuel Chumilla (Espanha, 1985); Argumento: Juan Manuel Chumilla, Edi Liccioli, segundo obra de Edgar Allan Põe; Fotografia (cor): Fabio Zamarion; Montagem: Michael Esser, Annalisa Forgione, Diego Tapia Figueroa; Design de Produção: Giacomo Caló Carducci, Michele Della Cioppa; Guarda-roupa: Luigi Bonanno, Marina Roberti; Direcção de produção: Agnese Fontana; Assistentes de realização: Ezio Tarantino; Som: Davide Castrati; Intérpretes: Luigi Di Gianni (Professor), Alberto Di Stasio (Matteo), Francesca Giordani (Berenice), etc. Duração: 17 min

Título original: Der Wilde Rabe ou The Wild Raven
Realização: Peter Sempel (RFA, 1985); Argumento: Peter Sempel, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Peter Sempel; Música: Einstürzende Neubauten, Mona Mur; Fotografia (cor): Peter Sempel; Companhias de produção: Blitze im Eierbecher; Intérpretes: Jochen Abegg, Marion Buchmann, Hellena Stemm, Gitta Luckau, Yves Musard, etc. Duração: 90 min

Título original: El Hombre de la Multitud
Realização: Juan Manuel Chumilla (Espanha, 1986); Argumento: Juan Manuel Chumilla, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Juan Manuel Chumilla; Fotografia (cor): Arnaldo Catinari; Montagem: Annalisa Forgione; Design de Produção: Marta Maffucci; Guarda-roupa: Marina Roberti; Direcção de produção: Gianluca Arcopinto;  Assistentes de realização: Leopoldo Santovicenzo; Intérpretes: Cesare Apolito (Vagabundo), Juan Manuel Chumilla (Jovem), Pino Locchi (Narrador), etc.; Duração: 17 min

Título original: The Tell-Tale Heart
Realização: Joseph Marzano (EUA, 1986); Argumento: Joseph Marzano, segundo obra de Edgar Allan Põe; Fotografia (cor): Nathan Schiff; Assistentes de realização: Joseph Cacace, Joseph F. Parda; Companhias de produção: JM Pictures; Intérpretes: Joseph Marzano, Joseph F. Parda, Joseph Cacace, Nathan Schiff

O REI DAS ROSAS
Título original: Der Rosenkönig ou Le Roi des Roses ou The Rose King
Realização: Werner Schroeter (RFA, França, Portugal, 1986); Argumento: Magdalena Montezuma, Werner Schroeter, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Raven"); Produção: Paulo Branco, Udo Heiland; Fotografia (cor): Elfi Mikesch, Wolfgang Pilgrim; Montagem: Juliane Lorenz; Design de Produção: Caritas de Witt; Decoração: Isabel Branco, Rita Azevedo Gomes; Assistentes de realização: João Canijo, Corita de Witt, Pedro M. Ruivo, Rainer Will; Som: Vasco Pimentel, Joaquim Pinto; Companhias de produção: Udo Heiland Filmproduktion, Les Films du Passage, Road Movies Filmproduktion, Thomas Harlan, Filmverlag der Autoren, Rotterdam Film Festival, António Vaz da Silva, Futra Film, Gémini Films, Metro Filmes, Werner Schroeter Filmproduktion; Intérpretes: Magdalena Montezuma (Anna, a mãe), Mostefa Djadjam (Albert), Antonio Orlando (Fernando), Karina Fallenstein, etc. Duração: 110 min; 

OS CRIMES DA RUA MORGUE
Título original : The Murders in the Rue Morgue ou Le Tueur de la Rue Morgue (TV)
Realização: Jeannot Szwarc (EUA, França, 1986); Argumento: David Epstein, segundo obra de Edgar Allan Poe (“The Murders in the Rue Morgue”); Produção: David Epstein, Robert Halmi Jr., Edward J. Pope, David L. Watters; Música: Charles Gross; Fotografia (cor): Bruno de Keyzer; Montagem: Eric Albertson; Direcção artística: André Guérin; Decoração: Nady Chauviret; Guarda-roupa: Christiane Coste; Maquilhagem: Del Acevedo, Patrick Archambault, Stuart Artingstall, Eric Muller; Direcção de produção: Jean-Pierre Spiri-Mercanton, Daniel Szuster; Assistentes de realização: Francis De Gueltz, Dominique Talmon; Departamento de arte: Yves Seigneuret ; Som: Daniel Brisseau, Jack Cooley, Jess Soraci; Efeitos Especiais: Lyle Conway; Efeitos visuais: Moses Weitzman; Guarda-roupa: Michèle Richer; Companhias de produção: International Film Productions S.A., Robert Halmi; Intérpretes: George C. Scott (Auguste Dupin), Rebecca De Mornay (Claire Dupin), Ian McShane (Prefect of Police), Neil Dickson (Adolphe Le Bon), Val Kilmer (Phillipe Huron), Maud Rayer (Melle L'Espanaye), Maxence Mailfort, Fernand Guiot, Patrick Floersheim, Roger Lumont, Erick Desmarestz, Yvette Petit, Serge Ridoux, Mak Wilson, Sebastian Roché, etc. Duração: 100 min | 92 min (TV); Data de emissão: 7 de Dezembro de 1986 (EUA). Distribuição em Portugal (DVD): Filmes UNimundos, SA; Classificação etária: M/ 12 anos.

Título original: The House of Usher ou The Fall of the House of Usher
Realização: Alan Birkinshaw (EUA, 1988); Argumento: Michael J. Murray, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Avi Lerner, John Stodel, Harry Alan Towers; Música: Gary Chang, George S. Clinton; Fotografia (cor): Yossi Wein; Montagem: Michael J. Duthie; Design de Produção: Leonardo Coen Cagli; Guarda-roupa: Dianna Cilliers; Maquilhagem: Scott Wheeler; Som: Jerry Jacobson; Efeitos Especiais: Greg Pitts; Companhias de produção: Breton Film Productions; Intérpretes: Oliver Reed (Roderick Usher), Donald Pleasence (Walter Usher), Romy Windsor (Molly McNulty), Rufus Swart (Ryan Usher), Norman Coombes, Anne Stradi, Philip Godawa, Lenorah Ince, Jonathan Fairbirn, Carole Farquhar, etc. Duração: 92 min

Título original: Il Gatto Nero ou Demons 6 ou Demons 6: De Profundis ou Edgar Allen Poe's The Black Cat ou The Black Cat
Realização: Luigi Cozzi (Itália, 1989); Argumento: Luigi Cozzi, Daria Nicolodi, segundo obras de Edgar Allan Põe ("The Black Cat") e de Thomas De Quincey ("Suspiria de Profundis"); Produção: Lucio Lucidi; Música: Vince Tempera; Fotografia (cor): Pasquale Rachini; Montagem: Piero Bozza; Direcção artística: Marina Pinzuti Anzolini; Guarda-roupa: Donatella Cazzola; Maquilhagem: Franco Casagni, Franco Casagni, Piero Cucchi, Rosario Prestopino; Direcção de produção: Piero Amati, Lillo Capoano, Giovanni Mongini; Assistentes de realização: Fabio Di Biagio, Stefano Oddi; Departamento de arte: Osvaldo Monaco; Som: Benito Alchimede, Fulgenzio Ceccon; Efeitos Especiais: Antonio Corridori; Efeitos visuais: Armando Valcauda; Guarda-roupa: Silvana Cocuccione; Companhias de produção: 21st Century Film Corporation, World Picture; Intérpretes: Florence Guérin (Anne Ravenna), Urbano Barberini (Marc Ravenna), Caroline Munro (Nora McJudge), Brett Halsey (Leonard Levin), Luisa Maneri (Sara), Karina Huff, Alessandra Acciai, Giada Cozzi, Michele Marsina, Jasmine Maimone, Maurizio Fardo, Michele Soavi,etc. Duração: 89 min.

Título original: Masque of the Red Death ou Edgar Allan Poe's Masque of the Red Death
Realização: Larry Brand (EUA, 1989); Argumento: Daryl Haney, Larry Brand, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Roger Corman, Sally Mattison, Adam Moos; Música: Mark Governor; Fotografia (cor): Edward J. Pei; Montagem: Stephen Mark; Casting: Al Guarino; Design de Produção: Stephen Greenberg; Guarda-roupa: Sanja Milkovic Hays; Maquilhagem: Dean Jones, Robin Slater; Assistentes de realização: Jeffrey Delman; Departamento de arte: Alexandra Buresch, Mark Richardson, Richard K. Wright; Som: Bill V. Robbins, Cathie Speakman; Efeitos visuais: Pony R. Horton; Guarda-roupa: Greg Hildreth; Companhias de produção: Concorde Pictures; Intérpretes: Patrick Macnee (Machiavel), Adrian Paul (Prospero), Clare Hoak (Julietta), Jeff Osterhage (Claudio), Tracy Reiner (Lucrecia), Kelly Ann Sabatasso (Ornelia), Maria Ford (Isabella), Paul Michael, Michael Leopard, Daryl Haney, Gregory P. Alcus, Richard Keats, Marcelo Tubert, Charles Zucker, Patrick McCord, George Derby, Nicholas Rapattoni, Mel M. Metcalfe III, Dean Jones, Gil Christner, Michael Vlastas, Victoria Sloan, Bill Dunnam, Jan Bina, etc. Duração: 85 min

Título original: Due occhi diabolici ou Two Evil Eyes
Realização: Dario Argento (Episódio "The Black Cat"), George A. Romero (Episódio "The Facts in the Case of Mr. Valdemar") (Itália, EUA, 1990); Argumento: Dario Argento, Franco Ferrini, Peter Koper, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Black Cat"), George A. Romero, segundo obra de Edgar Allan Põe ( "The Facts in the Case of Mr. Valdemar"); Produção: Claudio Argento, Dario Argento, Achille Manzotti; Música: Pino Donaggio; Fotografia (cor): Peter Reniers; Montagem: Pasquale Buba; Design de Produção: Cletus Anderson; Decoração: Diana Stoughton; Guarda-roupa: Barbara Anderson; Maquilhagem: Everett Burrell, Will Huff, Jeannee Josefczyk, Tom Savini, John Vulich; Direcção de produção: Carol Cuddy, Fabrizio Diaz, Fernando Franchi, Andrea Tinnirello; Assistentes de realização: Luigi Cozzi, Fred 'Fredo' Donatelli, Nicholas Mastandrea, Maria L. Melograne, Nicola Pecorini; Departamento de arte: Eloise Albrecht, Francine Byrne, Gary Kosko; Som: Luciano Anzellotti, Massimo Anzellotti; Efeitos Especiais: J.C. Brotherhood, Tom Savini; Guarda-roupa: Kathy Borland, Nancy Palmentier; Companhias de produção: ADC Films, Gruppo Bema; Intérpretes: Adrienne Barbeau (Jessica Valdemar), Ramy Zada (Dr. Robert Hoffman), Bingo O'Malley (Ernest Valdemar), Jeff Howell (polícia), E.G. Marshall (Steven Pike), Chuck Aber, Jonathan Adams, Tom Atkins, Mitchell Baseman (episódio "The Facts in the Case of Mr. Valdemar"); Harvey Keitel (Roderick Usher), Madeleine Potter (Annabel), John Amos (Det. Legrand), Sally Kirkland (Eleonora), Kim Hunter (Mrs. Pym), Holter Graham (Christian), Martin Balsam (Mr. Pym), Julie Benz, Barbara Bryne, Lanene Charters (episódio "The Black Cat") e ainda Mario Caputo, Bill Dalzell, Anthony Dileo Jr., Christine Forrest, J.R. Hall, Scott House, James MacDonald, Charles McPherson, Larry John Meyers, Jeff Monahan, Fred Moore, Christina Romero, Peggy McIntaggart, Ben Tatar, Lou Valenzi,  Jeffrey Wild, Ted Worsley, Jonathan Sachar, Tom Savini, etc. Duração: 120 min

Título original: "Alien Nation" – episódio Gimme, Gimme (TV)
Realização: David Carson (EUA, 1990); Argumento: Rockne S. O'Bannon, Diane Frolov, Kenneth Johnson, Andrew Schneider; Produção: Tom Chehak, Diane Frolov, Kenneth Johnson, Andrew Schneider, Art Seidel; Música: Kenneth Johnson, David Kurtz; Fotografia (cor): Roland 'Ozzie' Smith; Montagem: Alan C. Marks; Casting: Irene Cagen; Design de produção: Ira Diamond; Decoração: Sam Gross; Guarda-roupa: Brienne Glyttov; Maquilhagem: Michèle Burke, William Howard; Direcção de Produção: John Liberti; Assistentes de realização: Alice Blanchard, Ken Stringer; Departamento de arte: Craig Binkley;  Som: Charles Bruce, Claude Riggins; Efeitos especiais: Burt Dalton, Rick Stratton; Intérpretes: Gary Graham (Detective Matthew Sikes), Eric Pierpoint (Detective George Francisco), Michele Scarabelli (Susan Francisco), Sean Six (Buck Francisco), Terri Treas, Jeff Marcus, Ron Fassler, Kim Braden, Joseph Cali, Alan Fudge, Jenny Gago, Beverly Leech (Rita Allan Poe), Bob Minor, Charles Howerton, Lance E. Nichols, Michele Lamar Richards, David Selburg (Edgar Allan Poe), Armin Shimerman, Michael Zand, etc.

