terça-feira, 27 de setembro de 2011

POLICIAIS NO CINEMA (2) YRSA SIGURDARDOTTIR

 Yrsa Sigurðardóttir
por debaixo de "Cinza e Poeira"

Yrsa Sigurðardóttir é islandesa, engenheira civil, nasceu em Reiquiavique, a 24 de Agosto de 1963, e escreve livros infantis e romances policiais. É presentemente uma das mais conceituadas escritoras da Islândia, mas continua a exercer a sua actividade profissional, na companhia “Fjarhitun”, tendo-se formado em 1988, na Universidade local, e mais tarde, em 1997, na Universidade de Montreal, no Canadá.
Foi só em 1998 que Yrsa publicou o seu primeiro livro infantil, cujo título original era “Þar lágu Danir í því” (na edição inglesa “The Danes Were in Trouble There”). Daí para cá tem continuado a dedicar-se à literatura infantil e juvenil, mas o seu triunfo internacional deu-se com o “thriller” e o romance policial, que começou a experimentar em 2005, com “Þriðja táknið” (O Último Ritual, Ed. Gótica), a que se seguiram “Sér grefur gröf (Ladrão de Almas, 2006, Ed. Gótica), “Aska” (Cinza e Poeira, 2007, Ed. Quetzal), “Auðnin” (The Day is Dark, 2008), “Horfðu á mig” (Look at Me, 2009) e “Ég man þig” (Blessed are the Children, 2010).
Por curiosidade apenas, e para algum islandês que me leia, aqui se registam os títulos das obras infantis da autora, para lá da inaugural “Þar lágu Danir í því”: “Við viljum jólin í júlí” (We Want Christmas in July, 1999), “Barnapíubófinn, Búkolla og bókarránið” (2000), “B 10” (2001) e “Biobörn” (2003).
Ainda como curiosidade, acrescente-se que é casada, tem dois filhos e vive num subúrbio de Reiquiavique, Seltjarnarnes.
Vamos agora ao que mais importa, falando directamente de literatura e de “suspense”. As obras de Yrsa Sigurðardóttir têm como protagonista Thóra Gudmundsdóttir (Þóra Guðmundsdóttir, em islandês), uma advogada metediça, no estilo dos advogados norte-americanos que não se eximem em imiscuírem-se nas investigações policiais, com isso desafiando a paciência e o crédito das próprias forças da ordem.
Confesso que só agora tomei contacto com Yrsa Sigurdardóttir, através do muito interessante “Cinza e Poeira”, publicado este ano pela Quetzal, na sua “Serpente Emplumada”. Descobri depois que dois outros romances seus já haviam sido editados pela Gótica, precisamente “O Último Ritual” e “Ladrão de Almas”, os seus títulos iniciais. Acontece que, apesar do desejo de continuar a conhecer melhor esta escritora, é difícil encontrar títulos seus: a editora Gótica faliu e não há livros seus nas livrarias visitadas. Lá terei de frequentar os alfarrabistas à procura de raridades.
Mas enquanto estas não aparecem, posso dizer que gostei muito de “Cinzas e Poeira” e que achei a advogada Thóra Gudmundsdóttir uma personalidade a reter neste meio policial tão repleto de “tipos inesquecíveis”. Pois bem, acho que Thóra vai para o panteão, às turras com a sua auxiliar Bella, sempre preocupada com a filha Sóley, divorciada de um médico, ciosa da sua aventura sexual, sem grandes consequências.
Um dia vamos descobri-la, na companhia de Markús Magnússon, que a contrata como advogada de defesa, quando investiga uma casa abandonada. Temos de situar o enredo: Markús era natural das ilhas Westmann, onde, trinta anos antes, se deu a mais mediática e estrondosa erupção de um vulcão, o Eldfell (até às mais recentes, do Eyjafjjallajökull, em 2010, ou a do Grimsvötn, já em 2011), o que levou Heimaey, uma das ilhas do arquipélago, a ser conhecida por a “Pompeia do Norte”.
Não foi lava que submergiu as casas dos habitantes que conseguiram fugir para a ilha mãe e para a capital Reiquiavique, mas foi uma camada de cinzas e poeira que tornou insuportável a vida nessa localidade durante algum tempo.
Trinta anos depois, escavações arqueológicas procuram recuperar o que há a recuperar no interior dessas casas abandonadas, e Markús, com a sua advogada, vai até à sua cidadezinha pesqueira natal, para entrar na velha casa dos pais, e ir à cave buscar algo que considera de valor incalculável. Munido de uma lanterna, desce os degraus e encontra os corpos mumificados de três homens e, dentro da caixa que a antiga namoradinha pretendia resgatar, está simplesmente uma cabeça humana, com os genitais masculinos enterrados entre os dentes. Markús chama a advogada para presenciar o achado, vem depois o arqueólogo, a polícia local e a central, inicia-se a investigação e … é claro que vou ficar por aqui.
A escrita é límpida e vigorosa, as personagens são bem definidas, as situações sucedem-se criando inquietação, e o clima geral é obsessivo, algo perverso, mas bem definidor da condição humana. Os interesses criados, a mesquinhez da vida diária numa pequena comunidade (ou numa grande metrópole), as vinganças e as traições, o silêncio que se abate sobre tudo e todos, tudo isso perpassa nesta obra que vaio descamando as cinzas e a poeira para chegar à verdade. São quinhentas páginas que se lêem de um fôlego, parece lugar comum e é, mas é igulamente verdade. 