Título original: The Haunting of Morella
Realização: Jim Wynorski (EUA, 1990); Argumento: R.J. Robertson, Jim Wynorski, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Alida Camp, Roger Corman, Rodman Flender, Sally Mattison; Música: Chuck Cirino, Fredric Ensign Teetsel; Fotografia (cor): Zoran Hochstätter; Montagem: Diane Fingado; Casting: Kevin Reidy; Design de Produção: Gary Randall; Maquilhagem: Dean Jones; Direcção de produção: Jonathan Winfrey; Departamento de arte: Richard K. Wright; Som: Bill V. Robbins; Companhias de produção: Concorde-New Horizons; Intérpretes: David McCallum (Gideon), Nicole Eggert (Morella / Lenora), Christopher Halsted (Guy), Lana Clarkson (Coel), Maria Ford, Jonathan Farwell, John O'Leary, Brewster Gould, Gail Harris, Clement von Franckenstein, R.J. Robertson, Deborah Dutch, Sandra Knight, etc. Duração: 82 min.

Título original: Buried Alive ou Edgar Allan Poe's Buried
Realização: Gérard Kikoïne (EUA, África do Sul, 1990); Argumento: Jake Chesi, Stuart Lee, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Avi Lerner, John Stodel, Harry Alan Towers; Música: Frédéric Talgorn; Fotografia (cor): Gérard Loubeau; Montagem: Gilbert Kikoïne; Casting: Jane Warren; Design de Produção: Leonardo Coen Cagli; Maquilhagem: William Butler, Cleone Johnson, Dave Murat, Scott Wheeler; Direcção de produção: K.C. Jones, Danny Lerner; Assistentes de realização: Dominique Combe, Mark Gilbert, Melody Wernick; Departamento de arte: Lisa Hart, Henrietta Potgieter, Leith Ridley; Som: John Murray, Stewart Nelson, Marva Zand; Efeitos Especiais: Tony de Groot, Maxine Lourens, Greg Pitts; Guarda-roupa: Ruy Filipe; Companhias de produção: Breton Film Productions; Intérpretes: Robert Vaughn (Gary), Donald Pleasence (Dr. Schaeffer), Karen Witter (Janet), John Carradine (Jacob), Ginger Lynn Allen, Nia Long, William Butler, Janine Denison, Arnold Vosloo, Ashley Hayden, Stefa Popic, Hayley Dorskey, Roslynn Farrell, Dee Dee Eybers, Isabel Kastrikis,  Sharlene Benn, etc.  Duração: 87 min.

Título original: série de TV - "The Simpsons" – episódio “Treehouse of Horror”
Realização: David Silverman (episódio "The Raven") (EUA, 1990); Argumento: Sam Simon (episódio The Raven), segundo obra de Edgar Allan Poe ("The Raven"); Produção: Larina Adamson, James L. Brooks, Gabor Csupo, Matt Groening, Sherry Gunther, Al Jean, Jay Kogen, J. Michael Mendel, George Meyer, Mike Reiss, Richard Sakai, Sam Simon, Wallace Wolodarsky; Música: Alf Clausen; Montagem: Don Barrozo, Brian K. Roberts; Casting: Bonita Pietila; Direcção de produção: Joseph A. Boucher, Maria Elena Rodriguez, Michael Stanislavsky, Pamela Kleibrink Thompson, Ken Tsumura; Departamento de arte: Jeffrey Lynch, David Silverman (episódio "The Raven"); Som: Brad Brock, Travis Powers, Brian K. Roberts; Departamento de arte: Jeff 'Swampy' Marsh, Chris Reccardi, Lance Wilder; Som: John Rotondi, Wade Wilson; Efeitos visuais: Simon de Jong, Adam Howard, Andy Jolliff, Steven J. Scott; Animação: Lolee Áries, Julie Forte, Nollan Obena, William Powloski, Gary Yap; Companhias de produção: 20th Century Fox Television, Gracie Films; Intérpretes: Dan Castellaneta (Homer Simpson), Julie Kavner (Marge Simpson), Nancy Cartwright (Bart Simpson), Yeardley Smith (Lisa Simpson), Harry Shearer, James Earl Jones, etc. Duração: 30 min; Data de emissão: 25 de Outubro de 1990 (Temporada 2, Episódio 3).

Título original: The Tell-Tale Heart (TV)
Realização: John Carlaw (Inglaterra, 1991); Argumento: Steven Berkoff, segundo obra de Edgar Allan Põe; Intérpretes: Steven Berkoff (homem), Peter Brennan (magistrado), Neil Caplan (medico), etc. Duração: 30 min.

Título original: The Tell-Tale Heart
Realização: Scott Mansfield (EUA, 1991); Argumento: Scott Mansfield, segundo obra de Edgar Allan Põe; Companhias de produção: Monterey Media; Intérpretes: Robert E. Reynolds, Michael Sollazzo; Duração: 25 min.

Título original: The Pit and the Pendulum ou The Inquisitor
Realização: Stuart Gordon (EUA, 1991); Argumento: Dennis Paoli, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Albert Band, Charles Band; Música: Richard Band; Fotografia (cor): Adolfo Bartoli; Montagem: Andy Horvitch; Casting: Perry Bullington, Robert MacDonald; Design de Produção: Giovanni Natalucci; Direcção artística: Giovanni Natalucci; Decoração: Maurizio Garrone; Guarda-roupa: Michaela Gisotti; Maquilhagem: Roland Blancaflor, Adriana Sforza, Pietro Tenoglio; Direcção de produção: Angelo D'Antoni, Remo Lombardo, Gretchen G. Wieland; Assistentes de realização: David Ambrosi, Carlos Hansen; Departamento de arte: David Zen Mansley, David Russell; Som: John Brasher, Adriane Marfiak, Giuseppe Muratori; Efeitos Especiais: Giovanni Corridori; Companhias de produção: Empire Picturesm, Full Moon Entertainment; Intérpretes: Lance Henriksen (Torquemada), Stephen Lee (Gomez), William J. Norris (Dr. Huesos), Mark Margolis (Mendoza), Carolyn Purdy-Gordon, Barbara Bocci, Benito Stefanelli, Jeffrey Combs, Oliver Reed, Tom Towles, Rona De Ricci, Jonathan Fuller, Geoffrey Copleston, Larry Dolgin, Tunny Piras, Fabio Carfora, etc. Duração: 97 min

Título original: Haunting Fear
Realização: Fred Olen Ray (EUA, 1991); Argumento: Fred Olen Ray, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Diana Jaffe, Fred Olen Ray; Música: Chuck Cirino; Fotografia (cor): Gary Graver; Montagem: Christopher Roth; Guarda-roupa: Jill Conners; Assistentes de realização: John T. Melick, Joe Zimmerman; Efeitos visuais: Bret Mixon; Companhias de produção: American Independent Productions; Intérpretes: Brinke Stevens (Victoria Munroe), Jan-Michael Vincent (Detective James Trent), Jay Richardson (Terry Munroe), Delia Sheppard (Lisa), Karen Black (Dr. Julia Harcourt), Robert Clarke (Dr. Carlton), Robert Quarry (Visconti), Michael Berryman, Hoke Howell, Greta Carlson, Mark Thomas McGee, Jeff Yesko, etc. Duração: 88 min

Título original: La Chute de la Maison Usher
Realização: Marc Julian Ghens (Bélgica, 1992); Argumento: Marc Julian Ghens, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Arnaud Demuynck; Música: Guy Drieghe; Montagem: Henri Erismann; Assistentes de realização: Bert Beyens; Som: Françoise Hivelin, Michel Mondo ; Companhias de produção: Lux Fugit Film; Intérpretes: Carine François, Isabelle Hubert, Claudine Laroche, etc. Duração: 29 min.

Título original: Fool's Fire (TV)
Realização: Julie Taymor (EUA, 1992); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Kerry Orent, Julie Taymor; Música: Elliot Goldenthal; Fotografia (cor): Bobby Bukowski; Montagem: Alan Miller; Casting: Judy Dennis; Design de Produção: G.W. Mercier; Guarda-roupa: Julie Taymor; Assistentes de realização: Steve Apicella; Som: Laurel Bridges; Efeitos Especiais: Mark O. Forker, Neil Smith; Efeitos visuais: Mark O. Forker, Neil Smith; Intérpretes: Michael J. Anderson (Hopfrog), Mireille Mossé, Tom Hewitt, Paul Kandel, Reg E. Cathey, Kelly Walters, Thomas Derrah, Patrick Breen, Glenn Santiago, Patrick O'Connell, Robert Dorfman, Joan MacIntosh, Cynthia Darlow, Pippa Pearthree, Betsy Aidem, Harriet Sansom Harris, Norma Pratt, Christopher Medina, Andrew Asnes, Kathleen Kane, etc.

Título original: Tale of a Vampire
Realização: Shimako Sato (Inglaterra, 1992); Argumento: Shimako Sato, Jane Corbett, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Simon Johnson, Stephen Margolis, Noriko Shishikura; Música: Julian Joseph; Fotografia (cor): Zubin Mistry; Design de Produção: Alice Normington; Direcção artística: Tom Burton; Som: Ronald Bailey, Jaime Estrada Torres, Andy Kennedy; Efeitos Especiais: David H. Watkins; Intérpretes: Julian Sands (Alex), Suzanna Hamilton (Anne / Virginia), Kenneth Cranham (Edgar), Marion Diamond, Michael Kenton, Catherine Blake, Mark Kempner, Nik Myers, Ken Pritchard, Ian Rollison, David King, Adrianne Alexander, etc. Duração: 93 min

Título original: The Mummy Lives
Realização: Gerry O'Hara (EUA, 1993); Argumento: Nelson Gidding, segundo obra de Edgar Allan Põe ("Some Words with A Mummy"); Produção: Harry Alan Towers, Yoram Globus, Anita Hope, Christopher Pearce; Música: Dov Seltzer; Fotografia (cor): Avi Koren; Montagem: Danny Shick; Design de Produção: Kuli Sander; Direcção artística: Yoram Shayer; Guarda-roupa: Laura Dinolesko; Maquilhagem: Scott Wheeler; Assistentes de realização: Adi Arbel, Michal Engel; Departamento de arte: Ze'ev Aloni, Ornit Shanit; Som: Yann Delpuech, Shabtai Sarig; Companhias de produção: Global Pictures; Intérpretes: Tony Curtis (Aziru / Dr. Mohassid), Leslie Hardy (Sandra Barnes / Kia), Greg Wrangler (Dr. Carey Williams), Jack Cohen (Lord Maxton), Mohammed Bakri, Mosko Alkalai, Moshe Ivgy, Joseph Shiloach, Uri Gavriel, Yigal Naor, Eli Danker, Yossi Graber, Charlie Buzaglo, Rafi Weinstock, etc. Duração: 97 min

Título original: Drug-Taking and the Arts
Realização: Storm Thorgerson (Inglaterra, 1994); Argumento: David Galo, segundo obra de Edgar Allan Põe (cartas), Charles Baudelaire (On Wine and Hashish), Paul Bowles (“Let It Come Down"), Elizabeth Barrett Browning ("Aurora Leigh"), William S. Burroughs ("The Naked Lunch"), Jean Cocteau (“Opium”), Samuel Taylor Coleridge ("Kubla Khan" e "The Rime of the Ancient Mariner"), Thomas De Quincey   (“Confessions of an English Opium Eater”), Philip K. Dick ("A Scanner Darkly"), Théophile Gautier   book "The Hashish Club"), Allen Ginsberg   poem "Laughing Gas"), Robert Graves   letter Between Moon and Moon), Aldous Huxley   book "Moksha"), Anna Kavan   novel "Ice"), Jack Kerouac   novel "On The Road"), Ken Kesey (notas), Jay McInerney ("Bright Lights, Big City"), Gérard de Nerval   book "Voyage to the Orient"), Anaïs Nin (Diário), Arthur Rimbaud   letters “Letters of the Visionary”); Produção: Jon Blair; Música: David Gilmour; Documentário. Intérpretes: Bernard Hill (apresentador), Phil Daniels (Thomas De Quincey), Jon Finch (Gérard de Nerval), Danny Webb (Jean Cocteau), Brian Aldiss, J.G. Ballard, Virginia Berridge, Paul Bowles, Todd Boyco, Robin Buss, Carolyn Cassady, Ann Charters, E.M.R. Critchley, Margaret Crosland, Tony Dickenson, Annette Dolphin, David Gascoyne, Allen Ginsberg, Ronald Hayman, John Hemmings, Bernard Howells, Francis Huxley, Laura Archera Huxley, Oscar Janiger, Marek Kohn, Malcolm Lader, Timothy Leary, Grevel Lindop, George Melly, Eric Mottram, Paul O'Prey, Diana Quick, Peggy Reynolds, John Richardson, Avital Ronell, June Rose, Hubert Selby Jr., John Sessions, Harry Shapiro, Jay Stevens, Robert Stone, Lawrence Sutin, Ian Walker, etc.

Título original: "Biography" - Edgar Allan Poe: The Mystery of Edgar Allan Poe
Argumento:  Agnes Nixon (EUA, 1994); Intérpretes: Paul Clemens, Norman George (Edgar Allan Poe)

Título original: Série de TV "Tales of Mystery and Imagination"
Realização: James Ryan, Bill Hays, Dejan Sorak, Rod Stewart, Neil Hetherington, Hugh Whysall (1995); Argumento: Hugh Whysall, segundo obras de Edgar Allan Poe (The Fall of the House of Usher, The Oval Portrait, Berenice, The Black Cat, Ligeia, The cask of Amontilado, Mr. Valdemar, The Tell-Tale Heart, Morella, The Pit and the Pendulum e The Masque of the Red Death); Produção: Carrie Dempsey, Terry Dempsey, Neil Hetherington, Zdravko Mihalic; Assistentes de realização: Anthony Himbs; Companhia de produção: BFS; Intérpretes: Jeremy Crutchley, Graham Hopkins, Kruno Simon, Christopher Lee (Apresentador), etc.  Duração: 330 min.

Título original: The Dark Eye
Realização: Russel Lees (Canadá, Japão, EUA, 1995); Argumento: Russel Lees, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Michael Nash; Música: Thomas Dolby; Fotografia (cor): Jim Aupperle; Guarda-roupa: Ariel Jones; Efeitos visuais: Don Waller; Animação: Joel Fletcher; Intérpretes: William S. Burroughs, Jack Angel, Ryan Cutrona, Roberta Farkas, Jennifer Hale, Jessica Hecht, Tom Kane, Robert Machray, David Purdham, etc.

Título original: série de TV "American Masters" – episódio “Edgar Allan Poe: Terror of the Soul”
Realização: Joyce Chopra, Karen Thomas (EUA, 1995); Argumento: Joyce Chopra, Kenneth Silverman, Daniel Blake Smith, Karen Thomas, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Karen Thomas, Elizabeth Keyishian, Susan Lacy, Robert J. Sloane, Cindy E. Vaughn; Música: Peter Rodgers Melnick; Fotografia (cor): James Glennon; Montagem: Joseph Gutowski, Mark Muheim, Mark Mulheim; Design de Produção: David Wasco; Direcção artística: Bernardo F. Munoz; Decoração: Sandy Reynolds-Wasco; Guarda-roupa: Hilary Wright; Maquilhagem: Felicity Bowring, Karl Wessen; Assistentes de realização: Robert Leveen, Timothy Marx; Departamento de arte: Emily Ferry; Som: David Kirschner; Efeitos Especiais: Paul Staples; Companhias de produção: Film Odyssey Inc., WNET Channel 13 New York; Intérpretes: Eric Christmas (velho), Sky Rumph (Edgar, jovem), Michelle Joyner (Eliza Poe), Pam Van Sant (Kind Lady), Devyn Puett (Virginia Poe), Marianne Muellerleile, Robert Dowdell, Val Bettin, Rene Auberjonois (Fortunata, episódio "The Cask of Amontillado"), Ruby Dee (Narrador), Philip Glass, John Heard (Montresor, episódio "The Cask of Amontillado"), Alfred Kazin, Anthony Maggio (Edgar Allan Poe), Patrick Quinn, etc. Duração: 60 min: Data de emissão: 22 de Março de 1995.

Título original: The Black Cat
Realização: Rob Green (Inglaterra, 1995); Argumento: Rob Green, Clive Perrott, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Rob Green, Clive Perrott; Música: Russell Currie; Fotografia (cor): Simon Margetts; Montagem: Tina Hetherington; Design de Produção: Tricia Stephenson; Direcção artística: Richard Campling; Maquilhagem: Patti Harrison; Direcção de produção: Sarah Lane; Som: Michael A. Cárter, Les Derby, Nick Pocock; Efeitos visuais: Clive Dawson; Animação: Clive Dawson; Companhias de produção: Black Cat Productions Ltd.; Intérpretes: David Kincaid, Alison Morrow, Clive Perrott; Duração: 18 min

Título original: "A.J.'s Time Travelers" – episódio Edgar Allan Poe – série de TV
Realização: Mike Finney (EUA, 1995); Argumento: Barry Friedman; Produção: Gianni Russo; Fotografia (cor): Steve Priola; Casting: Eric Dawson; Animação: Keith Alcorn, Paul Claerhout; Intérpretes: Jeremiah Birkett, Larry Cedar (Ollie), Teresa Jones (Mrs. Malloy), Richard Lewis (Edgar Allan Poe), Patty Maloney (B.I.T.), Julie St. Claire (Maria), John Patrick White (A.J. Malloy), Wayne Thomas Yorke (Izzy / Mr. Malloy), etc. Data de emissão: 1995 (Temporada 1, Episódio 21).

Título original: "Bone Chillers" – episódio Edgar Allan Poe-Session – série de TV
Realização: Christopher Coppola (EUA, 1996); Argumento: Carl V. Dupré; Produção: Fred Silverman, John A. Smith; Música:  Christopher Hoag; Fotografia (cor):  Howard Wexler; Guarda-roupa: Rosanna Norton; Maquilhagem: Tony Gardner; Direcção de Produção: Les Nordhauser; Assistentes de realização: Laurence Barbera; Departamento de arte: Flora Carnevale, Leslie Lawson; Som: Ricardo Broadus; Efeitos especiais: Tony Gardner, Rodd Matsui; Efeitos visuais: Tony Gardner, Scott Ramsey; Intérpretes: Trey Alexander (Kirk), Jim Beaver (Edgar Allan Poe), Linda Cardellini (Sarah), Saadia Persad (Lexi), Esteban Powell (Brian Holsapple), John Patrick White (Fitzgerald Crump), etc. Data de emissão: 16 de Novembro de 1996 (Temporada 1, Episódio 11).

Título original: Het Verraderlijke Hart
Realização: Bert Lemmens (1996); Argumento: Bert Lemmens, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Tell-Tale Heart"); Intérpretes: Ben Bellekens, Garin Cael, Bart Vandersmissen, etc. Duração: 15 min

Título original: Morella
Realização: James Glenn Dudelson (EUA, 1997); Argumento: Ana Clavell, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: James Glenn Dudelson, Robert Franklin Dudelson, Stanley Dudelson; Música: Chris Anderson, Carl Schurtz; Fotografia (cor): Jesse Weathington; Casting: Pamela Guest; Design de Produção: William 'Jamaal' Fort; Direcção artística: Beat Frutiger; Guarda-roupa: Nanette M. Acosta; Direcção de produção: Alicia Valdez; Assistentes de realização: Sam Hill, Chad Rosen; Som: Randall Lawson; Companhias de produção: Allott Productions; Intérpretes: Lisa Blair (Jovem Sarah), Lisa Darr (Jenny Lynden), Nicholas Guest (Dr. Edgar Lynden), Khrystyne Haje (Inspector Farrow), Angela Jones (Dr.Patricia Morella / Sarah Lynden), David Kirkwood, Robert Lipton, Lou Rawls, Darlene Vogel, etc. Duração: 90 min

Título original: Der Rabe
Realização: Hannes Rall (Alemanha, 1998); Argumento: Hannes Rall, segundo obra de Edgar Allan Põe; Música: Eckart Gadow; Som: Eckart Gadow; Philip Ulikowski; Animação: Hannes Rall; Companhias de produção: Meier & Rall Animation; Intérpretes: Hans Paetsch; Duração: 8 min

Título original: Mind's Eye
Realização: Kristian Fraga (EUA, 1998); Argumento: Kristian Fraga, Kimberly Ruane, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Tell-Tale Heart"); Produção: Karli Bardosh, Kristian Fraga, Marc Perez, Kimberly Ruane; Fotografia (cor): Yurgi Ganter; Montagem: Kristian Fraga; Maquilhagem: Voki Kalfiyan; Som: James Lefkowitz; Efeitos visuais: Chris Haak; Intérpretes: Christopher Sutherland (Narrador), Nicol Paone, Carlos Molina IV, Pete Fokas, etc.
 
Título original: Corazón Delator
Realização: Facundo De Rosas (Argentina, 1999); Argumento: Facundo De Rosas, Adrián Manetti, segundo obra de Edgar Allan Põe; Música: Litto Nebbia, Gustavo Peña; Fotografia (cor): Andrés Fontana; Montagem: Facundo De Rosas, Marcelo Riveros; Direcção artística: Máximo Becci; Duração: 15 min. 

Título original: Corazón Delator
Realização: Alex Stilman (Argentina, 1999); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Tell-Tale Heart"); Fotografia (cor): Carlos Zanzottera; Montagem: Carlos Zanzottera; Direcção artística: Alex Stilman; Duração: 12 min

Título original: The Tell Tale Heart (TV)
(EUA, 1999); Argumento: Wayne A. Hazle, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Wayne A. Hazle, Velvet Marshall; Fotografia (cor): John Rhode; Direcção de produção: Cameron McIntyre; Companhias de produção: Jaguar Productions; Intérpretes: Kim Delgado (Detective), Jeff Ricketts, Kristen Shaw, Kristabelle Skyy, Barbara Stolzoff, etc.

Título original: William Wilson
Realização: Jorge Dayas (com o pseudónimo William Wilson) (Espanha, 1999); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: María Carmen Dayas; Animação; Companhias de produção: Maria Carmen Dayas; Duração: 10 min

Título original: El Escarabajo de Oro
Realização: Vicente J. Martín (Espanha, 1999); Argumento: Juan Piquer Simón, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: José Ortega, Primitivo Rodríguez; Fotografia (cor): Tomás Mas; Som: Manuel Carrión, José Manuel Sospedra; Companhias de produção: Grup Somni; Intérpretes: Andrés Alexis, Frank Braña, Stephen Charlwood, Tsung Cheng, Juan Carlos Gabarda, Rubén Gálvez, Juan Carlos Lee, John Legget, Manuel Máñez, Antonio Mayans, Germán Montaner, Alicia Ramirez, Alicia Ramírez, José Antonio Sánchez, Francisco Sanchís, Mónica Valero, etc.