De Yrsa Sigurðardóttir no cinema pouco se sabe por agora. Apenas uma aparição como escritora num documentário franco-finlandês, “Crime Diary”, de Jerzy Sladkowski (2008), onde Yrsa surge ao lado de outros escritores policiais, como Leif Davidsen, Karin Fossum, Leena Lehtolainen, Jo Nesbø ou Maj Sjöwall. Mas acredito que brevemente teremos no grande ecrã uma das obras desta impronunciável Yrsa Sigurðardóttir. Impronunciável, mas muito longe de ser ilegível. A recomendar. Nota a ser completada quando encontrar novos títulos da autora.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

POLICIAIS NO CINEMA (1) MICHAEL CONNELLY

:

Michael Connelly 
e o “Detective do Lincoln”

Raymond Chandler, de que agora reli o belíssimo “À Beira do Abismo”, parece ter sido a inspiração maior para a carreira literária de Michael Connelly, outro norte-americano, este nascido em Filadélfia, a 21 de Julho de 1956, e de quem se lançaram recentemente em Portugal dois excelentes policiais, “O Veredicto” e “O Advogado do Lincoln”. Ambos têm Los Angeles como cenário e ambos se interessam por relatos sórdidos, onde pequenos e grandes criminosos se misturam, mas onde o poder do dinheiro e a ganância se sobrepõem à arraia-miúda.
Michael Connelly aos doze anos já se encontrava na Florida, para onde foi com a família, e foi na Universidade que descobriu os livros de Chandler e a sua vocação. Ingressou no jornalismo depois de se formar em literatura e começou a escrever em jornais de Daytona Beach e Fort Lauderdale, especializando-se em temas criminais. Alguns dos seus trabalhos investigaram crimes durante a chamada guerra da cocaína, no sul da Florida. Em 1986, ele e outros repórteres passaram meses a entrevistar sobreviventes de um desastre de aviação. A obra daí resultante chegou a ser considerada para o Pulitzer do ano. Passou ao Los Angeles Times, mas não deixou o crime. Muito pelo contrário: agora estava na cidade do seu herói literário.
O seu primeiro romance policial tinha como protagonista um detective de nome Hieronymus Bosch, da polícia de LA. Publicado em 1992, chamava-se “The Black Echo”, e baseava-se parcialmente num crime real. Ganhou o “Edgar Award for Best First Novel by the Mystery Writers of America”. Bosch iria aparecer em mais algumas obras do autor, “The Black Ice” (1993), “The Concrete Blonde” (1994), “The Last Coyote” (1995), “Trunk Music” (1997), “Angels Flight” (1999), “A Darkness More Than Night” (2001), “City of Bones” (2002), “Lost Light” (2003), “The Narrows” (2004), “The Closers” (2005), “Echo Park” (2006), “The Overlook” (2007), “The Brass Verdict” (2008), “9 Dragons” (2009), “The Reversal” (2010) e “The Drop” (2011). É o seu detective de estimação e, ao que suponho inédito, como protagonista, em Portugal.
Entretanto, em 1996, publica “The Poet”, onde surge um novo protagonista, precisamente um jornalista, Jack McEvoy, aqui acompanhado por Rachel Walling, dupla que se manterá em “The Scarecrow” (2009). Em 1998, Connelly escreve uma obra que não se enquadra em nenhuma das sua séries, “Blood Work”, e que se baseava num caso de transplante. Anos mais tarde (2002), mereceria uma adaptação ao cinema, “Dívida de Sangue”, com Clint Eastwood como intérprete e realizador.
“Void Moon”, lançado em 2000, apresenta um novo protagonista, Cassie Black, um ladrão de alta-roda de Las Vegas. No ano seguinte, o já citado “A Darkness More Than Night”, reune Harry Bosch e Terry McCaleb de “Blood Work”, e foi aclamado como um dos “Best Books of the Year” pelo “Los Angeles Times”, o que voltaria a acontecer em 2002, com “City Of Bones”, agora pelo New York Times (“Notable Book of the Year”).
O sucesso público de Harry Bosch é de tal ordem na América, que o gosto musical do detective foi eternizado numa excelente colectânea de jazz, de tiragem limitada: “Dark Sacred Night, The Music Of Harry Bosch”. Este CD reúne muitos dos temas musicais mencinados nos romances de Bosch. Em 2004, agora em DVD, surgiu “Blue Neon Night: Michael Connelly's Los Angeles”, onde se percorrem os caminhos de Los Angeles onde decorrem muitas das suas obras literárias. Connelly ascende ao lugar de romancista de culto.
E chega-se a “The Lincoln Lawyer”, publicado em 2003, onde se estreia a figura do advogado de defesa, Mickey Haller, que tem o escritório montado num dos quarto Lincolns que comprou num leilão e vai revezando na utilização. O filme foi adaptado ao cinema em 2011, com Matthew McConaughey no protagonista (“Cliente de Risco”). A este segue-se “The Brass Verdict” (2008) (“O Veredicto”, na tradução portuguesa). É o regresso de Mickey Haller, numa intrincada, mas muito bem elaborada trama, que tem por base o assassinato de Jerry Vincent, um colega de trabalho do “advogado do Lincoln”. Por morte de Jerry, Mickey herda um chorudo caso em que um célebre produtor de cinema de Hollywood é acusado de ter morto a mulher e o amante desta. O caso revela-se difícil de ser solucionado em tribunal, e a Mickey Haller junta-se, a investigar no interior da polícia, o detective Harry Bosch. Os meandros de Los Angeles e o fascínio de Hollywood perpassam por aqui, mas o que mais entusiasma nesta obra absorvente é a descrição minuciosa, mas nunca aborrecida, dos métodos da justiça norte-americana: “Toda a gente mente. Os polícias mentem. Os advogados mentem. As testemunhas mentem. As vítimas mentem. Um julgamento é um concurso de mentiras”, afirma alguém. A hostilidade sempre presente entre o procurador de justiça e as forças da lei por um lado, e os advogados de defesa por outro, são um aspecto importante a reter. Ninguém parece estar interessado em recuperar a verdade, mas em impor a sua visão. Um julgamento não é um meio de atingir a verdade e repor a justiça, mas sim de afirmar uma tese, quaisquer que sejam os processos. Todos os meios parecem justificar o fim, e aqui encontram-se carrascos e vítimas, polícias e réus, advogados e juízes. A forma como são escolhidos e avaliados os elementos dos júris é um momento de antologia numa obra que revela indelevelmente o talento de Connelly. O espanhol Carlos Ruiz Zafón disse com justeza: “Michael Connelly é um dos escritores mais importantes da actualidade. Um Raymond Chandler moderno para o que ele mesmo designa “um mundo sem verdade”. 