Título original: The Raven... Nevermore ou El Cuervo
Realização: Tinieblas González (Espanha, 1999); Argumento: Karra Elejalde, Tinieblas González, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Raven"); Produção: Tinieblas González; Fotografia (cor): Unax Mendía; Efeitos visuais: Úrsula garcia; Companhias de produção: Tinieblas Films; Intérpretes: Gary Piquer (Edgar Allan Poe), Savitri Ceballos (Leonor), etc. Duração: 16 min. 

Título original: "Sabrina, the Teenage Witch" – episódio LXXXI: The Phantom Menace - Série de TV (EUA, 1996-2001)
Realização: Paul Hoen, Mark Cendrowski (EUA, 1999); Argumento: John Hoberg, Nell Scovell; Produção: Nick Bakay; Música: Derek Syverud; Maquilhagem: Eryn Krueger Mekash, Colleen LaBaff; Casting: Kimberly Nordlinger; Assistentes de realização: Ellen Rosentreter; Som: James M. McCann, Wilson Dyer; Efeitos especiais: Jim Greenall; Efeitos visuais: David Carriker (1996-1997), Rick Cortes (1997-2003), Mark Spatny (1998-2003); Companhias de produção: Warner Bros. Television; Intérpretes: Melissa Joan Hart (Sabrina Spellman), Caroline Rhea (Hilda Spellman), Beth Broderick (Zelda Spellman), Nick Bakay (Salem Saberhagen), Nate Richert (Harvey Kinkle), Gabriel Carpenter, Jon Huertas, David Lascher, Tom Novak, Edgar Allan Poe IV (Edgar Allan Poe), China Shavers, etc. Duração: 30 min; Data de emissão: 29 de Outubro de 1999 (Temporada 4, Episódio 6).

Título original: "Mentors" – episódio The Raven - Série de TV
Realização: Gil Cardinal (EUA, 2000); Argumento: Greg Kennedy; Produção: Will Dixon; Música: Bruce Leitl; Casting: Bette Chadwick, Candice Elzinga; Design de produção: Ken Rempel; Assistentes de realização: Greg Fawcett, Victor Landrie, Craig Wallace; Som: Jeff Hamon, Evan Rust; Efeitos especiais: Robert Sheridan; Intérpretes: Michael Sarrazin (Edgar Allan Poe), Belinda Metz, Brian Martell, Jane Sowerby, Daryl Shuttleworth, Samantha Krutzfeldt, Davina Stewart, etc. Data de emissão: 5 de Março de 2000 (Temporada 1, Episódio 10).

Título original: Scary Tales
Realização: Michael Hoffman Jr. (EUA, 2001); Argumento: Bill Cassinelli, Michael Hoffman Jr.; Produção: Bill Cassinelli, Michael Hoffman Jr., Tim Ritter; Música: Orange Nightmare, Duane Peery; Fotografia (cor): Michael Hoffman Jr.; Montagem: Michael Hoffman Jr.; Som: Michael Hoffman Jr.; Efeitos especiais: Michael Hoffman Jr.; Efeitos visuais: Michael Hoffman Jr.; Companhias de produção: Twisted Illusions, Wet Floor Productions; Intérpretes: Bill Cassinelli (Dennis Frye), Ria Rampersad, Joel D. Wynkoop (episódio "Terminally Unemployed"); Chelsea Opolin, Eileen Opolin, Michael Hoffman Jr. (episódio "Hit And Run"); Joe Mengotti Lindsay Horgan, Maggie Kennedy (episódio "I Ain't Got No Body"); Kevin Bangos, Thorin Taylor Hannah, Tina Frankl, Shannon Semler, Gus Perez, Mark A. Nash, Lee Pinder (Edgar Allan Poe), David McGowan, Phil Dejesus (episódio "The Death Of..."), Richard Cecere, etc. Duração: 76 min.

Título original: Monkeybone
Realização: Henry Selick (EUA, 2001); Argumento: Sam Hamm, segundo banda desenhada de Kaja Blackley ("Dark Town"); Produção: Michael Barnathan, Chris Columbus, Paula DuPré Pesman, Sam Hamm, Mark Radcliffe, Lata Ryan, Henry Selick; Música: Anne Dudley; Fotografia (cor): Andrew Dunn; Montagem: Jon Poll, Nicholas C. Smith, Mark Warner; Casting: Sheila Jaffe, Georgianne Walken; Design de produção: Bill Boes; Direcção artística: John Chichester, Bruce Robert Hill Decoração: Jackie Carr; Guarda-roupa: Beatrix Aruna Pasztor; Maquilhagem: Thomas Floutz, Robert Hallowell II, Michael Mills, Mark Nieman, Ben Nye Jr., Danny Valencia; Direcção de Produção: Doris Donnenberg, Paul Moen; Assistentes de realização: Dan Bradley, Pamela Cederquist, Peter Crosman, Valerie Finkel, Michael McCue, Lisa C. Satriano, Gregory Kent Simmons, Mike Topoozian, Bob Wagner; Departamento de arte: Martin Charles, Everett Chase, Jann K. Engel, A. Todd Holland, Martin Roy Mervel, Jeff Ozimek, Hugo Santiago; Som: Steve Boeddeker; Efeitos especiais: Paul J. Lombardi, Frank W. Tarantino, Dick Wood; Efeitos visuais: Terry Clotiaux, Buckley Collum, Peter Crosman, Adam Howard, Pete Kozachik, Brad Kuehn, Charles Lem, Rodney Montague, Tricia Mulgrew, Jaime Norman, Peter Oberdorfer, Mike Schmitt, Laura Schultz; Animação: Damon Bard, Paul Berry, Gisela Hermeling; Companhias de produção: Twentieth Century-Fox Film Corporation, 1492 Pictures, Twitching Image Studio; Intérpretes: Brendan Fraser (Stu Miley), Bridget Fonda (Dr. Julie McElroy), John Turturro (Monkeybone (voz), Chris Kattan (Organ Donor Stu), Giancarlo Esposito (Hypnos), Rose McGowan (Miss Kitty), Dave Foley, Megan Mullally, Bob Odenkirk, Pat Kilbane, Lisa Zane, Whoopi Goldberg, Sandra Thigpen, Wayne Wilderson, Amy Higgins, Alan Gelfant, Kristin Norton, Chris Hogan, Lucy Butler, John Sylvain, Lou Romano, Leon Laderach, Edgar Allan Poe IV (Edgar Allan Poe), etc. Duração: 93 min.

Título original: Le Portrait Ovale
Realização: Marc Julian Ghens (Bélgica, 2001); Argumento: Marc Julian Ghens, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Patrice Bauduinet; Música: Marc Geonet; Fotografia (cor): Federico D'Ambrosio, Jean Christophe Delinaoumis, Michel Mondo; Montagem: Nathalie Julien; Som: Cyrille Carillon; Companhias de produção: Ambiances, PBC Pictures; Intérpretes: Sandrine Blancke, Bernard Breuse, Annemiek Coenen, Claudine Laroche, Pierre Laroche, Véronique Lemaire; Duração: 20 min.

Título original: "The Fear"
Realização: Blake Bedford, Luke Watson, Konika Shankar (Inglaterra, 2001); Argumento: segundo obras de Edgar Allan Põe, Honoré de Balzac e Arthur Conan Doyle; Produção: Anne Mensah; Montagem: Tania Reddin; Design de Produção: David Hill; Companhias de produção: British Broadcasting Corporation (BBC); Intérpretes: Jason Flemyng, Anna Friel, Sadie Frost, David Harewood, Marianne Jean-Baptiste, Kelly Macdonald, Neve McIntosh, Nick Moran, Sean Pertwee, Ray Winstone, etc. Duração: 15 min

Título original: Usher
Realização: Curtis Harrington (EUA, 2002); Argumento: Curtis Harrington, segundo obra de Edgar Allan Põe; Música: Dan Schmeidler; Fotografia (cor): Gary Graver; Montagem: Tyler Hubby, Jeffrey Schwarz; Guarda-roupa: Shura Reininger; Departamento de arte: Sue Slutzky; Som: Maui Holcomb; Intérpretes: Curtis Harrington (Roderick Usher / Madeline Usher), Sean Nepita (Truman Jones), Fabrice Uzan (Pierre), Renate Druke, Robert Mundy, Nicholas Schreck, Ruth-Ellen Taylor, Zeena Taylor, etc. Duração: 40 min

Título original: Silencio
Realização: Alonso Filomeno Mayo (Peru, 2002); Argumento: Alonso Filomeno Mayo, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Melina León; Música: Darko Saric; Fotografia (cor): Michel Barbachan; Montagem: Alonso Filomeno Mayo; Design de Produção: Marco Melgar, Giuliana Torres; Guarda-roupa: María del Carmen Herrera; Maquilhagem: María del Carmen Herrera; Direcção de produção: Romina Cruz, Jimena Mora; Assistentes de realização: Gabriela Yepes; Som: Guillermo Palácios, Ricardo Vidal; Efeitos visuais: Carlos Chuquisengo; Companhias de produção: Manzana Azul; Intérpretes: Kareen Spano (Marta), Enrique Victoria, Oriana Cicconi, Sergio Galliani, Paco Varela, etc. Duração: 30 min

Título original: Hatred of a Minute
Realização: Michael Kallio (EUA, 2002); Argumento: Lisa Jesswein, Michael Kallio, segundo obra de Edgar Allan Põe ("To-"); Produção: Bruce Campbell; Música: Dan Kolton; Fotografia (cor): George Lieber; Montagem: Paul Hart, Michael Kallio, John W. Walter; Casting: Christine Claussen, Kathy Mooney; Design de Produção: Michael Kallio; Direcção artística: Matt Cantu, Arthur Clark; Guarda-roupa: Scarlett Jade; Maquilhagem: Kimberley Kirkpatrick, James Korloch, Jacki Ramsey; Direcção de produção: Michelle Kuhl; Assistentes de realização: Paul Domick, Michelle Kuhl, Jen Losey, Kurt Rauf; Departamento de arte: Michael Kallio, John Ray; Som: Joel H. Newport; Efeitos Especiais: Roger White; Companhias de produção: Campbell Productions, Darkart Entertainment, End of my Rope Limited Partnership; Intérpretes: Gunnar Hansen (Barry), Michael Kallio (Eric Seaver), Tracee Newberry (Jamie), Tim Lovelace (Detective Glenn Usher), Lisa Jesswein (Sarah Usher), Michael Robert Brandon, Jeffery Steiger, June Munger, Matthew Fennelly, Colleen Nash, Michelle Kuhl, Rebecka Read, John F. Gray, John Reneaud, Steve Dixon, Michael Jarema, etc. Duração: 83 min

Título original: Alone
Realização: Phil Claydon (Inglaterra, 2002); Argumento: Paul Hart-Wilden, segundo obra de Edgar Allan Põe ("Alone"); Produção: David Ball, John P. Davies; Música: Jim Betteridge, Carver, Phil Claydon, Jonathan Rudd; Fotografia (cor): Peter Thornton; Montagem: Jonathan Rudd; Casting: Lucy Jenkins; Design de Produção: Keith Maxwell; Guarda-roupa: Leila Ransley; Maquilhagem: Carole Williams; Direcção de produção: Ray Adams, Jon Wilkins; Assistentes de realização: Richard Bird, Chris Hill, Bob Wright; Departamento de arte: Dave Feeney, Hannah Nicholson, Yvonne Toner; Som: Ian 'Spike' Banks; Efeitos visuais: Craig Chandler, Alan Church, Diane Kingston; Companhias de produção: CF1 Cyf, Evolution Films, Vine International Pictures; Intérpretes: Miriam Margolyes, John Shrapnel, Laurel Holloman, Isabel Brook, Caroline Carver, Claire Goose, Susan Vidler, Claudia Harrison, Phil Claydon, Kate Crowther, Stephanie Shaw, Gwen Vaughan, Rick Wakeman, Rachel Woodeson, etc. Duração: 110 min

Título original: Ubitye molniey
Realização: Yevgeny Yufit (Rússia, Holanda, Suiça, 2002); Argumento: Vera Novikova, Natalya Skorokhod, Yevgeny Yufit, segundo obra de Edgar Allan Põe (“The Murders in the Rue Morgue”); Produção: Sergei Selyanov; Fotografia (cor): Yevgeny Yufit; Design de Produção: Yevgeny Yufit; Companhias de produção: Direktion für Entwicklung und Zusammenarbeit (DEZA), Fondazione MonteCinemaVerità Locarno, Hubert Bals Fund, Kinokompaniya CTB, Nikola Film; Intérpretes: Aleksandr Anikeyenko, Aleksandr Maskalin, Vera Novikova, Olga Semyonova, Yelena Simonova, etc.

Título original: "Creepy Canada" - episódio The Grave of Edgar Allan Poe/The Ghost of the Silver Run Tunnel/Isle of Demons (????) Série de TV (Canadá, 2002)
Música: Mark Dwyer, Martin Deller, Tony Tosti; Som: Jeff McCormack, Russ Mackay; Fotografia (cor): Roger Singh, Eli M. Yonova; Intérpretes: Dave Ehrman, Ashley Hall, Deborah L. Murphy, Sandra Lynn O'Brien, Mark Redfield (Edgar Allan Poe), Jennifer Rouse, Tony Tsendeas, etc. Data de emissão:??? (Temporada 3, Episódio 2).

Título original: Das Verräterische Herz
Realização: Marc Malze (Alemanha, 2003); Argumento: Marc Malze, segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Tell-Tale Heart"); Produção: Fabian Massah, Masud Rajai; Música: Lars Löhn; Fotografia (cor): Florian Schilling; Montagem: Piet Schmelz; Casting: Suse Marquardt; Design de Produção: Sebastian T. Krawinkel; Direcção artística: Bülent Akgün, Lea Bohm, Axel Weller; Guarda-roupa: Senay Ay, Kirstin Groppe, Inga Kusche, Beate Scheel; Maquilhagem: Ariane Kohlheim; Direcção de produção: André Cerbe, Ricarda Hibbeln, Fabian Massah ; Assistentes de realização: Katrin Goetter; Som: Stefan Soltau; Companhias de produção: Cinex Film- und Fernsehproduktion, Deutsche Film- und Fernsehakademie Berlin (DFFB), Malze Massah Joint Film Production; Intérpretes: Nicolas von Wackerbarth (Edgar), Martin Eckermann, Hansgeorg Gantert, Detlef Bierstedt, Ilona Schulz, Alexander Wikarski, Maximilian Schierstädt, etc. Duração: 15 min

Título original: The Raven
Realização: Peter Bradley (EUA, 2003); Argumento: Peter Bradley, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Peter Bradley; Música: Steven Lovelace; Fotografia (cor): Christopher Webb; Montagem: Peter Bradley; Direcção artística: John Jerard; Maquilhagem: Rachel C. Hunter; Departamento de arte: Mary Creede, John Jerard; Som: Mike Arafeh, Steven Lovelace; Efeitos visuais: David Fino, Dan LeRoy; Companhias de produção: Trilobite Pictures; Intérpretes: Jenny Guy (Lenore), Louis Morabito, Michael G. Sayers (Narrador), etc. Duração: 11 min

Título original: The Tell-Tale Heart
Realização: Jeff Hoffman (EUA, 2003); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Jeff Hoffman, Terry McCoy; Fotografia (cor): Eric Leach; Montagem: Yusaku Mizoguchi; Guarda-roupa: Stacy Stagnaro; Assistentes de realização: Roy Maurer; Companhias de produção: Button Pictures; Intérpretes: John Fava, James R. Taber, Ronald Roberts, Bob Peterson, Steven Stedman; Duração: 18 min

Título original: El Barril del amontillado
Realização: Alexis Puig (Argentina, 2003); Argumento: Alexis Puig, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: María Rosa Grandinetti; Fotografia (cor): Hugo Ponce; Montagem: Ernesto Zabatarelli; Direcção de produção: Nene Vidal; Assistentes de realização: Marina Ferrari; Som: Diego Dománico; Efeitos Especiais: Rolo Villar; Intérpretes: Lola Cordero (Ana), Gaia Rosviar (Rafaela), Nicolás Scarpino (Fortunato), Jorge Schubert (Monterrey), etc.

Título original: El Corazón Delator
Realização: Alfonso S. Suárez (Espanha, 2003); Argumento: Alfonso S. Suárez, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Carlos Espina, Alfonso S. Suárez; Música: Juan Carlos Casimiro; Fotografia (cor): Gregorio Torre; Montagem: Fernando Rodríguez; Direcção de produção: José Luis Martínez Díaz; Companhias de produção: Verité de Cinematgrafía; Intérpretes: Paul Naschy (Louco), Eladio Sánchez, Paco Hernández, Javier Franquelo, etc. Duração: 9 min

Título original: Il Gatto Nero
Realização: Lucrezia Le Moli (Itália, 2003); Argumento: Lucrezia Le Moli, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Lucrezia Le Moli, Luca Magri; Música: Klaverna; Fotografia (cor): Francesco Campanini; Montagem: Ash Campbell, Lucrezia Le Moli; Design de Produção: Johanna Munck; Guarda-roupa: Johanna Munck; Direcção de produção: Andrea Zannoni; Assistentes de realização: Federica Faroldi; Som: Ash Campbell; Intérpretes: Elisabetta Pozzi, Roberto Abbati, Luca Magri, Primo Giroldini, Adriano Guareschi, etc. Duração: 12 min

Título original: Descendant
Realizaçãos: Kermit Christman, Del Tenney (EUA, 2003); Argumento:  Kermit Christman, Margot Hartman, William Katt, Del Tenney; Produção: Kermit Christman, Joseph Dickstein, Joyce North, Del Tenney; Música: Timothy Wynn; Fotografia (cor): D. Alan Newman; Montagem: Ted Thompson; Casting: Katy Wallin; Direcção artística: Robert La Liberte; Decoração: Marisa Vargo; Guarda-roupa: Bernie White; Maquilhagem: Rick Bongiovanni, Tanya Cookingham, Lorraine Martin; Direcção de Produção: Sirad Balducci, Lionel Ball; Assistentes de realização: Craig Borden, Alfie Kiernan, Aaron Walters; Som: Lionel Ball, Woody Stubblefield; Efeitos especiais: Rick Bongiovanni; Companhias de produção: Mainline Releasing, Del Mar Productions; Intérpretes: Jeremy London (Ethan Poe / Frederick Usher), Katherine Heigl (Ann Hedgerow / Emily Hedgerow), Arie Verveen (Edgar Allan Poe), Nick Stabile (John Burns), William Katt (Dr. Tom Murray), Whitney Dylan (Lisa), Matt Farnsworth, Margot Hartman, Cheryl Dent, Lissa Pallo, Jodi Stevens, Jenna Bodnar, Craig Patton, Diane Foster, Amy Lindsay, Bryan Crump, Val Tasso, etc.  

Título original: The Tell-Tale Heart
Realização: Stephanie Sinclaire (Inglaterra, 2004); Argumento: Stephanie Sinclaire, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Brian Freeston, Stephanie Sinclaire, Nigel Wooll; Fotografia (cor): Jack Cardiff; Montagem: Jack Cardiff; Direcção de produção: Jo Harrop; Assistentes de realização: Steve Newton; Companhias de produção: Dragonfly Films, Silk Road Productions; Intérpretes: Oliver Bradshaw, Stephen Lord (Ed Poe), Michael Roberts, Mark White, etc. 

Título original: Berenice
Realização: Geoffrey Ciani, Christian Twiste (EUA, 2004); Argumento: Geoffrey Ciani, Christian Twiste, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Geoffrey Ciani, S.E. Hackett, Christian Twiste; Música: Ariel Ramos, Gama Viesca; Fotografia (cor): Christian Twiste; Montagem: Geoffrey Ciani, Christian Twiste; Casting: Toni Cusumano; Companhias de produção: Mushroom Cloud Productions LLC; Intérpretes: Paul Boccadoro, David F. Cressman, John Cusumano, Billy Ehrlacher, Trisha Hershberger (berenice), Dick Nepon, Tesia Nicoli, Dan Quigley, Christian Twiste, Robert Twiste, Bob Weick, etc. Duração: 58 min | 60 min (DVD)

Título original: El Hombre Largo
Realização: Hernán Sáez (Argentina, 2004); Argumento: Paulo Soria, segundo obra de Edgar Allan Põe; Montagem: Hernán Sáez, Ernesto Zavatarelli; Companhias de produção: Canal 7, Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA); Intérpretes: Carlos Belloso, Walter Cornás, Enrique Liporace, Bárbara Lombardo, Hernán Salinas, Paulo Soria, etc. Duração: 60 min

Título original: The Tell Tale Heart
Realização: Raul Garcia, Raúl Garcia (Luxemburgo, Espanha, EUA, 2005); Argumento: Raul Garcia, Raúl García, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Rocío Ayuso, Raul Garcia, Raúl García, Catherine Knott, Stéphane Roelants, Manuel Sicilia, Craig Standen; Música: Javier López de Guereña, Erik Matro; Montagem: Raul Garcia; Direcção artística: Manuel Sicília; Direcção de produção: Miguel A.S. Cogolludo; Som: Mike Butcher; Intérpretes: Bela Lugosi (Narrador); Duração: 10 min

Título original: Sílení ou Lunay
Realização: Jan Svankmajer (República Checa, Eslováquia, 2005); Argumento: Jan Svankmajer, segundo obras de Edgar Allan Põe (“The Premature Burial” e “The System of Dr. Tarr and Professor Fether”) e Marquês de Sade; Produção: Juraj Galvánek, Jaromír Kallista, Jaroslav Kucera, Dusan Kukal, Helena Uldrichová; Fotografia (cor): Juraj Galvánek; Montagem: Marie Zemanová; Casting: Radek Hruska; Design de Produção: Jan Svankmajer, Eva Svankmajerová; Guarda-roupa: Veronika Hrubá, Eva Svankmajerová; Direcção de produção: Vera Ferdová; Assistentes de realização: Mendel Hardeman, Martin Kublák, Marketa Tom; Departamento de arte: Daniel Bird, Karel Vanásek; Som: Ivo Spalj; Companhias de produção: Athanor, Ceská Televize; Intérpretes: Pavel Liska, Jan Triska, Anna Geislerová, Jaroslav Dusek, Martin Huba, Pavel Nový, Stano Danciak, Jirí Krytinár, Jan Svankmajer, etc. Duração: 118 min.

Título original: Berenice
Realização: Bruno Duarte, Luciana Penna (Brasil, 2005); Argumento: Anna Karinne Ballalai, Augusto Dos Anjos, Bruno Duarte, Luciana Penna, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Bruno Duarte, Luciana Penna; Música: Marcelo Neves; Fotografia (cor): Thiago Lima Silva; Montagem: Marina Meliande; Companhias de produção: Bruno Duarte, Luciana Penna, Universidade Federal Fluminense; Intérpretes: Fernando Eiras (Egeu), Cristina Flores (Berenice), Afonso Henriques Neto (Doorman), etc. Duração: 24 min.

Título original: Der Verrückte, das Herz und das Auge
Realização: Gregor Dashuber, Annette Jung (Alemanha, 2006); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Fabian Gasmia; Música: Max Knoth; Companhias de produção: Hochschule für Film und Fernsehen 'Konrad Wolf'; Intérpretes: Andreas Fröhlich, Tom Strauss, etc. nimação; Duração: 8 min.