Outras obras com Mickey Haller apareceram depois: “The Reversal” (2010) e “The Fifth Witness” (2011). Todas figuraram em primeiro lugar na lista dos best sellers de New York Times. Até hoje mais de 50 milhões de cópias de livros de Connelly foram vendidos em todo o mundo. Ganhou dezenas de prémios, como o Edgar Award, Anthony Award, Macavity Award, Los Angeles Times Best Mystery/Thriller Award, Shamus Award, Dilys Award, Nero Award, Barry Award, Audie Award, Ridley Award, Maltese Falcon Award (Japão), 38 Caliber Award (França), Grand Prix Award (França), Prémio Bancarella Award (Itália), ou o Pepe Carvalho Award (Espanha).
Michael Connelly foi Presidente da “Mystery Writers of America” e foi um dos criadores da série televisiva “Level 9”, uma “task force” que luta contra o crime informático.
Excelente prosador de escrita clara e precisa, denotando um conhecimento profundo da realidade criminal, policial e jurídica americana, bem como da sua vida quotidiana, que descreve com a minúcia de um quase documentarista, elaborando excelentes intrigas, plausíveis e inquietantes como poucas, Michael Connelly é um dos melhores escritores norte americanos da actualidade, oferecendo um retrato complexo e realista da sua realidade social. Os seus romances passados entre investigações e tribunais, mostrando uma realidade jurídica muito diferente da europeia, são magníficos para compreender os mecanismos e a engrenagem de poder viciado que por vezes a movimenta.
“Cliente de Risco”, assinado por Brad Furman, com argumento adaptado por John Romano, não sendo um grande filme, cotando-se mesmo alguns furos abaixo da obra literária, é um trabalho interessante, bem interpretado por Matthew McConaughey, Marisa Tomei, William H. Macy, Ryan Phillipe, Josh Lucas, John Leguizamo e Michael Peña.
O advogado do Lincoln é Mick Haller (Matthew McConaughey), que tem como motorista um antigo cliente, e transporta consigo o escritório no interior do seu carro. Os seus métodos de trabalho não são os mais ortodoxos (mas raros os usam no seu dia a dia e alguns ultrapassam mesmo todas as regras legais para defender interesses criados), os seus clientes raramente passam do viciado em droga e da pequena criminalidade urbana, e chega a ter como companheiros de luta um gang de motards aparentemente não muito pacíficos. Mas um dia chega-lhe às mãos um caso graúdo: um jovem mimado, Louis Roulet (Ryan Phillippe), filho de uma multimilionária corretora de imóveis, é apanhado depois de supostamente ter agredido brutalmente uma prostituta que conhecera num bar. Acorda em casa da miúda, imobilizado por dois vizinhos, quando é preso e acusado de tentativa de violação e assassinato. A arma do crime está na sua mão e as mãos e o corpo ostentam o sangue da vítima. Tudo está contra ele e Mick Haller vai ter de fazer o que o pai lhe tinha dito que era a pior das defesas: defender um inocente. Mas nem tudo o que parece é.
O filme de Furman consegue manter um estilo comercial limpo, com uma ou outra sequência mais interessante, os actores cumprem, o ritmo é convencional, mas dá bem o nervo de uma vida passada entre o Lincoln e o tribunal. Pena que o argumento seja redutor em relação ao romance, este muito mais crítico e agressivo em relação aos poderes estabelecidos. Mas não deixa de ser uma obra que se vê com interesse e que permite uma aproximação ao universo de Connelly.
Muito melhor é “Divida de Sangue”, do sempre brilhante Clint Eastwood, aqui atrás e à frente da câmara. Ele é Terry McCaleb, um investigador do FBI que enfrenta no início do filme um assassino que o desafia pessoalmente, deixando escrito na parede da casa onde foi cometido o massacre uma frase: “McCaleb vem apanhar-me!” Durante a perseguição, McCaleb sofreu um ataque de coração e dois anos depois tem de fazer um transplante. Quem lhe doa o coração é uma jovem mexicana, assassinada no interior de uma loja de conveniência onde tinha ido comprar chocolates para o filho, e que tem o tipo de sangue compatível. Dias depois de sair do hospital, McCaleb é abordado pela irmã da vítima, que lhe pede auxílio para descobrir o autor do atentado.
O argumento é extremamente interessante e bem concebido. Para lá da simples investigação, há ainda elementos simbólicos que permitem leituras múltiplas, como é o caso de McCaleb e o assassino funcionarem como duas faces de uma mesma moeda, o Bem e o Mal, que se guerreiam mas tendem a aproximar-se. O assassino envia a McCaleb “prendas”, com a indicação de “Feliz Dia de Namorados”, não o quer morto, para assim poder prolongar o prazer do confronto, e este jogo de vida e de morte chega a ser algo de profundamente essencial para ambos.
O estilo de Clint Eastwood, quer como actor, quer como realizador, é notável de concisão e rigor, a narrativa evolui estranhamente numa linha serena, por onde perpassa um expectante nervosismo, e consegue como sempre planos que mitificam o herói sem lhe retirar humanidade. O ataque de coração de Terry McCaleb, com as mãos agarradas a um arame que o separa do assassino, é um momento de antologia, mas há outros, onde o rosto e a figura esguia e envelhecida do austero investigador do FBI se recorta do cenário de forma invulgar. Um rosto que sobressai da escuridão, apenas iluminado por um leve feixe de luz é o bastante para criar um ícone.
O romance, que não conhecemos, deve ser muito interessante, e dele fez Clint Eastwood um policial que é muito mais do que isso. Uma investigação sobre a natureza humana e os insondáveis desígnios do Mal.