Título original: The House of Usher
Realização: Hayley Cloake (EUA, 2006); Argumento: Collin Chang, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Boyd Hancock, Alyssa Weisberg; Fotografia (cor): Eric Trageser; Montagem: Jo Francis; Casting: Alyssa Weisberg; Design de Produção: Lawrence Sampson; Guarda-roupa: Candice Carella; Maquilhagem: Christina LaPointe; Assistentes de realização: Melissa DeSimone, Roy Holt, Karlina Lyons; Departamento de arte: Kurt Bergeron, Susan Haynes Davis, Allison Morrissette; Som: Jeffery Alan Jones; Companhias de produção: Abernathy Productions; Intérpretes: Austin Nichols (Roderick Usher), Izabella Miko (Jill Michaelson), Beth Grant (Mrs. Thatcher), Stephen Fischer (Rupert Johnson), Danielle McCarthy, Elizabeth Duff, Robin Kurian, Jason Fields, Jamey Jasta, Ann Howland, Henry Ebinger, Chris Eagan, Tim Hancock, etc. Duração: 81 min

Título original: The Tell-Tale Heart
Realização: Michael Swertfager, Lawrence 'Law' Watford (EUA, 2006); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Lawrence 'Law' Watford, Tiffany Wilson; Música: Nick Bagg; Fotografia (cor): Lawrence 'Law' Watford; Montagem: Lawrence 'Law' Watford; Companhias de produção: Lawville Solutions; Intérpretes:  Dave Hobbs, David Hobbs, Antwon Smallwood, etc. Duração: 15 min

Título original: Nightmares from the Mind of Poe
Realização: Ric White (EUA, 2006); Argumento: Ric White, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Linda Thornton, Ric White; Música: Joe Riley; Fotografia (cor): John Gerhart; Companhias de produção: Willing Hearts Productions; Intérpretes: James Anderson, David Ballasso, David Bayer, Dave Bielawski, Emma Cardosi, David Chattam, Clayton Laurence Cheek, Deanne Collins, Ron Cushman, Retika Dial, Tom Dolan, Kenneth Dozier, Judith Draper, William Hendry, etc. Duração: 93 min

O CORVO
Título original: The Raven
Realização: Ulli Lommel (EUA, 2006); Argumento: Ulli Lommel, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Jeff Frentzen, Ulli Lommel, Nola Roeper; Música: Robert J. Walsh; Fotografia (cor): Bianco Pacelli; Montagem: Christian Behm, Brian Lancaster; Casting: Rachael Devlin; Design de Produção: Patricia Devereaux; Maquilhagem: Aimee Galicia Torres; Direcção de produção: Trista Beard, Howard Berstein; Departamento de arte: Jim Swain; Som: Larry Bryanston, Derek Frentzen; Efeitos Especiais: Aimee Galicia Torres; Guarda-roupa: Jimmy Williams; Companhias de produção: Hollywood House of Horror, The Shadow Factory Inc.; Intérpretes:  Jillian Swanson (Lenore), Jack Quinn (Skinner), Victoria Ullmann (Annabel Lee), Michelle Guest (Doree), Sharon Senina (Jackie), Jaquelyn Aurora (Shannon), Michael Barbour (Edgar Allen Poe), Trista Beard, Ernest Borneo, Nicole Cooke, Janelle Dote, Carsten Frank, Tisha Franklin, Jeff Frentzen, Laura Hofrichter, Ulli Lommel, etc. Duração: 81 min; Classificação etária: M/ 16 anos; Disribuição em Portugal (DVD): Prisvideo.

Título original: The Tell Tale Heart
Realização: Brett Kelly (Canadá, 2006); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Anne-Marie Frigon; Música: Chris Nickel; Companhias de produção: Dudez Productions; Intérpretes: Brett Kelly (Narrador).

Título original: "The Venture Bros." Escape to the House of Mummies, Part II
Realização: Christopher McCulloch (EUA, 2006); Argumento: Doc Hammer, Christopher McCulloch; Produção: Nathan Graf, Christopher McCulloch, Jeremy Rosenberg, Rachel Simon, Steven S.H. Yoon; Música: J.G. Thirlwell; Montagem: Doc Hammer;   Direcção de Produção: Nisa Contreras, Keith Crofford, Michael Lazzo; Departamento de arte: Liz Artinian, Peter Brown, Marina Dominis-Dunnigan, Siobhan Mullen; Som: Rachel Chancey, Dave Paterson; Efeitos visuais: Luciano DiGeronimo, Doc Hammer; Animação: Kimson Albert, Jennifer Batinich, Tom Bayne, Nick DeMayo, Chris George, Matthew I. Jenkins, Agatha Sarim Kim, Sadie Y.E. Lee, Miguel Martinez-Joffre, Martin Wittig; Companhias de produção: Williams Street; Intérpretes (vozes): James Urbaniak, Patrick Warburton, Michael Sinterniklaas, Christopher McCulloch, Steven Rattazzi, Doc Hammer, H. Jon Benjamin, Lisa Hammer, etc. Duração: 22 min. Data de emissão: 16 de Julho de 2006 (Temporada 2, Episódio 4).

Título original: The Death of Poe
Realização: Mark Redfield (EUA, 2006); Argumento: Mark Redfield, Stuart Voytilla; Produção: Tom Brandau, Wesley Nolan, Mark Redfield, Jennifer Rouse, Robert Sprowls, Stuart Voytilla, J.J. Weber; Música: Jennifer Rouse; Fotografia (cor): Jeff Herberger; Montagem:  Jay Carroll, Sean Paul Murphy; Maquilhagem: Mary 'Dugan' Buono, Eric Supensky; Assistentes de realização: Thomas Brandau; Departamento de arte: William Kelley, Clay Supensky; Companhias de produção: Redfield Arts; Intérpretes: Mark Redfield (Edgar Allan Poe), Kevin G. Shinnick (Dr. John Moran), Jennifer Rouse (Mrs. Moran), Tony Tsendeas (Neilson Poe), Kimberly Hannold (Virginia Clemm), Wayne Shipley, Jonathon Ruckman, George Stover, J.R. Lyston, Curt Boushel, Sandra Lynn O'Brien, Chuck Richards, Deborah L. Murphy, Dave Ellis, Jimmyo Burril, Thomas E. Cole, Erik DeVito, Pete Karas, Andrew Ready, Tom Brandau, Holly Huff, T.B. Griffith, Douglas Spence, Shawn Jones, Johanna Supensky, Josh Metz, Samuel DiBlasi Jr., Richard Arnold, Michael H. Alban, etc. Duração: 80 min.

Título original: Nightmares from the Mind of Poe
Realização: Ric White (EUA, 2006); Argumento: Ric White, Edgar Allan Poe; Produção: Clayton Laurence Cheek, Tom Dolan, Toni Sowell, Linda Thornton, Tom Varenchick, Ric White; Música: Joe Riley; Fotografia (cor): John Gerhart; Companhias de produção: Willing Hearts Productions; Intérpretes: James Anderson, David Ballasso, David Bayer, Dave Bielawski, Emma Cardosi, David Chattam, Clayton Laurence Cheek, Deanne Collins, Ron Cushman, Retika Dial, Tom Dolan, Kenneth Dozier, Judith Draper, William Hendry, John Huber, Steve Jarrell, Stephen Jerrell Jr., Carey Kotsionis, Mickey Love, Stephanie Love, Jay McMahon, Doug Moore, Lisa Parham, Michael Roark,  Cole Schaefer, Ricky Smith, Toni Sowell, Linda Thornton, Tom Varenchick, Jamie Vincent, Ric White (Edgar Allan Poe), etc. Duração: 93 min

Título original: E.A.P.
Realização: Bradford R. Youngs (EUA, 2007); Argumento: Bradford R. Youngs; Produção: Bradford R. Youngs, Gina Youngs; Fotografia (cor): John Darbonne, Bradford R. Youngs; Montagem: Robert Dias, Allen Kaufman; Som: Allen Kaufman; Companhias de produção: Twilight Entertainment, Twilight Studios; Intérpretes: Colin Branca (Edgar Allan Poe), Elwood Carlisle (Velho), etc. Duração: 8 min.

Título original: El Cuervo
Realização: Richie Ercolalo (Argentina, 2007); Argumento: Richie Ercolalo, segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Cristian De Ricci, José Ercolado, Richie Ercolalo; Música: Pablo Borghi; Fotografia (cor): Malco Alonso; Montagem: Richie Ercolalo; Direcção artística: Richie Ercolalo; Maquilhagem: Mariana Rosselli, Mariana Talta; Assistentes de realização: Camila Rossi; Departamento de arte: Patricia Gallardo; Som: Alejandro G. Ludueña; Animação: Marcos Ilari; Intérpretes: Pascual Aldana, Javier Darío Alfonso, José Andrada, María Victoria Baldomir, Verónica Belloni, Fernando A. Beracochea, Daniel Bonapartian, Eduardo Bonapartian,  Santiago Cadenas, Belén Céspedes, Néstor Cunzo, etc. Duração: 30 min

Título original: série de TV "Masters of Horror" – episódio “The Black Cat”
Realização: Stuart Gordon (EUA, Canadá, 2007); Argumento: Dennis Paoli, Stuart Gordon segundo obra de Edgar Allan Põe ("The Black Cat"); Produção: Ken Abraham, Ben Browning, Adam Goldworm, Lisa Richardson, Tom Rowe; Música: Rich Ragsdale; Fotografia (cor): Jon Joffin; Montagem: Marshall Harvey; Casting: Stuart Aikins, Sean Cossey, Lindsey Hayes Kroeger, David Rapaport; Design de Produção: Don Macaulay; Direcção artística: Margot Ready; Guarda-roupa: Lyn Kelly; Maquilhagem: Sarah Graham, Adina Shore, Margaret Solomon; Assistentes de realização: Alexia S. Droz, Rob Duncan, David Markowitz, Ania Musiatowicz; Departamento de arte: Jean Brophey, Nick Dibley, John Wilcox; Som: Anke Bakker, Kris Fenske; Efeitos Especiais: Howard Berger, Gregory Nicotero, Chris Sturges; Efeitos visuais: Julie Bergman; Guarda-roupa: Debra Torpe; Companhias de produção: Starz Productions, Nice Guy Productions, Industry Entertainment, Reunion Pictures; Intérpretes: Jeffrey Combs (Edgar Allan Poe), Elyse Levesque (Virginia Poe), Aron Tager (George Graham), Eric Keenleyside, Patrick Gallagher, Christopher Heyerdahl, Ken Kramer, Ian Alexander Martin, Ryan Crocker, etc. Duração: 58 min

Título original: Berenice
Realização: Alejandro Aguilera (México, 2007); Argumento: segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Alejandro Aguiler; Fotografia (cor): Alejandro Aguilera; Companhias de produção: Ultima Realidad Films; Intérpretes: David Nava; Duração: 10 min

Título original: The Raven (TV)
Realização: David DeCoteau (EUA, 2007); Argumento: Matthew Jason Walsh segundo obra de Edgar Allan Põe; Produção: Paul Colichman, David DeCoteau, Stephen P. Jarchow; Música: Richard Band, Joe Silva; Fotografia (cor): Vincent G. Cox; Montagem: Christopher Bavota; Efeitos visuais: Sergey Musin; Guarda-roupa: Gitta Cox; Companhias de produção: Rapid Heart Pictures; Intérpretes: Rick Armando (Roderick), Litha Booi (Pembroke), Ivan Botha (Greg), Joy Lucelle De Gee (Helen), Richard Johnson (narrador), John Jordan, Traverse Le Goff; Justin Mancer, Justin McGibbon, Brian Mitchell, Graeme Richards, Andre Velts, Nicholas Wickstrom, etc. Duração: 96 min

Título original: Edgar Allan Poe's Ligeia
Realização: Michael Staininger (EUA, 2008); Argumento: John Shirley, segundo obra de  Edgar Allan Poe ("Ligeia"); Produção: Chris Benson, Wes Bentley, Donald P. Borchers, Robert Crombie, Randall Emmett, George Furla, Van Johnson, Jeff Most, Artur Novikov, Jeff Rice, Sergei Veremeenko; Música: Patrick Cassidy, Michael Edwards; Fotografia (cor): Chris Benson; Montagem: Danny Saphire, Michal Shemesh; Casting: Shannon Makhanian, Rosemary Welden; Design de Produção: Cat Cacciatore; Direcção artística: Jim Tudor; Guarda-roupa: Mandi Line; Maquilhagem: Lisa Brockman-Kalz; Direcção de produção: Matt Corrado, Jeff Most, Jeff Most; Assistentes de realização: Aaron Crozier, Brent Jaimes, Charles Leslie, Jeff Most ; Departamento de arte: Chris Shader, Flynn Smith; Som: Steven Avila, Peter D. Lago, Steven Utt; Efeitos Especiais: Greg Goad; Efeitos visuais: David A. Davidson, Joseph Emerling; Companhias de produção: Yalta-Film, Jeff Most Productions, Poe Vision; Intérpretes: Wes Bentley (Jonathan), Kaitlin Doubleday (Rowena), Mackenzie Rosman (Loreli), Michael Madsen (George), Eric Roberts (Vaslov), Cary-Hiroyuki Tagawa, Sofya Skya (Ligeia Romanova), Joel Lewis, Christa Campbell, Lydia Hull, Jeff Most, Susan L. Fry, Matthew Gowan, Ryan O'Quinn, etc.