CLIENTE DE RISCO
Título original: The Lincoln Lawyer
Realização: Brad Furman (EUA, 2010); Argumento: John Romano, segundo romance de Michael Connelly (“The Lincoln Lawyer”); Produção: Sidney Kimmel, Tom Rosenberg, Gary Lucchesi, Richard Wright, Scott Steindorff, Ted Gidlow, David Kern, Eric Reid; Música: Cliff Martinez; Fotografia (cor): Lukas Ettlin; Montagem: Jeff McEvoy; Casting: Deborah Aquila, Tricia Wood; Design de produção: Charisse Cardenas; Decoração: Nancy Nye; Guarda-roupa: Erin Benach; Maquilhagem: Barbara Olvera; Direcção de Produção: Steve Demko, ed Gidlow; Assistentes de realização: George Bamber, Peter Dress, Lauren Pasternack; Departamento de arte: Gregory F Anderson, Laura Whitehead; Som: Steven Morrow, Jussi Tegelman, Steven Ticknor; Efeitos especiais: Ryan Senecal; Efeitos visuais: Ben Kilgore, James McQuaide, Tommy Tran; Companhias de produção: Lionsgate, Lakeshore Entertainment, Sidney Kimmel Entertainment, Stone Village Pictures; Intérpretes: Matthew McConaughey (Mickey Haller), Ryan Phillippe (Louis Roulet), Marisa Tomei (Margaret McPherson), William H. Macy (Frank Levin), Michaela Conlin (Detective Heidi Sobel), Josh Lucas (Ted Minton), Bryan Cranston (Detective Lankford), Margarita Levieva (Regina Campo), John Leguizamo (Val Valenzuela), Michael Paré (Detective Kurlen), Trace Adkins, Laurence Mason, Frances Fisher, Michael Peña, Bob Gunton, Katherine Moennig, Reggie Baker, Pell James, Shea Whigham, etc. Duração: 119 minutos; Distribuição em Portugal: Zon Lusomundo; Classificação etária: M/ 12 anos; Estreia em Portugal: 12 de Maio de 2011.