Título original: Morella
Realização: Jeff Ferrell (EUA, 2008); Argumento: Jeff A. Ferrell, segundo opra de Edgar Allan Poe; Produção: Jeff Ferrell; Música: Semih Tareen; Fotografia (cor): Jeff Vigil; Montagem: Jeremy Schmidt; Intérpretes: Dennis Kleinsmith (homem, narrador), Lisa Coronado (Morella), Hannah Morwell, etc. Duração: 10 min

Título original: The Horror Vault 2
Realização: Henric Brandt (episódio "The Dead Chick In The Closet"), Lars Gustavsson (episódio "Restroom"), Oscar Malm (episódio "Restroom"), Martin Vrede Nielsen (episódio "Repugnant"), Michael Vrede Nielsen (episódio "Repugnant"), Guy Pearson (episódio "Mr. Happy Sunshine"), Kim Sønderholm (episódio "Invasion of Privacy"), Ben Wydeven   (episódio "The Medium") (EUA, Suécia, Dinamarca, 2008); Argumento: Stefan Bommelin, Henric Brandt, Lars Gustavsson, H.P. Lovecraft, Oscar Malm, Paul Meagher, Andreas Rylander, Kim Sønderholm, Rasmus Tirzitis, Ben Wydeven, Martin Vrede Nielsen, Michael Vrede Nielsen, segundo obra de Edgar Allan Poe (episódio "Repugnant"); Produção: Adrian Alfonso, David Ballerstein, Henric Brandt, Jarrod Crooks, Lars Gustavsson, Jan T. Jensen, Kelly Karnetsky, Oscar Malm, Gunnel Neltzen, Guy Pearson, Jim Pedersen, Jason Perlzweig, Joseph Pozo, Kim Sønderholm, Melanie Sparks, Scott Christian Spencer, Jeff Stoll, Fabrizio Wiederkehr; Música: Samir El Alaoui   (episódio: "The Dead Chick In The Closet"), Just J.   (episódio "The Medium"), Michael Ohlsson (episódio: 'Restroom'); Carl Sharrocks (episódio "Mr. Happy Sunshine"); Fotografia (cor): Stefan Bommelin (episódio: "The Dead Chick In The Closet"), Lars Gustavsson (episódio: 'Restroom'), Joachim Johansen (episódio "Invasion of Privacy"), Oscar Malm (episódio: 'Restroom'), Guy Pearson (episódio "Mr. Happy Sunshine"); Montagem: Krede Andersen, Henric Brandt (episódio "The Dead Chick In The Closet"), Oscar Malm (episódio: 'Restroom'), Guy Pearson (episódio "Mr. Happy Sunshine"), Kim Sønderholm (episódio "Invasion of Privacy"), Ben Wydeven   (episódio "The Medium"); Maquilhagem: Ulla Glud (episódio "Repugnant"), Lars Gustavsson (episódio: 'Restroom'), Oscar Malm (episódio: 'Restroom'), Lisa Stenlid (episódio "The Dead Chick In The Closet"); Direcção de produção: James Rubino (episódio "The Medium"); Assistentes de realização: Rasmus Tirzitis (episódio "The Dead Chick In The Closet"); Som: Becky Kostlevy, Paul Meagher, Guy Pearson, Yia Xiong; Efeitos visuais: Andreas Feix, Oscar Malm; Companhias de produção: Cetus Productions; Intérpretes: Kim Sønderholm (Dennis), Ditte U. (Laura), Vibeke Zeuthen (Rebecca), Lars Bjarke (Reuben) (episódio 'Invasion of Privacy'); Dennis Haladyn (homem), Michael Vrede Nielsen (animal) (episódio 'Repugnant'),  Dan Burger (Joe Valentino), Jarrod Crooks (corvo), Jeffrey Glenn (Tom Geideman), Jessica Heyel (Lenore Derry), Jon Lipscomb (Rodriguez), Jessie Mueller (Jenny Cavoto (episódio "The Medium"); Yohanna Idha (galinha morta), Anders Menzinsky (Ben), Pontus Olgrim (John), Penelope Papakonstantinou (Sandra), Andreas Rylander (Phillip (episódio 'The Dead Chick In The Closet'); Mark Baker (Steven), Daniel Garthwright (Lee), Paul Meagher (Saul), Gary Wall (segunda vítima) (episódio "Mr. Happy Sunshine");  Christoffer Jonsson (homem que grita) (episódio "Restroom"), etc. Duração: 90 min

Título original: The Tell-Tale Heart
Realização: Robert Eggers (EUA, 2008); Argumento: Robert Eggers, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção:  Maura Anderson, Michael Neal; Música: Johann Sebastian Bach, Thomas Ulrich; Fotografia (cor): Jarin Blaschke; Montagem: Louise Aldersay; Design de produção: Robert Eggers; Guarda-roupa: Robert Eggers; Assistentes de realização: Amanda Michaels; Departamento de arte: Jennie Green, Edouard Langlois; Som: Dave Groman, Matt Rocker, Damian Volpe; Efeitos visuais: Gordon Arkenberg; Companhias de produção: Palehorse Productions; Intérpretes: Carrington Vilmont, Richard Easton, Dan Charlton, Nathan Allison, Dan Murphy, etc. Duração: 21 min.

Título original: "Muchachada nui" – episódio 2.10 - Série de TV (2008)
Realização: Joaquín Reyes (Espanha, 2008); Argumento: Joaquín Reyes, Carlos Areces, Ernesto Sevilla, Raúl Cimas, Julián López; Produção: Flipy; Música: Enrique Borrajeros; Montagem: Juanma Ibáñez, Rebeca Saenz de Jubera; Decoração: Noe Cabañas; Maquilhagem: Oscar del Monte, Nacho Díaz, Antonio Hortas, Cristina Malillos; Direcção de Produção: Manuel Sánchez, Jorge Torrens ; Assistentes de realização: Paula Palmero, Ernesto Sevilla; Departamento de arte: Rafael Sanz; Som: Miguel Angel Walter, Roberto Fernández; Animação: Joaquín Reyes; Intérpretes: Joaquín Reyes, Ernesto Sevilla, Raúl Cimas (Edgar Allan Poe), Julián López, Carlos Areces, Mercedes Navarro, Jesús Reyes, Mark García, Jesús Herrero, Duane Jones, Judith O'Dea, etc. Data de emissão: 11 de Junho de 2008 (Temporada 2, Episódio 10).

Título original: The Pit and the Pendulum
Realização: David DeCoteau (EUA, 2009); Argumento: Simon Savory, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Paul Colichman, Stephen P. Jarchow, John Schouweiler; Música: Jerry Lambert, Fotografia (cor): Howard Wexler; Montagem: Jack Harkness; Assistentes de realização: Wise Lee; Som: David Tarango; Companhias de produção: Rapid Heart Pictures; Intérpretes: Lorielle New (JB Divay), Stephen Hansen (Jason), Bart Voitila (Kyle), Danielle Demski (Alicia), Amy Paffrath (Gemma), Tom Sandoval (Vinnie), Michael King, Jason-Shane Scott, Andrew Bowen,  Jason Stuart, Greg Sestero, etc. Duração: 86 min

Titulo original: Tell-Tale
Realização: Michael Cuesta (EUA, 2009); Argumento: Dave Callaham, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: John Baca, Dave Callaham, Matthew E. Chausse, Michael Costigan, Michael Ellenberg, Myles Nestel, Malcolm Reeve, Robert Salerno, Ridley Scott, Tony Scott, Martin Shore, Gordon Steel, Christopher Tuffin, Patrick Wabl; Música: Pierre Földes; Fotografia (cor): Terry Stacey; Montagem: Kane Platt; Casting: Beth Bowling, Kim Miscia; Design de Produção: Patti Podesta; Direcção artística: Jordan Jacobs; Decoração: Anuradha Mehta; Guarda-roupa: Mary Claire Hannan; Maquilhagem: Frank Barbosa, Kate Biscoe, Cheryl Daniels, Paula Dion; Direcção de produção: Craig Ayers, Jonathan Ferrantelli, Chris Ward; Assistentes de realização: Ivan J. Fonseca, Elizabeth MacSwan, Adam T. Weisinger; Departamento de arte: Dawson Nolley; Som: Drazen Bosnjak; Efeitos visuais: Seb Caudron; Companhias de produção: Artina Films, Oceana Media Finance, Poe Boy Productions, Scott Free Productions, Social Capital, The Steel Company, Tax Credit Finance; Intérpretes: Josh Lucas (Ferry), Lena Headey (Elizabeth), Brian Cox (Van Doren), Beatrice Miller (Angela), Dallas Roberts, Ulrich Thomsen, Pablo Schreiber, Jamie Harrold, Tom Riis Farrell, Michael K. Williams, Scott Winters, Tom Kemp, Cassandre Fiering, Kara Lund, Desiree April Connolly, Roger Dillingham Jr., Alba Albanese, Darya Zabinski, Susan Farese, Albert Gornie, etc. Distribuição em Portugal: Filmes Lusomundo (2009) (Portugal)

Titulo original: The Pit and the Pendulum
Realização: David DeCoteau (EUA, 1009); Argumento: Simon Savory, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção: Paul Colichman, Stephen P. Jarchow, John Schouweiler; Fotografia (cor): Howard Wexler; Montagem: Jack Harkness; Assistentes de realização: Wise Lee; Som: David Tarango; Companhias de produção: Rapid Heart Pictures; Intérpretes: Lorielle New (J.B.), Stephen Hansen (Jason), Bart Voitila (Kyle), Danielle Demski (Alicia), Amy Paffrath (Gemma), Tom Sandoval (Vinnie), Michael King (Trevor), Jason-Shane Scott, Greg Sestero, Jason Stuart, etc. Duração: 86 min; em produção.

Titulo original: Lighthouse
(EUA, 2008); Argumento: Richard Selzer, segundo obras de A.W. Knuudsen e Edgar Allan Poe; Produção: Tom O'Brien; Caroline Stern; Casting: Mary Vernieu; Companhias de produção: Irreverent Media; Intérpretes: Kevin Zegers (John Jacob Moran), Saul Rubinek (DeGrat), etc. Duração: 104 min; em produção.

Título original: The Tell-Tale Heart
Realização: Ryan Shovey (EUA, 2008); Argumento: Ryan Shovey, segundo obra de Edgar Allan Poe; Produção:  Ryan Shovey; Música: Vaughn Morris; Fotografia (cor): Chris Tharp; Montagem: Ryan Shovey; Companhias de produção: Freak Daddy Productions; Intérpretes: Glenn Bain, John Archer Lundgren, Sebastian Montoya, John Salamone, C.J. Smith, etc. Duração: 26 min.
Título original: Poe: Last Days of the Raven
Realização: Brent Fidler (Canadá, 2008); Argumento: Brent Fidler; Produção: Barry Backus; Bob Bottieri, Brent Fidler, Mackenzie Gray; Música: Tuomas Kantelinen; Fotografia (cor): Eric J. Goldstein; Montagem: Barry Backus; Design de produção: Bob Bottieri; Direcção artística: Phil Trumbo; Decoração: Sebastian Bruski; Guarda-roupa: Sandra J. Blackie; Maquilhagem: Stacey Butterworth, Courtney Frey; Assistentes de realização: Laurent Piche; Som: Benjamin MacDonald; Efeitos especiais: Sebastian Bruski; Efeitos visuais: Ted Gervan; Intérpretes: Brent Fidler (Edgar Allan Poe), Mackenzie Gray (John Allan), Richard Keats (Dr. Moran), Emily Tennant (Virginia Poe), Lisa Langlois (Jane Stanard), Alex Diakun (Joseph Snodgrass), Alec Willows (Neilson Poe), Jerry Rector, Shannon Jardine, Sarah Deakins, Irina Fidler, Stanley Katz, Dave Newham, Olivia Rameau, Jeff Sarsfield, Janaki Singh, Michael Sunczyk, Elizabeth Volpe, etc. Duração: 80 min.