DÍVIDA DE SANGUE
Título original: Blood Work
Realizaçâo: Clint Eastwood (EUA, 2002); Argumento: Brian Helgeland, segundo romance homónimo de Michael Connelly; Produção: Clint Eastwood, Judie Hoyt, Robert Lorenz; Música: Lennie Niehaus; Fotografia (cor): Tom Stern; Montagem: Joel Cox; Casting: Phyllis Huffman; Design de produção: Henry Bumstead; Direcção artística: Jack G. Taylor Jr.; Decoração: Richard C. Goddard; Guarda-roupa: Deborah Hopper; Maquilhagem: Patricia Dehaney-Le May, Tania McComas, Carol A. O'Connell, Francisco X. Pérez; Direcção de Produção: Dodi Lee Rubenstein; Assistentes de realização: Katie Carroll, Melissa Cummins Lorenz, Robert Lorenz; Departamento de arte: Jann K. Engel, Adrian Gorton; Som: Harry Cohen; Efeitos especiais: H. Barclay Aaris, Jeff Denes, Tim Moran, Steve Riley; Efeitos visuais: Camille Geier, Michael Owens; Companhias de produção: Malpaso Productions, Warner Bros. Pictures; Intérpretes: Clint Eastwood (Terry McCaleb), Jeff Daniels (Jasper 'Buddy' Noone), Anjelica Huston (Dr.ª Bonnie Fox), Wanda De Jesus (Graciella Rivers), Tina Lifford (Detective Jaye Winston), Paul Rodriguez (Detective Ronaldo Arrango), Dylan Walsh (Detective John Waller), Mason Lucero (Raymond Torres), Gerry Becker (Mr. Toliver), Rick Hoffman (James Lockridge), Alix Koromzay (Mrs. Cordell), Igor Jijikine (Mikhail Bolotov), Dina Eastwood (Reporter), Beverly Leech, etc. Duração: 110 minutos; Distribuição em Portugal: Warner Bros. Pictures; Classificação etária: M/ 12 anos; Estreia em Portugal: 8 de Novembro de 2002.

Edições portuguesas de Michael Connelly:
THE LINCOLN LAWYER (Nos Meandros da Lei). Trad. de Alberto Gomes. Ed. Editorial Presença, Col. Minutos Contados, nº 16, Lisboa, 2008.
THE BRASS VERDICT (O Veredicto). Trad. de Miguel Castro Caldas. Ed. Porto Editora, Col. Alta Tensão. Porto, 2011.