Título original: Lives and Deaths of the Poets
Realização: Leland Steigs (EUA, 2009); Argumento: Leland Steigs; Produção: Sydney-Chanele R. Dawkins, Leland Steigs; Maquilhagem: Laurie Freedman; Eve Yiotis; Som: Doris Baker, Steven P. Bryant, Erik Dunbar, Laurie Freedman, Bronson Hall, Derek Axel Rose, Cory Siansky, David Steiger, Leslie Steiger, David Tong; Companhias de produção: One Of A Kind Company; Intérpretes: Edward Robert Bach (Wendell Kennedy), Jonah Baker (Ernest Hemingway / Elvis Presley),  Rob Stull (Joseph Kennedy - Jr.), Savannah Costello, Tom Townsend, Patrick Michael Strange (Jose Feliciano / Salvador Dali), Sharon Carpenter-Rose (Virginia Woolf / Kick Kennedy / Anne Hathaway / Miz Compson), Sam Navarro, Chelsea Connell, Larry Carter (Lord FitzWilliam / Jackson's Manager), Kit Farrell (Teddy Kennedy), Kevin Tan (Samurai de Mishima), Gayle Yiotis (Yoko Ono), Bruce Allen Dawson (Jimi Hendrix / Ralph Ellison / Leroy), Nora Bauer (Colette / Marie / Hendrix), Steven A. Webb, Terry Ward (Ed Wood), Rockzana Flores, Joseph Thornhill (Ritchie Valens), Lou Zammichieli (Jim Morrison / Lord Byron), Tiffany Ariany, Greg Coale (Edgar Allan Poe / Woody Allen / Snopes / Imperador Nero), Laura J. Scott, Amanda O'Connor (Mary Jo), Phil Filsoof (Hugh Hefner / Gustave Flaubert), Brandon Waite (Stephen King), Abraham Askew, Terria Monay (Janis Joplin), David Seemiller (Quentin Tarantino), Taylor Campbell, Raja Deka (Pablo Picasso), Erin Kaufman (Emily Bronte), Michelle Trout (Agatha Christie / Rose Kennedy), Karn Henderson (Charlotte Bronte), Gerald B. Browning (Percy Shelley), Frank Mancino (William Faulkner / Marcel Proust), Matt de Nesnera (Branwell Bronte), Ashley Edmiston (Mary Shelley), Brady Kirchberg (Nathaniel Hawthorne), Samantha Merrick (Mona Lisa / Joan Vollmer), Steve Leventhal (Victor Hugo / Joseph Kennedy Sr.), Boris Alexander (F. Scott Fitzgerald), John Geoffrion (William Shakespeare / James Joyce), Bronson Hall, Jacob Canon (John F. Kennedy), Annalisa Pitman, Bill Jones (Leo Tolstoy), Peggy Swails, Peter Yiotis (Yukio Mishima), Erica Leigh Clare, Leo Reynolds (Michael Jackson), Benjamin Kingsland (Jack Kerouac), Jimmy Day, Kat Schadt (Marilyn Monroe), Carlyn Paschall (Aaliyah / Fanny Ellison), Alexis Barone, Alistair Faghani, Cary Meltzer (Henry Miller), Sheri Cohen (Alice B. Toklas), Louis Bullock, Ginger Moss, Brian Mac Ian (William Wordsworth / Ted Hughes), Belinda Fadlelmola (Kaisha), Jean Burgess (Gertrude Stein), Victoria Fraser (Anne Bronte), Terrell Jenkins, Michael Shawn Montgomery (Robert F. Kennedy), Ed Swails, Gordon Gantt (Buddy Holly), Lydia Carroll (Kennedy Daughter), Luca Ducceschi (D.H. Lawrence), Rebecca A. Herron (Frieda Lawrence), Lenny Levy (Stanley Kubrick), Brandon Dawson, Lanny Slusher (W.C. Fields), Cory Siansky, Errol Sperling (Isaac Singer, Russten Motes, Ted Culler (James Whale), Jerry Stough, Matthew Bullock, Brian Sparrow, Bianca Roberts, Thomas Rotella (Leonardo Da Vinci), Josh Anderson (William Burroughs / Gavin Stevens), Carol Goldstone, etc.

Título original: Poe
Realização: Michael Sporn (EUA, 2009); Argumento: Maxine Fisher; Filme de animação, em rodagem; Biografia de Edgar Allan Poe, com referência a cinco contos do autor; Produção: Philip Erdoes, Daria Jovicic, Michael Sporn; Montagem: Paul Carrillo; Animação: Matthew Clinton, Tissa David; Companhias de produção: Michael Sporn Animation, Wild Bear Films; Intérpretes: Hugh Dancy (Edgar Allan Poe (voz), Alfred Molina ("The Black Cat"), Dianne Wiest, Joanna Scanlan, Mark Somen, etc.

Titulo original: The Pit and the Pendulum
Realização: Marc Lougee (Canadá, 200?); Produção: Ray Harryhausen & Fred Fuchs, Susan Ma e Marc Lougee; Animação; Duração: 7 min;

Título original: The Horror Vault 3
Realização: James Barclay (episódio "Unchangeable"), Henric Brandt (episódio "I Watch You Die"), Lars Gustavsson (episódio "The Sinister"), Dave Holt (episódio "The Psychomanteum"), Oscar Malm (episódio "The Sinister"), Kim Sønderholm (episódio "Little Big Boy") (EUA, Suécia, Dinamarca, 2010); Argumento: James Barclay (episódio "Unchangeable"), Henric Brandt (episódio "I Watch You Die"), Lars Gustavsson (episódio "The Sinister"), Kim Sønderholm (episódio "Little Big Boy"), Dave Holt (episódio "The Psychomanteum"), segundo obras de H.P. Lovecraft e Edgar Allan Poe; Produção: James Barclay, Henric Brandt, Dave Holt, Jan T. Jensen, Jim Pedersen, Kim Sønderholm; Música: Samir El Alaoui (episódio "I Watch You Die"), Martin Kaufmann (episódio "Unchangeable"), Adam Sandberg (episódio "The Psychomanteum"), Palle Schultz (episódio "Unchangeable"); Fotografia (cor): James Barclay (episódio "Unchangeable"), Stefan Bommelin (episódio "I Watch You Die"), Lars Gustavsson (episódio "The Sinister"), Dave Holt (episódio "The Psychomanteum"), Oscar Malm (episódio "The Sinister"); Montagem: James Barclay, Jonas Dahl (episódio "Unchangeable"), Stefan Bommelin, Henric Brandt (episódio "I Watch You Die"), Dave Holt (episódio "The Psychomanteum"), Oscar Malm (episódio "The Sinister"); Guarda-roupa: Camilla Kjær (episódio "Unchangeable"); Assistentes de realização: Shanon Briles, Leslie Hinge; Som: Jon Andersen, Buster Jensen, Peter Thorneman (episódio "Unchangeable"); Efeitos especiais: Lars Gustavsson, Oscar Malm (episódio "The Sinister"); Efeitos visuais: Jonas Dahl (episódio "Unchangeable"), Antonio de Jesus Jimenez Orozco; Companhias de produção: Cetus Productions, Branbomm; Intérpretes: Urban Bergsten, Christian Magdu (episódio "I Watch You Die"); Sofia Brattwall, Lars Gustavsson (Narrator) (voz), Stefan Öhrn (episódio "The Sinister"); James Barclay, Kim Sønderholm, Lene Storgaard, André Babikian, Thomas Biehl, Leslie Hinge, Anders Brink, Madsen Henrik, Vestergaard Nielsen, Jesper Vidkjær (episódio "Unchangeable"); Julia Bogen, Delbert Briones, Don Fuller, Megon Kirkpatrick, Colleen O'Donnell, Jonas Sandberg, Helen Sanger Pierce, David Staley, etc. Duração: 90 min. (em produção).

10. BIBLIOGRAFIA DE EDGAR ALLAN POE

Contos:

1833 - Message Found In A Bottle (1833)
1834 - The Assignation (1834)
1835 - Berenice (1835)
1835 - King Pest - A Tale Containing An Allegory (1835)
1835 - Scenes From Politian (1835)
1837 - Silence - A Fable (1837)
1838 - Ligeia (1838)
1839 - The Fall Of The House Of Usher (1839)
1839 - William Wilson (1839)
1841 - A Descent Into The Maelstrom (1841)
1841 - The Murders In The Rue Morgue (1841)
1842 - The Masque Of The Red Death (1842)
1842 - The Pit And The Pendulum (1842)
1843 - The Black Cat (1843)
1843 - The Gold-Bug (1843)
1843 - The Tell-Tale Heart (1843)
1845 - The Facts In The Case Of M. Valdemar (1845)
1845 - The Purloined Letter (1845)
1846 - The Cask Of Amontillado (1846)
1850 - A Tale Of The Ragged Mountains (1850)
1850 - Bon-Bon (1850)
1850 - Diddling - Considered As One Of The Exact Sciences (1850)
1850 - Eleonora (1850)
1850 - Four Beasts In One- The Homo-Cameleopard (1850)
1850 - Hans Phaall (1850)
1850 - Hop-Frog Or The Eight Chained Ourang-Outangs (1850)
1850 - Landor's Cottage - A Pendant To "The Domain Of Arnheim" (1850)
1850 - Lionizing (1850)
1850 - Mellonta Tauta (1850)
1850 - Mesmeric Revelation (1850)
1850 - Metzengerstein (1850)
1850 - Morella (1850)
1850 - Morning On The Wissahiccon (1850)
1850 - Mystification (1850)
1850 - Never Bet The Devil Your Head - A Tale With A Moral(1850)
1850 - Shadow- A Parable (1850)
1850 - Some Words With A Mummy (1850)
1850 - Tale Of Jerusalem (1850)
1850 - The Angel Of The Odd- An Extravaganza (1850)
1850 - The Balloon-Hoax (1850)
1850 - The Business Man (1850)
1850 - The Colloquy Of Monos And Una (1850)
1850 - The Conversation Of Eiros And Charmion (1850)
1850 - The Devil In The Belfry (1850)
1850 - The Domain Of Arnheim (1850)
1850 - The Duc De l'Omlette (1850)
1850 - The Imp Of The Perverse (1850)
1850 - The Island Of The Fay (1850)
1850 - The Landscape Garden (1850)
1850 - The Man Of The Crowd (1850)
1850 - The Man That Was Used Up - A Tale Of The Late Bugaboo And Kickapoo Campaign (1850)
1850 - The Mystery Of Marie Roget - A Sequel To "The Murder In The Rue Morgue" (1850)
1850 - The Narrative Of Arthur Gordon Pym Of Nantucket (1850)
1850 - The Oblong Box (1850)
1850 - The Oval Portrait (1850)
1850 - The Power Of Words (1850)
1850 - The Premature Burial (1850)
1850 - The Spectacles (1850)
1850 - The Sphinx (1850)
1850 - The System Of Dr. Tarr And Prof. Fether (1850)
1850 - The Thousand-And-Second Tale Of Scheherazade (1850)
1850 - Thou Art The Man (1850)
1850 - Three Sundays In A Week (1850)
1850 - Von Kempelen And His Discovery (1850)
1850 - Why The Little Frenchman Wears His Hand In A Sling (1850)
1850 - X-Ing A Paragrab (1850)

Outras obras:

1835 - Politian (1835) única peça de teatro
1838 - The Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket (1838)
1838 - The Balloon-Hoax (1844)
1846 - The Philosophy of Composition" (1846) ensaio
1848 - Eureka: A Prose Poem (1848) ensaio
1848 - The Poetic Principle (1848) ensaio
1849 - The Light-House (1849) obra incompleta

Poesia:

"Al Aaraaf"
"Annabel Lee"
"The Bells"
"The City in the Sea"
"The Conqueror Worm"
"A Dream Within A Dream"
"Eldorado"
"Eulalie"
"The Haunted Palace"
"To Helen"
"Lenore"
"Tamerlane"
"The Raven"
"Ulalume"

(este texto apareceu inicialmente em Famafest 2009, a acompanhar um ciclo dedicado a "Edgar Allan Poe no Cinema")